18 de setembro de 2008
O Globo
Manchete: Brasil e Rússia perdem mais
Um dia depois de o presidente Lula dizer que a crise econômica dos EUA não afeta o Brasil ("Que Crise? Vai perguntar para o Bush"), a Bovespa despencou 6,74%. O tombo só não foi pior que o da bolsa russa, que chegou a ter negócios interrompidos após queda de 10%. Só esta semana, a bolsa de brasileira perdeu 12,38%. O dólar fechou no Brasil a R$ 1,868, com alta de 2,41%. Apesar da estatização da maior seguradora dos EUA, a AIG, os investidores em todo mundo não estão convencidos de que a crise financeira está longe do fim. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 4,06% e o Nasdaq recuou 4,94%. Houve quedas em quase todos os mercados de Europa e Ásia. O ouro e o petróleo registraram as maiores altas, em dólares, da História. O banco americano Washington Mutual, que teve queda de 10% em suas ações, era oferecido ontem para a venda. Outra instituição, o Morgan Stanley, estudava uma fusão com Wachovia. (págs. 1 e 23 a 29, Miriam Leitão, Carlos A. Sardenberg e editorial "Questão de tempo")
Jobim quer fim do sigilo de fonte jornalística
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, propôs a discussão sobre o fim do sigilo de fonte, o que obrigaria jornalistas a revelar seus informantes. Jobim disse que já há casos em que o STF "relativizou os direitos constitucionais" e questionou os limites da liberdade de expressão. (págs. 1 e 4)
Segundo da PF foi grampeado durante 20 dias
O diretor-executivo da Polícia Federal, Romero Menezes, segundo homem na hierarquia, foi alvo de grampo telefônico e escuta ambiental por 20 dias, com autorização judicial. Preso e solto na madrugada de ontem, Menezes é suspeito de vazamento de informações e corrupção. Ele nega irregularidades. (págs. 1 e 3)
Cidade ocupada
Cerca de 800 policiais sobem o Alemão para resgatar corpos de traficantes em guerra: um policial morreu e cinco morreu e cinco ficaram feridos. O primeiro dia de ocupação do Exército no Vidigal e na Rocinha terminou em bate-boca de políticos e cabos eleitorais. (págs. 1, 12 e 14)
Profissionais liberais vão pagar Cofins (págs. 1 e 30)
Jandira acha que Cesar gasta pouco com pessoal
A candidata Jandira Feghali criticou o prefeito Cesar Maia por não usar todo o limite possível de gastar com pessoal(54% do orçamento) e disse, como todos os seus adversários, que vai contratar mais médicos, professores e efetivar os 6 mil guardas municipais. Mas garantiu que isso não quebrará os cofres da prefeitura. Embora tenha apoiado os governadores Moreira Franco, Brizola e Garotinho, Jandira disse que não se arrepende disso. E cobrou "coerência" dos adversários, pois Eduardo Paes agora apóia Lula e Cabral, e Gabeira tem o apoio de Armínio Fraga. Ela elogiou o primeiro governo Garotinho. (págs. 1, 8 e 9)
Prefeito usa servidor para ajudar Solange
A 18 dias das eleições, o prefeito Cesar maia promete novas benesses a servidores, para ajudar sua candidata, Solange Amaral. Após 12 anos no cargo, ele mandou ontem para a Câmara projeto que aumenta a licença-paternidade e dá licença aos avós, entre outros benefícios. (págs. 1 e 11)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Crise financeira derruba Bolsas e paralisa crédito
A crise de confiança nos mercados abalou as Bolsa e provocou corrida para investimentos livres de riscos – uma fuga ruma à segurança não vista no mercado de crédito desde a segunda Guerra (1939-45) de acordo com o “Financial Times”. A busca do baixo risco gerou alta de 9,03% do ouro em Nova York, onde o índice Dow Jones caiu 4,06%. Os juros dos empréstimos entre bancos dispararam. A Bovespa teve queda de 6,74%, com 45.908 pontos.O dólar fechou a R$ 1,868, com valorização de 2,41%.
Em meio à desconfiança sobre a saúde financeira dos bancos de investimentos como Morgan Stanley e Goldman Sachs, fundos de pensão e investidores se refugiaram em papéis da dívida americana de curto prazo. A procura foi tão alta que houve negociações com os menores juros desde 1941. Em ação inédita, o tesouro dos EUA venderá títulos para aumentar os recursos do Fed. Na primeira operação devem ser negociados US$ 40 bilhões. O Morgan Stanley informou que não descarta uma fusão. (págs. 1 e Dinheiro)
Índex / Crise Global
BNDES pode ajudar quem não tiver crédito no exterior. (págs. 1 e B9)
Para Albert Fisholw, Brasil deve confiar em sua economia. (págs. 1 e B10)
Maioria dos americanos acha que situação vai piorar. (págs. 1 e B1)
Bancos de investimetos puxam queda do Dow Jones. (págs. 1 e B4)
Lula diz apoiar expulsão de embaixador dos EUA da Bolívia
O presidente Lula defendeu a expulsão do embaixador norte-americano Philip Goldberg da Bolívia pelo presidente Evo Morales, se ele tiver se reunido com a oposição. “Papel de embaixador não é fazer política dentro do país”, afirmou. Morales expulsou Goldberg alegando que ele dava apoio à oposição por suposto interesse nos ideais separatistas do grupo. (págs. 1 e A12)
Decreto proíbe menor de 18 anos de atuar como doméstico
O trabalho doméstico de menores de 18 anos está proibido no país desde a semana passada, quando entrou em vigor decreto assinado em junho pelo presidente Lula. Antes do decreto, era legal a contratação, registrada em carteira, de maiores de 16 anos e menores de 18. Em todo o país, cerca de 410 mil crianças e adolescentes trabalham como domésticos. (págs. 1 e B11)
Cotidiano 2
Fiocruz consegue produzir genérico para tratamento de Aids. (págs. 1 e Esp. C3)
Editoriais
Leia "Diferenças nanicas", sobre pobreza de debate eleitoral; e "PF prende PF", acerca de órgão de segurança. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Fuga de investidores provoca queda de 6,74% na Bovespa
O temor de quebra de instituições financeiras americanas em cascata causou mais um dia de pânico nos mercados. Em Nova York, a queda foi de 4,06%, e o Tesouro dos EUA injetou US$ 40 bilhões no Fed para que o banco central possa resgatar outras instituições. Já o Ibovespa caiu 6,74%, e o dólar subiu 2,64%, para R$ 1,868, o maior valor em um ano.
Investidores estrangeiros estão saindo em peso do Brasil – em setembro, o déficit na Bovespa chega a quase US$ 700 milhões, e desde janeiro a conta está negativa em US$ 17 bilhões. A fuga visa a cobrir perdas ou buscar refúgio em investimentos mais seguros, com o ouro, que ontem subiu 10,84%.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já está faltando crédito internacional para as empresas no Brasil, e haverá “medidas de estímulo ao investimento” se a situação persistir. Para o crédito ao consumidor, os efeitos da crise deverão ser limitados, segundo a Febraban. (págs. 1, B1 a B13 e B16)
Bolsa-Família bloqueia 622 mil benefícios
Foi cortado ontem o pagamento de benefício do Bolsa-Família para 622 mil famílias com renda acima do limite definido pelo programa, de R$ 120 per capita. Em 2007, tinham sido bloqueados 330 mil benefícios. (págs. 1 e A13)
Brasil vai fabricar mais uma droga antiaids
Além de iniciar a produção da versão genérica do Efavirenz, conforme revelou o Estado, a Fundação Oswaldo Cruz tem estudos avançados para a fabricação de outro remédio usado no tratamento da pacientes com aids, o Tenofovir. O instituto Farmanginhos, vinculado à Fiocruz, já abriu negociação com fornecedores de matéria-prima. (págs. 1, A21 e A22)
Grampo mostra ex-diretor da PF atuando em favor do irmão
Gravações telefônicas em poder do Ministério Público foram decisivas para o pedido de prisão de Romero Menezes, ex-diretor executivo da PF. Numa delas, Menezes pressiona o chefe da PF no Amapá a acelerar processo de credenciamento de seu irmão, José Menezes Júnior, como instrutor de tiro. Há ainda, gravações de conversas de Menezes com o irmão, que prestava serviços à empresa MMX, de Eike Batista. (págs. 1 e A4)
Muamba S/A: 300 toneladas de pirataria
Uma operação da polícia e da Receita Federal encontrou um galpão de 5 mil metros quadrados em Guarulhos (SP) usado para estocar cerca de 300 toneladas de peças chinesas contrabandeadas, avaliadas em R$ 5 milhões. Segundo a investigação, a mercadoria seria vendida por lojistas e camelôs da 25 de Março. Três pessoas foram indiciadas. (págs. 1 e C5)
Evo suspende referendo e acerta trégua com oposição
O presidente da Bolívia, Evo Morales, aceitou sustar por um mês a tramitação da convocação do referendo sobre a nova Constituição, contestada pela oposição, informa Renata Miranda. Evo também anunciou a antecipação do diálogo. (págs. 1 e A14)
À espera do pior
Celso Ming: Cada alívio do Fed acaba engolido pela sensação de que o quadro é mais grave. (págs. 1 e B2)
Notas e Informações - A bolha da omissão
A intervenção do Tesouro e do Fed não é apenas pragmatismo. Não se pode voltar as costas a uma situação de fato, mas a situação de fato foi aberta pela omissão do poder público. (págs. 1 e A3)
Artigo - A nação perdida
Demétrio Magnolli: A Bolívia é uma prova do fracasso da teoria da modernização. (págs. 1 e A2)
SP já registra média diária de 4,3 mortes
O trânsito de São Paulo mata, em média, 4,3 pessoas todos os dias. Em Nova York, o índice é de 0,7. Trata-se de uma “epidemia” mais letal que aids e doenças cardíacas e tão violenta quanto os homicídios, mostra levantamento da Secretaria de Transportes obtido pelo Estado. Os motociclistas sofreram mais – o número de mortes subiu 22,5% entre 2006 e 2007. (pág. 1 e Caderno Especial)
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Jornal do Brasil
Manchete: Desconfiança anula socorro aos mercados
Os US$ 375 bilhões despejados pelos maiores bancos centrais do mundo revelaram-se insuficientes para aplacar a tensão dos mercados: o socorro do dia anterior foi anulado ontem pela desconfiança e pela especulação.
As bolsas voltaram a despencar, sob o temor de que vai mal a saúde de outros gigantes financeiros. No Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, promete agir, via BNDES, contra a possível falta de crédito internacional. Mas o ex-presidente do banco, Carlos Lessa, alfineta: o país, diz ele, vai entrar pelo cano. (pág. 1 e Economia, págs. A18 e A19)
Começa diálogo na Bolívia
Com o apoio unânime dos líderes sul-americanos, o presidente da Bolívia, Evo Morales, chega fortalecido para negociar, a partir de hoje, com a oposição que quase levou o país à guerra civil. Lula vai enviar policiais ao Acre, fronteira com a província de Pando. (pág. 1 e Internacional, pág. A22)
Jobim ataca Abin na CPI dos Grampos
O ministro da Justiça, Nelson Jobim, reafirmou ontem na CPI dos Grampos que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) comprou, sim, em convênio com o Exército, equipamento com capacidade para realizar esciutas telefônicas.
Jobim condenou a atuação da Abin na Operação Satiagraha, que levou à prisão o banqueiro Daniel Dantas. A função da agência, segundo ele, não está distante de processos criminais, mas não havia justificativa para a sua participação. (págs. 1 e A12)
Rocinha ocupada hostiliza políticos
A presença de 2 mil soldados do Exército, que ocuparam a Rocinha e o Vidigal sem qualquer incidente, não impediu que a disputa entre políticos apoiados pela comunidade e candidatos de fora esquentasse os ânimos. Quando os militares já tinham se posicionado pela favela, Solange Amaral (DEM) foi hostilizada e se retirou. (pág. 1 e Tema do Dia, págs. A2 e A3)
Famintos somam 925 milhões
Antecipando dados de um relatório que será divulgado hoje, o diretor da FAO, Jacques Diouf, afirmou que a alta dos preços dos alimentos fez saltar o número de famintos no mundo: de 850 milhões para 925 milhões. São mais de 75 milhões de subnutridos. (págs. 1 e A23)
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Correio Braziliense
Manchete: IPTU vai subir 7,15%
Projeto de lei mandado pelo GDF à Câmara Legislativa fixa o reajuste linear do imposto predial e territorial urbano em 2009 para todos os 765 mil domicílios do Distrito Federal, seja em Samambaia ou no Lago Sul. O percentual corresponde à variação do INPC e também servirá de teto para o IPVA, a ser aplicado sobre carros mais novos. (págs. 1 e 35)
Lula admite sancionar benefício na Previdência (págs. 1 e 23)
Planalto negou asilo a opositor de Evo
Antes de ser preso pelo Exército boliviano, o governador do departamento de Pando, Leopoldo González, pediu para se refugiar no país, mas o Itamaraty negou ajuda. Após a captura dele, mais de mil camponeses que o apoiavam cruzaram a fronteira e vivem como refugiados na cidade de Brasiléia, no Acre. Em Cuatro Canadas, perto de Santa Cruz de La Sierra, seguidores do presidente Evo Morales se organizaram em milícias. (págs. 1, 28 e 29)
No Congresso, ministros não se entendem sobre grampo
A Abin tem ou não equipamentos capazes de fazer grampo telefônico? Dois ministros do governo Lula estiveram no Congresso e não deram resposta objetiva à questão. O titular da Defesa, Nelson Jobim, afirma que, em tese, sim, mas não há provas. O general Jorge Félix, a quem os espiões são subordinados, diz que não. (págs. 1, 5 e 6)
Brasil combate a crise com crédito bancário
Para desespero dos corretores brasileiros, a Bolsa de Valores de São Paulo caiu ontem 6,74%, na esteira da onda de pânico que varreu os mercados do mundo, depois da má acolhida do socorro à seguradora AIG, feito pelo BC dos EUA. No Brasil, para deter o contágio da crise externa, o governo mandou que os bancos públicos (BB, Caixa e BNDES) ampliem o crédito aos clientes.(págs. 1 e 18 a 21)
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Valor Econômico
Manchete: Crédito encolhe no mundo todo
O maior aperto de liquidez em décadas chegou a uma intensidade dramática no mundo e já é sentido no Brasil.
O sistema financeiro americano lembra um doente em terapia intensiva. Autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Tesouro identificaram a doença: desalavancagem. Durante a explosão do crédito, de 2002 a 2006, as instituições financeiras e as famílias americanas se endividaram muito acima do ritmo de crescimento econômico. Muitos dos que tomaram dinheiro não podem pagá-lo agora, após o colapso nos preços dos imóveis residenciais.
Pelo menos três coisas precisam ocorrer para pôr fim à desalavancagem. Instituições financeiras precisam dar baixa contábil dos ativos desvalorizados que compraram com dinheiro emprestado, pagar suas dívidas e refazer o capital corroído pelo prejuízo com aqueles ativos.
O processo, porém, se auto-alimenta de forma perversa. A venda de ativos derruba preços, dificultando a operação e causando mais perdas. Com isso, as ações das empresas perdem valor e elas não conseguem levantar mais capital. Como acadêmico, o atual presidente do Fed, Ben Bernanke, apelidou essa auto-alimentação de "acelerador financeiro".
A fuga para ativos mais seguros, como ouro e títulos do Tesouro americano, cujos rendimentos ficaram negativos, não era vista desde a Segunda Guerra Mundial. Empréstimos entre bancos foram completamente suspensos. Dois fundos de curto prazo, considerados tão seguros quanto depósitos à vista, quebraram por terem investido em papéis do Lehman.
As bolsas caíram no mundo todo e nem o empréstimo de US$ 85 bilhões do Fed para a seguradora AIG, anunciado na terça-feira, conteve a aversão ao risco.
No Brasil, a Bovespa caiu 6,74% e o dólar fechou a R$ 1,87, com alta de 2,41%. Além de ter inviabilizado empréstimos sindicalizados, o aperto de liquidez internacional secou linhas de financiamento ao comércio exterior, o que não se verificava no país desde 2002.
As linhas que restam são de curto prazo, no máximo 180 dias. O custo dobrou, o que ajuda a alta do dólar. O desmonte de posições de fundos e bancos que precisam de liquidez e perderam dinheiro em outros mercados também tem puxado o dólar contra o real e contribuído para elevar os juros nos mercados futuros.
A concordata do Lehman afetou especialmente o mercado a termo de dólares contra reais no exterior, o chamado mercado de "NDF" (do inglês "non-deliverable forward"). (págs. 1 C1, C10 e D2)
Se for preciso, Lula elevará capital do BNDES
O governo está disposto a aumentar o capital social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para expandir sua capacidade de financiamento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que, se for necessário, o governo mudará as regras que, hoje, impedem o banco oficial de emprestar grandes somas a uma mesma empresa.
A preocupação é com a escassez de crédito, a primeira forma de contágio da crise americana para países como o Brasil. Pelas regras de Basiléia e do Conselho Monetário Nacional (CMN), o BNDES só pode emprestar a um mesmo grupo econômico até 25% de seu patrimônio líquido de referência. Isso equivale a um teto de R$ 5,5 bilhões.
O banco prevê que iniciará o próximo ano com aprovações de projetos somando o volume recorde de R$ 120 bilhões. As projeções de demanda bastante aquecida por financiamentos estão se confirmando e vão continuar em 2009 e, provavelmente, em 2010. (págs.1 e C10)
Visão de longo prazo
A forte queda das ações fez o mercado brasileiro voltar aos níveis do início de 2007. Nos últimos seis anos, porém a maioria dos papéis do Ibovespa mostra ganhos expressivos e a queda atual torna as ações mais atrativas em termos de fundamentos. (págs. 1 e D1)
José Carlos Braga
Na alta da especulação vale o mercado e, na baixa, vale o socorro do Estado. (págs. 1 e A13)
Empresas vão fazer e operar aeroportos
O governo vai autorizar a iniciativa privada a construir e operar aeroportos, segundo informou ontem ao Valor o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O governo não tem que cuidar mais de aeroporto. Isso as empresas podem fazer. (O governo) tem que cuidar é do ar (do tráfego aéreo), isso sim é tarefa exclusiva do Estado", disse o presidente, em tom de desabafo.
Lula se queixou das dificuldades que o governo vem enfrentando para tocar as obras de expansão dos aeroportos, como o de Guarulhos (SP), onde a construção do terceiro terminal, incluída como obra prioritária do PAC em janeiro de 2007, ainda não saiu do papel. (págs. 1 e A4)
Rio quer controlar construção de terminais em Mangaratiba
O governo do Rio de Janeiro está decidido a garantir seu direito de regular a ocupação do litoral Sul do Estado, na baía de Sepetiba, para evitar que a costa entre Itaguaí e a ilha de Guaíba, em frente à cidade de Mangaratiba, cuja principal atividade é o turismo, se transforme em uma região de terminais para exportação de minério de ferro de mineradoras e siderúrgicas instaladas em Minas.
Existem hoje sete projetos de terminais que envolvem empresas como a BHP Billiton e a LLX, de Eike Batista, que planeja a construção de um segundo porto no Estado. Há propostas também da CSN, da Ferrous Administração Portuária e da Usiminas, entre outros.
"Temos de definir uma saída que leve a uma solução compartilhada para as mineradoras. Nossa proposta é instalar um ou dois grandes terminais, que carreguem 80 milhões a 100 milhões de toneladas de minério e que sirvam a todas as interessadas", disse o secretário de Desenvolvimento do Rio, Júlio Bueno. (págs. 1 e A14)
Colony Capital no Brasil
A Colony Capital, administradora americana de recursos com vasto portfólio na área imobiliária e ativos de US$ 39 bilhões, chega ao Brasil por meio de parceria com a Metágora, braço de desenvolvimento imobiliário do grupo de arquitetura De Fournier. (págs. 1 e B8)
Tubos para Tupi
A TenarisConfab, do grupo argentino Techint, e a siderúrgica inglesa Corus venceram a licitação para fornecer os tubos de aço que ligarão o projeto-piloto de Tupi à futura plataforma de Mexilhão. O gasoduto terá 228 quilômetros. (págs. 1 e B6)
Tyson Foods finalmente chega ao Brasil
A empresa americana Tyson Foods, maior processadora de carnes do mundo, vai finalmente iniciar suas operações no Brasil. Depois de diversas tentativas frustradas, o grupo anuncia hoje a compra de três empresas no mercado brasileiro.
Segundo o Valor apurou, uma das operações que será confirmada hoje não é exatamente uma aquisição. Trata-se de uma parceria com a Frangobras – abatedouro de aves Campo Mourão (PR) com inauguração prevista para amanhã, controlado pela Globoaves e empresários de vários segmentos. Um outro negócio envolve o frigorífico de aves catarinenses Macedo. (págs. 1 e B12)
Sara Lee compra o Café Moka
A gigante americana Sara Lee anunciou ontem a compra da torrefadora Café Moka, de Osasco (SP). Com a aquisição, a multinacional consolida sua liderança no Brasil, onde já tem as marcas Pilão, Café do Ponto, União, Cabloco e Seleto. (págs. 1 e B12)
Foco em 2010
O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), promete investir R$ 1,5 bilhão em Belo Horizonte caso seu candidato, Márcio Lacerda (PSB) vença a eleição. O objetivo é transformar a cidade em cartão de visitas para a disputa pelo Planalto em 2010. (págs. 1 e A9)
Eliana Cardoso
Mesmo um 'decoupling' não compensa as mazelas causadas por um governo gastador (págs. 1 e A2)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Socorro bilionário à AIG falha e mercados mergulham na crise
Uma das mais impressionantes operações de salvamento feitas pelo governo na história americana falhou na tentativa de conter os temores de fuga que afundam o sistema financeiro.
Ontem, os investidores partiram rumo à segurança, mesmo com a operação de salvamento promovida pelo Fed (banco central americano) e pelo Tesouro para injetar US$ 85 bilhões na seguradora AIG. Já escaldados que estavam com o pedido de recuperação judicial do banco
de investimentos Lehman Brothers e pela venda do Merrill Lynch para o Bank of America, os investidores se perguntam qual será a próxima instituição a quebrar. O mercado partiu então em busca de títulos do governo americano.
Como resultado, as bolsas em todo o mundo despencaram. O índice de ações Standard & Poor’s 500 fechou em queda de 2,8%. O Dow Jones, principal indicador da Bolsa de Nova York, recuou 4,06%, enquanto o Nasdaq cedeu 4,94%. Em Londres, o principal indicador teve queda de 2,26%, e os pregões de Paris e Frankfurt caíram mais de 2%.
Na Rússia, os negócios com ações e bônus foram suspensos ontem, em meio às piores quedas desde o colapso financeiro do país em 1998. O índice bateu em 17% negativos e fechou em 6%. O Ministério da Economia prometeu um total de US$ 60 bilhões em fundos para ajudar os bancos locais. Investidores se livraram de ativos russos depois que a turbulência financeira global, combinada com uma queda nos preços do petróleo e com a guerra de Moscou na Geórgia, formou um coquetel perigoso para os mercados.
No Brasil, o principal índice de preços das ações da BM&F Bovespa recuou aos níveis de 30 de março de 2007, cravando 45.908 pontos no fechamento do pregão, com uma queda de 6,74% em relação ao dia anterior. O volume financeiro de negócios atingiu R$ 7,48 bilhões, acima da média do mês. Foi mais um dia de grande saída de investidores estrangeiros e nenhuma ação do Ibovespa (composto pelos 65 papéis mais negociados na bolsa) registrou alta. No ano, até a ultima segunda-feira, R$ 17,2 bilhões de investimentos estrangeiros
haviam deixado a bolsa. Mesmo as ações PN da Petrobras, que conseguiram se segurar boa parte do pregão no azul, fecharam em queda de 4,56%. (págs. 1, B2 e B3)
A publicidade da presidência
A verba total de comunicação da Secretaria de Comunicação Social (Secom) para 2009 é de R$ 184 milhões, dos quais R$ 154 milhões serão investidos exclusivamente em campanhas publicitárias. (págs. 1 e C4)
Insegurança regulatória
Seis das dez agências reguladoras federais são controladas por integrantes indicados por partidos da base política aliada ao Palácio do Planalto. Nem todas as indicações obedecem a critérios técnicos.(págs. 1 e A12)
Governo pode fornecer crédito por meio do BNDES (págs. 1 e B3)
Fluxo cambial está positivo em US$ 4 bilhões (págs. 1 e B2)
Investidor está mais preparado para turbulência (págs. 1 e B4)
Excesso de liquidez criou bolha nas bolsas (págs. 1 e B2)
Bancos freiam oferta de longo prazo
A crise que assola o sistema financeiro internacional levou as instituições brasileiras a reduzir o apetite por linhas mais longas de financiamento, principalmente para operações que precisam de funding internacional realizadas com grandes companhias e mais voltadas para o comércio exterior. Essa tendência, contudo, é pontual, disse o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fábio Barbosa. “As empresas ainda precisam entender o que está acontecendo e, por isso, se resguardam.” Outras linhas de longo prazo, como as destinadas para a compra de automóveis e o crédito consignado, por exemplo, continuam inalteradas e não houve uma redução de prazo significativa a ponto de causar impacto na economia, ressaltou. A crise também tem ajudado a elevar o custo do dinheiro, afetando as margens das empresas, e encurtado prazos de captação, mas o sistema bancário nacional não está contaminado, disse. (págs. 1 e B3)
Crise subprime reforça alta de ouro e dólar
A piora na crise subprime tem levado investidores a buscarem ativos mais seguros, como o ouro e o dólar. Ontem, na BM&FBovespa, o ouro spot subiu 8,26%, a R$ 52,40. O dólar também segue ganhando valor ante o real. Fechou vendido a R$ 1,86, no maior valor desde setembro do ano passado, com avanço de 2,62%. Apesar da crise, o fluxo positivo de moeda em setembro, de US$ 4 bilhões, reforçou a tese de que um movimento especulativo estaria sustentando a alta na moeda. No mercado futuro, estrangeiros estão “comprados” em dólar, o que ajuda na alta da moeda.(págs. 1 e B2)
FHC: “Não estamos livres dos reflexos”
Os desdobramentos da crise econômica mostram que o Brasil, como o mundo, não tem como passar incólume, na avaliação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “O País está melhor, mas não pode haver descuidos. O governo precisa ser responsável e gastar menos, não dá para falar que não seremos afetados”, disse, numa referência a declarações do presidente Lula e do ministro da Fazenda, Guido Mantega. (págs. 1 e A14)
Opinião: Manoel Horácio Francisco da Silva
O problema de má qualidade dos políticos no Brasil é tão grande que nossa juventude, antes tão motivada, mostra-se desinteressada de participar do embate eleitoral. (págs. 1 e A3)
Opinião: José Mauro Delella
A hipótese de descolamento da crise financeira americana está descartada, a desaceleração da economia mundial tornou-se inevitável, mas o pessimismo extremo é equivocado. (págs. 1 e A3)
Opinião: Klaus Kleber
Em um ambiente confuso, com dados contraditórios, ocorreu o que se chamaria de maxidesvalorização, com uma queda da taxa de câmbio de 12,41% desde 1º de setembro. (págs. 1 e A2)
Tyson Foods chega ao Brasil
A gigante americana Tyson Foods anuncia hoje a aquisição de três empresas brasileiras e seu ingresso no País. A chegada da maior processadora mundial de carnes de frango era aguardada pelo mercado. (págs. 1 e C9)
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Estado de Minas
Manchete: Temporal devastador
Meia hora de tempestade de granizo, com pedras do tamanho até de um ovo, provocou destruição e medo na Grande BH. A chuva derrubou telhados e danificou carros. A enxurrada arrastou crianças. Quarenta mil imóveis ficaram sem luz. Contagem e Betim foram as cidades mais atingidas. E, na capital, as regiões da Pampulha, Norte e Venda Nova. (págs. 1, 23, 26 e 27)
Minas cresce em ritmo de dragão...
Puxada pelo café e o minério de ferro, a economia de Minas cresceu 8,1% no primeiro semestre, melhor resultado já registrado, superando a festejada expansão do PIB brasileiro no período, de 6%. (págs. 1 e 17)
...Mas crise já ameaça indústria no país
O crédito encolheu e os juros dos empréstimos já estão mais altos para as empresas. Até a Petrobras admite que terá mais dificuldade para financiar a exploração do petróleo da camada pré-sal. Ontem as bolsas do mundo inteiro tiveram fortes perdas. A Bovespa despencou 6,74%. (págs. 1 e 14 a 16)
Mulheres devem mais
Levantamento sobre a inadimplência no comércio mostra que as mulheres representam 52,51% do total de devedores no país em julho e agosto. (págs. 1 e 18)
Galo: gestão de Ziza sob investigação
MP Estadual apura denúncias de parcerias lesivas ao Atlético e de irregularidades na vendas de jogadores cometidas pela administração atual do clube. (pág. 1 e Esportes)
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Jornal do Commercio
Manchete: Droga virtual surge na internet
Site vende 113 tipos de arquivos de som que prometem efeito semelhante ao provocado por entorpecentes. Para delegado, o único crime " a princípio" é apologia às drogas. Neurologista vê risco à audição e usuária diz estar com dificuldade para dormir. (pág.1)
Número 2 da PF é libertado e se diz vítima de canalhice (pág.1)
Em mais um dia de mercado nervoso, bolsas voltam a cair (pág.1)
Promoções, pacotes e outras facilidades oferecidas botam as classes C, D e E definitivamente na rota das agências de viagens (pág.1)
Na volta dos médicos às emergências , ainda muita confusão (pág.1)
Dívida de pensão alimentícia vai para o SPC (pág. 1)
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