16 de setembro de 2008
O Globo
Manchete: O novo 11 de Setembro do mercado
O mercado financeiro viveu ontem o abalo de um novo 11 de Setembro. Em menos de 24 horas, o quarto maior banco de investimentos americano, o Lehman Brothers, sem comprador à vista, pediu concordata para evitar sua quebra. Pouco depois, o Bank of America arrematou o Merrill Lynch por US$ 50 bilhões. A seguradora AIG, a maior do mundo, viu suas ações caírem mais de 60% e conseguiu autorização para captar até US$ 20 bilhões de suas subsidiárias para cobrir perdas.
Nesse cenário sombrio, as bolsas americanas registraram as piores quedas, em pontos, desde 11 de setembro de 2001. O índice Dow Jones caiu 4,41% e o S&P 500 recuou 4,71%.
No Brasil, a queda percentual da Bolsa de Valores de São Paulo foi a maior em sete anos: 7,6%, a pior entre os grandes mercados no mundo. O dólar subiu 1,59%, fechando a R$ 1,808. Apesar dos números ruins, o ministro Guido Mantega afirmou: "Em outra situação, estaríamos de quatro."
Diante do risco de contágio da crise imobiliária americana, o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra injetaram o equivalente a US$ 52 bilhões para resguardar bancos europeus. O Federal Reserve (banco central americano) anunciou medidas para dar liquidez às instituições. (págs. 1 e 21 a 26, Merval Pereira e Negócios & Cia)
Editorial : Ter um colchão de amortecimento numa hora dessas não tem preço para a economia brasileira (págs. 1 e 6)
Colunas, Artigos e Entrevistas
Miriam Leitão: Países emrgentes terão mais dificuldade de se financiar, e o Brasil está com crescente déficit em transações correntes. (págs. 1 e 22)
Colunas, Artigos e Entrevistas
Paul Krugman: O sistema financeiro quebra hoje ou nos próximos dias? Acho que não quebra, mas não tenho certeza. (págs. 1 e 22)
Colunas, Artigos e Entrevistas
Paulo Vieira da Cunha: É um ajuste necessário aos excessos de risco e alavancagem. Nada disso existia em 1929. (págs. 1 e 26)
Colunas, Artigos e Entrevistas
Ilan Goldfajn: No Brasil, os excessos correm soltos: os gastos do governo crescem a taxas que não são sustentáveis. (págs. 1 e 7)
No Chile, Evo denuncia golpe da oposição
Em reunião da Unasul, no Chile, nove presidentes reafirmaram apoio ao colega da Bolívia, num recado à oposição de que não aceitarão o movimento separatista. Morales denunciou que é alvo de um golpe civil. (págs. 1, 28 , 29 e editorial "O risco Chávez")
Rio tem queda recorde de homicídios
O número de vítimas de homicídios dolosos no primeiro semestre deste ano no estado caiu 8,8% em relação ao mesmo período do ano passado e é considerado recorde num semestre, desde o início das pesquisas sobre criminalidade, em 1991. Segundo dados divulgados ontem pelo Instituto de Segurança Pública, ligado ao governo do estado, de janeiro a junho, foram contados 2.859 assassinatos contra 3.135 registrados nos mesmos meses de 2007. Entre os 12 principais tipos de crime pesquisados, houve aumento de quatro itens, entre os quais assalto a transeuntes (17%) e roubo de celulares (6,5%). (págs. 1 e 14)
Mais guardas, sem choque de ordem
O candidato do PRB, Marcelo Crivella, prometeu dobrar o efetivo da Guarda Municipal e aumentar os gastos com educação e disse que a verba viria do aumento de arrecadação de ISS. Mas desdenhou da política de choque e de ordem, que, para ele, não dá certo. No GLOBO, disse também que respeita as diferenças, mas, como prefeito, não iria à Parada Gay. (págs. 1, 10 e 11)
Para TRE, favela é "campo de concentração"
O novo presidente do TRE-RJ, Alberto Motta Moraes, ao comentar sua visita à Favela da Coréia, disse que conheceu " um campo de cncentração sem arame farpado." (págs.1 e 8)
Gabeira ataca: há matadores da Câmara
Inaugurando nova fase da campanha, Fernando Gabeira (PV) atacou a Câmara de Vereadores: "Há uma parte corrupta, uma que trabalha pouquinho e outra de matadores." (págs. 1 e 3)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Maior quebra da história causa pior dia nas Bolsas desde o 11/9
A Bolsa de Nova York teve a pior queda desde 11 de setembro de 2001, após o pedido de concordata de Lehman Brothers, da venda do Merrill Lynch e da tentativa da seguradora AIG de conseguir empréstimo. Aos 158 anos, o Lehman tinha passivo de US$ 613 bilhões, valor equivalente à metade do PIB brasileiro. Em termos percentuais, a Bovespa liderou as perdas e caiu 7,59%, também o pior resultado desde 11/9. O dólar fechou a R$ l,808. O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que “o Brasil já estaria de quatro, de joelhos, em outra circunstância”. Mantega disse que o país “se mantém como alternativa favorável”. O Banco Central Europeu injetou mais de US$ 50 bilhões nos mercados. Na Ásia, o BC chinês anunciou corte nos juros e redução dos depósitos compulsórios. Hoje, as Bolsas asiáticas abriram em forte baixa. O Fed ampliou linha de crédito emergencial de US$ 175 bilhões para US$ 200 bilhões semanais e fará menos exigências. O banco central dos EUA decide hoje sobre a taxa de juros no país, atualmente em 2%. (Págs, 1 e Dinheiro)
Sistema parece cidade feita sobre falha geológica
O sistema financeiro ocidental parece uma cidade do Terceiro Mundo, construída sobre uma falha geológica e crescendo em ritmo acelerado. Sempre se soube que um grande terremoto era possível. Agora, ele chegou, e com violência inesperada. (Págs. 1 e B6)
Vinicius Torres Freire: Crédito mais caro e apertado prenuncia dificuldades ao país
Falências elevam o custo de proteção contra calote e apertam e encarecem o crédito. Todos os indicadores usuais do medo financeiro ontem gritavam “perigo”. Menos crédito, menos financiamento de atividade econômica. Menos consumo e comércio. A crise assim encosta no Brasil. (Págs. 1 e B4)
Fernando Canzian: Crise tem sentido parecido ao da queda das torres gêmeas
Desta vez, não foram membros de seita fundamentalista os autores do colapso, mas defensores da liberdade externa do mercado que derrubaram dois dos maiores ícones do capitalismo. É uma lição e tanto para o mais importante mercado
financeiro do mundo. (Págs. 1 e B6)
Morales aceita mediação de países sul-americanos
O presidente da Bolívia, Evo Morales, aceitou que a União de Nações Sul-Americanas atue como mediadora entre seu governo e os cinco governadores de oposição. Para negociar, quer que os opositores saiam de prédios federais e que comissão internacional apure massacre de camponeses pró-governo. Funcionários do departamento de Pando atuaram nos confrontos, relata Fabiano Maisonnave. (Págs. 1 e Mundo)
Para a ONU, polícia no Brasil mata quem ela quiser
Relatório da ONU aponta que o Brasil tem um dos índices de homicídios mais altos do mundo. A pesquisa destaca o envolvimento de policiais em milícias. Segundo o advogado Philip Alson, autor do relatório que inspecionou o país por dez dias, permite-se que a “a polícia mate quem quiser”. (Págs. 1 e Cotidiano)
Mensalidade escolar deverá ter reajuste médio de 10% em 2009
Índice supera a inflação oficial (6,17%) em 12 meses. Sindicados das escolas de SP alegam que os aumentos salariais e a inadimplência explicam o reajuste. (Págs. 1 e C3)
Editoriais
Leia “Cada vez pior”, sobre dia de pânico nos mercados; e “Os balcões da Câmara”, acerca dos vereadores paulistanos. (Págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Quebra de banco nos EUA faz mercado global desabar
A quebra do banco de investimentos Lehman Brothers disseminou o temor sobre a saúde do sistema financeiro americano e provocou, pelo mundo, a maior queda das bolsas de valores desde do ataque às torres do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001. A Bolsa de Nova York recuou 4,42%. A expectativa de desaceleração da economia mundial derrubou o preço das commodities e, pela primeira vez desde março, a cotação do barril do petróleo ficou abaixo dos US$ 100. As ações de empresas que trabalham dom matérias-primas, como a Petrobras e a Vale, perderam valor e a Bovespa caiu 7,59%. Dos cinco maiores bancos americanos de investimentos, três já sucumbiram à crise. A preocupação agora está voltada para a AIG, maior seguradora americana. (págs. 1 e B1 a B11)
Lehman se preparava para entrar no Brasil
...Em julho de 2007, executivos do Lehman Brothers entregaram ao Banco Central do Brasil os papéis para abrir uma subsidiária no País, o Lehman Brothers do Brasil Banco Múltiplo S.A. Até ontem, não havia resposta, embora o Conselho Monetário Nacional já tivesse aprovado que 100% do capital do banco ficasse com a sede americana. Os planos eram ambiciosos, com atuação em várias frentes. (págs. 1 e B7)
Cúpula decide enviar missão à Bolívia para conter a crise
Os nove presidentes sul-americanos reunidos em Santiago para discutir a crise na Bolívia anunciaram o envio de uma missão especial ao país, relata Roberto Lameirinhas. Antes da reunião, diplomatas avaliavam que o desafio era conter a retórica intervencionista do venezuelano Hugo Chávez. Na Bolívia, o Exército prendeu dez suspeitos da morte de 30 pessoas nos confrontos, informa Renata Miranda. (págs. 1, A12 e A13)
ONU vê erros do País contra crime
Avaliação critica megaoperações com as realizadas no Rio. (págs. 1 e C6)
Pilotos omitem problemas em vôo por temor de ação judicial
A abertura de ação criminal sobre os acidentes da GOL em 2006 e da TAM em 2007 fez recuar o número de relatórios de segurança de vôo encaminhados pelos tripulantes à Aeronáutica. Os documentos, sigilosos, têm sido usados na Justiça. Neste ano, o Cenipa, que investiga acidentes aéreos, recebeu nove relatórios, contra 90 em 2007. Para o órgão, os tripulantes "perderam a confiança" no trabalho do Cenipa. (págs. 1e C1 a C4)
Frase- Ronaldo Jenkins - do sindicato de empresas aéreas: "Essa exposição jogou no lixo 30 anos de trabalho da Aeronáutica".
Campanha em SP entra na fase de ataque direto aos candidatos
Os três principais candidatos a prefeito de São paulo, Marta Suplicy (PT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM), recrudesceram os ataques diretos, o que resulta em mais ações na Justiça Eleitoral. Em setembro, até quinta passada, houve 43 processos, contra 9 em agosto. Antes, o tiroteio se limitava a Marta e Kassab. Com Alckmin mais agressivo, o cenário se converteu em disputa de todos contra todos. (págs. 1 e A4)
Notas e Informações - O pior está para vir
A quebra do Lehman Brothers é o prenúncio de maiores dificuldades para a economia mundial e o teste mais duro para a economia brasileira desde da crise cambial de janeiro de 1999. (págs. 1 e A3)
Artigo - Ilan Goldfajn
A crise e os excessos - A crise mostra que é imperioso atuar nos momentos de bonança. (págs. 1 e A2)
Risco nos EUA : Roleta-russa financeira
Paul Krugman: Presenciamos uma corrida pós-moderna aos bancos. Não há multidões de poupadores desesperados, mas os efeitos econômicos são os mesmos. O Tesouro americano entendeu que jogar roleta-russa com o sistema era a melhor opção. Logo saberemos se foram corajosos ou loucos.(págs.1 e B4)
Risco nos emergentes: a hora do grande teste
Antony Faiola: O temor de que os mercados emergentes possam ser arrastados numa depressão global contribuiu para provocar uma alta vertiginosa do dólar. Os investidores preferem aplicações mais seguras. Sinais do fim da boa sorte estão surgindo em Xangai, Nova Délhi e São Paulo.(págs.1 e B10).
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Jornal do Brasil
Manchete: O mundo em pânico
Falência de banco de investimentos agrava crise nos EUA e espalha medo no mercado.
Bolsa de valores brasileira despensa 7,59%, a maior queda dos púltimos sete anos. págs.1 e A2 a A5)
Futuro de dívidas
Bancos brasileiros perdem 25% do valor de mercado neste ano.
Sem consenso sobre os danos, os analistas dizem que a crise vai chegar.
Mantega avisa: se preciso, medidas fiscais virão.(págs. 1 e A2 a A5)
Impacto global
A confiança acabou, reconhecem os especialistas do mercado financeiro.
Problemas devem prejudicar as economias em desenvolvimento.
Para equipe econômica, tensão não deve comprometer o Brasil.(págs. 1 e A2 a A5)
Morales ganha apoio de vizinhos
Na primeira conferência do pacto de defesa dos países da América Latina, a tônica foi o apoio tácito dos participantes ao presidente boliviano, Evo Morales, que enfrenta grave crise interna. O endosso, no entanto, é obrigatório pelos termos da aliança. (págs. 1 e A21)
10 plataformas para o pré-sal
A Petrobras contratará 10 plataformas flutuantes que produzem, estocam e escoam petróleo. É o marco inicial de produção em águas ultraprofundas da camada pré-sal, segundo presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli. (págs. 1 e A19)
Wider deixa o TRE e atira no Congresso
Principal defensor da impugnação de candidatos com vida pregressa suja como meio de limpar o Poder Legislativo, o desembargardor Roberto Wider deixou a presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sem poupar críticas ao Congresso. Ao JB, afirma que os parlamentares guardam há 14 anos um projeto que regulamentaria a questão. (pág. 1 e Eleições, pág. A6)
Contrastes marcam a violência no Rio
Embora os chamados autos de resistência indiquem que a polícia do Rio continua matando mais, o homicídio doloso teve queda de 8% no estado, o melhor resultado desde 1991. Caiu também, em 18%, o roubo a veículos - a menor incidência dos últimos 10 anos. A ONU considerou que a polícia fluminense tem "carta branca para matar". (pág. 1 e Cidade, pág. A17)
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Correio Braziliense
Manchete: A pior crise desde 11/9
Um furacão varreu o mercado global e provocou queda generalizada das bolsas de todo o mundo. O anúncio de concordata feito pelo Lehman Brothers, quarto maior banco de investimento dos Estados Unidos, espalhou uma onda de nervosismo e incerteza no sistema financeiro. A Bolsa de São Paulo amargou uma queda de 7,59% - a maior desde os ataques às Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2001. O presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que o país está preparado para enfrentar um cenário internacional adverso. Mas o discurso apaziguador não conteve o receio do mercado: o dólar fechou o dia cotado a R$ 1,81 e o risco-país também subiu 15%, passando de 268 para 309 pontos. (pág. 1, Tema do dia, págs. 18 a 20)
Entenda o abalo no mercado financeiro (pág. 1)
Mantega: país não ficará "de quatro" (pág. 1)
Brasileiros vão pagar mais por crédito (pág. 1)
Tombaço na Bovespa
Índice na Bolsa de São Paulo caiu 7,59% em apenas um dia, com forte desvalorização dos papéis da Petrobras e da Vale. (pág. 1)
Bolívia: Presidentes apóiam Evo
União de Nações Sul-Americanas se reúne no Chile e articula apoio à saída negociada para os conflitos na Bolívia, desde que o presidente Evo Morales seja 'protagonista dos diálogos' com os governadores que se opõem a ele. Brasil pede moderação. (págs. 1, 28 a 30)
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Valor Econômico
Manchete: crise já atinge o crédito no Brasil
O agravamento da crise financeira internacional já repercute nas operações de crédito no Brasil. Os bancos brasileiros tiraram o pé do acelerador, encurtaram prazos e aumentaram os spreads, uma vez que a crise promete manter as torneiras internacionais de recursos fechadas por mais tempo do que se esperava.
Se antes o país conseguia empréstimos externos por três a cinco anos, hoje eles não ultrapassam dois anos e estão, para empresas de primeira linha, pelo menos 50% mais caros.
Por isso, o Banco Cruzeiro do Sul quitou o eurobônus de US$ 30 milhões que venceu em agosto e o Itaú pagou neste mês a última parcela de US$ 18 milhões de uma securitização de US$ 140 milhões. O funding doméstico existe, mas está mais caro.
Na avaliação do governo, as primeiras reações dos mercados brasileiros até que foram relativamente “tranqüilas”, apesar da queda de 7,59% da bolsa de São Paulo – a maior queda desde os atentados às torres gêmeas -, seguindo a queda generalizada no mundo. O dólar subiu 1,51%, para R$ 1,8080. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que as reservas de mais de US$ 200 bilhões dão ao Brasil solidez para enfrentar a crise nos EUA . “Em outras circunstâncias, o Brasil já estaria de joelhos”, afirmou.
O clima se deteriorou depois que o banco de investimento americano Lehman Brothers confirmou ontem o pedido de concordata, com dívidas superiores a US$ 600 bilhões. O Federal Reserve costurava, na noite de ontem, um plano de ajuda para a seguradora AIG, cujas ações caíram 60,79%. A AIG tem no Brasil a quarta maior operação de seguros fora dos EUA, em parceria com o Unibanco, e US$ 700 milhões em investimentos de “private equity”. (págs. 1, C1 a C9 e D2)
Formalidade recorde
O aumento do emprego com carteira assinada bateu novos recordes em agosto. Foram gerados 239,1 mil postos de trabalho, o melhor resultado para o mês de desde 2004. Com isso, o emprego formal alcançou inéditas 1,8 milhão de vagas no ano, alta de 33% em relação a igual período de 2007. (págs. 1 e A4)
BNDES negociará com VCP/Safra
O BNDES vai negociar com o grupo Votorantim um tratamento diferenciado para sua participação de 12,5% nas ações ordinárias da Aracruz. O banco não quer ser tratado como minoritário comum na união da empresa com a Votorantim Celulose e Papel (VCP), conforme apurou o Valor. Procurado, o BNDES não se manifestou, mas, segundo fontes próximas à negociação, o banco vai conversar com representantes dos Safra e da Votorantim nos próximos dias.
A família Safra e o grupo Votorantim anunciaram ontem um acordo para comandar a empresa resultante da união de Aracruz e VCP, conforme já era esperado. Os dois grupos ficarão juntos em uma holding, criada para controlar a nova empresa.
Para ficar em pé de igualdade com o grupo do empresário Antônio Ermírio de Moraes, a família Safra desembolsará R$ 530 milhões em dinheiro. Além disso, colocará sua participação na Aracruz (28% das ações ordinárias) na holding que controlará o negócio combinado. Com isso, terá 50% das ações ordinárias da nova empresa e 42,8% do capital total. Todo o restante será do grupo Votorantim. (págs. 1 e D8)
Cidades encolhem e recebem menos
Neste ano, até agosto, a cidade paranaense de Santa Tereza do Oeste recebeu uma dotação de 29,9% menor do Fundo de Participação dos Municípios, principal fonte de transferência obrigatória da União às prefeituras. A causa foi a revisão dos dados sobre sua população, depois do censo do IBGE nas localidades com até 170 mil habitantes. Santa Tereza é um entre 444 municípios que apresentaram queda no número de moradores e tiveram, com isso, redução nos repasses da União. (págs. 1 e A3)
Avanço da TI
O mercado brasileiro de tecnologia da informação deverá movimentar neste ano US$ 23 bilhões, um crescimento de 15%, ritmo três vezes superior à média global. Com 13 milhões de microcomputadores vendidos, o país já é o quinto mercado mundial. (págs. 1 e B3)
Temores no campo
Com o fim do período de vazio sanitário no Mato Grosso, produtores de soja iniciam o plantio da safra 2008/09 preocupados com a possibilidade de margens negativas, em razão da queda nas cotações internacionais e da alta nos preços dos fertilizantes. (págs. 1 e B12)
Por que o Rio é o campeão dos indecisos
A cidade do Rio de Janeiro é a campeã dos eleitores indecisos. Segundo a última pesquisa espontânea da Datafolha, 47% dos entrevistados afirmam que ainda não sabem em quem votar. Para o cientista político Jairo Nicolau, professor do Iuperj (Universidade Candido Mendes), Eduardo Paes (PMDB) ascendeu por ter alcançado o eleitorado popular além da zona sul. Nicolau ressalta, porém, que a indefinição é a marca dessa eleição, devido ao grande número de candidaturas – 12 no total. Por trás da dificuldade de escolha do eleitor, ele destaca o enfraquecimento dos partidos políticos no Estado, o histórico de lideranças políticas regionais que trocam facilmente de partido e a ausência de uma polarização com a gestão do prefeito Cesar Maia (DEM). No Rio, também é fraca a presença dos maiores partidos nacionais: PT e PSDB. (págs. 1 e A14)
Idéias
Delfim Netto: com alta de juros de cem pontos básicos, BC teria obtido o mesmo efeito sobre expectativa de inflação. (págs. 1 e A2)
Negócios do petróleo
A Líder, principal prestadora de serviços aéreos para a Petrobras, inaugura seu terceiro hangar e um novo centro de manutenção no aeroporto de Jacarepaguá, de olho no aquecimento da demanda com as descobertas do pré-sal. (págs. 1 e B4)
Antecipação de demanda
Construtoras apostam na área habitacional em pólos de atração industrial. Entre os alvos estão Porto Velho (RO), Parauapebas (PA), Camaçari e Feira de Santana (BA), Rio Grande (RS) e Duque de Caxias (RJ). (págs 1 e B7)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Derrocada do Lehman arrasta bolsas ao redor do mundo
A Bolsa de Valores de São Paulo desabou 7,59% ontem, aos 48.126 pontos, a pior queda desde 11 de setembro de 2001, data do ataque terrorista ao World Trade Center, em Nova York, que fez com que os pregões internacionais encerrassem negociação. Como diziam analistas no Brasil, só não se pode dizer que os investidores acordaram de mau humor porque eles sequer dormiram após o noticiário dominical. Com a desistência do Barclays e do Bank of America em fazer proposta de compra, o banco norte-americano Lehman Brothers entrou com pedido de recuperação judicial ainda no domingo, amargando US$ 613 bi em dívidas. Além disso, a AIG, maior seguradora dos Estados Unidos, iniciou a semana com um pedido de empréstimo de urgência de ao menos US$ 40 bilhões.
“É provável que haja um efeito dominó, à medida que outras empresas que dependiam do Lehman para financiamento sentirem os efeitos da sua dissolução”, diz o advogado Charles Tatelbaum, do escritório americano Adorno & Yoss, especializado em concordatas. Nem a compra da Merrill Lynch pelo Bank of America, antes de um destino também fatídico, conseguiu animar o mercado e o Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, fechou em queda de 4,42% — puxado pela retração de 60% nas ações da AIG. As bolsas de Paris, Londres, Toronto, Cingapura e Frankfurt também fecharam no vermelho.
No pregão brasileiro, as ações da BM&FBovespa lideraram as perdas, com queda de 13,93%, seguidas de Petrobras e Vale — três papéis com forte presença de estrangeiros. O cenário que derrubou a bolsa fez o dólar subir 1,85%, para R$ 1,813, e, no meio da turbulência, o barril de petróleo caiu 5,4%, a US$ 95,71.
O risco-país brasileiro subiu 16,54%. “Temos a volta da aversão ao risco, a saída de renda variável e a prudência imperando”, resume Álvaro Bandeira, economista-chefe da corretora Ágora. A expectativa imediata é sobre a decisão que o Federal Reserve, o banco central americano, tomará hoje sobre a taxa de juros. O mercado já acredita que possa haver um corte mais agressivo, de 0,5 ponto percentual. (págs. 1, B1, B2, B3, B4 e B5)
Petrobras contrata dez plataformas por US$ 15 bi
A Petrobras vai contratar dez novas plataformas flutuantes para atuar no pré-sal da bacia de Santos, anunciou ontem a companhia. Com capacidade para produzir até 120 mil barris de petróleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás natural, as unidades têm custo unitário estimado em US$ 1,5 bilhão e serão instaladas entre 2013 e 2016. As duas primeiras plataformas serão destinadas aos projetos pilotos na região e devem ser arrendadas de terceiros, porém terão alto índice de nacionalização. As demais serão produzidas pela própria estatal — os cascos dessas unidades serão construídos no dique-seco Rio Grande (RS), já alugado pela companhia.
Ao todo, a Petrobras prevê 234 encomendas — entre plataformas, navios, sondas e outras unidades de produção — apenas para a nova região petrolífera, que, de acordo com estimativa da estatal, deve gerar 112,6 mil novos empregos. “Somente as turbinas já justificariam a construção de uma fábrica no País”, diz o diretor-financeiro da empresa, Almir Barbassa, referindo-as à demanda de 441 equipamentos desse tipo necessários para o desenvolvimento da região. Ainda segundo Barbassa, que participou ontem do evento “Rio Oil & Gas”, além das plataformas e turbinas, a Petrobras vai contratar, a partir deste ano, 70 grandes navios e 146 embarcações de suprimento.
Durante o mesmo evento, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, defendeu que a Petrobras seja a empresa operadora das áreas do pré-sal, mas disse que o governo manterá intactos os contratos já assinados pelas petrolíferas. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou durante o encontro no Rio que o próximo campo a ser estimado pela estatal será o de Júpiter. A jazida “está em fase final de análise”, segundo o executivo. (págs. 1, C1 e C2)
Fundo Petrobras perde valor
O FIDC NP do sistema Petrobras perdeu quase 100% do valor de seu patrimônio líquido em três meses, segundo informações setoriais. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)
Bancos brasileiros perdem US$ 10,5 bilhões em um dia
Os bancos brasileiros perderam 25% de seu valor de mercado neste ano, particularmente, por conta da crise financeira internacional, passando de US$ 229,9 bilhões em dezembro para US$ 172,5 bilhões na última sexta-feira, conforme levantamento da Economatica. O colapso do Lehman Brothers refletiu em queda mais acentuada das ações ontem e os bancos fecharam o dia valendo US$ 10,5 bilhões menos, em US$ 162 bilhões. Os mercados acionários têm sido um dos mais atingidos pela crise, mas os bancos são alvos especiais porque estão no cerne do problema, detonado com o colapso do mercado das hipotecas de alto risco dos Estados Unidos, iniciado em meados de 2007. (págs. 1 e B3)
País não está imune, diz Nakano
O nível de vulnerabilidade do Brasil é baixo e o fluxo de capital externo não será interrompido no curto prazo. No entanto, o País não está imune às turbulências, diz Yoshiaki Nakano, diretor da FGV. (págs. 1 e A4)
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Estado de Minas
Manchete: Como a crise pode afetar o Brasil
Quarto maior banco dos EUA pede concordata e leva pânico ao mercado em todo o mundo. Saiba quais são os pontos vulneráveis da economia nacional. A indústria, por exemplo, já se ressente da redução de crédito. (págs. 1, 12, 13 e coluna Brasil S/A, pág. 14)
Emprego formal bate recorde em 12 meses
Pela primeira vez, o número de vagas com carteira assinada num período anualizado, de setembro de 2007 a agosto de 2008, supera os 2 milhões, que é a meta do governo para este ano. (págs. 1 e 14)
Parentes
A cinco dias do fim do prazo, Executivo e Legislativo estaduais não enviaram ao MP a comprovação das demissões de parentes determinada pelo Supremo. Só o Tribunal de Contas mandou a lista de exonerações. (págs. 1 e 4)
As duas faces do SUS
Prestes a completar 20 anos, o Sistema Único de Saúde vive grande contradição. Enquanto muitos pacientes mofam nas filas, como Conceição Henriques, no colo da filha Ivanilda, no Centro Metropolitano de Especialidades Médicas, outros são salvos por procedimentos complexos, como o transplante de fígado feito por Wanderley Cássio Tancredo no Hospital das Clínicas.
(págs. 1, 21 e 22)
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Jornal do Commercio
Manchete: Acordo à Vista
Governo e sindicato não oficializaram, mas as partes construíram juntas alternativas para solucionar o impasse nas emergências. Secretário de Saúde, João Lyra, disse que houve 'flexibilização dos dois lados'. Categoria discute proposta hoje. (pág. 1)
Concordata nos EUA sacode o mercado (pág. 1)
TSE proíbe celulares e câmeras dentro das seções eleitorais (pág. 1)
Professores do Estado e de prefeituras param por um dia (pág. 1)
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