27 de setembro de 2008
O Globo
Manchete: Empresas brasileiras têm perdas recordes na bolsa
O anúncio de que grandes exportadoras - Sadia e Aracruz - tiveram perdas no mercado de câmbio derrubou a bolsa brasileira. As ações da Sadia se desvalorizaram 35,48% depois que a companhia admitiu prejuízo de R$ 760 milhões. A Aracruz, em queda de 16,81% contratará uma consultoria para calcular perdas. A Bovespa caiu 2,02%, a segunda pior baixa no mundo. O BC vendeu dólares, mas não impediu a alta de 1,59%, a R$ 1,851. Estudo revela que, em 2007, cem de 275 companhias abertas brasileiras operavam com derivativos, informa Flávia Oliveira. O Congresso americano e o presidente Bush esperam fechar o pacote de ajuda até segunda-feira. (págs. 1, 33 a 39 e Míriam Leitão)
Estagiário ganha férias e carga horária
O presidente Lula sancionou lei que garante direitos a estagiários, como férias remuneradas de 30 dias e auxílio-transporte. Para universitários, a carga horária será limitada a seis horas diárias. Advogados e dentistas poderão contratá-los. (págs. 1 e 40)
Calote do Equador no BNDES vai para o BC
O Banco Central brasileiro poderá ter que desembolsar US$ 242 milhões para honrar empréstimo feito pelo BNDES à Odebrecht, que construiu uma usina hidrelétrica no Equador e acabou sendo expulsa do país. O governo de Rafael Correa se recusa a pagar o financiamento porque as obras apresentaram problemas. O empréstimo do BNDES é garantido pelo BC. (págs. 1 e 40)
Governador se irrita com Judiciário
O Tribunal de Justiça autorizou o sequestro de R$ 3 milhões da Suderj para pagar dívidas antigas. A medida irritou o governo do estado, que vê retaliação por Cabral se opor ao reajuste do salário dos servidores da Justiça em 7,2%, informa Ancelmo Gois. (págs. 1 e 30)
Candidatos protestam contra Cesar
A presença de servidores municipais e a do prefeito Cesar Maia num ato com Solange Amaral (DEM) provocaram protestos dos demais candidatos à prefeitura. Chico Alencar (PSOL) entrou com representação no TRE pedindo a cassação do registro de Solange por abuso do poder econômico. (págs. 1 e 3)
Aécio pede aliança para o "pós-lulismo"
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse que o PSDB deve buscar novos aliados para as eleições de 2010: "Teremos condições de construir uma aliança para o pós-lulismo." (págs. 1 e 12)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Kassab abre vantagem sobre Alckmin
Gilberto Kassab (DEM) abriu quatro pontos percentuais sobre Geraldo Alckmin (PSDB) na corrida pela Prefeitura de São Paulo, mostra nova pesquisa Datafolha. O prefeito oscilou dois pontos percentuais para cima e foi a 24% enquanto o tucano variou dois para baixo e chegou a 20%. Como os dois estão empatados no limite da margem de erro (dois pontos para cima ou para baixo), a probabilidade de Kassab estar à frente é bem maior. Marta Suplicy (PT) se manteve em primeiro lugar, com os mesmos 37% das duas pesquisas anteriores. Nas três simulações de segundo turno realizadas ocorreu empate técnico entre esses três candidatos. No Rio, Eduardo Paes (PMDB) lidera a disputa com 29%. Fernando Gabeira (PV) subiu quatro pontos, para 15% e empata tecnicamente com Marcelo Crivella (PRB) 18%, e Jandira Fegalli (PcdoB), 13%. (págs. 1 e Brasil)
Estagiário agora tem direito a férias pagas
O presidente Lula sancionou a lei que garante aos estagiários direito a férias remuneradas e auxilio-transporte; estabelece ainda carga de trabalho máxima de seis horas diárias e 30 semanais. O estágio poderá ser realizado por até dois anos. Quando se tratar de portador de deficiência, não haverá limite de duração. (págs. 1 e B13)
Perdas de grupos brasileiros fazem Bovespa cair 2%
Afetadas pelas perdas de empresas exportadoras como a Sadia e a Aracruz Celulose no mercado financeiro internacional, a Bovespa encerrou em queda de 2,02%. Apesar da nova atuação do Banco Central brasileiro no mercado ontem, com leilão de US$ 500 milhões, o dólar subiu 1,59% e fechou o dia valendo R$1,851. (págs. 1 e B4)
Editoriais
Leia "Do pânico à política", sobre plano contra crise nos EUA; e "Confusão de papeís", acerca de direito à informação. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Kassab abre 5 pontos sobre Alckmin
A dez dias do primeiro turno, Gilberto Kassab (DEM) abriu 5 pontos percentuais de vantagem sobre Geraldo Alckmim (PSDB) na disputa pela vaga no segundo turno da eleição paulistana. O prefeito tem agora 25% das intenções de voto, contra 20% do tucano, mostra pesquisa do Ipobe para o Estado.
Kassab e Alckmin estão tecnicamente empatados, porque a margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, mas apenas a trajetória do prefeito é ascendente - o ex-governador vem caindo desde julho quando tinha 31%. Além disso, Kassab voltou a subir em todas as faixas do eleitorado. Marta Suplicy (PT), por sua vez, liderou a corrida com os 35% da pesquisa anterior. Na projeção para o segundo turno, Marta e Kassab surgem empatados - ela com 45%, e ele com 44%.
Na pesquisa anterior, a petista estava 6 pontos à frente. Se a disputa for entre Alckmin e a ex-prefeita, a simulação mostra empate de 45% a 45%. A rejeição ficou inalterada. Marta aparece com 32%, Kassab, com 24% e Alckmin, com 13%. No Rio, Eduardo Paes (PMDB) passou de 27% para 29% e Marcelo Crivella (PRB) oscilou de 23% para 24%, mantendo-se o empate técnico. (págs. 1, A4 e A12)
Especulação de exportadores com câmbio derruba bolsa
Perdas cambiais anunciadas pela Sadia e Aracruz provocaram nervosismo no mercado doméstico, já em suspense com a demora na aprovação do pacote americano para salvar bancos. As ações da Sadia tiveram uma queda de 37,79%. Os papéis da Aracruz caíram 17,29%. O temor do mercado era que outros exportadores também pudessem ter posições agressivas em derivativos. (págs. 1 e B1)
Três bancos negociam a compra do Wachovia
O Banco Wachovia, o sexto maior dos EUA, estava negociando ontem sua venda com ao menos três bancos: os americanos Wells Fargo e Citigroup e o espanhol Santander. Com US$ 122 bilhões em papéis relacionados a hipotecas, o Wachovia é visto como o maior candidato a sucumbir à crise financeira do país. Só ontem, as ações do banco caíram 27%. (págs. 1 e B9)
Presidente da CNBB pede punição a torturadores
O presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, defendeu ontem a abertura dos arquivos do regime militar e a punição dos torturadores a serviço da ditadura. "Perdão não é sinônimo de impunidade", disse o bispo. (págs. 1 e A17)
Intercâmbio no exterior atrai alunos da classe C
A participação de estudantes brasileiros da Classe C em intercâmbios no exterior cresceu 15% em três anos, segundo operadoras do setor. Entre os motivos está a maior inserção dessa faixa no ensino superior. (págs. 1 e A29)
Dispara apreensão de drogas entre SP e Rio
A apreensão de crack subiu 579% e a de cocaína, 128% de janeiro a julho deste ano sobre igual período de 2007 nas estradas federais que cortam São Paulo. A Dutra, sentido São Paulo-Rio, teve o maior volume. (págs. 1 e C1)
O que vem antes do pré-sal
O que priorizar na exploração das reservas de petróleo e gás? Começar pelo mais acessível parece o mais sensato. O retorno será mais rápido e isso facilitará a exploração do pré-sal. (pág. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Caem os casos de bala perdida no Rio
Os casos de ferimento ou morte por balas perdidas - o maior temor dos cariocas (57% dos entrevistados), segundo pesquisa recente feita pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) - estão em queda no Estado. De acordo com os registros, oito pessoas morreram nessas circunstâncias e outras 127 ficaram feridas de janeiro a junho. O número é alto - quase um por dia - mas é 21,1% menor na comparação com o mesmo período do ano passado, quando 171 pessoas foram atingidas - 135 na capital - 12 delas morreram. O Rio foi a região que mais registrou vítimas: cinco. Mas em 2007 foram registrados 12 casos. (pág. 1 e Cidade, pág. A17)
Governo decide o que revelar
O governo vai autorizar a abertura dos arquivos da ditadura ainda este ano, assim que definir os critérios. Mas, de acordo com o ministro interino da Justiça, Luís Paulo Teles Barreto, pastas secretas e ultra-secretas ficarão sob sigilo para a segurança do Estado. (pág. 1 e País, pág. A12)
Nos EUA, o difícil acordo contra crise
A tensa semana nos Estados Unidos - provocada pelas negociações no Congresso em torno da aprovação do pacote de US$ 700 bilhões para ajuda ao setor financeiro - terminou sem acordo, mas com o consenso entre republicanos e democratas: o plano é necessário e deve ser aprovado em breve. As bolsas americanas encerraram o dia sem rumo definido, mas a Bovespa e as bolsas da Europa caíram. (pág. 1 e Tema do Dia, págs. A2 e A3)
Tráfico de animais sofre golpe em PE
Treze pessoas foram presas em Caruaru (PE) numa ação contra o tráfico de animais silvestres. Foram apreendidos 1.215 pássaros, 15 jabutis, um tatu e um veado. (pág. 1 e País, pág. A11)
Bancos têm maior margem de lucros
Os juros cobrados pelos bancos para pessoa física subiram de 51,4% ao ano, em julho, para 52,1% no mês de agosto. A taxa do cheque especial foi de 162,7% para 166,4%. (págs. 1 e Economia A18)
Banheiros no Aterro são embargados
A solução de um problema para os freqüentadores do Aterro vai demorar. A construção de banheiros foi embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional por falta de autorização. (pág. 1 e Cidade, pág. A14)
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Correio Braziliense
Manchete: Tiros em frente a escolas atingem duas estudantes
Dois bandidos que haviam acabado de disparar contra portão do Centro de Ensino Fundamental 12, de Taguatinga, trocam tiros com policiais civis. Durante o confronto no meio da rua, as balas acertaram duas alunas do Instituto Jesus, Maria e José. Uma das vítimas, de 14 anos, foi liberada do hospital horas depois. A outra, de 13 anos, passou por cirurgia para retirar projétil do abdômen. (págs. 1 e 37)
Aracruz e Sadia derretem na bolsa
Ações das duas grandes empresas brasileiras caíram 16% e 35%, respectivamente. Investidores venderam os papéis depois da revelação de que ambas perderam milhões de reais ao apostar contra o dólar no mercado futuro. Por causa da crise global, a moeda estrangeira ganhou valor frente ao real e prejudicou quem investiu no sentido contrário. (págs. 1 e 23)
Combustíveis mais baratos em Brasília
Em alguns postos do Distrito Federal, o litro de álcool é vendido a R$ 1,29. O de gasolina, a R$ 2,18. Esses valores são próximos dos praticados em São Paulo, mercado próximo dos centros produtores e tradicionalmente mais barato do que o resto do país. Em Brasília, redução se dá por causa da competição entre os postos. (pág. 1 e 20)
Corrida atrás do iPhone
Preços salgados de R$ 899 a R$ 2,6 mil não evitaram filas nas lojas no primeiro dia de vendas do celular que funciona como um laptop de bolso. (págs. 1 e 21)
Foro para legalizar terrenos
O DF terá câmara de mediação para encerrar disputas fundiárias em áreas loteadas e ajudar a regularizar condomínios. (pág. 1 e 40)
Longe das ruas
A ação do GDF e da Vara da Infância e da Juventude na Rodoviária resultou em três prisões, 16 adolescentes recolhidos para abrigos, apreensão de drogas, remoção de 116 quiosques ilegais e limpeza do terminal. Além de combater a exploração infantil denunciada pelo Correio, o governo quer transformar o local por onde circulam 600 mil usuários de transporte em um espaço mais humanizado. (págs. 1, 35 e 36)
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Valor Econômico
Manchete: Crédito de curto prazo para empresas mingua
Depois de ter secado as fontes externas de crédito, a crise de liquidez no sistema financeiro internacional atinge em cheio as linhas em reais de curto prazo. "As linhas de crédito à exportação secaram, mas também percebemos um aumento no custo do capital de giro", diz João Nogueira Batista, presidente do frigorífico Bertin.
Segundo João Henrique Marchewsky, presidente da Buettner, indústria de confecções sediada em Brusque (SC), a empresa estudava operações estruturadas como securitização de recebíveis para alongar o perfil do endividamento, mas já recebeu recomendação dos bancos para adiá-las. "Está tudo em banho-maria".
Marchewsky disse ter levado "um susto bem grande" ao perceber o aumento nas taxas de juros dos Adiantamentos de Contrato de Câmbio e Cambiais Entregues (ACC e ACE). Há poucos dias, a empresa pagava entre 6% e 7% ao ano nessas linhas, que na quarta-feira passaram a 16,5%. O executivo também já vê diferença nas taxas do capital de giro praticadas pelos bancos, que passaram nos últimos dias de 20% ao ano para em torno de 25%.
Para a Predilecta, fabricante de atomatados e doces no interior do Estado de São Paulo, a taxa de desconto de duplicatas subiu entre 20% e 30%. "Até o mês passado, a taxa estava em 1,1% ao mês e agora passou para algo entre 1,3% e 1,4%", disse Antônio Carlos Tadiotti, sócio da companhia.
A Cia. do Terno, uma das maiores varejistas de vestuário masculino do país, notou o encarecimento das linhas de financiamento de capital de giro. Nas transações garantidas por recebíveis, o custo aumentou 32%, segundo Pedro Paulo Drummond, presidente da empresa. "Há 90 dias, pagávamos juros de 1% ao mês e, agora, a taxa está em 1,32%", diz o executivo.
A julgar pelo humor das instituições financeiras, as empresas podem esperar por mais restrições. Bancos consultados pelo Valor informaram que estão reduzindo os limites para pessoas jurídicas e elevando os juros em 15% nas operações renovadas. Para o próximo ano é esperada uma desaceleração ainda mais forte, disse Kedson Macedo, diretor-executivo de micro e pequenas empresas do Banco do Brasil. (págs. 1, C1 e C2)
Sarney no centro dos embates no Maranhão
Muito mais do que em outros Estados, as eleições no Maranhão mantêm um colorido próprio: as disputas nos principais colégios eleitorais refletem o embate entre o governador Jackson Lago (PDT), antigo aliado petista e hoje próximo do PSDB nacional, e os candidatos da base lulista, atualmente na órbita da família Sarney, principal sustentáculo de Lula no Estado. "Aqui tem dois partidos: Sarney e anti-Sarney. Não existe PSDB, não existe partido", diz Lago, que se aproximou do PSDB desde a posse. (págs. 1 e A14)
União estuda defender bancos no STF
O governo avalia a possibilidade de ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação denominada "Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental" para tentar conter as decisões judiciais que determinam o pagamento de perdas na caderneta de poupança decorrentes de vários pacotes econômicos, como o Plano Verão, de 1989.
A Advocacia-Geral da União começou a trabalhar nesse assunto depois que a Febraban procurou autoridades, do Ministério da Fazenda ao Palácio do Planalto, para sensibilizar o governo de que esse não é um problema unicamente dos bancos nem deve ser tratado caso a caso.
O passivo estimado pelo setor - considerando-se todos os correntistas que tinham depósitos de poupança nos meses de janeiro e fevereiro de 1989, quando o Plano Verão mudou o indexador da economia - é de mais de R$ 100 bilhões. O advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, disse ao Valor que as ações dos correntistas deveriam ser julgadas improcedentes. (págs. 1 e C10)
Idéias
Adilson de Oliveira: transformação do potencial do pré-sal em realidade depende de consenso político. (págs. 1 e 10)
Idéias
Claudia Safatle: problemas que o governo brasileiro terá de enfrentar com a crise internacional. (págs. 1 e A2)
Ibama agora aprova usinas no Araguaia
O Ibama mudou de opinião e agora deve aprovar a construção de duas usinas hidrelétricas no Rio Araguaia, sete anos depois do leilão realizado ainda no governo Fernando Henrique Cardoso. A construção das usinas foi inicialmente proibida pelo Ibama, mas o órgão está reavaliando os pedidos de licenciamento ambiental, novamente apresentados pelas empresas neste ano. Os entendimentos com os ministérios do Meio Ambiente e das Minas e Energia ocorreram após a posse do ministro Carlos Minc.
Na semana passada, o Ibama entregou ao consórcio Gesai, liderado pela Vale e que arrematou a usina de Santa Isabel, um termo de referência com as linhas-mestras para o licenciamento prévio. A EDP Energias do Brasil, que ficou com a usina Couto Magalhães, deve receber o documento em outubro. (págs. 1 e B9)
Mudanças na energia spot
O governo estuda mudanças nas regras do mercado atacadista de energia para reduzir as variações bruscas de preço no mercado spot. Uma das propostas é adotar uma média móvel de cinco semanas para o preço do megawatt-hota. (págs. 1 e A4)
Indústria ambiental
A retomada dos investimentos em saneamento básico e os empreendimentos do PAC alavancam as vendas da indústria de máquinas e equipamentos para o setor ambiental, diz Gílson Cassini Afonso, presidente do sindicato dos fabricantes. (pág. 1)
Negócio das arábias
A corrente de comércio com os países árabes já soma US$ 13,7 bilhões no ano, até agosto, superando os negócios realizados em todo o ano passado. Desde 2003, as exportações brasileiras para esses países aumentaram mais de 120%. (págs. 1, B7 e B8)
Isenção do PLR
Decisões judiciais anulam autuações da Receita contra empresas que não recolheram contribuição previdenciária sobre valores pagos a títulos de participação nos lucros e resultados (PLR). (págs. 1 e E1)
Copebrás vai investir US$ 1 bi em Catalão
Segunda maior fabricante de matérias-primas para fertilizantes do país, a Copebrás, controlada pelo grupo Anglo American, decidiu ampliar o projeto de expansão de seu complexo em Catalão (GO). Em estudo há pelo menos três anos e inicialmente orçado em US$ 180 milhões, o plano tornou-se mais ambicioso e agora deverá absorver pelo menos US$ 1 bilhão. A capacidade de produção deverá passar das atuais 1,3 milhão de toneladas de concentrado de fósforo por ano para cerca de 3 milhões.
"O objetivo, agora, é mais do que dobrar o tamanho da empresa como um todo", diz Cristiano Melcher, diretor-executivo da Copebrás. A revisão está relacionada ao crescimento da demanda doméstica por adubos e aos elevados preços do insumo. Apesar das incertezas provocadas pela crise financeira, Melcher não prevê problemas para levantar recursos e financiar a ampliação, até porque a Anglo American teve vendas globais superiores a US$ 30 bilhões em 2007. (págs. 1 e B12)
Economia real já sofre nos Estados Unidos
Os danos causados pela crise financeira em Wall Street já atingem a enfraquecida economia americana, as famílias e as empresas sob a forma de crédito escasso e juros mais altos. Isso pode aumentar o desemprego e corroer lucros.
A demanda por produtos manufaturados teve queda acentuada em agosto. As vendas de casas novas chegaram ao menor nível mensal dos últimos 17 anos e, na semana encerrada em 20 de setembro, os pedidos de seguro-desemprego atingiram o maior volume desde os atentados de 11 de Setembro, em 2001.
As autoridades americanas acreditam que as enormes intervenções do governo, somadas ao pacote de socorro que está sendo negociado no Congresso, vão suavizar o impacto da crise. A economia também mostrou resistência surpreendente nos últimos 25 anos, o que pode voltar a prevalecer. Mas o aperto de crédito já atinge a economia. A GE divulgou ontem o que pode ser a primeira de várias previsões de queda no lucro. (págs. 1 e C3)
Crise americana
Os pedidos de bens duráveis às indústrias americanas diminuíram 4,5% em agosto, a maior queda registrada neste ano. Analistas esperam uma retração menor, de 2%. Excluída a redução de 8,9% nos bens de transporte, os pedidos caíram 3%, o maior recuo em 19 meses. (págs. 1 e A11)
Sadia perde R$ 760 mi com dólar
A Sadia teve uma perda financeira de R$ 760 milhões com instrumentos derivativos de dólar. O prejuízo, segundo a empresa, foi liquidado com recursos do caixa, que acumulava R$ 2 bilhões no fim de junho. Embora o anúncio sobre a perda tenha sido feito ontem, após o encerramento do pregão, as ações da empresa fecharam em queda de 2%, num dia em que o Ibovespa teve alta de 3,98%.
A perda é superior ao potencial lucro líquido anual da Sadia e deve jogar o balanço de 2008 no vermelho. No primeiro semestre, a empresa teve lucro líquido de R$ 334,7 milhões. O diretor financeiro, Adriano Ferreira, foi demitido, informou ao Valor o presidente da companhia, Gilberto Tomazoni. (págs. 1 e D1)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Disputas políticas adiam aprovação de ajuda a bancos
Não houve acordo ontem após a reunião de emergência entre os congressistas dos dois principais partidos dos Estados Unidos com o governo George W. Bush e os candidatos Barack Obama e John McCain. Segundo agências de notícias, as discussões foram marcadas por profundas divisões entre democratas e republicanos quanto às condições do pacote-ajuda de US$ 700 bilhões para o sistema financeiro do país proposto pelo governo Bush.
Republicanos e democratas haviam adiantado que um projeto de lei autorizaria o pacote solicitado, mas que o Congresso tinha intenção de desembolsar a quantia em parcelas. Também disseram que haverá limites para os pacotes de remuneração dos executivos cujas empresas pedem assistência do governo, além de um mecanismo para o governo receber participação em algumas companhias para que os contribuintes tenham oportunidade de ter lucro caso elas prosperem.
O anúncio de que haveria o acordo repercutiu no mercado acionário, tanto em Nova York como em São Paulo. As bolsas, que já operavam em alta, subiram ainda mais. O índice Dow Jones fechou com valorização de 1,82%, e o Nasdaq, de 1,43%. A Bovespa teve ganho de 3,98%. (págs. 1, A12, B1, B2 e B3)
Dilma: crédito é da Odebrecht
Em resposta à ameaça equatoriana de não pagar US$ 242 milhões ao BNDES, a ministra Dilma Rousseff disse que o banco não tem relação com o Equador, mas com a Odebrecht . “Não vamos complicar a situação.” (págs. 1 e A11)
Queda recorde no desemprego
A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE foi de 7,6% em agosto, a segunda melhor da série histórica desde 2002. A estimativa de economistas é de fechar o ano com a média recorde de 8% de desocupação. (págs. 1 e A4)
Pré-sal ajuda a pequena empresa
As descobertas da camada pré-sal beneficiaram alguns setores, como o das pequenas e médias empresas, que têm deixado a condição de importadoras para ingressar no mercado externo. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)
Brasil terá álcool de celulose em 2010
A corrida tecnológica pelo álcool de segunda geração, o combustível verde obtido a partir de resíduos do bagaço de cana ou de qualquer outros vegetal, poderá ser vencida pelo Brasil em um ano e meio. Foi o que garantiu o presidente para a América Latina da dinamarquesa Novozymes, Pedro Luiz Fernandes. Segundo informou, será possível iniciar a produção deste tipo de álcool em escala comercial em 2010, a um custo mais baixo que o álcool convencional.
Há um ano, a Novozymes, maior produtora de enzimas industriais do mundo, e o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), de São Paulo, assinaram acordo para selecionar a enzima mais adequada para a hidrólise do bagaço da cana-de-açúcar.
Desde a assinatura do acordo, a pesquisa evoluiu para a utilização de dois tipos de enzima. “Nós já encontramos a ‘mistura óptima’, como se costuma denominar em química.” Os estudos estão na etapa em que se busca a melhor forma de utilizar uma enzima em cada etapa de produção ou as duas simultaneamente, informou.
Segundo Fernandes, a tecnologia da empresa aponta para uma solução, cujo custo será inferior ao da produção de álcool convencional. “Com certeza, na medida em que ganhar escala, o álcool de celulose será mais barato que o produto atual.” Com essa tecnologia, o Brasil poderá triplicar a produção de etanol sem necessidade de ocupar novas áreas agrícolas.
A Novozymes faz essa pesquisa em escala mundial. Os Estados Unidos têm o mesmo interesse de produzir o álcool de celulose a partir dos resíduos do milho. São mais de 110 cientistas envolvidos na sede da empresa na Europa, nos EUA (a empresa tem parceria com a Universidade de Washington) e no país. “Pelo que tem de biomassa, o Brasil é o player do futuro neste tipo de combustível.” (págs. 1 e C8)
Anac autoriza a união Gol-Varig
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a união societária entre a Gol e a Varig, decisão que na prática permite à Gol usar sinergias entre as duas marcas. O Sindicato dos Aeronautas teme demissões. (págs. 1 e C1)
Novo ADR da Eletrobrás
A Eletrobrás aguarda para hoje a aprovação do colegiado da Bolsa de Valores de Nova York para o lançamento de ADRs de nível 2. A informação é de Márcio Zimmermann, presidente do Conselho de Administração da estatal. (págs. 1 e B4)
Opinião
Klaus Kleber: Com um câmbio realista e com o drawback verde-amarelo, o superávit comercial tende a melhorar, ao contrário das previsões. (págs. 1 e A2)
Opinião
Paulo Skaf: O Ciesp, que está comemorando 80 anos, hoje é mais voltado para o interior de São Paulo, cujo PIB é 10% superior ao do Chile. (págs. 1 e A3)
Opinião
Xico Graziano: Distribuir para todos os postos o diesel S-50 é a única medida capaz de compensar o custo ambiental do relaxo federal com a matéria. (págs. 1 e A3)
Seguro de rodovias gera briga de R$ 2,7 bilhões
O leilão de cinco novos lotes de rodovias paulistas, marcado para outubro, promete esquentar a competição entre as companhias especializadas em seguro-garantia, produto que dará respaldo aos R$ 8 bilhões que as empresas candidatas são obrigadas a investir em 30 anos de concessão.
De acordo com a JMalucelli Seguradora, líder no segmento-garantia com 55% do mercado, a apólice que acompanha a execução do empreendimento atingirá R$ 2,7 bilhões e prêmios de R$ 40 milhões nos primeiros anos. Alexandre Malucelli, vice-presidente da empresa, está confiante na expansão dos negócios da companhia. “Detemos nove das 13 concessões paulistas e temos 12 resseguradoras nos apoiando”, afirma.
Já na visão de Tatiana Moura, da corretora Marsh, a disputa será mais acirrada por causa da abertura do mercado de resseguros, em abril. “As seguradoras começam a brigar por preços de prêmios, que antes eram tabelados. É o primeiro grande edital no novo ambiente, as seguradoras não falam em guerra de preços, mas na prática elas vão se engalfinhar pela concessão, e os preços dos prêmios pagos pelas concessionárias deverão cair”, diz. (págs. 1 e B3)
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Jornal do Commercio
Manchete: Governo endurece com greve da saúde
Procuradoria-Geral do estado solicita à Justiça a decretação da ilegaliddae da paralisação dos servidores que tem atingido ambulatórios dos principais hospitais. Juiz notificou o sindicato, que tem até terça-feira para justificar o movimento. (pág.1)
Caruaru: apreensão recorde de aves (pág.1)
Fazenda recolhe carga por tentativa de sonegação (pág.1)
Megaoperação em Paulista autua quatro por tráfico de drogas (pág.1)
Crise no mercado internacional atinge empresa brasileira (pág.1)
Presídios do estado terão equipamento especial de segurança (pág.1)
Último comício de João da Costa leva multidão ao Centro (pág.1)
Aécio Neves faz campanha no interior de olho em 2010 (pág.1)
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