sábado, 20 de setembro de 2008

Os Jornais de Hoje Publicaram:

20 de setembro de 2008

O Globo

Manchete: Após depressão, socorro oficial leva euforia a bolsas
O anúncio de criação de um fundo para compra de créditos podres do sistema financeiro americano - que poderá custar "centenas de bilhões de dólares" ou até US$ 2 trilhões - e medidas emergenciais para conter a especulação fizeram o mundo respirar aliviado ontem, após uma semana de agonia. O plano, anunciado pelo presidente Bush, pelo Tesouro americano e pelo Federal Reserve, é, segundo analistas, o mais amplo desde a Grande Depressão, nos anos 30.

As bolsas reagiram com euforia. Em NY, o índice Dow Jones subiu 3,35%. A Bovespa subiu 9,57%, a maior alta num só dia desde 1999. Na Europa, bateu recordes históricos: Londres (+8,84%), Paris (+9,27%), Frankfurt (+5,56%).

No Brasil, o Banco Central vendeu, como prometido, US$ 500 milhões em leilão, derrubando o dólar para R$ 1,831 (queda de 5,13%) - a maior em seis anos. Na véspera, a moeda chegara a R$ 1,96 no comercial e passara os R$ 2 no dólar turismo. Em Moscou, os negócios foram interrompidos de novo: agora, por excesso de otimismo. (págs. 1, 29 a 35, Míriam Leitão, Merval Pereira, Zuenir Ventura e Paulo Nogueira Batista Jr.)

Dirceu temia ser preso com Mangabeira
O ex-ministro José Dirceu revelou a amigos que saiu do país para não ser preso pela PF no caso Daniel Dantas, informa Jorge Bastos Moreno. O ministro Mangabeira também seria preso. (Págs. 1, 3 e Nhenhenhém)

Chávez expulsa ONG que pediu mais democracia
Dois dirigentes da Human Rights Watch foram expulsos da Venezuela após cobrarem democracia e direitos humanos. O país advertiu que expulsará qualquer estrangeiro que opinar contra. (págs. 1 e 39)

Eleições 2008 - União não sabe o que possui no Rio
Promessa comum aos candidatos a prefeito, o uso de imóveis federais para resolver a crise de moradias no Rio esbarra na falta de informações. A União desconhece quantos prédios e terrenos possui na cidade. (págs. 1 e 4)

Eleições 2008 - Uma ordem urbana que só existe no Diário Oficial
Em meio a uma campanha eleitoral que vê na desordem urbana um dos principais legados da era Cesar, o prefeito publicou no DO 36 páginas de posturas municipais, boa parte desconhecida da população e nunca fiscalizada pela própria prefeitura. Como a que obriga os cães a circular com placas com nome, identidade e CPF do dono, sob risco de multa de até R$ 2.829,77. Também ontem, Cesar prorrogou, sem licitação, os planos de saúde que atendem servidores. Sua candidata, Solange Amaral, enfim revelou os doadores de campanha. (págs. 1, 8 e 16)

Eleições 2008 - Bate-boca esquenta campanha
A indefinição sobre quem irá ao segundo turno, revelada por pesquisas, acirrou a campanha. Marcelo Crivella (PRB) disse que a vitória de Eduardo Paes (PMDB) ameaça a democracia. Paes acusou-o de ser submisso a uma igreja. (págs. 1 e 3)

Eleições 2008 - Ilegal , e daí?
Fiscais do TRE recolhem parte das quase 30 toneladas de propaganda eleitoral irregular já apreendidas no Rio, com a ajuda das Forças Armadas. (págs. 1 e 12)

Desvalorização da vida
O colapso do mercado imobiliário americano e seus efeitos na economia, como desemprego e queda de ações, fizeram com que as ligações pra a rede Hopeline, quer atende pessoas com depressão ou pensamentos suicidas aumentassem 75% no último ano, até julho de 2008, na cidade de Nova York. (págs. 1 e 33)

BR 101 terá pedágio em 15 dias (págs. 1 e 36)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Bolsas disparam à espera de megapacote
A preparação, pelo governo Bush, de um pacote anti-crise fez a semana dos mercados terminar em euforia.

O índice Dow Jones, o principal da bolsa de Nova York subiu 3,35%. A Bovespa avançou 9,57%, maior alta desde janeiro de 1999.

As Bolsas de Londres e Paris tiveram seus maiores avanços num único dia. Em Moscou, o pregão foi interrompido pela valorização repentina - alta de 28,7%.

Algumas medidas do megapacote, como a proibição de aposta na quebra de empresas, já estão em vigor.

Mas o ponto central, que prevê a criação de uma agência para arcar com os prejuízos de papéis podres, terá de ser aprovado pelo Congresso, de maioria democrata. Segundo o secretário do tesouro, Henry Paulson, a operação de socorro envolve "centenas de bilhões de dólares". (págs. 1 e dinheiro)

Ministro do STF critica projeto antigrampo que quer punir jornalista (págs. 1 e A11)

Editorias
Leia "Longo caminho", sobre remédio anti-Aids brasileiro ; e "Em céu azul", acerca de campanha eleitoral. (págs. 1 e A2)

Renda dos 10% mais pobres recuou em 2007, afirma FGV
Queda foi de 5,2%. Ainda assim, 1,5 milhão de brasileiros deixaram de ser miseráveis. Já a classe C aumentou de 45% para 47% da população.(págs.1 e C8)

Com leilões do BC, dólar cai 5%
Com intervenção do Banco Central e euforia no mercado, o dólar fechou em queda de 5,13%, a R$ 1,831. Foi a mais forte baixa em um dia desde agosto de 2002.

O BC fez dois leilões para vender US$ 500 milhões.

Daqui a um mês, o governo irá recomprar os dólares a uma cotação média de R$ 1,84 - e terá lucro se até lá a moeda seguir em alta. Dependendo da evolução do dólar, o BC não descarta realizar novos leilões. (págs. 1 e B8)

Sistema gerou seu próprio colapso, diz George Soros
O megainvestidor George Soros, 77, disse que o sistema financeiro "provocou seu próprio colapso". Ele critica tanto os "fundamentalistas do mercado" quanto o Banco Central e o Tesouro americanos, dizendo que são responsáveis pela formação de uma "superbolha" que está levando os EUA e Europa a uma recessão. (págs. 1 e B9)

Cesar Benjamin: Países tentam salvar o capitalismo dos capitalistas
As economias modernas criaram um novo conceito de riqueza. Busca-se obter mais quantidade do mesmo.

O que vemos não é acidente. O sistema buscou sua forma mais pura. os resultados estão aí. Mais uma vez, os Estados tentarão salvar o capitalismo da ação predatória dos capitalistas. (págs. 1 e B2)

Governo de SP endurece, mas policiais civis mantêm greve
No quarto dia de paralisação, o secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, afirmou que promotores passarão a conduzir investigações. (págs. 1 e C1)

Fila por cidadania italiana já tem 380 mil pessoas
A fila para obter reconhecimento da cidadania italiana está parada em São Paulo há um ano e meio, com cerca de 380 mil processos em análise. A espera ultrapassa dez anos em alguns casos.

O Consulado Geral da Itália, que atribui a demora ao baixo número de funcionários, afirma que o governo italiano prepara a vinda de uma força-tarefa. (págs. 1 e pág.esp. C4)


Venezuela expulsa executivos da ONG Human Rights Watch
Os dois haviam feito relatório acusando a gestão Chávez de debilitar a democracia. Para a ONG, fato revela a "crescente intolerância" do governo. (págs. 1 e A18)

Campanha é...
O democrata Barack Obama segura criança em campanha na Flórida; ele afirmou apoiar os planos de intervenção do governo Bush na crise, criticados pelo republicano John McCain (págs. 1 e A15)

...tudo igual
Geraldo Alckmin (PSDB) brinca com menina em SP; segundo ele, a indicação de Gilberto Kassab (DEM) a vice-prefeito de José Serra em 2004 foi produto de golpe; o governador negou (págs. 1 e A4)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Plano dos EUA para crise terá 'centenas de bilhões de dólares'
O governo dos EUA anunciou ontem um programa de "centenas de bilhões de dólares" para comprar de bancos os seus títulos "podres", isto é, de difícil recuperação. O tamanho da inciativa, que analistas estimam ser de US$ 800 bilhões, foi destacado pelo presidente Bush: "A América enfrenta desafios sem precedentes, e estamos reagindo com uma ação sem precedentes." O governo estuda também criar um fundo de US$ 400 bilhões para garantir investimentos de renda fixa.

Com as medidas, os mercados se animaram. A Bovespa fechou em alta de 9,57%, a maior desde de 1999. Nova York subiu 3,35%. O dólar recuou 5,13% e fechou a R$ 1,8310, ajudado pelo leilão de US$ 500 milhões do banco Central. (págs. 1, B1 a B13 e B20)

Grampo da PF sobre fraude pega genro de Lula
Marcelo Sato, genro do presidente Lula, caiu no grampo de investigação da PF sobre esquema de fraude no Porto de Itajaí(SC), informa o repórter Fausto Macedo. Casado com Lurian, Sato aparece em conversas gravadas do empresário Francisco Ramos, da Agrenco. (págs. 1 e A20)

472 espécies da flora em risco de extinção
Em 16 anos, o número de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção, como a Aeehmea blumenavii, subiu de 108 para 172, mostra nova lista do governo. (págs. 1 e A32)

Governo vai cortar ponto de policiais em greve
No quarto dia de greve da Polícia Civil, o governo paulista resolveu anunciar o corte do ponto dos grevistas. A Secretaria de Segurança Pública decidiu ainda usar a Polícia Militar para registrar boletins de ocorrência. Os policiais prometem aumentar seus protestos. (págs. 1 e C4)

Alckmin acusa Kassab de ter dado "golpe" em Serra em 2004
O candidato do PSDB à Prefeitura de de São Paulo, Geraldo Alckmim, acusou o candidato à reeleição, Gilbert Kassab (DEM), de ter dado um golpe para ser vice de José Serra em 2004. Segundo Alckmim, “Serra quase desistiu de ser candidato”. O governador tucano reagiu, dizendo que Kassab “foi um vice leal e solidário” e “ seguiu à risca“ o plano de governo. (págs. 1, A4 a A6)


Notas e informações: Resgate financeiro, o mal menor
No caso da crise financeira, o maior dos males não seria a quebra de mais alguns grandes bancos. Seria o risco de uma severa recessão, com a contaminação de todos os setores. (págs.1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: Cofre aberto para a crise
Depois de receber a notícia de que o Tesouro americano vai usar, se necessário, "centenas de bilhões de dólares" para frear os efeitos da crise, as principais bolsas do mundo se valorizaram. A Bovespa acompanhou o entusiasmo internacional e avançou 9,57%, a maior valorização desde 1999. A cotação do dólar despencou para R$ 1,83, na maior queda em um dia desde 2002. (pág. 1 e Economia, págs. A17 a A19)

Lula provoca a oposição
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva provocou seus adversários pedindo que aguardem até 2010. Para o presidente, é preciso que vejam o que vai acontecer no país depois de iniciadas as operações do pré-sal e da conclusão das obras do PAC. (pág. 1 e País, pág. A11)

Militares tiram o sábado de folga nas ocupações
O Comando Militar do Leste vai dar uma pausa nas ocupações das favelas iniciadas há oito dias para garantir a segurança de políticos e eleitores. Hoje, dia em que os candidatos preferem fazer campanha porque as comunidades ficam mais cheias, não haverá soldados. "Os bandidos não tiram folga", reclamou Solange Amaral (DEM). (pág. 1 e Eleições, pág. A4)

Iphan fecha museu de Búzios
O Museu Arqueológico de Búzios, inaugurado recentemente, foi fechado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A falta de segurança motivou a lacração do lugar. (pág. 1 e Cidade, pág. A14)

No Alto Leblon, o primeiro quilombo abolicionista do país
Nasceu no que hoje é o Alto Leblon o primeiro quilombo abolicionista do Brasil. A antiga fortaleza dos escravos, berço de um dos capítulos mais secretos da História, abriga o Clube Campestre Guanabara. No lugar eram cultivadas as camélias, plantas que representavam o movimento de defesa da liberdade. (págs. 1, A2 e A3)

O arcebispo e o voto católico
Dom Eugênio Sales: negaremos o nosso voto a quem foi favorável ao aborto, contra o ensino religioso nas escolas públicas, bem como está de acordo com a dignificação das anomalias sexuais, da legalização do jogo e das drogas. (págs. 1 e A9)

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Correio Braziliense

Manchete: Motorista infrator terá punição gradual
Com a justificativa de tornar mais justa a penalidade para os condutores que não respeitam as normas do trânsito, o Detran-DF decidiu mudar as regras do jogo. A gravidade da infração e o número de pontos passam a ser os fiéis da balança na hora de definir a punição para quem ultrapassar os 20 pontos na carteira na capital da República. Antes, tanto fazia acumular 22 ou 500 pontos — o prazo de suspensão era o mesmo.

A partir de agora, uma nova tabela estabelece suspensões maiores conforme o tipo e quantidade de multas e o fator multiplicador. Levantamento preliminar do Detran a que o Correio teve acesso com exclusividade mostra que o número de mortes caiu 19,7% e o de acidentes com mortes é 22,2% menor desde que a lei seca entrou em vigor. Mesmo assim, ainda há quem considere a tolerância zero um exagero. (págs. 1, 33 a 35 e Tema do Dia)

Proer dos EUA vai custar US$ 1 tri
Governo Bush prepara superpacote de socorro aos bancos. Anúncio faz Bovespa subir 9,5%, maior alta em nove anos. (págs. 1 e 18 a 21)

R$ 85 mi - O preço do ócio
Nada se fez além de discursos frívolos para platéia minúscula nos plenários do Senado e da Câmara nesta semana. Em recesso branco por causa das eleições, os congressistas mantiveram as casas funcionando, ao custo diário de R$ 17 milhões, mas as deixaram às moscas. (págs. 1, 2 e 3)

Polícia prende Toninho do Pó
Traficante é acusado de enviar 22kg de cocaína para o Nordeste. Droga foi apreendida em caminhão na BR-020. (págs. 1 e 37)

Aqui você aprende brincando
Laboratório vivo mostra que ciência é também diversão, em exposição da Embrapa que começa hoje. (págs. 1, 4, 5 e Super!)

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Valor Econômico

Manchete: Dólar dispara e leva BC a intervir
A falta de linhas de crédito à exportação impediu os exportadores de fechar câmbio antecipadamente. Em uma mercado sem vendedores e com muitos compradores, o dólar chegou a subir 5%, para R$ 1,9630. Foi quando o Banco Central anunciou leilão de venda com compromisso de recompra a ser realizado hoje. O dólar voltou para R$ 1,93 - ainda assim o maior desde de setembro de 2007. A alta foi de 3,32%, a maior desde de maio de 2006. O movimento desalavancagem dos fundos também elevou os juros futuros. As taxas de projetadas para janeiro de 2010 foram a 15,30% ao ano. Eram de 14,85% anteontem.

Na prática, os leilões do BC significam a oferta de linhas de crédito em dólar. Eles buscam ajudar os exportadores a obter crédito e reduzem a volatilidade na taxa de câmbio dentro de um mesmo dia. As oscilações bruscas do dólar deixam as empresas sem referência de preços e impedem os negócios.

Até o dia 10, o BC vinha comprando dólares. A última vez que a autoridade monetária vendeu a moeda em leilão desse tipo foi em 27 de fevereiro de 2003, quando as linhas à exportação para o país haviam se tornado raras por causa da crise eleitoral de 2002. Desta vez, as linhas começaram a faltar não por causa do risco-Brasil, mas por causa da paralisação no mercado interbancário de dólar internacional.

Não foi à toa que os bancos centrais internacionais fizeram uma ação coordenada ontem para injetar bilhões de dólares a fim de que as engrenagens continuassem a funcionar. E nem isso foi suficiente para trazer calma aos investidores.

Os mercados só se tranqüilizaram no fim do dia - depois que o mercado de câmbio no Brasil já havia fechado - devido a rumores de que o governo americano vai conseguir o apoio do Congresso para criar uma empresa com recursos públicos para comprar o crédito podre dos bancos, evitando que eles quebrem. Seria uma solução mais geral, de socorro a todo sistema financeiro. A Bolsa de Valores de São Paulo subiu 5,48%. O Índice Dow Jones, de Nova York, teve valorização de 3,86%. (págs. 1, C1 a C10 e D2)

Menos desigualdade
Maior geração de empregos com carteira assinada, alta de renda - exceto no grupo de 1% com salários mais altos - e continuidade dos reajustes do mínimo acima da inflação reduziram a desigualdade no país em ritmo recorde no ano passado. (págs. 1 e A14)

Idéias
Ricardo Abramovay: A dimensão estratégica da responsabilidade socioambiental nas empresas. (págs. 1 e A13)

Idéias
Claudia Safatle: Crise financeira pode afetar créditos de organismos internacionais, como BID e Bird. (págs. 1 e A2)

Restrições à cana
Novo zoneamento da cana, que deveria ter sido divulgado em julho, não permitirá novas plantações nem a construção de outras usinas no Amazonas e Pará. As unidades já existentes nos dois Estados também não terão licença para ampliações. (págs. 1 e B12)

Recursos do pré-sal poderão representar nova oportunidade para a educação no Brasil (págs. 1 e Eu & Fim de Semana)

Peso das commodities aumenta e prejudica o país
O peso das commodities na economia brasileira aumentou mais de 20% nos últimos anos e tornou o país mais sensível à queda de preços provocada pela crise internacional. Na indústria, a participação dos setores ligados direta ou indiretamente à produção de commodities passou de 37,6% em 1996 para 45,6% em 2006, segundo números da mais recente Pesquisa Industrial Anual (PIA). Nas exportações, a participação das commodities saiu de 38,6% em 1998 para 48,2% no primeiro semestre deste ano, segundo a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).

O impacto da maior dependência na economia brasileira e na balança comercial deverá aparecer com mais força apenas em 2009 e está condicionado à magnitude da retração das cotações das commodities e à extensão da desvalorização do câmbio, que pode compensar parte da queda dos preços. O mercado interno ainda forte - que absorve em alguns setores, como o petroquímico e o siderúrgico, a maior parcela da produção local - também vai contrabalançar a desaceleração externa, avaliam economistas.

Apesar da crise, as commodities agrícolas ainda encontraram em seus fundamentos suporte suficiente para se manter acima das cotações médias históricas. "As commodities agrícolas apresentam um comportamento diferente de outros produtos como petróleo e metais, mais suscetíveis a reduções da demanda em crises como essa", diz Alexandre Mendonça de Barros, da MB Associados. (págs. 1 e A3)

Ação coordenada de bancos centrais tem pouco efeito
Uma série de ações governamentais reanimou os mercados ontem, mas pouco fez para aliviar a escassez de dinheiro nos mercados de crédito. Em um esforço coordenado, o Fed, o Banco Central Europeu e de outros países forneceram aos bancos comerciais US$ 180 bilhões em empréstimos de curto prazo. Mas os bancos recusaram-se a emprestar fundos uns para os outros. Para piorar, outra importante fonte de dinheiro começou a secar, à medida que investidores assustados retiravam seus recursos de fundos do mercado monetário, que estão entre os investimentos mais conservadores. Nada menos que US$ 78,7 bilhões foram sacados desses fundos na quarta-feira, um recorde. (págs. 1 e C3)

Advogados querem parcelar Cofins
Advogados se articulam na tentativa de conseguir um parcelamento dos débitos de profissionais liberais relativos à Cofins não recolhida nos últimos anos. A mobilização, liderada pela OAB, é fruto do julgamento de quarta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu que a contribuição incide sobre o faturamento das sociedades de profissões regulamentadas - o que inclui escritórios de advocacia, contabilidade, clínicas médicas, entre outros.

Os ministros também negaram o pedido de não-retroatividade da decisão, o que abre a possibilidade de cobrança da Cofins relativa aos últimos cinco anos. O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário estima que existam 28 mil empresas nessa situação no país, com uma dívida total de R$ 4,6 bilhões. (págs. 1 e E1)

Técnicas 'verdes' na exploração de petróleo e gás
Empresas norueguesas estão batendo à porta da Petrobras e de outras petroleiras para tentar vender tecnologias que, além de serem eficientes, reduzem o impacto das atividades de prospecção e produção de petróleo no meio ambiente. Um exemplo é o da Electromagnetic Geoservices, fundada por cientistas em 2002, que desenvolveu uma tecnologia que usa imagens eletromagnéticas na procura de reservas "offshore", sem a necessidade de perfuração de poços. (págs. 1 e B7)

Mestres viram doutores e são demitidos
O país forma mais de 10 mil doutores por ano. Mas essa elite encontra dificuldades para se manter no emprego, sobretudo em muitas universidades privadas. Logo após a obtenção do título acadêmico eles são demitidos. A justificativa é a redução de custos na universidade, pois como doutores receberiam mais por hora/aula do que um professor com mestrado. Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, as universidades privadas devem ter um terço do corpo docente formado por mestres ou doutores. (págs. 1 e D12)

Prêmio de controle frustra minoritários
Os investidores se assustaram com as recentes fusões e aquisições realizadas no Novo Mercado. Os prêmios gordos dessas transações sumiram. Houve frustração quando o segmento especial da Bovespa, formado por companhias que possuem apenas ações ordinárias, cumpriu exatamente a promessa de dividir entre todos o valor dos negócios. Os investidores se esqueceram de que essa divisão dilui o ganho individual.

Em mercados desenvolvidos, nos quais não há a figura do controlador e o capital das empresas é pulverizado, a discussão em torno dos prêmios das operações é menor. Somente há ágio nas ofertas hostis, em que o sucesso da tentativa de ficar com o controle de uma companhia depende do quão sedutora é a proposta aos acionistas. (págs. 1 e D3)

Luz no fim do túnel
É crucial para o grupo AES desfazer os nós que cercam sua participação na Cemig, disse Andrew Vesey, presidente para a América Latina, que admitiu que vender as ações é uma possibilidade. “O assunto é tão importante que é tratado pelo presidente mundial da empresa”. (págs. 1 e B1)

Acordo Usiminas-Nuclep
A Usiminas Mecânica, empresa de bens de capital controlada pelo grupo siderúrgico Usiminas, firmou parceria com a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) para disputar encomendas nas áreas de petróleo e gás, siderurgia e mineração. (págs. 1 e B7)

Crise no campo desacelera a economia argentina (págs. 1 e A10)


Contrariedade na caserna
Emprego das Forças Armadas para conter manifestantes de oposição e ingerência do presidente venezuelano, Hugo Chávez, em assuntos do país provocam descontentamento entre os militares bolivianos. (págs. 1 e A10)

Desaceleração americana
O índice de indicadores antecedentes da economia americana registrou queda de 0,5% em agosto, após recuo de 0,7% em julho. Os dados ainda indicam uma tendência de atividade econômica fraca nos próximos meses. Os analistas esperavam queda de 0,2%. (págs. 1 e A11)

Renegociação com russos
Insatisfeitos com o que consideram privilégios aos produtos americanos e europeus, exportadores brasileiros de suínos e frangos querem que o Itamaraty renegocie o acordo de carnes com a Rússia em troca do apoio brasileiro à entrada do país na OMC. (págs. 1 e B11)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Bancos Centrais injetam recursos e mercados reagem
A irrigação de recursos que os Bancos Centrais promoveram em uma ação coordenada para acalmar os mercados financeiros, da ordem de US$ 250 bilhões, surtiu efeito. Contribuíram também os US$ 130 bilhões que a Rússia liberou para o seu sistema. São US$ 380 bilhões colocados à disposição de bancos e instituições com o intuito de matar a sede monetária que parece não ter fim. Mas ninguém arrisca dizer até quando.

As bolsas pelo menos responderam no ato. O índice Dow Jones, o principal indicador da Bolsa de Nova York, fechou em alta de 3,86%, após dois dias de fortes baixas. A Bolsa de Valores de São Paulo, depois de amargar uma retração de 6,74%, voltou ao azul, com alta de 5,48%, em um pregão marcado por muita volatilidade.

Nesta semana, os mercados foram sacudidos sem trégua pela derrocada do banco de investimentos Lehman Brothers, que não conseguiu cobrir um rombo de mais de US$ 600 bilhões, metade do Produto Interno Bruto brasileiro. E pela megasseguradora AIG, encampada pelo governo americano, numa operação de US$ 85 bilhões, que não se mostrou eficiente para acalmar os investidores. E esse socorro à AIG seguiu-se à liberação pelo Tesouro americano de US$ 200 bilhões para salvar a vida das maiores companhias hipotecárias do país, a Fannie Mae e a Freddy Mac.

Foi exatamente esse segmento o estopim da atual crise do subprime. Financiamentos de imóveis considerados de alto risco foram reempacotados em novos títulos que, com o selo de qualidade das agências classificadoras de risco, incharam as tesourarias das instituições financeiras. O agravamento da inadimplência colocou um fim ao castelo de cartas, espalhando temor por todos os mercados.

Analistas afirmam que se trata da pior crise financeira que o mundo já viu. Está deixando para trás a crise russa, a crise mexicana, e alguns até arriscam dizer que o crash de 1929 não foi tão violento. O que não é possível saber, até agora, é se os rombos apresentados pelos bancos, que superam os US$ 600 bilhões, sem contar o Lehman, chegaram ao fim, ou muitos outros esqueletos irão sair do armário. (págs. 1 e Caderno Especial)

Soros diz que crise já tem 25 anos
O megainvestidor George Soros (foto), chairman do Soros Fund Management, é um dos destaques do caderno especial “Economia em crise ” que a Gazeta Mercantil publica hoje. Em entrevista exclusiva, Soros, um mestre em aproveitar oportunidades, diz que para entender esta crise, é preciso levar em conta o processo histórico. “Na bolha imobiliária — o gatilho que disparou esta crise financeira atual —, há também uma ‘Superbolha’, que vem acontecendo há 25 anos.

Na verdade, ela começou em 1980, quando Margareth Tatcher foi eleita primeira-ministra do Reino Unido, e Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos. Foi quando passou a imperar o que chamo de ‘Fundamentalismo de Mercado’. Trata-se da crença de que é melhor para os mercados que sejam deixados aos seus próprios cuidados. Que eles são seus melhores reguladores. Isso passou a ser um dogma ideológico”, conta o investidor na sua avaliação.

O caderno traz análises de importantes personalidades da economia brasileira, como Luiz Carlos Mendonça de Barros e o presidente Lula. O ex-ministro da Fazenda e ex-embaixador, Marcílio Marque Moreira, diz que os brasileiros, historicamente, são melhores para administrar crises. “O nosso maior risco é, paradoxalmente, não sabermos aproveitar as oportunidades”, contrapõe. Para o embaixador, o que o País terá pela frente não é caso de pânico. Mas devemos estar, sim, preparados para um contágio maior da crise na economia real.”

O economista-chefe do banco Santander e ex-diretor de assuntos internacionais do Banco Central, Alexandre Schwartsman, avalia que a queda nos preços das commodities pode se tornar o principal canal de transmissão da crise externa para o Brasil. Ele destaca, porém, que o País conseguiu se preparar para enfrentar a atual turbulência.

Em outras crises, a Bolsa de Valores de São Paulo sofreu mais do que nesta, que está se mostrando a maior da economia recente mundial. Ela deve deixar o mercado brasileiro um pouco menor, graças à saída de estrangeiros. Mas analistas experientes afirmam que a bolsa ainda é uma boa opção de investimento, pois o País tem boas empresas que, com a retração dos mercados acionários, tornaram-se muito baratas.

Essa queda expõe a venda de ativos por parte dos investidores estrangeiros exatamente porque já estavam valorizados. E eles devem voltar. Álvaro Augusto Vidigal Júnior, ex-presidente da Bovespa, acredita que a bolsa brasileira será a primeira a se recuperar tão logo haja uma luz no final da crise. (págs. 1 e Caderno Especial)

Ações
Bovespa segue Wall Street e sobe 5,48%. (págs. 1 e B1)

Recuo da desigualdade
Crescimento econômico e renda maior tiram 3 milhões da pobreza, diz IBGE. (págs. 1 e A5)

Companhias engordam lucro na esteira do pré-sal
A descoberta de petróleo na camada pré-sal, que se estende por uma área de 800 quilômetros do litoral brasileiro, já começou a aquecer os negócios das empresas de serviços, equipamentos e tecnologias ligados ao segmento petrolífero. Na briga pelo mercado, companhias brasileiras e estrangeiras oferecem desde softwares e guindastes a hotéis flutuantes para os trabalhadores das plataformas.

“Trata-se de um marco para o País e para o setor”, diz Lupércio Torres Neto, presidente da Irga, referindo-se às expectativas de aumento de demanda por conta das novas jazidas. Desde novembro, quando foi anunciado o megacampo de Tupi, a Irga dobrou o seu número de máquinas superpesadas disponíveis para a exploração de petróleo e gás.

A Solaris, que loca equipamentos para os setores de petróleo, mineração e construção civil, prevê faturar quase 50% neste ano, em relação a 2007. “Pelo menos 40% deste crescimento virão com os pedidos das petroleiras”, afirma Paulo Esteves, diretor da empresa. “É como participar da primeira corrida do ouro nos EUA”, compara Mark Grills, da empresa britânica de planejamento de poços QuickWells.

Ontem, o presidente Lula batizou, em Rio Grande (RS), a plataforma P-53, para a bacia de Campos, e anunciou que a P-55 será 100% nacional. (págs. 1 e C4)

Mapa encontra impurezas no leite longa-vida
Diante de sucessivas denúncias sobre fraudes no leite, o Ministério da Agricultura (Mapa) deverá anunciar em breve os resultados de análises feitas em amostras coletadas em indústrias de leite longa-vida. Segundo a chefe da Divisão de Inspeção de Leites e Derivados do Mapa, Luciana Meneghetti, a situação é recorrente, mas os resultados ainda não podem ser revelados, uma vez que os fabricantes têm direito à defesa. Luciana também não quis comentar as denúncias, mas adiantou que foram encontradas em algumas amostras “substâncias estranhas” na bebida vendida ao consumidor brasileiro. (págs. 1 e C8)

Insumos mais caros
Nos últimos dois anos, adubos e fertilizantes subiram mais de 50%, devido principalmente ao preço do petróleo, com impacto na produção. (págs. 1 e Investnews.com.br)

Acidentes de trabalho
Empregadores que não atendem às normas de segurança do trabalho poderão terde ressarcir o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), além de terem de pagar alíquotas majoradas no Seguro de Acidente de Trabalho (SAT). (págs. 1 e A10)

Hyundai, Suzuki e Perlini estudam fábrica no Brasil
Classificadas na 10ª e na 11ª colocação no ranking dos produtores mundiais de veículos, as montadoras asiáticas Hyundai e Suzuki se preparam para montar fábricas no Brasil. A Hyundai confirmou ontem a escolha de São Paulo para produzir sua linha de automóveis populares, enquanto a Suzuki retoma importações suspensas há cinco anos.

“Por enquanto, estamos estudando a possibilidade de levar a Suzuki para Goiás, mas a cidade ainda não está definida”, afirmou Alexandre Camara, um dos sócios da Suzuki no Brasil junto com Eduardo Souza Ramos, tradicional empresário que monta veículos Mitsubishui em Goiás.

O governo mineiro informou que a fábrica de caminhões ultrapesados Perlini, de origem italiana, já está escolhendo terrenos para instalar unidade industrial em Minas Gerais. (págs. 1 e C3)

Brasil - Peru
Alan García quer acelerar acordos bilaterais. (págs. 1 e A6)

Opinião
Gabriel de Salles: A presidente chilena Michelle Bachelet reduziu um imposto sobre os combustíveis para tentar conter a inflação, ao contrário do governo brasileiro,que só pensa em elevar os juros. (págs. 1 e A2)

Laudo isenta "maletas" da PF
Laudo da PF diz que equipamentos da Abin não estão adaptados para fazer grampos, mas, para o presidente do STF, Gilmar Mendes, o compartilhamento das informações é o fato de maior gravidade. (págs. 1, A6 e A7)

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Estado de Minas

Manchete: Comércio abre 14 mil vagas. Garanta a sua
Lojas farão recrutamento por causa do aumento nas vendas de fim de ano. O emprego é temporário. São 113 mil vagas no país - 14 mil em Minas. Saiba onde entregar seu currículo e concorra a um dos postos de trabalho. Quase 40% dos selecionados acabam ficando nas empresas após o fim do contrato. (págs. 1 e 16)

Do desespero à euforia
Os mercados reagiram com extremno otimismo à decisão dos EUA de aplicar 'centenas de bilhões de dólares' num fundo para comprar dívidas podres das instituições financeiras e de proibir vendas a descoberto. As bolsas dispararam no mundo todo. A Bovespa fechou em espetacular alta de 9,57%, a maior desde a maxdesvalorização do real em janeiro de 1999. (págs. 1, 13, 14 e 20)

Dólar cai 5,13% e fecha a R$ 1,83
As boas notícias no mercado e dois leilões do BC fizeram o dólar registrar a maior queda em seis anos. (págs. 1, 13, 14 e 20)

Classe média já é maioria em Minas (pág.1)

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Jornal do Commercio

Manchete: Estado corta salário de 2.142 servidores
Funcionários da ativa foram punidos por não comparecer ao recadastramento realizado entre abril e agosto. Medida extrema tenta forçar funcionários a atualizar dados cadastrais no governo. Censo foi feito, também, para detectar pagamentos indevidos. (págs. 1)

Plano de Fuga do PCC mataria 100 presos (pág. 1)

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