quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O Que Publicam os Jornais de Hoje

25 de setembro de 2008

O Globo

Manchete: BC deixa mais dinheiro com bancos para não faltar crédito
Menos de uma semana após anunciar que faria leilões para evitar a disparada do dólar, o Banco Central baixou ontem outra medida anticrise, reduzindo depósitos compulsórios. O objetivo é aumentar a quantidade de dinheiro em circulação e permitir que os bancos tenham recursos para emprestar. Com isso, R$ 13,2 bilhões devem ser jogados no sistema bancário a curto prazo. Para capitalizar o BNDES, o governo devolverá R$ 5 bilhões em dividendos já recolhidos aos cofres públicos. O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, aceitou limitar bônus de executivos para aprovar o pacote de ajuda. Os US$ 700 bi de socorro podem ser parcelados. (págs. 1, 25 a 29, Merval Pereira e Veríssimo)

Na escola, 2,1 milhões de alunos analfabetos
Dos 2,4 milhões de analfabetos com idade entre 7 e 14 anos que o Brasil tinha no ano passado, 2,1 milhões estavam na escola, segundo o IBGE. Das crianças de 8 anos, 14,1% permaneciam analfabetas, apesar de 92,4% serem estudantes que já deveriam ter concluído o ciclo de alfabetização. O país ainda está longe de atingir as metas de acesso à creches para crianças até 3 anos. (págs. 1 e 3 a 9)

BNDES corre risco de calote no Equador
O presidente do Equador, Rafael Correa, ameaçou não pagar empréstimo de mais de US$ 200 milhões ao BNDES, devido à briga com a Odebrecht. O presidente Lula disse que o Brasil tem obrigação de ser generoso com vizinhos. (págs. 1, 32 e Cartas dos Leitores)

Tráfico cerceia campanha e até entrada de militares
Em episódios registrados em três favelas ontem, a ação de traficantes interferiu na campanha. No Lixão, em Caxias, as tropas se contentaram em ficar do lado de fora. Na Vila Vintém, a candidata Jandira Feghali se deparou com dezenas de traficantes armados de fuzis. E no morro de São Carlos a equipe de filmagem de Marcelo Crivella foi orientada a não subir.

O sindicato das vans está distribuindo milhões de folhetos apócrifos atacando Eduardo Paes. (págs. 1 e 13)

Conde deixa comando de Furnas
O ex-prefeito Luiz Paulo Conde está deixando, por motivo de saúde, a presidência de Furnas. Seu sucessor será Carlos Nadalutti Filho, engenheiro de carreira, também indicado pelo PMDB. (págs. 1 e 32)

Câmara adia a votação sobre encosta
Depois da polêmica em torno da criação da Área de Especial Interesse Urbanístico do Itanhangá, o próprio líder do governo na Câmara de Vereadores, Paulo Cerri (DEM), pediu ontem o adiamento da votação do projeto. (págs. 1 e 17)

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Folha de S. Paulo

Manchete: BC libera dinheiro para compensar crise no exterior
O Banco Central reduziu o recolhimento compulsório que os bancos têm de fazer ao órgão, o que resultará na injeção de R$ 13,2 bilhões no mercado financeiro. A medida beneficia 23 bancos de pequeno e médio porte. O objetivo é amenizar os efeitos da crise financeira mundial sobre as instituições bancárias no país. Com a decisão, aumenta a quantidade de recursos disponíveis para operações como concessão de empréstimos. Neste ano, com a alta dos juros e a forte expansão do crédito, grandes bancos passaram a pagar juros maiores na captação de recursos. Como conseqüência, quase todo o dinheiro disponível no mercado passou a migrar para esses grandes bancos, deixando os menores em dificuldade. A situação piorou com o agravamento da crise internacional. À espera da aprovação do pacote de ajuda financeira do governo Bush, os mercados tiveram um dia morno. O Dow Jones caiu 0,27%, e a Bovespa subiu 0,50%. Já o dólar se valorizou 1,47%, encerrando a R$ 1,858. (Págs. 1 e Dinheiro)


Sérgio Malbergier: Cometer erro terá custo muito maior
A crise, que já cruzou o Atlântico Sul, será o primeiro grande teste econômico de Lula, que navegou até aqui por correntes econômicas muito favoráveis. Mas o vento mudou. E erros terão um custo muito maior. Lula segue elevando gastos com funcionalismo num ritmo muito superior ao do PIB, despesas que serão difíceis de cortar quando o ritmo da economia (e a arrecadação variável que sustenta gastos fixos) cair. (Págs. 1 e A2)

União cogita doar terras a posseiros na Amazônia
O governo estuda doar terras de até 4 quilômetros quadrados ocupadas por posseiros na Amazônia Legal. A medida beneficiaria 284 mil posseiros em área igual a 4% de toda a Amazônia, afirma o Ministério do Desenvolvimento Agrário. A proposta foi apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva duas semanas atrás, com o apoio de ministros e governadores. O presidente deu prazo até novembro para definir as mudanças nas regras de titulação de terras. (Págs. 1 e A4)

Metrô sai das promessas de Marta, e ônibus entra
A candidata do PT à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, 63, admitiu em sabatina da Folha que, apesar de sua propaganda prometer metrô em pontos específicos do município, a decisão sobre novas estações dependerá do governador. Marta repetiu a promessa do candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), de não aumentar no ano que vem a tarifa de ônibus da capital, de R$ 2,30. Também classificou como “loucura” o aluguel de bicicletas na capital paulista. (Págs. 1 e Brasil)

Equador ameaça não pagar dívida de US$ 243 mi com o BNDES
Um dia após intervir nas operações da Odebrecht no Equador, o presidente Rafael Correa ameaçou não pagar um empréstimo de US$ 243 milhões contraído no BNDES para uma hidroelétrica construída pela empreiteira e parada por problemas operacionais. “É um empréstimo para um projeto que não presta”, afirmou. A Odebrecht disse que só não assinou acordo com o Equador assumindo o custo dos reparos porque as outras empresas do consórcio não concordaram. (Págs. 1 e A18)

McCain quer adiar debate; Obama nega
A 40 dias das eleições e na antevéspera do primeiro debate, o republicano John McCain disse que a gravidade da crise econômica o levava a suspender temporariamente sua campanha. Ele pediu que o debate de amanhã com o democrata Barack Obama fosse adiado. Obama afirmou ter havido entendimento sobre o momento delicado do país, mas discordou do adiamento. O presidente George W. Bush disse que a economia “está em perigo” e que, se o Congresso demorar a aprovar pacote de seu governo, os EUA terão “longa e dolorosa recessão”. (Págs. 1, A16 e B5)

Delegados de SP entregam cargos em solidariedade a chefe afastado
Os 16 delegados em atividade na área da Delegacia Seccional de Barretos (interior de SP) entregaram os cargos após o governador José Serra (PSDB) destituir o chefe da unidade, João Osinski Junior, em razão da greve da Polícia Civil. A Secretaria da Segurança afirmou em nota que, se os delegados “quisessem mesmo isso [entregar o cargo], teriam aberto requerimento para transferência ou exoneração”. O governador avalia oficialmente que a greve deve perder força. (Págs. 1 e C1)

Editoriais
Leia “Demagogia tolerada”, sobre atos do presidente do Equador; e “Hora da política”, acerca de prudência fiscal. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: BC põe R$ 13 bi no mercado e reduz pressão sobre bancos
O Banco Central decidiu ontem dar um alívio de R$ 13,2 bilhões para o sistema financeiro brasileiro enfrentar a crise internacional. A partir de segunda-feira, os bancos terão de recolher menos dinheiro na forma de depósito compulsório ao BC, o que alivia o caixa de instituições em dificuldades para captar recursos. A medida beneficia principalmente bancos de pequeno e médio porte, que corriam o risco de perder espaço no mercado. O presidente do Banco do Brasil, Antônio Lima Neto, garantiu que, apesar da crise, o BB conseguirá manter as linhas de financiamento do comércio exterior. Nos EUA, o governo Bush cedeu à pressão e admitiu estabelecer regra que reduza a remuneração dos executivos de bancos beneficiados pelo pacote de socorro anunciado na semana passada. O objetivo do recuo é facilitar a aprovação do projeto no Congresso. (págs. 1, B1 a B8)

Análise: Sinais de ajuste de rota
As decisões tomadas ontem pelo BC parecem um recado: as condições da economia e da inflação podem estar mudando e a política de juros pode ser revista. (págs. 1 e B2)

Governo quer limitar compra de terras por estrangeiros
O governo pretende restringir a compra de terras por estrangeiros. A limitação atingiria tanto pessoas físicas quanto empresas brasileiras cuja maior parte do capital seja controlada por investidores externos. A venda de terras da Amazônia, o projeto de biocombustíveis e a crise dos alimentos são os argumentos para a medida. (págs. 1 e A4)


Mais casais sem filho e com duas rendas
Estudo do IBGE mostra que os casais sem filhos e com dupla fonte de renda subiram de 997 mil, em 1997, para 1,942 milhão em 2008 – alta de 94,78%. Outros dados da pesquisa mostram que 2 milhões de alunos até 14 anos são analfabetos e que a distância entre os 10% mais ricos e os 40% mais pobres recuou de 22,1 pontos porcentuais em 2001 para 17,2 em 2007. (págs. 1, A26 a A28)


Equador ameaça dar calote no BNDES
O presidente do Equador, Rafael Correa, disse que estuda não pagar empréstimo de US$ 200 milhões feito pelo BNDES. Para ele, o pagamento seria injusto, porque financiaria obra da Odebrecht que tem falhas estruturais. Anteontem, a empresa foi expulsa do país – ela agora pede arbitragem internacional. O presidente Lula referiu-se ao Equador como “irmão menor” e disse esperar telefonema de Correa para uma conversa “civilizada”. Lula viu relação do caso com o referendo constitucional de domingo. (págs. 1, A13 e A16)

PCC já é maior fornecedor de drogas para os morros do Rio
O PCC, organização criminosa paulista, já é o maior fornecedor de cocaína para o Estado do Rio e abastece seis morros cariocas dominados pelo Comando Vermelho. A informação é do delegado João Luiz Costa, da Polícia Civil do Rio, que participou da identificação de traficantes de São Paulo com quem foi apreendida a contabilidade do narcotráfico. (págs. 1, C1 e C3)

Notas e Informações: O aperto de crédito chegou
O arrocho financeiro chegou ao Brasil, comprovando que o país, embora mais preparado para choques, não se tornou imune à crise internacional. É hora de abandonar a retórica otimista e de pensar com seriedade sobre a melhor combinação de políticas para atravessar a crise com o mínimo de danos. (págs. 1 e A3)

Artigo : Trabalho na crise
Antônio Palocci: A melhor forma de enfrentar a turbulência é continuar as reformas. (págs. 1 e A2)

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Jornal do Brasil

Manchete: Vitória da Democracia
Candidatos, (e)leitores e representantes de entidades do Rio deram uma aula exemplar. Reunidos no JB, protagonizaram o único debate do primeiro turno das eleições em um meio de comunicação com os 20 principais postulantes à prefeitura. Durante quatro horas, discutiram pelo menos 15 temas relacionados aos destinos da cidade e suas soluções. A frieza da disputa sem confronto foi substituída pelo calor dos embates, acompanhados pelo JB Online. O melhor você lê no caderno especial. Um verdadeiro guia para o voto consciente. (págs. 1, Caderno especial ‘Debate JB’, A25 a A32 e Editorial A8)


Equador vai dar calote no BNDES
O Equador, depois de intervir na Odebrecht, pretende dar um calote de US$ 200 milhões no BNDES, valor de empréstimo para obras em hidrelétrica no país, segundo o presidente Rafael Correa. “Vamos encontrar um acordo”, disse Lula. (págs. 1 e Economia A16)


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Correio Braziliense

Manchete: Reação ao intolerável
Governo do Distrito Federal anuncia conjunto de medidas para combater a prostituição infantil na área central da cidade. Pacote amplia ações de segurança, assistência social e reparos na rodoviária.

A prostituição entre garotos é a segunda agressão contra a infância. Muitos foram violentados antes de fazer sexo por dinheiro.

Meninos denunciam os Jacks, homens que não pagam e ainda batem. “Quase sempre tiro menos de R$ 10 por dia”, conta jovem de 15 anos.

Governo e entidades civis do Distrito Federal consideram urgente a adoção integrada do plano de combate à exploração infantil na capital (págs. 1, 37 e 38)

Assistência de R$ 13 bi para bancos
Banco Central brasileiro injeta R$ 13,2 bilhões no mercado financeiro para ajudar bancos de pequeno e médio porte a fechar os caixas. A medida foi tomada diante dos sucessivos sinais de que as instituições financeiras menores passam por dificuldades desde que as linhas de crédito internacionais se fecharam por causa da crise. (págs. 1 e 22 a 24)

Brasileiros vivem cada vez mais
Por causa da melhoria nas condições sociais, a expectativa de vida do brasileiro, segundo o IBGE, chegou a 72,7 anos em 2007 — era de 69,3 anos em 1997. No extremo oposto, a taxa de fecundidade caiu de 2,5 para 1,9 filho por mulher, em média, no mesmo período, o que sugere a gestação de um país de idosos no futuro. (págs. 1, 14 e 15)

Elas conquistam a construção civil
Foi-se o tempo em que obras eram redutos masculinos. Resultado do crescimento do setor, o terceiro maior empregador do DF, número de mulheres como Denise, Rita e Laurenice nos canteiros dobrou nos últimos três anos. Delicadas, elas fazem a diferença no acabamento. (págs. 1 e 28)

Fogo, medo e prejuízo no campo
Chamas de 5m de altura já consumiram mais de 100 hectares da Chapada Imperial, em Brazlândia, desde a tarde de terça. Em pânico, chacareiros soltam os animais e temem perder as casas. (págs. 1 e 40)

Bombeiros: há excesso em treinos
Inquérito policial vai apurar morte de sargento durante curso de mergulho de resgate. Revoltados, colegas da vítima denunciam abusos nos exercícios e pedem punição dos instrutores. (págs. 1 e 40)

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Valor Econômico

Manchete: BC combate concentração de recursos nos grandes bancos
O Banco Central afrouxou ontem o recolhimento de depósitos compulsórios dos bancos com o objetivo de amenizar a concentração do dinheiro em um pequeno número de instituições, o que tem prejudicado especialmente os bancos pequenos e médios. Estima-se que as medidas vão liberar R$ 13,2 bilhões para o mercado.

O recrudescimento da crise internacional nas duas últimas semanas cortou virtualmente o fluxo de recursos externos para o país. Os bancos internacionais reduziram a renovação das linhas externas a 20% ou 25% dos vencimentos. Além de secar a fonte dos próprios bancos, isso aumentou a demanda das empresas por crédito em reais.

Os grandes bancos brasileiros passaram a preferir repassar as sobras de caixa em operações de um dia para o BC e não para outros bancos - não por receio de risco da contraparte, mas para preservar a própria liquidez. No dia que antecedeu o anúncio do plano de ajuda de US$ 700 bilhões do governo americano, os bancos repassaram mais de R$ 70 bilhões ao BC por um dia, o dobro da média do início de setembro.

O governo identificou uma corrida por crédito em reais no sistema bancário esta semana e o BC teve de socorrer as instituições com as medidas de liberalização dos depósitos compulsórios anunciadas ontem.

O crédito externo, que desapareceu completamente na semana passada, teve uma recuperação tímida nos últimos dias, ainda escasso e caro.

No governo, a pergunta que se faz é por quanto tempo a situação externa permanecerá adversa e o quanto isso poderá comprometer os investimentos, as exportações e mesmo a disposição das empresas estrangeiras em participar das concessões de serviços públicos. As discussões em torno do plano de ajuda aos bancos internacionais caminham lentamente.

Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reuniram-se com os dirigentes dos bancos públicos federais (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) para "medir a temperatura" dos mercados, decorrente do fechamento do crédito externo, mas sem avançar sobre novas medidas. As linhas externas representam cerca de 10% do total do estoque de crédito no país. (págs. 1, C1 a C12)

Sócios da Odebrecht rechaçaram acordo
A Construtora Noberto Odebrecht atribui sua expulsão do Equador ao fato de não ter convencido suas sócias na construção da usina San Francisco, Alstom e Va Tech, a assinar o acordo imposto pelo governo de Rafael Correa. Segundo empresa, o governo recusou-se a aceitar que entendimentos sobre a reparação da usina e ressarcimentos por conta da paralisação da geração de energia fossem feitos apenas pela Odebrecht, líder do consórcio que fez a obra.

"Nós nos dispusemos a aceitar o acordo, mas não podemos forçar nossos parceiros a assinar termos que não estavam nos contratos iniciais", disse Paulo Oliveira, vice-presidente da construtora.

Desde a tarde de ontem, a Odebrecht não voltou a negociar. A companhia espera que as conversas, agora, sejam conduzidas pelo governo brasileiro. A intenção de Brasília é evitar polêmicas com Correa, ao menos até o referendo de domingo. Nos bastidores, já recebeu indicações de que os financiamentos do BNDES serão honrados. Até o início da noite de ontem continuavam refugiados na embaixada brasileira, em Quito, o advogado Eduardo Gedeon e o diretor comercial Fernando Bessa e sua mulher. (págs. 1 e A9)


Investimento estrangeiro
Relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês) prevê que o Brasil deverá receber até US$ 40 bilhões em investimento estrangeiro direto neste ano. Para 2009, a previsão é de US$ 35 bilhões. (págs. 1 e A3)

Desemprego recua
A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país teve um pequeno recuo em agosto, de 14,6% em julho para 14,5%. É o melhor resultado para o mês desde 1998. O Recife tem o maior desemprego: 21,6% da população economicamente ativa. (págs. 1 e A3)

Prudência com o futuro
No primeiro semestre, os fundos de previdência privada tiveram captação recorde de R$ 15,3 bilhões, alta de 23,3% em relação a igual período de 2007. Mas a queda das ações com a crise financeira tornou as aplicações mais conservadoras. (pág. 1)

Parmalat busca fôlego
Depois de fechar duas unidades no país e vender a recém-comprada Poços de Caldas, a Parmalat decidiu adiar em cinco dias, a partir de outubro, o pagamento mensal feito a seus fornecedores de leite no Rio Grande do Sul. (págs. 1 e B12)


Janelas de oportunidade
A forte oscilação das ações neste mês puniu investidores que se precipitaram e venderam seus papéis. Ao mesmo tempo, abriu boas oportunidades de compra. Das 66 ações do Ibovespa, 41 tiveram a cotação mínima do ano em setembro e a maior também se recuperou com força. (págs. 1 e D1)

Cai autuação da Receita contra a CSN
Em 2001, a Companhia Siderúrgica Nacional distribuiu R$ 589 milhões em juros sobre capital próprio que foram deduzidos do Imposto de Renda, como permite a legislação. Os juros sobre capital são uma remuneração a acionistas parecida com dividendos. O pagamento referia-se ao período de 1996 a 1999.

Cinco anos depois da distribuição, a Receita Federal autuou a empresa alegando que os juros sobre capital só podem ser pagos no próprio exercício a que se referem. Em julgamento recente, o Primeiro Conselho de Contribuintes derrubou a autuação.

A decisão é particularmente interessante num momento em que, com boa rentabilidade, muitas empresas têm deliberado por uma distribuição maior de lucros ou de remuneração variável a sócios administradores. (págs. 1 e A5)

Grandes redes apostam no "atacarejo"
As três grandes varejistas - Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar - estão convertendo hipermercados convencionais para as suas marcas de "atacarejo". Essas lojas, que têm um formato tipicamente brasileiro, voltado para a população de baixa renda e que mistura loja de atacado com supermercado, mostram resultados surpreendentes. As três unidades do Pão de Açúcar convertidas para a bandeira Assai, marca comprada pelo grupo em 2007, registram crescimento de 300% nas vendas.

O Wal-Mart inaugura hoje duas lojas Maxxi, em Salvador e Lauro Freitas, na Bahia. São unidades que eram hipermercados da rede Bompreço e agora passam a operar no modelo de "atacarejo" da Maxxi, comprada pelo Wal-Mart em 2004. Em breve, a bandeira deve chegar a outras capitais do Nordeste.

O primeiro a converter lojas foi o Carrefour, que comprou o Atacadão em 2007. Três unidades já transformadas apresentam aumento médio de vendas de 25,8%. O sistema faz grande sucesso na capital baiana. (págs. 1 e B1)

Investidores criticam o Novo Mercado
A governança corporativa do Novo Mercado foi colocada em xeque por um grupo de investidores estrangeiros que enviou carta à BM&FBovespa, com cópia para a Comissão de Valores Mobiliários, criticando a forma como a construtora Tenda foi adquirida pela Gafisa e pedindo providências. O protesto é do fundo Foreign & Colony, voltado à aplicação em mercados emergentes e gestor de US$ 203 bilhões, e teve o endosso de 12 outros administradores de recursos que dispõem de US$ 1 trilhão.

Esses gestores já estavam decepcionados com a compra da Aracruz pela VCP. Concordam que as operações estão de acordo com a legislação societária brasileira, mas entendem que elas comprometem a boa governança no país. (págs. 1 e D2)

IBM amplia sua produção no Brasil
A IMB vai investir US$ 2 milhões em novas linhas de produção para começar a fabricar equipamentos de armazenamento de dados para pequenas e médias empresas no Brasil. A produção será na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo, no complexo de Flextronics, especializada em fabricação terceirizada, com a criação de cem postos de trabalho. Segundo Andrew Monshaw, gerente global de produtos de armazenamento da IBM, a produção inicial deverá atingir 500 máquinas por mês, um volume quase 50% superiro à quantidade de equipamentos que a empresa vinha importando até então. (págs. 1 e B3)

Idéias
Cláudio Haddad: Maior intervenção e controle governamental não serão capazes de evitar novas crises. (págs. 1 e A2)

Idéias
Paulo Rabello de Castro: Pacote de socorro “anti-ajuste” não trará solução para a crise internacional. (págs. 1 e A10)

Países compram terras no exterior para garantir suprimento alimentar (pág.1 e A12)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Toda economia está em perigo, adverte Bush
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fez duro discurso ontem à noite pela televisão (22h00, horário de Brasília). Em tom sombrio, ele advertiu que a economia corre graves riscos e os americanos podem enfrentar “uma longa e dolorosa recessão“, caso não seja aprovado o plano do governo para salvar os mercados financeiros com uma injeção de US$ 700 bilhões. “Nós estamos no meio de uma séria crise financeira e o governo federal está respondendo com uma ação decisiva.”

Durante o dia, o presidente do Fed (o banco central dos EUA), Ben Bernanke, e o secretário do Tesouro, Henry Paulson, já haviam feito um apelo aos americanos e aos congressistas para que apóiem o plano.
Segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), a crise já responde por perdas de US$ 1,3 trilhão em todo o mundo. E o FBI, por sua vez, investiga empresas afetadas pela crise do subprime. (págs. 1, A12 e B1)

BC muda regra para manter liquidez e Ásia tem corrida
Para evitar queda de liquidez no mercado interno, o Banco Central anunciou duas alterações nas regras dos recolhimentos compulsórios. A primeira adia a implantação do recolhimento compulsório para sociedades de arrendamento mercantil. A segunda amplia o valor a ser deduzido pelas instituições financeiras no compulsório sobre depósitos a prazo, depósitos de poupança e recursos à vista. A estimativa é que as medidas tenham impacto de R$ 13 bilhões no crédito.

Enquanto isso, na Ásia, multidões de chineses correram ao Bank of East Asia para sacar o seu dinheiro devido a boatos negados de quebra da instituição. O Sumitomo Mitsui, terceiro maior grupo bancário do Japão, deve investir US$ 2,5 bilhões no Goldman Sachs. A injeção de capital segue-se ao anúncio de que o investidor Warren Buffett vai aplicar US$ 5 bilhões no banco. (págs. 1, B1 e B2)


Equador ameaça calote de US$ 200 milhões
O presidente do Equador, Rafael Correa, ameaçou não pagar o crédito de US$ 200 milhões concedido pelo BNDES para a Odebrecht construir a hidrelétrica San Francisco naquele país. “Estamos pensando seriamente em não pagar o crédito”, disse Correa, colocando ainda mais lenha na fogueira acesa na terça-feira, quando o governo determinou a expulsão da empreiteira e confiscou seus bens no país, alegando que a empresa é a responsável pelos problemas técnicos na usina. A Odebrecht reforçou que estava fazendo os reparos para recolocar a central em operação. (págs. 1 e A14)

Editorial
É um engano supor que as pressões do governo Correa se restringiram às obras da Odebrecht. Há uma escalada de pressões em Quito em relação aos interesses do Brasil. (págs. 1 e A2)

Petrobras cresce na Colômbia
A Petrobras anunciou que abrirá novo poço de petróleo em águas profundas na Colômbia .“É uma área que começou a ser explorada em 2007”, disse o presidente da empresa no país, Abilio Paulo Pinheiro Ramos. (págs. 1 e C7)

Importação de fertilizante
Pelo menos 21 cooperativas agrícolas do Paraná planejam importar adubo conjuntamente numa tentativa de reduzir os custos com o insumo, cujos preços aumentaram 110% nos últimos 12 meses. (págs. 1 e C8)

ICMS
Dados do Confaz mostram que, em 20 anos, expansão do imposto supera o PIB (págs. 1 e A6)

Débito fiscal leva à exclusão do Simples
Em janeiro de 2009, cerca de 400 mil empresas poderão ser excluídas do Simples Nacional (o chamado Supersimples) por terem débitos fiscais. Advogados dizem que a determinação da Receita Federal é inconstitucional e que há precedente judicial favorável às empresas. Já o secretário-executivo do Comitê Gestor do Supersimples, Silas Santiago, garante que a norma protege as empresas que pagam seus impostos em dia e que vai excluir os devedores. (págs. 1 e A10)

Candidatos discutem no JB os destinos do Rio
O debate realizado pelo Jornal do Brasil esquentou a temperatura das eleições municipais na cidade do Rio de Janeiro. Em uma experiência histórica, dez candidatos discutiram sobre planos e propostas de governo, dentro de um espaço democrático e isento. Alessandro Molon (PT), Chico Alencar (PSol), Eduardo Paes (PMDB), Fernando Gabeira (PV), Filipe Pereira (PSC), Jandira Feghali (PCdoB), Marcelo Crivella (PRB), Paulo Ramos (PDT), Solange Amaral (DEM) e Vinicius Cordeiro (PTdoB) reuniram-se no salão principal da Casa Brasil, sede do JB.

Durante quatro horas, em uma atmosfera democrática e de liberdade de expressão, políticos, jornalistas e representantes da sociedade civil puderam trocar questionamentos sobre os maiores problemas da cidade e da população. Foram abordados 15 temas com cordialidade e respeito mútuo entre os debatedores. (págs. 1 e A9)


Sistema Sped vai reduzir burocracia fiscal para as empresas
A entrada em vigor do Sped fiscal, no início do próximo ano, vai contribuir para reduzir a burocracia fiscal das empresas. A estimativa é que o número de obrigações acessórias caia das cerca de 200 declarações anuais para apenas seis. “As empresas não terão de replicar informações para diferentes órgãos”, diz o diretor-executivo da Mastersaf, Cláudio Coli. Circula junto com essa edição o Suplemento Especial Escrituração Digital. (pág. 1)

Biagi distribui Iveco e espera caminhão a álcool
O empresário Luiz Biagi, acionista da Santelisa Vale, segundo maior grupo sucroalcooleiro do mundo, será revendedor de caminhões Iveco no interior paulista. Ele investirá R$ 100 milhões na abertura de dez lojas da marca italiana. O contrato entre Iveco e Biagi foi anunciado ontem em Hanover, na Alemanha, por Marco Mazzu, presidente da montadora para a América Latina. Biagi disse à Gazeta Mercantil que a Iveco lançará caminhão movido a álcool, o que contribuirá para significativa redução de custos no setor sucroalcooleiro. “Não faz sentido você produzir álcool em casa e queimar diesel”, disse. (págs. 1 e C4)

Opinião
Everardo Maciel: Conflitos de interesse permeiam a economia e reclamam a mediação das instituições públicas. O Estado deve ser forte na regulação para que possa ser fraco na intervenção. (págs. 1 e A3)


Opinião
Thomas L. Friedman: “Os americanos, que perdem suas casas e afundam em dívidas, não compreendem por que gastamos US$ 1 bilhão por dia para que os iraquianos se sintam seguros.” (págs. 1 e A14)

Opinião
Durval Guimarães: Um investimento de R$ 500 milhões é necessário para salvar a lagoa da Pampulha, que, de cartão-postal de Belo Horizonte, passou a ser exemplo de deterioração urbana. (págs. 1 e A2)

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Estado de Minas

Manchete: Mineira vive mais, estuda mais e não quer se casar
Estudo do IBGE mostra que as mulheres de Minas vivem e estudam mais do que os homens e estão se casando menos. A expectativa de vida delas é de 78 anos e três meses, exatos sete anos superior à masculina. E dos 658 mil universitários mineiros, 56,5% são do sexo feminino.

Já a taxa média de interessados em se casar, que em 1997 era de 9,1 pessoas a cada mil por ano, caiu para 6,8 em 2007. A bailarina e produtora cultural Fabiana Martins, de 30 anos, faz parte do grupo que desdenha o matrimônio. “Quero é namorar, mas cada um em sua casa.” (págs. 1, 23 e 24)

BC garante dinheiro para o consignado e o leasing
Medidas vão injetar R$ 13,2 bilhões na economia, para evitar a escassez de crédito e ajudar empresas e bancos – principalmente os de médio porte – a obter recursos. Ontem, a Bovespa reagiu e fechou em alta de 0,5%. (pág. 1, 13 e 14)

Investimento cai no mundo, mas cresce no Brasil (págs. 1, 13 e 14)

João -de-Barro
99 prefeitos investigados pela PF disputam reeleição (págs. 1 e 7)

R$ 6 bi é quanto o novo prefeito terá para administrar Belo Horizonte no ano que vem
A previsão é da Secretaria Municipal Adjunta de Orçamento. Até terça-feira, será encaminhada à Câmara Municipal a proposta de lei orçamentária para o próximo ano. O montante, de R$ 6 bilhões, é 17% maior que o projetado para este ano. (págs. 1 e 3)

Renda de BH encosta na de São Paulo (pág. 1 e 16)

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Jornal do Commercio

Manchete: Tempo quente no guia eleitoral
Oposição usou TV para massificar a cassação de João Costa, que se valeu do espaço para se defender. Presidente do TRE não acredita que o recurso do petista seja julgado antes das eleições. (pág.1)

Banco Central amplia crédito no mercado (pág. 1 )

IBGE revela mudanças na sociedade (pág.1)

Greve na saúde é mantida
Nova assembléia do servidor ocorre em 1º de outubro. Até lá, quem depende do serviço fica sem atendimento. (pág.1)

Estaleiro faz acordo com trabalhadores (pág. 1)

Esporte e lazer para enfrentar a criminalidade (pág.1)

SINOPSE RADIOBRÁS

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