23 de dezembro de 2008
O Globo
Manchete: Emprego formal cai pela primeira vez na era Lula
A crise econômica global interrompeu o longo ciclo de crescimento do emprego com carteira assinada no Brasil. Pela primeira vez no governo Lula, o Ministério do Trabalho registrou a redução de postos de trabalho, constatando um corte de 40.821 vagas em novembro. A maioria das demissões aconteceu na indústria, que diminuiu em 80.789 o número de trabalhadores empregados na metalurgia e nas fábricas de alimentos, material de transporte e calçados. Apesar dos sinais de desaceleração da economia, o presidente Lula disse, em mensagem de Natal na televisão, que a crise não assusta o país. (págs. 1 e 23)
Brasil e UE se unem por reforma financeira
Em encontro no Rio, a União Européia e o Brasil se uniram pela reforma financeira mundial. O presidente da França, Nicolas Sarkosy, que preside a UE, e Lula levarão posição comum à reunião do G-20, que agrupa as maiores economias, em Londres. Para Lula, a crise é resultado de "especulação desavergonhada". Em acordo com a França, o Brasil vai construir cinco submarinos e montar 50 helicópteros. (págs. 1 e 19 a 21)
Sadia: 12 mil em férias coletivas
A Sadia dará férias coletivas para 12 mil funcionários das linhas de abate de aves da empresa no país, cerca de 20% do pessoal. A Perdigão também está dando férias a empregados. (págs. 1 e 23)
Preço da gasolina não cai no Brasil
Apesar da forte queda do petróleo no mercado internacional, a Petrobras não reduzirá os preços da gasolina e do diesel no país, disse o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. (págs. 1 e 24)
Jobim culpa Gol por novo caos aéreo
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, responsabilizou apenas a companhia aérea Gol pelos atrasos de vôos e pelas longas filas nos balcões de check-in nos primeiros quatro dias da Operação Feliz 2009. Segundo ele, o problema foi uma redução de funcionários na empresa. Para a Anac e a Infraero, nenhuma crítica. Com 47% dos vôos atrasados ontem, a Gol alegou que são "problemas pontuais". (págs. 1 e 3)
Começa a despoluição do Canal do Fundão
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou que as obras de dragagem e urbanização do Canal do Fundão começarão em janeiro, custarão R$ 185 milhões e vão durar dois anos. "A área deixará de ser o anticartão-postal do Rio", disse Minc. (págs. 1 e 10)
Enquanto isso, em Porto Alegre...
A chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em segredo, fez uma plástica com o melhor cirurgião de Porto Alegre, que trabalhou no fim de semana exclusivamente para atendê-la. Ela cuidou do rosto e do pescoço. (págs. 1 e 9)
Entrevista de Beira-Mar cria polêmica
Apesar de preso em regime disciplinar diferenciado, e por isso incomunicável, o bandido Fernandinho Beira-Mar deu entrevista à TV Record no domingo. E a liberação foi autorizada pela Justiça. Autoridades criticaram o fato de se dar voz a um traficante perigoso. (págs. 1 e 17)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Emprego em novembro tem pior taxa em 10 anos
O nível de emprego em novembro registrou a primeira queda nesse mês do ano desde o inicio do governo Lula. Foi a maior retração no mês em dez anos. Segundo o Ministério do Trabalho, houve perda de 40,8 mil vagas –diminuição de 0,13% em relação a outubro. O impacto da crise internacional foi mais sentido pela industria, que fechou 80,8 mil posto. A agricultura cortou 50,5 mil empregos. A construção civil, 22,7 mil. A retração foi aliviada por contratação em serviços e comércio, que criaram somados, 117 mil vagas. O ministro Carlos Lupi (trabalho) classificou de “pífia” a queda de empregos em novembro, em comparação com a intensidade da crise em outros paises. “O mundo está desempregando muito, e o Brasil continua mantendo a empregabilidade forte”, avaliou Lupi. Ainda ontem, relatório do Banco Central condicionou o controle da inflação em 2009 a crescimento menor que o planejado pelo governo. Segundo o BC, a inflação do próximo ano será de 4,7% (a meta é de 4,5%), se a economia crescer 3,2% - o Planalto prevê 4%. (Págs. 1 e Dinheiro)
Lula e Sarkozy defendem ação global contra a crise financeira
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Nicolas Sarkozy, da França, defenderam ontem, na 2ª Cúpula Brasil-União Européia, no Rio, uma política global conjunta para combater a crise financeira internacional e a adoção de novos mecanismos de controle. “Não queremos mais um mundo de especuladores”, disse Sarkozy, reafirmando frase de Lula de que a crise é resultado da “especulação desavergonhada”. (Págs. 1 e A4)
Gol atrasa 54% dos seus vôos; ministro culpa corte de vagas
A Gol atrasou 53,7% dos seus 611 vôos de ontem, segundo boletim das 23h da Infraero. A TAM, sua principal concorrente, registrou saídas atrasadas em 18,1% de suas 768 viagens. O ministro Nélson Jobim (Defesa) responsabilizou a empresa pelos atrasos - afirmou que houve demissão de funcionários. A Gol diz que teve “problemas pontuais”, mas que eles foram solucionados à tarde com reforço de pessoal e de aviões reservas (Págs. 1, C4 e C5)
Queda do preço de combustível não tem data diz Petrobras
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli afirmou ontem que a queda do barril do petróleo - de um pico de US$ 145 em Julho para US$ 44 ontem - ainda não tem data para resultar em redução do preço dos combustíveis no Brasil. Segundo ele, o ajuste depende do preço internacional da gasolina e do câmbio. (Págs. 1 e B6)
Fiespe prevê que gás mais caro vai elevar demissões
O aumento extraordinário do gás canalizado em 19,5% no Estado de São Paulo vai provocar desemprego e aumento de preços em setores como cerâmica, vidro e fertilizantes, segundo a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Para agência, alta do dólar provocou o aumento. (Págs. 1 e B5)
Reajuste no preço do gás canalizado causará repasse de 14% a 17% a clientes de postos de GNV (Gás Natural Veicular). (Págs. 1 e B5)
Brasil e França produzirão 5 submarinos (Págs. 1 e A5)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Emprego com carteira cai pela primeira vez em 6 anos
O governo federal informou que em novembro houve queda de 0,13% no número de empregos com carteira assinada em relação a outubro. Isso representa uma perda de 40,8 mil empregos formais. A queda não era verificada desde o final de 2002, último ano do governo Fernando Henrique Cardoso.
Trata-se também do primeiro resultado negativo do emprego no governo Lula, sem considerar os meses de dezembro, quando há normalmente um número alto de demissões, sobretudo as de trabalhadores temporários. O setor automotivo e agricultura foram os principais responsáveis pela redução no número de postos de trabalho. "Essa queda é um reflexo da crise", disse o ministro Carlos Lupi (Trabalho).
Ele tentou minimizar o resultado: "Perder 40 mil empregos não é bom, mas, comparado ao efeito da crise no mundo, é insignificante". A previsão para a criação de novos empregos com carteira assinada em 2008 caiu de 2 milhões para 1,85 milhão, ainda assim um recorde. (págs. 1 e B1)
Lula espera crescimento de 4%; BC prevê 3,2%
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse no encontro empresarial Brasil-União Européia que a perspectiva para o crescimento do PIB é de 4% em 2009. Ele se declarou "o homem mais otimista do mundo". No mesmo dia, o Banco Central divulgou estimativa de 3,2% de expansão e o presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que os 4% são um "objetivo" e não uma projeção. (págs. 1 e B5)
UE e Brasil vão se aliar no G20
A União Européia e o Brasil pretendem se aliar na próxima reunião do G20, marcada para 2 de abril, quando serão discutidas mudanças no sistema financeiro global. A idéia é formar uma frente para pressionar os EUA, que já estarão sob o comando de Barack Obama, a aceitarem maior participação de países europeus e emergentes nos fóruns internacionais de decisão. O objetivo foi anunciado ontem no Rio, durante o encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente da Framça, Nicolas Sarkozy, que tembém preside o Conselho da União Européia. (págs. 1, A4 e A5)
Notas e informações: Um fundo sem dinheiro
O Congresso aprovou a criação do Fundo Soberano, mas não a dotação de recursos. Em termos fiscais, o governo teria opção melhor. (págs. 1 e A3)
Gol tem metade dos vôos com atraso
Com problemas operacionais desde sábado, a Gol voltou ontem a liderar o ranking de atrasos em vôos nos principais aeroportos do país, com índice de 49,1%, às 20 horas. Para o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a companhia sofre os efeitos da demissão de funcionários. A Gol diz que "problemas pontuais" foram "completamente solucionados". Trabalhadores do setor que ameaçavam fazer greve amanhã chegaram a acordo com as empresas e descartaram paralisação. (págs. 1 e C5)
Investigação mostra que banco suíço usava doleiros
Documentos apreendidos pela Polícia Federal indicam que doleiros atuavam dentro do escritório do Credit Suisse no Brasil. Depoimentos de duas ex-funcionárias do banco e de um doleiro reforçam indícios de que o escritório servia de base para remessas ilegais de dinheiro. O banco nega suspeita. (Págs. 1 e B8)
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Jornal do Brasil
Manchete: Viagens de fim de ano em risco
Sem acordo com as empress aéreas sobre o reajuste salarial da categoria, os aeroviários ameaçam entrar em greve amanhã - véspera de Natal. É mais um ingrediente à receita de fim de ano que complica a vida dos passageiros nos principais aeroportos do país, como os de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. Ontem, a Infraero voltou a registrar atrasos. Houve demora em quase 30% dos vôos. Apesar dos problemas, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ronaldo Seroa, comemora: os atrasos estão menores se comparados aos do ano passado, diz. (págs. 1, País A10 e Editorial A8)
Lula e BC divergem sobre projeção
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, anunciou ontem a estimativa de 3,2% para o crescimento do PIB no ano que vem, projeção diferente da equipe econômica do governo. O presidente Lula divergiu publicamente e voltou a prever alta de 4%. (págs. 1 e Economia A18)
Brasil e França em lua-de-mel
Em visita ao Rio, ao lado da primeira-dama Carla Bruni, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, participou de um seminário no qual empresários pediram maior aproximação do Brasil com a União Européia, "quando não for possível avançar nos acordos do Mercosul e UE". Mais cedo, Sarkozy defendera o assento permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU, "para ajudar a enfrentar os desafios do planeta". Foi assinado ainda o Plano de Ação, com acordos bilaterais de defesa, energia nuclear, biotecnologia e nanotecnologia. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A6)
Indústria bélica francesa mira futura venda de caças (págs, 1 e Tema do dia A6)
Prefeitura manda a conta do Pan
As contas do Pan-2007 vão parar na Justiça. A prefeitura reivindica do comitê organizador da competição o pagamento de R$ 8 milhões em despesas extras bancadas pelos cofres municipais para garantir o evento, cujo orçamento original sofreu estouros sucessivos. (págs. 1 e Cidade A14)
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Correio Braziliense
Manchete: Plano regulariza 389 igrejas no DF
O Governo do Distrito Federal concluiu projeto de lei que regulariza a ocupação de lotes em área pública por igrejas. A proposta enviada ao Legislativo no último dia 10, com votação prevista para o início de 2009, estabelece que 389 templos têm condições imediatas de atender às exigências legais. A maioria deles está situada em Samambaia, Recanto das Emas e Santa Maria. Outras 86 associações religiosas podem ser legalizadas, desde que os parlamentares aprovem a mudança de destinação para uso do terreno. A mensagem do Executivo inclui 1.001 instituições que não têm registro imobiliário e, por essa razão, levarão mais tempo para serem legitimadas. O plano do GDF é uma iniciativa para disciplinar a ocupação das igrejas, que despertam grande interesse eleitoral. No primeiro semestre, os distritais incluíram 600 emendas na proposta inicial, com a distribuição de mil lotes vazios a grupos religiosos. Diante das irregularidades, a votação foi anulada. Confira as localidades autorizadas pela Terracap para cultos. (págs. 1 e 25)
Os amores de Sarkozy
Durante a 2ª Cúpula Brasil-União Européia, Nicolas Sarkozy elogiou Lula e defendeu vaga permanente do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, além de firmar pacto estratégico. Em agenda paralela, a primeira-dama, Carla Bruni, atraiu holofotes ao visitar banco de leite. (págs. 1, 22 e 23)
Para o BC, crescimento será de 3,2%
A previsão do Banco Central contraria a meta estabelecida pelo presidente Lula e pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Pela primeira vez em seis anos, o governo registra queda nas contratações. (pág. 1 e Tema do dia, págs. 14 e 16)
Custo do Judiciário é o maior
De 2003 a 2008, o salário médio do servidor da Justiça subiu para R$ 13.999, um acréscimo de 88%, mais do que a inflação do período. Entre as justificativas, está a substituição dos terceirizados. (págs. 1 e 3)
Decola! Um terço dos vôos atrasados
Ministro Nelson Jobim culpa as demissões na Gol pelas decolagens mais de meia hora após o previsto nos principais aeroportos. (págs. 1, 12 e 13)
Concurso de R$ 14 mil só até hoje
A Advocacia-Geral da União encerra às 23h59 o prazo de inscrição para a seleção que vai preencher 86 vagas em 19 estados e no DF. Só bacharéis em direito registrados na OAB podem concorrer. (págs. 1 e 19)
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Valor Econômico
Manchete: Tolerância de fornecedor alivia o aperto de crédito
No auge da crise financeira internacional, entre setembro e outubro, a Harald Indústria e Comércio de Alimentos, produtora de confeitos, cremes e doces, de Santana de Parnaíba (SP), chegou a ter o crédito para importação suspenso por produtores de gorduras da Malásia, que exigiram pagamento à vista por falta de crédito bancário. Mas os fornecedores brasileiros não suspenderam nem por um momento a venda faturada para pagamento em até 90 dias das encomendas de leite, açúcar e cacau.
A rede de material de construção Dicico ganhou até mais prazo dos fornecedores depois da crise. O prazo médio de pagamento passou de 90 dias para 120 dias e até 150 dias. "Com a retração da demanda, o varejista só pode comprar com um prazo extra", disse o presidente da Dicico, Dimitrios Markakis. Os pequenos fornecedores, que dependiam de bancos médios e factorings para obter crédito, estão sendo ajudados pela própria Dicico, que recompra suas duplicatas antes do vencimento.
Segundo Markakis, o crédito mercantil cresceu muito depois da crise internacional. "Só compramos do fornecedor que aumentar o prazo de pagamento. O varejo está com margem apertada e não dá para pagar juros. Não há hipótese de depender do crédito bancário", disse.
De 1996 a 2007, o crédito mercantil - obtido pelas empresas junto a seus fornecedores - cresceu 168% em termos reais, enquanto o crédito bancário aumentou 117%. Nos primeiros nove meses deste ano, porém, o crédito bancário deu um salto de 23,5%, enquanto o mercantil aumentou apenas 3,3%. Em setembro, o crédito mercantil somava R$ 271,4 bilhões e o bancário tomado por essas empresas, R$ 674,4 bilhões.
Os números fazem parte de estudo feito pela Serasa, baseado nos balanços de 60 mil empresas, responsáveis pela captação de 70% do crédito para pessoas jurídicas do mercado.
O quadro mudou radicalmente desde então, mostra a experiência das empresas. "Com o crédito caro e escasso nos bancos, as parcerias entre empresas voltaram a se fortalecer", disse o gerente da Serasa, Mário Torres. (págs. 1 e C3)
Queda do emprego
Pela primeira vez desde 2002, o Brasil teve queda no emprego formal em novembro. Houve perda de 40,8 mil postos de trabalho, ou 0,13%, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. (págs. 1 e A6)
Inflação de 2009 perto da meta
Enquanto as projeções para a economia brasileira em 2009 pioram, as estimativas para a inflação feitas no pós-crise são melhores que as anteriores. Tanto o Banco Central como os analistas já projetam um índice de preços ao consumidor mais próximo ao centro da meta, de 4,5%. Enquanto o BC trouxe sua projeção para 4,7%, as estimativas dos analistas para o IPCA variam de 4% a 5%.
A maioria dos economistas espera que a retração no preço das commodities e a desaceleração do crescimento econômico continuem a pesar mais no comportamento da inflação do que o aumento da taxa de câmbio. Para alguns, os preços no atacado podem, inclusive, iniciar 2009 com deflação. (págs. 1, A4 e A5)
Petrobras revê custos de projetos
A Petrobras espera queda de preço de equipamentos e serviços e conta até com a possibilidade de renegociação de cerca de 700 projetos que tem em portfólio. Por isso, o plano de negócios para 2009-2013 foi adiado.
Para o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, até agora os preços de insumos para equipamentos e fretes não acompanharam a queda do petróleo. "O preço do aço caiu 40% e isso vai ter que se refletir no (nosso) custo de alguma maneira", disse. Ele admitiu que esse é o caso das plataformas P-61 e P-63, cujas propostas de preço foram abertas sem que a estatal tenha decidido levar a encomenda adiante. A possibilidade de nova licitação não está descartada. (págs. 1 e B7)
Energia descontratada
As distribuidoras tiveram nos últimos dez meses que recorrer ao mercado à vista devido a frustrações na energia contratada. Uma das causas é a revisão das contas para distribuição de energia de Itaipu, diz Antônio Fraga Machado, da Câmara de Comercialização. (págs. 1 e B8)
Mudanças em fundos
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai reformular em 2009 as regras das indústrias de fundos. Alguns dos alvos são a contabilização dos ativos sem liquidez e a sincronia entre o prazo dos ativos em carteira com o de resgate dos fundos. (págs. 1 e Cl)
Negócio fechado
O Banco do Brasil assinou ontem com o governo de São Paulo contrato de compra de ações de controle da Nossa Caixa. A Nossa Caixa deverá continuar a operar como companhia aberta pelo prazo de um ano. (págs. 1 e C3)
Idéias
José Eli da Velga: economistas ainda cultuam a idéia de que crescimento é indispensável ao desenvolvimento. (págs. 1 e A11)
Idéias
Raymundo Costa: desempenho de Dilma nas pesquisas está abaixo do esperado pelo presidente Lula. (págs. 1 e A8)
Dólar caro leva turistas para o Nordeste
Quem for ao Nordeste neste verão provavelmente não verá nenhum sinal da crise econômica. Com o dólar mais caro, muita gente cancelou férias no exterior e os hotéis e resorts nordestinos estão animados com as reservas. O fluxo de turistas para a região deve crescer 10%, segundo o Ministério do Turismo. E há quem esteja comemorando um crescimento maior, como a operadora CVC: 30%.
A Resorts Brasil, que representa 48 empreendimentos, boa parte no Nordeste, acredita que a alta temporada só será comparável com a do verão de 2005. O complexo baiano Costa do Sauípe já tem 90% dos quartos vendidos em janeiro e mais de 75% em fevereiro. As taxas são 25% maiores do que há um ano. "Estamos deitando e rolando", diz Alexandre Zubaran, seu presidente. (págs. 1 e B1)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Crédito opõe bancos de médio porte e BC
Os bancos de pequeno e médio portes não estão tão otimistas quanto o governo em relação ao desempenho do crédito no próximo ano. Num cenário otimista, Renato Martins Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), estima alta para as novas concessões da ordem de 9% em 2009. “Aquela exuberância do crédito não vai mais existir”, diz ele, lembrando que a fase de 25% de aumento, em média, ficou para trás.
Oliva acredita em recuperação para o mercado apenas em 2010 e um retorno à normalidade somente em 2011. A redução dos financiamentos e empréstimos será decorrente de vários fatores, entre eles a liquidez, afetada pelas captações de recursos externos, hoje quase inexistentes em virtude da crise financeira mundial e que respondem por 15% do total captado pelo País; e o menor preço das commodities, que impactará o desenvolvimento da economia nacional, tradicional exportadora de matérias-primas.
Mário Mesquita, diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), reconhece que a oferta de crédito ainda não retornou ao patamar anterior à crise, mas prevê que a alta “será de dois dígitos em 2009”. Ele afirma que o setor ainda precisa assimilar as medidas tomadas pelo BC para voltar a conceder recursos. “Demora um certo tempo até o mercado absorver as medidas e se adequar a elas em sua totalidade”, afirmou. “Entre as instituições financeiras, a situação está bem encaminhada. O conforto para emprestar para os clientes é que não retornou ao patamar anterior. É uma segunda etapa.” (págs. 1 e B1)
Empresariado pede mudanças tributárias e trabalhistas
Apesar de todos os avanços obtidos, o Brasil ainda tem muito a fazer, segundo empresários presentes no 2º Encontro Empresarial Brasil-União Européia, realizado ontem no Rio de Janeiro. Eles acham necessário eliminar a bitributação sobre produtos exportados e também as taxas cobradas sobre determinados setores. Defenderam ainda a flexibilização da legislação trabalhista e a simplificação da complexa estrutura fiscal brasileira.
No encontro, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defenderam uma ampla reforma do sistema financeiro internacional e a revisão do papel do Fundo Monetário Internacional (FMI). (págs. 1, A6 e A7)
Banco Central prevê PIB de 3,2%
O Banco Central espera um crescimento de 3,2% do PIB no próximo ano. O percentual está abaixo do previsto pelo Ministério da Fazenda, que tem como meta o incremento de 4% na economia. (págs. 1 e A4)
Governo prepara versão moradia do Bolsa Família
A Parceria Público Privada com uma grande empreiteira nacional para a construção de 200 mil habitações populares em todo o País, com prioridade para a região Nordeste, deverá fazer parte do pacote de medidas governamentais aguardado tão ansiosamente pela indústria da construção civil. Com viés bem popular, o pacote será, na verdade, uma versão moradia do Bolsa Família, tendo também como foco as eleições presidenciais de 2010. (págs. 1 e D2)
Tesouro direto
Venda de títulos públicos cresce 373%. (págs. 1 e B3)
GM pára Gravataí de novo e Toyota anuncia prejuízo
A GM vai parar pela terceira vez a fábrica de Gravataí (RS) para diminuir estoques e ajustar a produção à demanda. O novo período de férias ocorrerá entre 19 de janeiro e 5 de fevereiro. Os 5,2 mil metalúrgicos já estão parados. Em novembro, trabalharam um dia e, em dezembro, só houve cinco dias de jornada. Em janeiro, estão previstos 9 dias úteis de trabalho.
“Os trabalhadores, que estavam a pleno vapor antes da crise, já temem pelo emprego diante do quadro de incertezas”, afirma Edson Dornelles, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí. A fábrica, que produz o Prisma e o Celta, recebeu investimento de US$ 240 milhões em 2006 para produzir 240 mil carros por ano.
A Toyota Motor Corp., maior montadora do mundo, prevê registrar seu primeiro prejuízo operacional em 71 anos com a queda da demanda. A montadora japonesa deve sofrer perdas de 150 bilhões de ienes (US$ 1,7 bilhão) no ano fiscal que se encerra em março de 2009. (págs. 1 e C1)
Alstom vai equipar Jirau por R$ 1,9 bi
O consórcio vencedor da usina de Jirau, no rio Madeira, liderado pela francesa GDF-Suez, anunciou ontem o fechamento de contrato no valor de R$ 1,95 bilhão para o fornecimento de 28 das 46 turbinas a serem instaladas na usina. Encabeçando o grupo dos fornecedores está a também francesa Alstom, ao lado da Voith Siemens e da Andritz.
“Contratamos a maior parte dos equipamentos com a intenção de colocar a Jirau em funcionamento em fevereiro de 2012. Dessa forma, nós vamos antecipar a entrada da energia no sistema como prometemos”, diz Victor Paranhos, presidente do consórcio responsável pela obra da hidrelétrica.
Marcos Costa, vice-presidente da Alstom no Brasil, comemora a assinatura do contrato que, para ele, consolida a liderança da empresa no mercado hidrelétrico brasileiro. “Agora estamos de olho em Belo Monte”, adianta Costa ao se referir à usina que será a segunda maior do País, atrás somente de Itaipu, e que deve ser licitada no próximo ano.
Jirau, a segunda usina do rio Madeira, terá 3.300 megawatts (MW) de capacidade instalada e os investimentos previstos para a construção da hidrelétrica são de R$ 9 bilhões. (págs. 1 e C2)
Embraer vende 11 jatos à British
A Embraer fechou com a British Airways contrato para a venda de 11 jatos comerciais. São seis modelos 170 e cinco 190SR, que servirão as rotas da BA CityFlyer. O valor do negócio é de US$ 376,5 milhões. (págs. 1 e C1)
Agronegócio
Embrapa terá R$ 1,45 bilhão para custeio e pesquisa, 11,5% mais que em 2008. (págs. 1 e B10)
Gás natural sobe em São Paulo
A partir desta semana, os consumidores paulistas de gás natural dos setores industrial, comercial e veicular pagarão até 22% a mais pelo insumo. O reajuste foi autorizado pela Arsesp, agência que regula o setor em SP. (págs. 1 e C2)
Opinião
Paul Krugman: um caminho para recuperar a economia seria a redução drástica no déficit comercial dos EUA, que cresceu junto com a bolha imobiliária. (págs. 1 e A12)
Opinião
Antonio Penteado Mendonça: daqui a algumas décadas, os historiadores apontarão o esgarçamento moral como um dos traços dos últimos anos no Brasil. (págs. 1 e A3)
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Estado de Minas
Manchete: Ônibus aumenta acima da inflação (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Polícia captura a gangue do arrastão (pág. 1)
Para Nelson Jobim, Gol é responsável por atrasos nos aeroportos (pág. 1)
Lula homenageia Chico Mendes nos 20 anos de sua morte (pág. 1)
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