terça-feira, 23 de setembro de 2008

o Que Publicam os Jornais de Hoje

23 de setembro de 2008

O Globo

Manchete: Incerteza sobre pacote gera instabilidade nos mercados
O mais ambicioso pacote de salvação do sistema financeiro lançado pelos EUA desde a década de 30 não foi suficiente para animar os investidores, levando a uma busca por ativos mais seguros. Com isso, pela primeira vez, o preço do barril chegou a subir US$ 25. No fechamento, recuou para US$ 120,92, com alta de 15,65%, a maior da História. Já o euro foi cotado a US$ 1,4808, com desvalorização do dólar de 2,3%, a maior desde que a moeda única foi lançada em 1999. O ouro subiu 5,1%. As bolsas caíram na Europa, nos EUA e no Brasil. O Dow Jones perdeu 3,27%. A Bovespa recuou 2,86% e o dólar caiu 2,13%, para R$ 1,792. (págs. 1 e 25 a 27)

Lula diz que ‘crise não atravessou o Atlântico’
Depois de elogiar o pacote americano para sanear o sistema financeiro e dizer que o Brasil está em boas condições, Lula disse que “graças a Deus a crise não atravessou o Atlântico”. (págs. 1 e 30)

FGTS: governo desmente o ministro Lupi
O presidente Lula e o ministro Guido Mantega negaram que o governo via liberar o uso de FGTS para compra de ações da Petrobras para capitalizar a empresa. Na véspera, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, confirmou que havia estudos nesse sentido. (págs. 1 e 31)

Ganho anual na renda dos mais pobres é de 7%
Estudo do economista Ricardo Paes de Barros, do Ipea, mostra que, de 2001 a 2007, os mais pobres tiveram ganho anual de 7% na renda. Mas seria preciso manter o ritmo por 18 anos para que se atingisse desigualdade compatível com o resto do mundo. (págs. 1 e 31)

Para Cabral, médicos que faltaram são ‘vagabundos’
A falta de cinco médicos no Hospital Getúlio Vargas, deixando mais de 30 pessoas em atendimento no fim de semana, foi duramente condenada pelo governador Sergio Cabral, que os chamou de “safados” e “vagabundos”. O governador cobrou o fim do corporativismo do Cremerj: “Quero ver o conselho denunciar esses safados”. Alguns dos médicos faltaram sem dar qualquer aviso. (págs. 1 e 19)

Áreas verdes ameaçadas pela política
A Câmara dos Vereadores deve votar hoje um projeto de lei que cria uma nova legislação urbanística para o Itanhangá. Ele permite, inclusive, a ocupação da encosta acima da chamada cota cem (cem metros acima do nível do mar) por pequenos condomínios de casas, nas imediações do Parque Nacional da Tijuca, como informou ontem a coluna Gente Boa, do Globo. O projeto fere seis leis e decretos federais. Na semana passada, o prefeito Cesar Maia sancionou lei que favorece a ocupação por habitações de áreas do Parque do Mendanha. (págs. 1 e 16)

Cesar eleva despesas do seu sucessor
O prefeito Cesar Maia aumentou em 12% as despesas com pessoal no orçamento de 2009, limitando a margem para que os candidatos a lhe suceder cumpram promessas de fazer contratações. Os gastos com funcionários chegaram a 55,8% da arrecadação. (págs. 1 e 9)

Classe média: Gabeira e Jandira sobem
Fernando Gabeira (PV) e Jandira Feghali (PCdoB) sobem na preferência de quem ganha mais de dez salários mínimos, segundo o Datafolha, enquanto Eduardo Paes (PMDB) cresce entre os pobres. (págs. 1 e 3)

SP: Briga entre os tucanos aumenta
PSDB ameaça expulsar Clóvis Carvalho, secretário de Kassab, por ataque a Alckmin. (págs. 1 e 10)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Indefinição sobre pacote esfria mercado
A indefinição sobre o pacote de até US$ 700 bilhões anunciado pelo Tesouro dos EUA para tirar títulos podres do mercado esfriou o ânimo das Bolsas que tinham, disparado na sexta. Em Nova York, o Dow Jones, caiu 3,27% e a Nasdaq 4,17%. As Bolsas na Europa também recuaram. A Bovespa, que subiu 9,57% na sexta, seu melhor pregão desde 1999, teve perda de 2,86%. O que preocupa investidores é que o socorro terá de passar pelo Congresso americano, onde pode ser alterado. Para parte da oposição democrata, o pacote dá poderes demais ao Tesouro.

Os títulos do Tesouro americano, tidos como os mais seguros, foram afetados pelo temor de que o governo dos EUA gaste demais com bancos, gerando inflação e aumentando o déficit. O dólar se desvalorizou ante as principais moedas e recuou 2,13% no Brasil, fechando a R$ 1,792. O petróleo subiu 15,66%, maior alta da história num único dia e terminou a U$120,92. Para o presidente Lula, a crise nos EUA é “mais grave do que parecia seis meses atrás”, e é preciso “cuidar com carinho para as coisas no Brasil não darem uma guinada para trás. (págs. 1 e Dinheiro)

Lula nega ter permitido uso do FGTS em ações
O presidente Lula negou ter decidido permitir o uso do FGTS em nova rodada de investimentos na Petrobras. Lula porém, pediu a auxiliares que avaliassem o formato jurídico do uso do fundo para capitalizar a Petrobras na exploração do pré-sal. Carlos Lupi (Trabalho) já havia confirmado a discussão sobre o uso do FGTS. O governo ficou contrariado com a divulgação da notícia pala Folha, que afetou o mercado de ações e antecipou detalhes sobre uma nova Lei do Petróleo. (págs. 1 e B8)

Para polícia, lei seca pode estar perdendo efeito
A Polícia Rodoviária Federal afirma que a lei seca pode estar perdendo efeito nas estradas federais, já que o ritmo de queda de acidentes vem caindo. Além disso, o número geral de acidentes teve aumento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado.(págs. 1 e C5)

Cotidiano
Pobreza em SP cai mais rápido que no restante do país, afirma estudo. (págs. 1 e C9)

Editoriais
Leia “Partidos atropelados”, sobre disputa no PSDB e “O desafio sul-africano”, acerca de renúncia de Thabo Mbeki. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Países ricos rejeitam ajuda global a bancos
Os demais países ricos resistem a adotar planos semelhantes ao lançado pelos Estados Unidos para socorrer bancos em dificuldade.O G-7, grupo que reúne as nações mais prósperas do planeta, divulgou comunicado prometendo que os governos vão "manter uma cooperação estreita e elevada".

Mas autoridades européias e asiáticas descartaram a idéia de lançar pacotes de regaste financeiro. "O governo pensa que medidas como as adotadas nos EUA não são necessárias", disse o vice-ministro de Finanças do Japão, Kazuyuki Sugimoto.

Essa resistência foi um dos fatores que produziram ceticismo nos mercados globais no primeiro dia útil após a divulgação dos detalhes do plano da Casa Branca. Também pesou a avaliação de que o pacote será insuficiente para evitar que a economia americana entre em recessão.

O clima de pessimismo provocou reação forte no mercado de petróleo e a cotação do barril teve alta de 15,66%, a maior já registrada num único dia. As bolsas de valores tiveram perdas expressivas. A de Nova York caiu 3,27% e a bolsa eletrônica Nasdaq, 4,17%. A Bovespa recuou 2,86%. (págs. 1, B1 a B9 e B14)

Lula desmente uso do FGTS para financiar o pré-sal
O presidente Lula classificou como "abominável" e "irresponsável" a versão segundo a qual o governo estuda autorizar o uso de FGTS para a compra de ações da Petrobras, com o objetivo de reforçar investimentos para explorar as jazidas do pré-sal. Com a declaração, Lula desautorizou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que havia confirmado a idéia. (págs. 1 e B11)

Frase:
Lula
Presidente: "Eu acho irresponsável porque isso mexe com o mercado, por uma coisa que eu nunca falei".

Notas e Informações: Enquanto o socorro não chega
No exterior, anunciam-se planos para melhorar a supervisão do setor financeiro. No Brasil, os controles melhoraram muito desde os anos 90. Aqui, a lição das crises foi aproveitada. (págs. 1 e A3)

Alckmin ignora Serra e volta a atacar Kassab
A ação do governador José Serra para tentar estancar a crise no PSDB e salvar a aliança com o DEM ainda não surgiu efeito. Na propaganda no rádio e na TV, Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab continuam a trocar ataques diretos. A situação agrava a divisão interna do PSDB e já preocupa a cúpula do partido, que decidiu cobrar entendimento a menos de 15 dias da eleição. O presidente nacional da legenda, senador Sérgio Guerra (PE), pediu mais respeito para que os dois partidos estejam juntos no segundo turno contra a petista Marta Suplicy. “Isso só ajuda o adversário, que é o PT”, disse. (págs. 1 e A4)

"Eleitor não quer agressão"
Alckmin e Kassab deveriam evitar os ataques mútuos, recomenda o deputado Arnaldo Madeira (PSDB–SP). “O eleitor não gosta de campanha agressiva”, diz. “O melhor é fazer campanha sem ataques”. (págs. 1 e A4)

"Carvalho é oportunista"
O deputado José Aníbal disse que o também tucano Clóvis Carvalho, que integra a administração Kassab, é “oportunista” e “insignificante” por ter criticado o tom de Geraldo Alckmin na disputa pela prefeitura de São Paulo. (págs. 1 e A4)

Artigo: Visão estratégica
Rubens Barbosa: Se vencer em São Paulo, o PT terá impulso na disputa presidencial (págs. 1 e A2)

Quadrilha faz chacina na fronteira com Paraguai
Uma disputa entre gangues de traficantes do oeste do Paraná deixou 15 mortos em Guaíra – cidade próxima ao Paraguai, estratégica para o narcotráfico. Segundo a polícia, a causa do massacre foi uma dívida de R$ 4 mil. Ao menos 200 policiais estão mobilizados para achar os autores, que teriam vindo do Paraguai, de barco. (págs.1 e C1)




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Jornal do Brasil

Manchete: Governo vai aumentar multa por embriaguez
O governo decidiu jogar duro contra motoristas que dirigem embriagados. O ministro das Cidades, Márcio Fortes, envia hoje à Casa Civil uma série de alterações no Código de Trânsito Brasileiro. A principal vai doer no bolso do infrator: como o valor das multas estava congelado, a atualização obrigará os motoristas flagrados bêbado a pagar R$ 1.625. E sem direito a parcelamento. (págs. 1 e Informe JB A4)

Dia nervoso nas bolsas, mesmo com US$ 700 bi
As bolsas de valores dos EUA sofreram queda superior a 3% ontem em razão das incertezas sobre o uso dos US$ 700 bilhões do governo para conter a crise no mercado financeiro do país. O comportamento se refletiu no Brasil, onde a Bovespa caiu 2,86%. (págs. 1 e Economia A19)

Aposentado poderá ganhar mais em 2009
O governo quer emplacar, no próximo ano, uma política de recuperação salarial para cerca de 7 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O reajuste, superior ao concedido nos últimos anos, ficaria em torno de 7% a 9%. (págs. 1 e País A12)

Presença ostensiva
Reforço – A tropa de 600 soldados da Brigada Pára-quedista na favela do Jacarezinho permitiu que fiscais do Tribunal Regional Eleitoral fizessem uma operação na comunidade. Foram recolhidos 440 quilos de propaganda irregular. (págs. 1 e Eleições A4)

Jean Charles: caso reaberto
O inquérito sobre a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto há mais de três anos ao ser confundido pelo Scotland Yard com um terrorista, foi reaberto em uma corte no Sul de Londres. O júri vai decidir se o brasileiro foi morto ilegalmente. (págs. 1 e Internacional A23)

Polêmica com aborto, drogas, sexo e religião
Os candidatos a prefeito do Rio não concordam sobre as idéias expostas pelo arcebispo emérito do Rio, dom Eugênio Sales, em artigo publicado no fim de semana no JB. Dom Eugênio propõe que os católicos só votem em quem for favorável ao ensino religioso nas escolas públicas e nega apoio aos que são contrários ao aborto e aos que “estão de acordo com a dignificação das anomalias sexuais, da legalização do jogo e das drogas”. (págs. 1, Tema do dia A2 e A3)


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Correio Braziliense

Manchete: Petróleo em disparada
Grandes bancos americanos estão falidos. O governo dos EUA vai gastar pelo menos US$ 700 bilhões para socorrê-los. Logo, o país mais rico do mundo aumentará muito seu endividamento público. Assim, a tendência é que o dólar perca valor frente às principais moedas do mundo. Conseqüentemente, o preço das commodities tende a subir. Fazendo esse raciocínio, especuladores de todos os cantos torpedearam ontem o mercado de petróleo de Nova York. O barril subiu 15,66%, maior alta da história, e fechou cotado a US$ 120,92. Como ficou claro que a crise está longe do fim, várias bolsas de valores voltaram à baixa, inclusive a de São Paulo, que caiu 2,86%. Apesar do salto espetacular do petróleo, analistas afirmam que, por enquanto, a gasolina não ficará mais cara no Brasil. (págs. 1, 14 a 16 e Tema do Dia)

Pior
Em Nova York para participar da Assembléia da ONU, presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que “crise é mais grave do que parecia há seis meses”. (págs. 1, 14 a 16 e Tema do Dia)

...E a popularidade de Lula também
Pesquisa CNT/Sensus revela que bateu em 77,7% o percentual de pessoas que dizem aprovar o desempenho do presidente Lula. Apesar de ostentar o maior nível de aprovação desde a posse, ele não consegue transferir votos para candidatos petistas em sete capitais. (págs. 1, 2 e 3)

Acidentes caem 25% no DF após lei seca. (págs. 1 e 31)

Longe da aldeia
Retiradas do convívio com a tribo por missionários evangélicos, crianças como Kanuayaru, Ely, Makaruti e Inikiru perdem a sua cultura no DF, por falta de estrutura das escolas. (págs. 1 e 27)

Ação para derrubar os bombeiros particulares
Associação reage contra lei de Leonardo Prudente que manda contratar brigadistas. Distrital é dono de empresa no setor. (págs. 1 e 29)

Prefeitura troca dívida por terras
A prefeitura de Águas Lindas (GO) quer se desfazer de 48 lotes públicos — alguns abrigam escola e posto de saúde — para saldar uma dívida de R$ 5 milhões com a Caenge Ambiental, empresa responsável pela coleta de lixo na cidade. Para Ministério Público Estadual, transação é ilegal. (págs. 1 e 11)

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Valor Econômico

Manchete: Tesouro aceita supervisão e "resgate" avança nos EUA
Embora os mercados não tenham reagido bem no fechamento de ontem, avançaram as negociações entre a administração Bush e o Congresso em torno do pacote de US$ 700 bilhões de ajuda a instituições financeiras em dificuldades.

O Tesouro fez várias concessões, concordando com maior supervisão na limpeza dos títulos e fornecendo ajuda a mutuários em dificuldades. Além disso, o governo concordou em assumir participação acionária em empresas beneficiadas pelo plano, medida que pretendia evitar.

Dois grandes temas concentram a discordância: a limitação dos pagamentos a executivos de instituições beneficiadas pelo socorro e mudanças na lei de recuperação judicial, que permitiria aos juízes ajustar as condições das hipotecas.

O secretário do Tesouro, Henry Paulson, alertou diretamente o Congresso a respeito dos perigos da inação e disse que não há um "plano B". O Congresso, por sua vez, quer se assegurar do controle do pacote, cada vez mais caro, de ajuda ao sistema financeiro.

Segundo fontes, também poderiam ser beneficiados pelo resgate créditos para a aquisição de automóveis e dívidas de cartão de crédito, o que poderia obrigar a uma ampliação do pacote.

A receptividade ao plano entre acadêmicos, políticos e analistas de várias matizes foi bastante hostil. Em relação ao pagamento dos executivos, o candidato republicano à Presidência, John McCain, pediu limites. Paulson receia que isso desestimule a adesão ao plano.
Enquanto isso, o banco de investimentos Morgan Stanley negocia uma parceria com o japonês MUFG, que assumiria participação de 10% a 20%.

Desanimados com a ausência de detalhes, os investidores venderam ações e se desfizeram do dólar, que caiu em relação às principais moedas. A Bolsa de Nova York fechou em queda de 3,27% e a Bovespa recuou 2,86%. Em relação ao real o dólar caiu 2% e encerrou o dia em R$ 1,79. Os preços do petróleo subiram 20%, registrando a maior alta da história em um único dia. (págs. 1, C1 a C12 e D2)

Destaques: Perspectivas favoráveis
O mercado financeiro reviu sua projeção para o crescimento da economia neste ano, para 5,17%. A previsão para o aumento do PIB em 2009 permaneceu em 3,60%. As estimativas para o saldo da balança comercial e o ingresso de investimentos estrangeiros em 2008 também subiram. (págs. 1 e A5)


Os fundos que lucraram com a crise
Poucos fundos de investimentos conseguiram enfrentar com galhardia a forte turbulência dos mercados financeiros na semana passada. Levantamento feito pelo Valor com dados do site Fortuna mostra que, surpreendentemente, alguns conseguiram até ganhar dinheiro. Entre os fundos de arbitragem, de uma amostra de 54 carteiras só 14 terminaram bem a semana. Já nos multimercados de gestores independentes, de 66 carteiras 24 não tiveram perdas no período.

As estratégias dos vencedores variaram, mas, de maneira geral, prevaleceu a cautela - ou, mais precisamente, foi bem quem estava pessimista. (págs. 1 e D1)

Idéias: Delfim Neto
Fim da crise depende do restabelecimento da confiança e da precificação dos ativos podres. (págs. 1 e A2)

Atalho para o Oceano Atlântico
O aparente torpor que toma conta das tardes quentes no cerrado do Tocantins esconde o ritmo acelerado de um processo que deve mudar por completo a região e parte dos estados vizinhos. Na pequena cidade de Colinas, a Vale vai construir seu principal terminal multimodal na Ferrovia Norte-Sul, um projeto de mais de 20 anos que finalmente está sendo concluído.

A nova estrada de ferro será o primeiro corredor logístico de grãos entre o interior do país e o porto de São Luís, no Maranhão, o mais próximo dos mercados europeu, americano e asiático. “Uma nova fronteira agrícola será aberta por conta da Norte-Sul”, diz Marcelo Spinelli, diretor comercial de logística da Vale. A empresa pagou R$ 1,5 bilhão para explorar a ferrovia por 30 anos.

A Valec, estatal federal que, apesar do nome, não tem relação com a mineradora, é a responsável pela obra e prevê entregar um dos principais trechos da ferrovia, entre Açailândia (MA) e Palmas (TO), até dezembro do ano que vem. (págs. 1 e A12)

Destaques: União na cana
Quase seis meses após se desligar da Copersucar, a usina São Martinho aliou-se aos grupos paulistas São João e Santa Cruz para formar a Allicom, que será o braço comercial de açúcar e álcool das três companhias. A Allicom nasce como a terceira maior comercializadora do país. (págs. 1 e B12)


Destaques: Venda de ativos
A General Growth Properties, segunda maior empresa de shoppings dos EUA, anunciou que poderá vender ativos para levantar capital após a queda acentuada de suas ações. No Brasil, a GGP tem 50% da Aliansce, dona de 12 centros de compras. (págs. 1 e D6)

Destaques: Paranapanema sai do estanho
A Serra da Madeira, controlada pela mineradora peruana Minsur, comprou os negócios de estanho da Paranapanema – que incluem a Mineração Taboca, principal braço do grupo, e a Mamoré, dona de uma fundição na Grande São Paulo – por R$ 850 milhões. (págs. 1 e B7)

PT corre risco de derrota histórica em Porto Alegre
Pela primeira vez em 20 anos, o PT corre o risco de não passar do primeiro turno na eleição municipal em Porto Alegre, cidade que governou durante quatro gestões consecutivas até 2004. Se a ameaça expressa nas últimas pesquisas de intenção de voto se confirmar, o segundo turno será disputado pelo prefeito licenciado, José Fogaça (PMDB), e pela candidata do PCdoB, Manuela D'Ávila.

O cenário tinha tudo para favorecer a candidata do PT, Maria do Rosário. Além dos altos níveis de aprovação de Lula e da presença de quatro gaúchos no ministério (Tarso Genro, Dilma Rousseff, Nelson Jobim e Guilherme Cassel), os petistas tinham pela frente, de um lado, uma administração municipal vista pela população como sem iniciativa e carente de projetos e, de outro, um governo estadual, comandado por Yeda Crusius (PSDB), acuado por uma onda de denúncias de corrupção, sem condições de alavancar uma candidatura viável.

Mesmo assim, e apesar de ter largado em abril com uma pequena dianteira de cerca de três pontos sobre Manuela, pesquisas apontam Rosário em terceiro lugar. As duas candidatas travam agora uma briga pela identificação com o presidente da República. (págs. 1 e A7)

Destaques: Foco Ampliado
Samsung inicia produção de câmeras fotográficas digitais em Manaus. A intenção é aproveitar os incentivos fiscais para reduzir preços e disputar a liderança do mercado como Kodak, Sony e Olympus, diz o vice-presidente regional, José Roberto Campos. (págs. 1 e B2)

Pfizer busca parcerias com pesquisadores e avalia a compra de marcas no país, diz Philippe Crettex (págs 1 e B1)

Idéias: Márcio Garcia
Oferta de crédito deve ser acompanhada de alta da TJLP. (págs. 1 e A11)

Idéias: Rogério Schmitt
Novo marco regulatório para o setor de petróleo caminha para um modelo híbrido. (págs. 1 e A10)

Idéias: Raymundo Costa
A ofensiva fiscalista dos governadores. (págs. 1 e A6)


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Gazeta Mercantil

Manchete: Petróleo tem alta histórica de US$ 16,37
Os mercados têm dado sinais de que ainda há insegurança quanto à ajuda do governo norte-americano ao sistema financeiro. Ontem, o maior sinal das oscilações de humor ficou por conta do preço do barril de petróleo, que disparou US$ 16,37 no fechamento do pregão de Nova York, para US$ 120,92, refletindo as expectativas de melhora na economia mundial por conta do pacote e a baixa do dólar frente ao euro.

Foi a maior alta em um único dia da história da bolsa dos EUA. “Trata-se de uma alta sem precedentes”, diz Antoine Halff, do Newedge Group. Ele também atribuiu o avanço ao vencimento de contratos.

Em contrapartida, as bolsas de Wall Street encerraram o dia em território negativo. O índice Dow Jones caiu 3,27%, nos 11.015 pontos. O índice S&P 500 recuou 3,82%, nos 1.207 pontos, e o Nasdaq perdeu 4,17%, nos 2.178 pontos. (págs. 1 e C2)

Pesquisa: Avaliação positiva de Lula bate recorde (págs. 1 e A8)

Mercado reduz projeção de IPCA e eleva a do PIB
Analistas consultados pelo Banco Central (BC) projetam um cenário favorável para a inflação e o crescimento econômico em 2009. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá fechar em 6,23% no ano, abaixo dos 6,26% estimados na semana anterior. O PIB deve crescer 5,17% e superar os 5,01% projetados na semana anterior, de acordo com o relatório do BC.

Os dados da balança comercial divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apresentaram superávit de US$ 839 milhões na 3ª semana de setembro e um acumulado de US$ 19,298 bilhões no ano. Apesar da reação, o resultado apresenta queda de 65,3% em relação a igual período em 2007. (págs. 1 e A4)

Bancos de investimento sucumbem com a crise
Principal protagonista e também um dos segmentos mais afetados pelo colapso do mercado de hipotecas de alto risco dos Estados Unidos, os bancos de investimento da maneira como estão hoje deverão desaparecer e poucos devem sobreviver somente como tal, particularmente nos Estados Unidos, opinam os analistas.

Entre os cinco mais importantes do mercado norte-americano, apenas um ainda anda sobre as próprias pernas, o Goldman Sachs, que, no entanto, deverá diversificar a atuação para sobreviver. Na semana passada, o Lehman Brothers sucumbiu, entrando em processo de concordata, o Merrill Lynch foi comprado a preço de ocasião, assim como o Bear Stearns em março, e o Morgan Stanley saiu em busca de um parceiro para livrá-lo da derrocada.

Márcio Peppe, sócio-diretor da BDO Trevisan, diz que a crise não arranhou apenas as marcas das empresas, mas sobretudo a imagem da atividade, o que gera receio do investidor, principal fonte de negócios desse segmento. (págs. 1 e B2)

Economia forte faz setor de seguros crescer
A perspectiva do mercado brasileiro de seguros é de crescimento consistente no curto e médio prazos. Este é o principal destaque de um relatório que a Fitch Ratings, agência internacional de classificação de risco, divulga hoje. O crescimento econômico, aliado à recente abertura — em abril deste ano — do mercado de resseguros, garante o desempenho positivo do setor, que já responde por 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) e apresenta expansão anual de 14% do consumo per capita de produtos de seguros entre 2003 e junho deste ano.

Em entrevista à Gazeta Mercantil, o diretor-sênior da Fitch para a América Latina, Franklin Santarelli, diz que o desempenho será puxado pelo fortalecimento da massa salarial. “Com mais renda, a população tem maior possibilidade e adquirir eletrodomésticos, carros e um imóvel e, ao mesmo tempo, comprar produtos de seguros”, avalia. (págs. 1 e B2)

CVM investiga Credit Suisse
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) negou a proposta feita pelo Credit Suisse para encerrar processo no qual o banco é acusado de uso de informações privilegiadas na reestruturação da Embraer. (págs. 1 e B4)

Pirataria de Marcas - Marcas estrangeiras são cada vez mais alvo de cópia no Brasil (págs. 1 e A10)

Marketing - Miami faz campanha para brasileiros endinheirados (págs. 1 e C2)

Opinião: Ariverson Feltrin
A gasolina comum no Brasil é vendida no posto da esquina por R$ 2,28. É simplesmente 79% mais cara do que similar americana. (págs. 1 e A2)

Opinião: Luiz Guilherme Piva
Uma leitura política da crise financeira americana evidencia uma espantosa passividade da sociedade e das instituições políticas e o poder inquestionável da tecnocracia. (págs. 1 e A3)

Opinião: Augusto Nunes
Se o País tivesse juízo, obrigaria o ministro Nelson Jobim a devolver a toga e pedir perdão ao povo por ter infiltrado na Constituição de 1988 dois artigos não votados. (págs. 1 e A8)

Brasil Ecodiesel hipoteca usina no Sul do país
A Brasil Ecodiesel anunciou ontem a renúncia do diretor de Relações com Investidores, Ricardo Viana, e a hipoteca de sua unidade de São Luiz Gonzaga (RS). Também ontem, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) cancelou contratos de biodiesel arrematados pela empresa. (págs. 1, A4 e C10)

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Estado de Minas

Manchete: Crise já ameaça até bolso do Papai Noel (pág. 1)

Aprovação recorde eleva cacife eleitoral de Lula (pág. 1)

Renda de pobres cresce 7 vezes mais que a de ricos (pág. 1)

Lei seca reduz em 11% as mortes em Minas (pág. 1)

Disputa pela PBH esquenta na Justiça (pág. 1)

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Jornal do Commercio

Manchete: Greve de servidores fecha ambulatórios
Após movimento dos médicos começou ontem a paralisação dos demais servidores. Pacientes voltaram a sofrer nos hospitais e gente com consulta marcada há mais de um mês perdeu a viagem. A Secretaria de Saúde promete empenho para aliviar o drama. (pág.1)

Popularidade de Lula é recorde, segundo pesquisa CNT/Sensus (pág. 1)

Levantamento do Ipea mostra evolução social dos brasileiros (pág.1)

Sentença sobre uso da máquina da PCR sai hoje (págs.1)

Protesto pára obra do estaleiro de Suape (pág.1)

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