04 de dezembro de 2008
O Globo
Manchete: Governo prepara medidas contra onda de demissões
Numa tentativa de evitar os efeitos de demissões nas empresas, o governo está preparando medidas para manter a economia aquecida. Uma das opções é reduzir Impostos sobre lucro e produção das companhias. Outra alternativa é baixar alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (I0F) em financiamentos de alguns produtos com venda parcelada. O governo está mirando 20 setores com maior risco de desaceleração. Poderá também aumentar de cinco para 10 o número de parcelas do seguro-desemprego, Pelo menos 121.500 trabalhadores de vários setores devem entrar em férias coletivas neste fim de ano. A Vale vai demitir 1.300. ( págs. 1 e 27)
Petrobras: Lula usa argumento da oposição
Mesmo afirmando discordar das críticas da oposição, o presidente Lula reconheceu que o empréstimo da Petrobras com a Caixa Econômica não é o ideal. "Vamos ser francos: acho que a Petrobras é tão poderosa que ela ir à Caixa pegar dinheiro, obviamente, vai tirar dinheiro de uma pequena empresa." (págs. 1 e 28)
STF alivia devedores em atraso
Pessoas que têm dívidas em atraso com bancos e empresas e se recusam a entregar o bem prometido como garantia não poderão mais ser presas. A decisão é do STF. A medida não vale, no entanto, para quem atrasar pensão alimentícia. (págs. 1 e 30)
Para dirigir na estrada, um ano de carteira
O Senado aprovou ontem projeto que proíbe motoristas com menos de um ano de habilitação de dirigir em estradas. Quem desrespeitar a norma pode ficar sem a carteira definitiva, mas o Denatran acha difícil fiscalizar. A proposta vai agora para a Câmara. (págs. 1 e 11)
Políticos de Paes terão 26% do orçamento
Das 18 secretarias anunciadas por Eduardo Paes, oito serão chefiadas por indicados por PT, PTB, PP, PMN,.PCdoB, partidos que apoiaram sua candidatura, e PMDB. Eles vão administrar R$ 3,2 bilhões - 26% do orçamento previsto para 2009. (págs. 1 e 14)
Equador terá o mesmo advogado dos vizinhos
O governo do Equador contratou, para questionar a dívida de US$ 554 milhões com o Brasil, um escritório de advocacia americano que também trabalha para Venezuela e Bolívia. Os dois vizinhos já se disseram dispostos a seguir o calote equatoriano. (págs. 1 e 31)
Febre: 65 pessoas tiveram contato
O Ministério da Saúde Identificou 65 pessoas que tiveram contato com o empresário sul-africano que morreu de uma febre hemorrágica, na terça-feira, no Rio. Ainda não se sabe que vírus matou o homem, de 53 anos. Segundo o ministério, ninguém apresentou sintomas até agora. O empresário estava acompanhado de outro sul-africano. O corpo será cremado por segurança. (págs. 1 e 36)
Guerra no Leme depois da paz no Dona Marta
Um dia depois de a polícia anunciar que expulsou traficantes do Morro Dona Marta, em Botafogo, o clima ficou ainda mais tenso nas favelas,do Chapéu Mangueira e Babilônia, no Leme. Lá, o tráfico mandou fechar o comércio e paralisar vans e mototáxis. (págs. 1 e 12)
Dólar sobe 6,7% e fecha a R$ 2,475 (pág.1 e 29)
País perdeu em novembro mais de US$ 7 bi (págs. 1 e 29)
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Folha de S. Paulo
Para governo e indústria, desemprego vai crescer
No mesmo dia em que a Vale anunciou a demissão de 1.300 funcionário em todo o mundo, o governo federal e a indústria fizeram previsões pessimistas para a economia no inicio de 2009. Conhecido pelo discurso otimista, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) prevê alta do desemprego no primeiro trimestre do ano que vem. Em entrevista a Julianna Sofia , ele disse que só a queda no juro atenuaria a crise. “O primeiro trimestre será brabo. Já estamos fazendo o que pode ser feito. Mas só a redução dos juros pode mudar o quadro, mais por efeito psicológico”, afirmou Lupi, para quem a criação recorde de vagas deste ano não se repetirá em 2009. A Abimaq, que reúne os fabricantes de máquinas e equipamentos, prevê uma “carnificina`` no empregos depois das festas de fim de ano, segundo seu vice-presidente, Carlos Pastoriza. Em outubro, o nível de atividade do setor caiu 10,3% . As associação cobra do governo ações para ``compensar``a crise como postergação do pagamento de tributos, juro menor a medidas para que os bancos privados voltem a ofertar crédito. Na Vale, além dos 1300 demitidos (20% deles em Minas), 5.550 dos 62.000 funcionários ficarão em férias coletivas até fevereiro. Segundo a companhia, os cortes são uma ``adaptação´´ à demanda menor, ( Págs. 1 e Dinheiro )
Dilma sinaliza queda no preço dos combustíveis
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) sinalizou redução no preço da gasolina e do diesel. Segundo ela, que preside o conselho de administração da Petrobras, o preço poderá cair nas refinarias devido à queda na cotação do barril de petróleo no mercado internacional. “Vai haver, acredito, a partir do momento em que se estabilize o preço, acomodação para baixo”, disse Dilma, em audiência na Câmara. A última redução de preços ocorreu em 2003. A estatal não se manifestou. (Págs. 1 e B7)
Conselho da Câmara rejeita pedido para cassar Paulinho
Com o apoio do PT, dos partidos da base e da oposição, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, foi absolvido pelo Conselho de Ètica da Câmara, que rejeitou por 10 votos a 4 o relatório no qual o deputado Paulo Piau (PMDB – MG) pedia a cassação de seu mandato. Baseado em investigações da Policia Federal, o relator acusou Paulinho de envolvimento em desvio de dinheiro do BNDES. O deputado ainda é alvo de dois inquéritos no Supremo. (Págs. 1 e A 4 )
Stephanes propõe anistia por plantio em área preservada (Págs 1 e A13)
Petrobras cancelou programa que repassaria verbas para o esporte em 2009. (Págs. 1 e D4)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Câmara livra Paulinho e PF indicia mulher do deputado
O Conselho de Ética da Câmara derrubou ontem parecer que acusava o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), de se beneficiar de desvio de verbas do BNDES. No mesmo caso, porém, a mulher de Paulinho, Elza Pereira, foi indiciada pela Polícia Federal sob acusação de lavagem de dinheiro, relata o repórter Fausto Macedo. Na Câmara, o deputado escapou da cassaçâo por 10 a 4. "O conselho fez justiça", festejou Paulinho. Dois inquéritos contra o deputado ainda correm no STF, o que trata do desvio do BNDES e outro sobre irregularidades no uso de recursos do FAT destinados à Força Sindical. (págs. 1, A4 e A6)
Governo vai afastar Incra dos processos na Amazônia
Está pronto o texto de medida provisória que afasta o Incra da legalização de terras na Amazônia. De acordo com o texto, essa tarefa ficará a cargo de um novo órgão, a Agência Executiva de Regularização Fundiária da Amazônia (Aerfa). (págs. 1 e A9)
Brasil vive a maior fuga de dólares em dez anos
O Brasil registrou em novembro a maior fuga de dólares em quase uma década. Deixaram o País US$ 7,159 bilhões, na mais intensa saída de dinheiro desde janeiro de 1999. A cotação do dólar subiu ontem 3,51%, fechando em R$ 2,475. (págs. 1 e B7)
A força de Paulinho
Dora Kramer-Paulinho Pereira foi absolvido no Conselho de Ética porque ninguém quer briga não com o deputado, mas com o presidente da Força Sindical. (págs. 1 e A6)
Vale demite 1.300 e põe outros 5.500 em férias
A Vale demitiu 1.300 funcionários e pôs 5.500 em férias coletivas. A maior parte dos cortes se dará em Minas. Na sede da mineradora, no Rio, departamentos inteiros serão fechados. Para analistas, a ação indica redução de produção maior do que os 9,5% anunciados - o embarque de minério em Vitória, que já foi de 8 milhões de toneladas/ mês, deve ser de 1 milhão mi dezembro. (págs. 1, B1 e B3)
Hispânico chefiará comércio dos EUA
O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, anunciou ontem o primeiro integrante hispânico de seu governo, o governador do Novo México, Bill Rlchardson. Ele será secretário do Comércio. Richardson é admirador do programa energético brasileiro, informa a correspondente Patricia Campos Mello, e se diz um democrata favorável ao livre comércio, "espécie em extinção" em seu partido. (págs. 1, A11 e A12)
Em SC, 25 comunidades somem com as enchentes
Pelo menos 25 comunidades destruídas pelas inundações em Santa Catarina não serão reerguidas, informa o enviado Rodrigo Brancatelli. Elas estavam instaladas em áreas condenadas pela Defesa Civil pelo alto risco de desmoronamento. (págs. 1, C1 e C3)
O direito de saber
O projeto da lei de Acesso à Informação que o governo deverá encaminhar ao Congresso é arejado e atualizado. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Rio perde corrida contra a dengue
As últimas duas semanas registraram no estado uma alternância de sol e chuva que compôs o ambiente ideal para a proliferação da dengue: o maior volume pluviométrico em sete anos, intercalado com calor de até 35 graus. Os níveis de infestação do mosquito que transmite a doença já são preocupantes em várias regiões, em especial na Zona Norte do Rio. Mas o combate nessas áreas, que deveria ter-se iniciado esta semana, foi adiado devido a problemas na empresa responsável pela entrega de 4 mil kits com larvicidas. Pior: os 620 militares convocados pelo governo federal para atuar contra a dengue nem sequer estão treinados. Parte deles iniciará o treinamento somente na próxima segunda-feira. (págs. 1 e A15)
Confissão histórica de tortura
O tenente da reserva José Vargas Jiménez confessou ter torturado ativistas do PcdoB para arrancar confissões que levaram os militares a aniquilar a Guerrilha do Araguaia. É o primeiro comandante de grupos de combate a admitir oficialmente o que as Forças Armadas negaram por 35 anos. ( Págs. 1 e A6)
Homem de Chan na Infraero
Convidado para presidir a Infraero, Guilherme Lagger foi braço direito do empresário Lap Chan, envolvido em disputa pela VarigLog, revela o Informe JB. Agora, o fundo Matlin Patterson, de Chan, pode voltar a se interessar pela privatização de aeroportos brasileiros. (págs. 1 e A4)
Crise força Vale a demitir 1.300
Maior mineradora do país, a Vale informou que demitiu cerca de 1.300 funcionários e dará férias coletivas a 5.500 entre dezembro e fevereiro. As medidas foram tomadas após a redução das vendas de minério de ferro, decorrente da crise financeira internacional, o que já havia obrigado a empresa a diminuir a produção. As demissões se concentram principalmente em minas Gerais. A queda na indústria já faz as entidades empresariais cobrarem do banco Central corte nos juros. (págs. 1, A19 e A20)
Agrotóxico muda perfil populacional
O impacto da exposição a agrotóxicos na saúde reprodutiva em cidades essencialmente agrícolas pode estar mudando o perfil populacional no Paraná. A Fiocruz detectou queda no nascimento de meninos – influência da concentração hormonal dos pais. (págs. 1, A2 e A3)
Arenavírus teria matado sul-africano
A morte do engenheiro sul-africano pode ter sido provocada pelo contato com o arenavírus, agente letal que provoca febre hemorrágica. Amostras de sangue estão sendo analisadas na Fiocruz, enquanto 50 pessoas que tiveram contato com a vítima serão monitoradas pelo Ministério da Saúde. (págs. 1 e A15)
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Correio Braziliense
Manchete: Tiroteio e morte no meio da W3
O fim da tarde de ontem foi aterrorizante na 504 Norte, uma das quadras mais movimentadas da W3, com várias agências bancárias. Três homens armados atacaram um carro-forte e mataram um dos seguranças. Iniciou-se a perseguição policial, que contou até com helicóptero e atiradores de elite.
Onze homens foram detidos até as 23h, mas acabaram liberados por falta de provas. De janeiro a outubro, a Secretaria de Segurança registrou aumento de ocorrências em 12 tipos de crime, como assalto a ônibus e a postos de combustíveis. (págs. 1, 33 E 34)
Vale demite, dólar sobe e Lula cobra corte de juros
Maior exportadora do país, mineradora Vale do Rio Doce demite 1,3 mil funcionários e dá férias coletivas a outros 5,5 mil. Num dia de novo solavanco no dólar — fechou a R$ 2,47 —, presidente Lula chama ministros e cobra corte nos juros e para deter onda de demissões.(págs. 1, 18 A 23)
Cassação nada. Pizza com cerveja na Câmara
Conselho de Ética absolve deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), acusado pela Polícia Federal de desviar dinheiro do BNDES. Deputado comemorou resultado da votação tomando cerveja em frente ao Congresso, em meio à manifestação das centrais sindicais. (págs. 1, 2 E 3)
Calote
Brasil vai falar grosso se Equador não pagar dívida com o BNDES (págs. 1 e 28)
Empréstimo para compra de imóveis bate recorde
De janeiro a novembro, a Caixa Econômica Federal concedeu R$ 700 milhões em crédito imobiliário no Distrito Federal. O número é 64% maior que o registrado nesse mesmo período do ano passado e supera a média nacional em nada menos que 60%. (págs. 1 e 24)
Cigarro à vontade
MP quer saber por que fiscalização da lei que proíbe fumo foi afrouxada.
Bares e casas noturnas lideram denúncias. (págs. 1 e 36)
Corrida para o PAS
68 mil estudantes fazem provas neste fim de semana, na disputa por
uma vaga na Universidade de Brasília. (págs. 1 e 35)
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Valor Econômico
Manchete: Caixa desiste do projeto de comprar construtoras
O governo desistiu de promover a reestruturação do setor de construção imobiliária por meio da Caixa Econômica Federal, que iria comprar participações acionárias e estimular fusões e aquisições de empresas· que enfrentam dificuldades financeiras. A orientação, agora, é que o socorro seja feito exclusivamente por meio da oferta de linhas de capital de giro.
Em outubro, o banco ganhou poderes para liderar a reorganização do setor, por meio da edição da Medida Provisória nº 443, que permitia a criação da CaixaPar, uma empresa de participações que atuaria no ramo imobiliário.
Os empresários da construção rechaçaram a iniciativa, sustentando que ela daria à CEF o controle de todas as etapas da cadeia produtiva, desde o financiamento até a construção. O banco federal resolveu, então, comunicar aos empresários que não usará a CaixaPar para comprar o controle acionário de construtoras.
“Consideramos positiva a sinalização da Caixa", disse o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão. De acordo com o empresário, a CEF vai apenas fornecer capital de giro, por meio de uma linha crédito de R$ 3 bilhões com dinheiro da caderneta de poupança.
O texto da medida provisória, atualmente em análise no Congresso nacional, já foi modificado para estabelecer que a Caixa só poderá participar de empreendimentos imobiliários por meio da constituição de Sociedades de Propósito Específico (SPEs). Também poderá comprar pequenas participações por meio de seu banco de investimento, cuja autorização para criação foi dada pela mesma MP.
Algumas empresas de construção civil enfrentam problemas financeiros em Virtude da crise internacional e do excesso de imobilização em investimentos. Elas venderam ações na bolsa e aplicaram o dinheiro na compra de terrenos, com a expectativa de mais tarde levantar capital de giro para bancar as construções. Mas a crise emperrou o mercado de crédito. O governo queria fortalecê-Ias, por meio de fusões e aquisições, para preservar empregos, investimentos e evitar impactos negativos no mercado de crédito imobiliário. (págs. 1 e C1)
BC sinaliza manutenção da Selic
Diante das incertezas sobre qual será o impacto da desvalorização do câmbio e da desaceleração da economia sobre a inflação de 2009, o Banco Central dá sinais de que manterá os juros inalterados em 13,75% ao ano na reunião da próxima semana do Comitê de Política Monetária (Copom). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BC, Henrique Meirelles, tiveram um encontro ontem e, em seguida, foram conversar com o presidente Lula, no Palácio do Planalto.
Nas duas reuniões, ficou claro que o governo não tem uma avaliação conclusiva sobre o nível da atividade econômica de outubro para cá. Não se sabe se a desaceleração é forte e prosseguirá, ou se os últimos dados da produção industrial representam o pior momento da crise e não se repetirão nos próximos meses. A visão dominante, hoje, é que a desaceleração não é profunda, o consumo doméstico não despencou, a inflação ainda está elevada e, em 2009, o crescimento será da ordem de 3%.
“Se chegarmos a um momento em que as perspectivas para a inflação, de fato, melhorarem, a política de metas vai poder reagir a isso”, comentou uma alta fonte da área econômica do governo. (págs. 1 e C3)
Déficit faz dólar chegar a R$ 2,475
O mercado de câmbio registrou déficit de USS 7,159 bilhões em novembro. É o pior resultado desde o déficit de U5$ 8,587 bilhões de janeiro de 1999, quando o real sofreu maxidesvalorização e foi adotado o regime de câmbio flutuante. Só na última semana do mês saíram US$ 4,626 bilhões. O período de outubro a novembro é o segundo pior bimestre na série estatística divulgada pelo Banco Central, que começa em 1982, com saídas acumuladas em US$ 11,345 bilhões.
Os dados do fluxo cambial alimentaram a alta do dólar ontem, de 3,46%, para R$ 2,475, maior preço desde junho de 2OO5. Desde o piso de R$ 1,559 de 1º de agosto, o dólar já subiu 58,76%. O Banco Central fez dois leilões de venda direta de dólar e o programado leilão de créditos à exportação, no valor de US$ 1,957 bilhão. (págs. 1 e C2)
Espírito Santo já olha para o pós-crise
Primeiro governador a rever, para baixo, o orçamento de 2009, em função da perspectiva de queda da arrecadação tributária, Paulo Hartung (PMDB) acredita que, com as finanças controladas, poderá conduzir o Estado do Espírito Santo de maneira organizada em meio à crise financeira internacional. “Estamos olhando para o pós-crise”. A intenção é se preparar para novo ciclo de expansão quando terminar o período de turbulência. O governador reconhece a vulnerabilidade da economia capixaba, alicerçada em mineração e siderurgia, comércio exterior e celulose, mas vê boas perspectivas na área de petróleo e gás.
A recente descoberta de novas reservas no Parque das Baleias, no litoral sul do Estado, elevou a projeção da Petrobras para cerca de 3,5 bilhões de barris de óleo equivalente (petróleo mais gás). Localizada a 77 quilômetros de Anchieta, a província petrolífera deverá atrair fornecedores e prestadores de serviços para o local, que já abriga a Samarco Mineração. O pólo de Anchieta tem outro projeto ambicioso: a Companhia Siderúrgica Vitória, joint venture entre a Baosteel, maior siderúrgica da China, e a Vale. (pág. 1 e Valor Estados)
Nova oferta pela Aracruz é preparada
O grupo Votorantim deve fazer em breve uma nova oferta pata comprar a participação de 28% da família Lorentzen e seus sócios na Arapar. Executivos ligados à Arapar dizem que uma proposta pode ser encaminhada até o dia 19. Pessoas ligadas ao Votorantim asseguram que o grupo mantém o interesse e fará nova oferta, mas só depois de renegociado o pagamento da dívida de USS 2,1 bilhões da Aracruz causada pelas perdas com derivativos de câmbio. O Votorantim quer um desconto no valor de R$ 2,7 bilhões oferecido no início de agosto. Os sócios na Arapar têm sinalizado mais disposição para aceitar um alongamento no prazo de pagamento. Na sexta-feira, os conselheiros que representavam a Arapar na Aracruz renunciaram.(págs. 1 e B1)
Espumante nacional avança
Donos de mais de 70% do mercado brasileiro, os espumantes nacionais deverão chegar a até 85% neste ano, graças à alta do dólar. As vendas domésticas deverão chegar ao recorde de 13,5 milhões de litros, ante 11,8 milhões em 2007. (págs. 1 e B3)
Prêmio Eco 2008
Banco Real, Japacanim Ecoturismo e RL Sistemas de Higiene foram os vencedores do Prêmio Eco 2008 na categoria Gestão Empresarial para a Sustentabilidade, concedido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) em parceria com o Valor. (págs. 1 e B4)
Vale demite 1,3 mil
A Vale do Rio Doce anunciou ontem a demissão de 1,3 mil empregados, equivalente a 2,1% do quadro total no mundo. A maior parte dos cortes (76%) foi realizada nas áreas de mineração (minério de ferro) em Minas Gerais e na Estrada de Ferro Vitória a Minas. (págs. 1 e B11)
São Martinho no topo
A usina São Martinho, de Pradópolis (SP), encerrou a moagem de cana da safra 2008/09 como a maior unidade produtora do mundo. A moagem foi finalizada na terça-feira, com um volume processado de 8,004 milhões de toneladas, 18% mais que no ciclo passado. (págs. 1 e B13)
Idéias
Fabio Giambiagi: Se a realidade da Argentina era sombria na bonança, agora ela é especialmente preocupante. (págs. 1 e A13)
Aeroporto pequeno deve ser privatizado
A privatização de pequenos aeroportos está na rota dos governos de São Paulo, Rio e Minas Gerais para contornar o prejuízo das operações e viabilizar investimentos, mas o plano esbarra exatamente na dificuldade de torná-los lucrativos. Em outubro, o governo de Minas publicou uma chamada de manifestação de interesse para a privatização do aeroporto da Zona da Mata. O governo de São Paulo pretende conceder a operação de 31 aeroportos via Parceria Público-Privada, agrupando-os por regiões. (págs. 1 e A3)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Construtora paga mais para vender recebíveis
O crédito bancário mais caro e escasso e o mercado de capitais praticamente inoperante para captações destacam a securitização de recebíveis como a “última fronteira” para as incorporadoras de imóveis tocarem seus planos de negócios. As cinco maiores empresas do setor com ações negociadas em bolsa — Cyrela Brazil Realty, Gafisa, Rossi Residencial, Tecnisa e Brascan Residential Properties — detêm nada menos que R$ 11,7 bilhões em recebíveis, que podem se transformar em caixa com a venda da carteira para companhias de securitização. Entretanto, essa alternativa também ficou mais cara. Segundo Glauber Santos, diretor da securitizadora RB Capital, os recebíveis antes adquiridos por uma rentabilização anual de IGP-M mais 11% de juros agora chegam a 15% ao ano, mais o índice inflacionário. “O cenário de pressão de liquidez é perverso e as empresas buscam alternativas”, diz Santos, que viu aumentar a lista de empresas oferecendo carteiras de recebíveis. Para Fernando Cruz, diretor da Brazilian Securities, trata-se de um ajuste do mercado — já que a ampla oferta de financiamento imobiliário vinha dos bancos, cujo funding é a poupança, que oferece taxas competitivas. “A crise de liquidez gera um potencial enorme de crescimento do mercado de securitização”, completa Fernando Brasileiro, presidente da Cibrasec. Neste cenário, a venda dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), títulos emitidos pelas securitizadoras com lastro nos créditos de venda ou aluguel de imóvel, também é viabilizada com prêmio de liquidez. O investidor só compra se tiver melhores rendimentos. Essa oscilação de taxas do mercado leva as incorporadoras a manter políticas flexíveis de repasse. No caso da Tecnisa, não houve venda de recebíveis em 2007, mas deve somar R$ 80 milhões neste ano, diz Leonardo Paranaguá, diretor de relações com investidores. (págs. 1 e B1)
Dilma reforça PAC para mitigar a crise mundial
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou ontem que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) será mantido e reforçado, apesar das turbulências na economia mundial. Ela disse que os recursos previstos no orçamento do PAC terão aumento de 26%, para R$ 636,3 bilhões, que serão aplicados até 2010. Segundo a ministra, os maiores aportes serão feitos nos setores de petróleo, gás, ferrovias e eletricidade. De acordo com Dilma, boa parte dos investimentos previstos para o segmento de petróleo será focada na área do pré-sal. “O Brasil passará a ser exportador de petróleo (com o pré-sal). A economia mundial voltará a crescer e precisaremos da riqueza real, que é o petróleo”, comentou. Dilma voltou a afirmar que os investimentos no PAC são prioridade para enfrentar a crise financeira. “A situação não é de corte de investimentos, e sim de custeio”, justificou. (págs. 1 e C7)
Falta um plano energético, critica Hubner
O ex-ministro de Minas e Energia Nelson Hubner criticou a falta de planejamento de longo prazo no setor elétrico brasileiro e afirmou que o País precisa se preparar para atender ao crescimento da demanda por energia.
“Hoje, o mundo inveja a matriz energética brasileira. O ideal seria que o setor pudesse ser totalmente baseado em energia renovável”, disse. (págs. 1 e C6)
Petrobras vai captar US$ 1 bilhão
A Petrobras busca no mercado internacional soma superior a US$ 1 bilhão, informa o diretor financeiro, Almir Barbassa. Segundo o diretor Guilherme Estrella, os aportes previstos até 2013 serão mantidos. (págs. 1, A4 E B5)
Irregularidades em Jirau
Problemas começaram com resultado do leilão (págs. 1 e A9)
Mendes se sente atingido com decisão contra Dantas
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, enviou ontem representação ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, a fim de que “tome as medidas necessárias” relativas a fatos relatados pelo juiz Fausto De Sanctis, na sentença condenatória do banqueiro Daniel Dantas a dez anos de prisão.
Segundo a assessoria de Mendes, ele se sentiu diretamente atingido em trechos da sentença de 300 páginas na qual o juiz afirma que o coronel da reserva do Exército Sérgio de Souza Cirillo — supostamente ligado ao grupo de Dantas — foi nomeado assessor principal do gabinete do secretário de Segurança do Supremo, em 30 de julho, três meses depois de deflagrada a Operação Satiagraha.
Ontem, o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que a condenação de Dantas é um sinal da independência do Judiciário num País onde as pessoas não estão acostumadas a ver “figurões” condenados. (págs. 1 e A9)
Indústria imobiliária cancela R$ 7 bi em projetos
O mercado imobiliário deixará de injetar na economia nacional, até o fim do ano, mais de R$ 7 bilhões em negócios com novos imóveis residenciais cujos lançamentos foram suspensos ou adiados. As incorporadoras estão revisando também suas metas para 2009.
Mesmo assim, o setor nacional de construção civil deverá fechar 2008 com crescimento de 10% sobre o ano passado e, para 2009, a expectativa é de crescer até 4,5%, segundo Sérgio Watanabe, presidente do Sinduscon-SP. Na capital paulista, o número de casas e apartamentos lançados no ano poderá terminar com uma queda de 10% sobre 2007, segundo estimativas do Secovi-SP. (págs. 1 , C3 E D3)
Socorro às montadoras divide opiniões no País
Enquanto o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, defende o estímulo do governo ao setor, especialistas afirmam que a indústria automotiva não tem mais a importância de outros tempos. “Não guardaram dinheiro e agora estão com o chapéu na mão”, afirma o ex-presidente da Anfavea na primeira metade dos anos 90, Luiz Adelar Scheuer.
Para Schneider, “toda forma de restabelecer o ritmo de vendas de veículos é bem-vinda”. A indústria, nos últimos meses, apresenta queda nas vendas e, hoje, a Anfavea deve anunciar uma revisão para baixo das projeções para este ano. O novo número deverá ficar em 2,8 milhões veículos. Para Wolfgang Sauer, ex-presidente da Volkswagen, o mercado brasileiro ainda tem muita força: “É por isso que os principais fabricantes mundiais estão aqui”. André Beer, também ex-presidente da Anfavea, diz que o Brasil tem condições de superar a crise e não sofrerá como outros países. (págs. 1 e C8)
Exportação cai e Vale demite
A Companhia Vale do Rio Doce demitiu ontem 1,3 mil funcionários devido à redução na demanda por minério de ferro. Outros 5,5 mil funcionários entrarão em férias coletivas. As exportações brasileiras do minério caíram 33% em novembro. (págs. 1 e C1)
Foco nos países emergentes
A crise parece ter contribuído para que o Brasil e outros países emergentes recebam um número maior de profissionais expatriados vindos dos EUA e da Europa em busca de oportunidades. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)
Opinião
RODRIGO DA ROCHA LOURES - É o momento de uma nova atitude. Defendemos um corte substantivo na taxa Selic para injetar novos recursos na economia real. (págs. 1 e A3)
Opinião
DURVAL GUIMARÃES - O governo mineiro decidiu remunerar os agricultores
pela proteção das florestas, o que funciona melhor que a ação da polícia. (págs. 1 e A3)
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Estado de Minas
Manchete: Moradores de BH se rebelam contra IPTU
Associações de bairros se movimentam para barrar projeto que aumenta o imposto das moradias das classes média e alta. Líderes de 120 delas vão entrar com representações no Ministério Público e na Câmara Municipal. Outras 25 entidades, da Região Centro-Sul, se reúnem hoje para discutir medidas contra o reajuste, previsto para 2010.(págs. 1, 23 e 24)
Fora das BRs
Senado aprova projeto que proíbe motoristas com menos de um ano de habilitação de dirigir nas estradas federais. O texto segue para a Câmara. (pág. 1)
Ministério Público investiga fraudes no Dnit
Procuradoria da República vai apurar o desvio de equipamentos e empregados do departamento para obra no Parque de Exposições de Carmo de Minas e a reforma, sem licitação, no prédio da autarquia em BH. A denúncia foi feita pelo Estado de Minas. (pág. 1)
Fluxo cambial
Fuga de dólares é recorde e cotação chega a R$ 2,47. (pág. 1)
Vinte mil servidores estaduais terão aumento de 5% (págs. 1 e 7)
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Jornal do Commercio
Manchete: A BR do abandono
Descaso do poder público faz do trecho da BR-101 entre Igarassu e Jaboatão, o contorno urbano do Grande Recife, uma via de degradação e perigo. Precariedade não é de hoje, mas ganhou evidência com acidentes provocados pelo desgaste.(pág.1)
Senado aprova projeto que tira motorista iniciante das rodovias (pág. 1)
Mobilização gigante contra produto pirata (pág. 1)
Dólar sobe 3,47% e atinge maior cotação desde junho de 2005 (pág. 1)
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