quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O que Publicam os Principais Jornais do País, nesta quarta feira

O Globo

Manchete: Governo faz ameaça eleitoral ao recadastrar Bolsa Família
Instrução a prefeitos alerta que, em 2011, novo governo poderá mudar programa

Um documento publicado pelo Ministério do Desenvolvimento Social contém uma ameaça velada aos beneficiários do Bolsa Família: lembra que em 2011, ao assumir o novo governo, as principais diretrizes do programa poderão ser alteradas. O alerta está numa instrução operacional distribuída a prefeitos com regras para o recadastramento - uma das exigências para que os beneficiários não sejam excluídos do programa. O texto diz que a ajuda de custo está garantida por 3 anos para quem já atualizou os dados. Mas adverte que, em 2011, "a validade do benefício estará sujeita a alterações". Para Damásio de Jesus, especialista em Direito Administrativo, o texto cria insegurança jurídica e pode ser entendido como ameaça.
“Isso é terrorismo. Não é possível que a lei diga uma coisa hoje e, ao mesmo tempo, diga que isso pode ser mudado." O governo nega a intenção de ameaçar, mas admite que o texto dá margem a diferentes interpretações. (págs. 1 e 3)

Indústria teve pior queda em 19 anos
Tombo foi de 7,4% ,no ano; produção de máquinas e equipamentos registrou o maior recuo

O país fechou o ano de 2009 com um tombo histórico de 7,4% na produção da indústria, segundo o IBGE. Foi o pior resultado desde 1990, quando o recuo chegou a 8,9%. Só no setor de máquinas e equipamentos, a queda, agora, chegou a 17,4%. Em bens de consumo, a baixa foi de 2,7%, mesmo com o corte de impostos promovido pelo governo para incentivar a compra de eletrodomésticos. Segundo analistas, no entanto, a tendência de recuperação na indústria, do último trimestre, está mantida. (págs. 1 e 19)

Um quarteto que sempre aparece
Num ano em que a Câmara teve recorde de faltas, só quatro deputados foram a todas as sessões: Leonardo Vilela (PSDB-GO), Emanuel Fernandes (PSDB-SP), Manato (PDT-ES) e Jofran Frejat (PR-DF). Ontem, na reabertura do ano legislativo, na qual a presença não era obrigatória, 311 dos 513 deputados compareceram. Alguns já corriam para explicar as ausências de 2009, quando 270 parlamentares somaram 1.066 faltas sem explicação - o que pode resultar em desconto no salário. O vice-presidente José Alencar roubou a cena ao falar de seu tratamento e agradecer a solidariedade. (págs. 1 e 8)

Foto-legenda: Plenário parcialmente vazio na reabertura do Congresso Nacional

Em 2009, Câmara teve 1.006 faltas sem qualquer justificativa.

Recorde de consumo faz ligar térmicas
Com o calor forte, o consumo de energia elétrica bateu recorde e chegou a 68 mil megawatts (MW), 26% a mais do que a média de 2009. Com isso, o país será obrigado a ligar suas usinas térmicas. (págs. 1 e 21)

Chávez destrói a democracia, diz manifesto
Documento do Bloco de Imprensa Venezuelana diz que a vocação totalitária e ditatorial do regime de Chávez é incompatível com a democracia, informa Mariana Timóteo da Costa, enviada a Caracas. (págs. 1 e 26)

Cem dias sem aulas
O atraso das notas do Enem deu a alunos da UFRJ quase cem dias de férias. Em alguns cursos, as aulas pararam dia 18 de dezembro e só recomeçam em 22 de março. Oficialmente, o ano letivo terminou em 8 de janeiro. Os alunos aproveitam agora, mas temem que os professores tenham de correr depois. (págs. 1 e 10)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Homicídios crescem em São Paulo após dez anos
Apesar da queda na Grande SP, interior puxa alta do índice no Estado

Puxado pelo interior, o número de homicídios aumentou em São Paulo pela primeira vez em dez anos.

Em 2009, o Estado registrou 4.550 casos de homicídio (4.771 vítimas no total, porque há casos com mais de um morto). Em 2008, foram 4.426 (4.690 vítimas).

Na Grande São Paulo, permaneceu a tendência de queda, apurada desde 2000. No interior e no litoral, esse movimento se reverteu. (págs. 1, C1 e C3)

Criminalidade em alta: Comparação entre 2008 e 2009

Sequestro: 39% de aumento
Latrocínio: 14% de aumento
Homicídio: 3% de aumento

Aneel muda cálculo da conta de luz
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) modificou o cálculo do reajuste das tarifas de energia. A mudança corrige o erro que causava perda anual de R$ 1 bilhão ao consumidor, conforme a Folha revelou em outubro.

As distribuidoras de energia podem recorrer da decisão da agência. Se o recurso for aceito, os reajustes continuarão a prejudicar os consumidores. A Abradee, associação de empresas do setor, criticou a Aneel. (págs. 1 e B1)

Irã diz que pode aceitar plano de agência da ONU para seu urânio
O presidente Mahmoud Ahmadinejad disse que o Irã está disposto a aceitar proposta da Agência Internacional de Energia Atômica, ligada à ONU, pela qual Teerã enviaria urânio para ser enriquecido em outro país.

A declaração, feita à TV estatal, surge quatro dias após jornais terem revelado que os EUA preparam a instalação de um sistema de defesa no golfo Pérsico, como prevenção contra eventuais ataques do Irã. (págs. 1 e A13)

Maranhão faz teste de HIV em alunos sem que pais autorizem
O governo do Maranhão começou a fazer testes de diagnóstico rápido de HIV em alunos do ensino médio (a partir dos 15 anos) de escolas públicas de São Luís, sem pedir autorização aos pais. O teste é opcional, e o resultado é entregue em 15 minutos, na própria escola.

Para o governo, o método adotado facilita o teste. Especialistas criticam a medida por excluir os pais do processo e veem risco de deixar os alunos expostos. (págs. 1 e C5)

Indústria se recupera após pior resultado em 19 anos
A produção industrial recuou 7,4% em 2009, a maior queda desde 1990 - ano do confisco do governo Collor. Mas o ano terminou com sinais de recuperação.

Segundo o IBGE, o setor de bens de capital - segmento da indústria que reflete o investimento das fábricas em novos equipamentos - apresentou em dezembro o nono crescimento consecutivo em relação ao mês anterior. (págs. 1 e B3)

Editoriais
Leia "A novela Belo Monte", acerca de licença ambiental; e "Crimes em São Paulo", sobre índices de violência. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Cresce divergência entre Fazenda e BC sobre juros
Em público, Mantega e Meirelles expõem oposição diante da retomada econômica

O ministro Guido Mantega (Fazenda) e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, entraram em divergência pública, num evento com empresários, por causa dos juros. Para Mantega, a recuperação da economia é sustentável e "acalmou o ânimo daqueles que já achavam que deveria subir o juro". Já Meirelles disse que "a recuperação se dá a um ritmo muito forte", sugerindo risco de inflação - o IPC da Fipe foi de 1,34% em janeiro, a maior marca desde fevereiro de 2003. Nos bastidores, Mantega tenta convencer o presidente Lula a evitar a alta da taxa, e a Fazenda responsabiliza o BC pelo baixo crescimento em 2009. (págs. 1, B1 e B3)

Frases:

"A recuperação se dá a um ritmo muito forte” (Henrique Meirelles - presidente do BC)

"A economia caminha com seus próprios pés" (Guido Mantega - ministro da Fazenda)

Ciro se opõe a Lula e diz querer a Presidência
Ciro Gomes (PSB) descartou a hipótese de disputar o governo paulista, apesar de o presidente Lula querer que ele abra mão da candidatura ao Planalto para reforçar o palanque de Dilma Rousseff (PT). "O santo Lula nesse assunto está errado. Vou manter minha candidatura à Presidência”. Ele criticou a provável coligação do PT com o PMDB: “A moral da aliança é frouxa. É um roçado de escândalos já semeados”. (págs. 1 e A4)

Congresso volta e expõe resistências

Na reabertura do Legislativo, ficou claro que o governo terá dificuldades para aprovar projetos que julga prioritários, como o que regula o pré-sal e o que consolida as leis sociais. (págs. 1 e A6)

Cursos abrem poucas vagas para o Enem
Alguns oferecem só uma vaga

Um em cada cinco cursos das universidades que aderiram ao Enem como forma de ingresso disponibilizou no máximo dez vagas. Na federal de São João Del-Rei (MG), só 31 das 785 vagas foram oferecidas. Apesar disso, 50,3% do total de vagas está no novo sistema. (págs. 1 e A15)

Polícia Militar deve voltar a ser Força Pública em SP
Uma proposta de emenda constitucional encaminhada pelo governador José Serra à Assembléia muda o nome da Polícia Militar para Força Pública, informa o repórter Marcelo Godoy. O resgate do nome usado por 67 anos até 1970 - quando foi alterado pelos militares - é mais um item no processo de mudanças internas na corporação desde a década de 90. O objetivo, diz o governo, é aproximar a polícia da população. (págs. 1 e C1)

China adverte Obama sobre encontro com dalai-lama
A China advertiu que os laços com os EUA podem ser "seriamente prejudicados" se o presidente Barack Obama encontrar o dalai-lama, líder do Tibete. Os laços já estão estremecidos por causa da venda de armas dos EUA a Taiwan. Washington confirmou a reunião. (págs. 1 e A11)

Irã recua sobre plano nuclear
Teerã diz que aceita enviar urânio para ser enriquecido no exterior. (págs. 1 e A11)

Corrupção: OAB vai criar observatório
Novo presidente da Ordem defende acompanhamento de ações. (págs. 1 e A5)

Violência: Em trote, calouros bebem etanol
Agressões são denunciadas à polícia em Fernandópolis (SP). (págs. 1 e A15)

Notas e informações: Com Lula e sem oposição
O que conta, na subida de Dilma em pesquisa, é ser ela a única em campanha, carregada pelo presidente. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: Tanque cheio, bolso vazio
Para conter alta do álcool, governo baixou mistura na gasolina. Que agora também subirá

A redução do percentual de mistura de álcool à gasolina, que era de 25% e passou para 20% desde segunda-feira, foi justificada para conter a alta no preço do etanol. Agora, pela mesma razão, a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes informa que 35 mil postos estão sendo avisados pelas distribuidoras de que o preço da gasolina também subirá nas bombas. O aumento pode ser maior tambem porque algumas regiões estão no limite da capacidade de produção e terão de receber gasolina de outras áreas. (pág. 1 e Economia, pág. A18)

Enem, a crônica da confusão anunciada
Especialistas em educação creem que os obstáculos enfrentados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já tinham sido previstos devido às decisões tomadas pelo Ministério da Educação. A pressa e a falta de planejamento são apontadas como causas. O senador e ex-reitor da UnB Cristovam Buarque considera o exame um critério menos justo de ingresso na universidade. (pág. 1 e País, pág. A4)

Desmatamento cai na Amazônia
A meta de reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020 deverá ser antecipada. O Ministério do Meio Ambiente informou que a redução atingiu 72% na comparação entre outubro e novembro de 2008 e o mesmo período de 2009. Agora, a ideia é chegar a 2020 com redução de 95% em relação à década anterior. (pág. 1 e Vida, Saúde & Ciência, pág. A24)

Coisas da política
Interesses não podem confinar o Brasil. (págs. 1 e A2)

Informe JB
Saúde indígena é uma bola dividida. (págs. 1 e A4)

Anna Ramalho
Ministro da Cultura ganha presente de R$ 2 bi. (págs. 1 e A16)

Editorial
Areia suja é problema de educação. (págs. 1 e A10)

Sociedade Aberta:
OMarcus Quintella - engenheiro - O transporte público e a qualidade de vida. (págs. 1 e A11)

Sociedade Aberta:
Lauro Schuch - advogado - Facetas da nova Lei do Inquilinato. (págs. 1 e A11)

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Correio Braziliense

Manchete: Os meninos que ninguém vê
No município que mais registra desaparecimentos de jovens em Goiás, seis famílias pedem ajuda para achar seus filhos desde o início do ano

Noticiado com exclusividade pelo Correio, em janeiro, o sumiço de seis rapazes, sem qualquer vínculo entre eles, nos primeiros 22 dias do mês passado ganhou o noticiário nacional e mostrou ao país o drama de mães e pais do Parque Estrela Dalva, em Luziânia. Pressionadas pela repercussão do caso, as autoridades goianas reforçaram a presença policial na região, mas nenhuma resposta foi dada até agora. As famílias se mobilizam em busca de ajuda. Hoje, encontram-se com membros da CPI das Crianças e Adolescentes Desaparecidos, da Câmara dos Deputados. Amanhã, vêm a Brasília pedir a entrada da Polícia Federal nas investigações. (págs. 1 e 21)

“Eles têm todas as informações do meu filho.Tenho esperança que vou encontrar ele vivo”. (Cirlene Rabelo, 42 anos, mãe de George).

Governistas elegem Lima presidente
Em seu terceiro mandato como distrital, Wilson Lima (PR) foi escolhido ontem como o sucessor de Leonardo Prudente (sem partido), que renunciou após a Operação Caixa de Pandora. Preferido do governador Arruda, ele obteve 15 votos, contra sete dados a Cabo Patrício (PT). Alírio Neto (PPS) e Jaqueline Roriz (PMN), ex-aliados do GDF, votaram com a oposição. (págs. 1 e 29)

Servidores da UnB vivem indefinição sobre pagamento de gratificação (págs. 1 e 28)

Africanos suspeitos de roubar veleiro
Cinco homens foram presos pela PF em São Luís acusados de imigração ilegal. Eles chegaram ao país num barco que desapareceu de uma marina em Cabo Verde e encalhou no Maranhão. (págs. 1 e 9)

Cespe demite ex-diretores
Quatro servidores do centro de seleção da UnB, entre eles a ex-diretora-geral Romilda Macarini, foram condenados por irregularidades administrativas. A investigação inocentou o professor Mauro Rabelo. (págs. 1 e 24)

Enem encerra hoje inscrições
Estudantes que buscam vaga no ensino superior com base nas notas do exame têm até às 23h59 para fazer a opção. Problemas no site dificultaram o processo. (págs. 1 e 8)

Foto legenda - Aplausos para José Alencar
Em dia de estrela na sessão de reabertura do Congresso Nacional, vice-presidente recebe homenagens e é ovacionado por sua luta contra o câncer. (págs. 1 e 5)

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Valor Econômico

Manchete: Indústria fecha janeiro com atividade em alta
Um conjunto de fatores positivos ajudou a indústria a iniciar 2010 com aumento de produção e vendas. A base fraca de comparação, a necessidade de repor estoques, a demanda ainda aquecida, o aumento do salário mínimo e as obras de infraestrutura estão entre as razões que explicam vendas entre 5% e 40% maiores da indústria no mercado interno em janeiro na comparação com igual período do ano passado, auge dos efeitos recessivos da crise econômica. A exportação ainda sem sinais de retomada é a principal razão para que em alguns setores a produção siga deprimida.

Depois de registrar uma queda de 32% em janeiro de 2009, o setor de distribuição de aço festeja o forte começo de 2010. O presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, estima que o segmento tenha vendido cerca de 315 mil toneladas em janeiro; 43% acima do mesmo mês de 2009. A West Coast, fabricante de calçados, iniciou o mês planejando vendas 8% maiores, mas encerrou janeiro com um aumento de 15% no número de pares entregues no mercado interno. O percentual foi o mesmo obtido pela Fabrimar na venda de metais sanitários, enquanto a Samsung registrou alta de mais de 40% na venda de televisores de LCD, um movimento que a empresa ainda não credita à Copa do Mundo. (págs. 1, A4 e A14)

Cade congela compra da Casas Bahia e do Ponto Frio
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve congelar hoje a compra da Casas Bahia e do Ponto Frio pelo Pão de Açúcar. Os conselheiros vão votar uma proposta de acordo com as empresas pelo qual elas se comprometem a manter as marcas, as lojas e as estruturas administrativas separadas até o julgamento final das duas operações.

A proposta foi discutida, ontem, em reunião interna no Cade e, se for aprovada, o Pão de Açúcar não poderá fechar, até o julgamento, lojas da Casas Bahia, do Ponto Frio, do Extra e de sua própria marca. O acordo deve valer para todos os municípios em que existam lojas das quatro bandeiras. Com isso, o Pão de Açúcar não poderá, por enquanto, unir lojas do Ponto Frio e da Casas Bahia que sejam vizinhas num mesmo shopping center ou num mesmo bairro. O compromisso, chamado tecnicamente de Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação, foi negociado nas últimas semanas com os advogados das empresas envolvidas. (págs. 1 e B1)

Multiplus vale quase uma TAM
Com um modelo de negócios complexo até para os analistas de investimentos, a Multiplus fará sua estreia no Novo Mercado da Bovespa na sexta-feira com um valor de mercado perto de R$ 4,1 bilhões, muito próximo ao da TAM, empresa da qual se originou. A Multiplus nasceu do desmembramento da área de milhagem da companhia aérea, que tem lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (lajida) quatro vezes maior que a controlada. A TAM encerrou o pregão de segunda-feira valendo cerca de R$ 4,88 bilhões na Bovespa.

O prospecto de venda das ações prevê um intervalo de preços entre R$ 18 e R$ 24. Apesar de a cotação parecer alta à primeira vista, a percepção de especialistas ouvidos pelo Valor é de que há demanda pelos papéis e que os bancos coordenadores da operação não terão dificuldade para fechar a oferta pública inicial (IPO na sigla inglês), embora possa haver descontos por causa do desconhecimento sobre a empresa. (págs. 1 e D7)

Foto-legenda: Transmídia
A criação de conteúdo adaptável a todos os meios, da TV ao Twitter, redesenha os negócios. A receita é "usar o melhor de cada mídia", diz Maurício Mota, sócio da Os Alquimistas. (págs. 1 e B4)

Um festival de ofertas no home broker
Um dos filões mais rentáveis do merocado, o home broker (sistema de compra de ações pela internet) movimentou R$ 378 bilhões em 2009. A bolsa trabalha com a perspectiva de que em cinco anos o número de usuários cadastrados chegue a 5 milhões, dez vezes maior que os 500 mil atuais. As corretoras saíram em busca dos investidores com todo tipo de oferta, de psicólogos on-line a descontos para aposentados, isenções para universitários e corretagens decrescentes.

O volume negociado, considerando que o aumento da base trará investidores que giram menos a carteira, deve crescer ao redor de cinco vezes. Isso quer dizer que, da líder Ágora à novata Icap Brasil, as corretoras disputam um mercado potencial estimado em mais de R$ 1,5 tri1hão. A estratégia é reforçar os serviços. A Link lançará neste mês um serviço de apoio psicológico, sugestão dos próprios investidores. "O investidor do home broker é muito sozinho. Ele quer alguém do seu lado", diz Monica Saccarelli, diretora. (págs. 1 e D1)

Seguradoras nacionais evitam os grandes riscos
A abertura do mercado de resseguros, iniciada em 2007 após a quebra do monopólio do IRB, está provocando um rearranjo de forças no mercado de seguros de grandes riscos corporativos, no qual se negociam coberturas para os setores de energia, petróleo, gás, aviação, telecomunicações e construção civil, entre outros. As seguradoras nacionais estão reduzindo sua participação no segmento e abrindo espaço para as multinacionais, como Mapfre, Allianz, Toldo Marine, Liberty, Zurich, Chubb e Ace. Um exemplo é a Sul América, que decidiu não aceitar mais a cobertura para riscos de petróleo e gás "off shore" - ou seja, no mar. (págs. 1 e C1)

Linx se une ao BNDESPar e faz aquisições na área de software
Os investimentos bilionários da indústria varejista têm mexido com o setor de software, que se movimenta para aproveitar a fase de expansão desse mercado. A brasileira Linx, especializada em sistemas para o varejo, acaba de dar mais um passo nesse sentido. Na semana passada, a empresa ganhou como sócio o BNDESPar, braço de investimentos do BNDES, que adquiriu 21,7% da empresa. O aparte foi usado na aquisição de outras duas companhias de software, a CSI e a Intercommerce. A operação da Linx reflete o que se vê no varejo. Até 2007, a empresa faturava R$ 30 milhões. Para crescer, gastou R$ l00 milhões em aquisições nos últimos dois anos. Em 2009, a receita saltou para R$ 90 milhões e a meta agora é faturar R$ 130 milhões em 2010. A Linx não está sozinha. Rivais como SAP e Totvs também estão atrás do varejo. (pags. 1 e B2)

Merkel quer lista de 1.500 contas
A Suíça teme um êxodo de bilhões de dólares de seus bancos no rastro de um novo confronto sobre evasão fiscal, desta vez com a Alemanha, que pode causar estragos irreversíveis no já chamuscado segredo bancário. A chefe do governo alemão, Angela Merkel, disse que está pronta para comprar uma lista de contas secretas em bancos suíços de 1.500 contribuintes alemães que teriam escondido recursos para não pagar impostos. Um informante anônimo pede € 2,5 milhões para entregar a lista com os dados bancários dos culpados de evasão. O governo suíço ameaça recusar colaboração com Berlim sobre a "lista roubada". (págs. 1 e C8)

Empresas de recrutamento como a Tradição, de Pedro Caldas, avançam no Norte e Nordeste (págs. 1 e D8)

Vitória italiana na Argentina
A justiça argentina anulou decisão do governo que obrigava a Telecom Italia a vender sua participação na Telecom Argentina. (págs. 1 e B3)

Transporte aéreo
Recurso apresentado pela Pantanal ao Superior Tribunal de Justiça ameaça a redistribuição de horários de pouso e decolagem (slots) no aeroporto de Congonhas, marcada para hoje. (págs. 1 e B5)

Hyundai na OSX
A sul-coreana Hyundai vai assumir 10% da OSX, do empresário Eike Batista, que constrói um estaleiro em Biguaçu (SC) orçado em mais de US$ 1 bilhão. (págs. 1 e B10)

MS tenta atrair Portucel
O governo do Mato Grosso do Sul ainda tenta atrair a nova fábrica de celulose da Portucel. O investimento também é disputado pelo Uruguai e, principalmente, Moçambique. (págs. 1 e B10)

Rússia aumenta produção
O governo da Rússia vai implementar um programa para impulsionar a produção doméstica de alimentos e reduzir a dependência do país das importações. (págs. 1 e B13)

Bayer fecha fábrica
A multinacional alemã Bayer decidiu encerrar a produção de vacinas contra febre aftosa no Brasil. A fábrica de Porto Alegre será fechada. (págs. 1 e B13)

Gargalo da qualificação
Melhorar a qualidade da mão de obra brasileira - na média, ainda com menos de oito anos de estudo - é um dos grandes desafios do país. "A conta pelo descaso com a educação está sendo paga agora", diz Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan. (pág. 1)

Chuva favorece safra no RS
Acostumados às perdas causadas pelas secas frequentes no verão, os produtores gaúchos preparam-se para colher uma supersafra de milho e soja nesta temporada. (págs. 1 e B14)

Dívida mais cara
Os países da região do euro captaram um volume recorde de € 110 bilhões em 2009, o que elevou o custo do crédito para os governos, cujas contas estão enfraquecidas pela crise. (págs. 1 e C2)

Retirada estrangeira
Pela primeira vez desde junho, o saldo do investimento estrangeiro foi negativo na Bovespa. O saque líquido de R$ 2 bilhões em janeiro foi o maior desde outubro de 2008. (págs. 1 e D2)

Ideias: Martin Wolf
A missão de recuperar a economia global terá de suplantar as políticas locais. (págs. 1 e A13)

Ideias: Cristiano Romero
Combinação de investimento público e privado eleva gastos com pesquisa e desenvolvimento. (págs. 1 e A2)

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Jornal do Commercio

Manchete: Concorrência explode com modelo do Enem
Aumento da disputa dentro do Sistema de Seleção Unificado do MEC é impressionante. Em administração da UFRPE, por exemplo, foram 32 candidatos por vaga no último vestibular e agora 528. Inscrições acabam hoje às 22h59 no Estado. (pág. 1)

Caixa vai ressarcir perdas anteriores a 1971 com o FGTS (pág. 1)

Lojas devem segurar os preços da linha branca por um mês (pág. 1)

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