O Globo
Governo já não sabe como conter alta do real
Os principais integrantes do Ministério da Fazenda e do BC avaliam que não há hoje como conter a excessiva alta do real frente ao dólar, provocada pela enxurrada de investimentos externos. A moeda americana, que já caiu 25% no ano, fechou ontem a R$ 1,737. O governo teme prejuízo às exportações e rombo nas contas externas. (págs. 1 e 19)
IR: Lula critica quem pede restituição já
Ao rebater a acusação de confisco, Lula disse que o governo não tem interesse econômico em reter a restituição do IR, porque é corrigida pela Taxa Selic até a data do depósito: “É falta de compreensão.” (págs. 1, 20 e editorial “Quem paga”)
TCU: obra do Planalto não tem alvará
O TCU encontrou irregularidades graves na reforma do Palácio do Planalto e cobrou explicações da Casa Civil. Também descobriu que a obra, orçada em R$ 100 milhões, está sendo feita sem alvará, o que poderá provocar multa. (págs. 1 e 11)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Lula desiste de taxação da poupança
Para presidente, medida perdeu seu ‘tempo político’; governo teme repercussão negativa perto de ano eleitoral
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a assessores que o projeto de cobrar Imposto de Renda sobre a poupança perdeu seu “templo Político” e que não quer mais envia-lo ao Congresso.
Em véspera de ano eleitoral, o Planalto teme a repercussão negativa de uma taxação de 22,5% sobre os rendimentos de cadernetas acima de R$ 50 mil e atrasos na tramitação do pré-sal.
Lula só admite repensar sua posição se Guido Mantega (Fazenda) considerar a medida essencial. A própria equipe do ministro, porém, vê a proposta como politicamente inviável, apesar de ser defendida tecnicamente.
A ideia de taxar a poupança surgiu após o juro básico ficar abaixo de dois dígitos, o que tornou a poupança mais atraente que parte dos fundos de investimento. Assessores de Lula avaliam que a tendência dos juros é voltar a subir, o que tornaria a medida desnecessária. (págs. 1 e B1)
63% dos jovens não concluem o ensino médio
Apesar de avanços nos últimos dez anos, 64% dos jovens de 18 a 24 anos no Brasil começam a trabalhar sem concluir o ensino médio.
No ritmo atual, o país ainda vai precisar de 30 anos para se equiparar ao Chile, onde 64% da população com 25 a 34 anos tem o ensino médio completo. (págs. 1 e C10)
Após 9 meses no cargo, Obama leva Nobel da Paz
O Comitê Norueguês do Nobel anunciou Barack Obama como vencedor do Nobel da Paz de 2009 por “esforços extraordinários para fortalecer a cooperação entre os povos”. É o terceiro presidente dos EUA a receber o prêmio no cargo, que ocupa há quase nove meses.
A premiação vem num momento em que a popularidade de Obama cambaleia dentro e fora dos EUA e em que seu país está envolvido em duas guerras, no Iraque e no Afeganistão. O presidente disse estar “surpreso e profundamente honrado” com a escolha. (págs. 1 e A12)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Mais de 1,2 milhão de jovens no País são ociosos, diz IBGE
Quase 6% da faixa de 18 a 24 anos não estuda, não trabalha e não ajuda em casa
A Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE mostra que, em 2008, 1,2 milhão de jovens de 18 a 24 anos não exerciam atividades produtiva – não trabalhavam, não estudavam e não ajudavam em afazeres domésticos. O número representava 5,37% do total da população nessa faixa etária. O fenômeno se deve em boa parte ao desemprego, mas outros fatores, como deficiências, doenças ou simplesmente falta de ocupação, também pesaram, segundo os pesquisadores. A inatividade é maior entre os homens, porque as mulheres, quando não têm emprego, em geral se incumbem de tarefas domésticas. Por outro lado, na mesma faixa etária, passou para 13,9% a proporção dos jovens que cursam uma universidade. Uma década antes, o porcentual era de 6,9%. O índice de brasileiros que freqüentam instituição de ensino superior, independentemente da idade, chegou a 30%. O crescimento se explica pela expansão das universidades e pelo aumento da oferta de bolsas do governo federal. (págs. 1, A22 e A23)
Nobel da Paz a Obama surpreende
Americano recebe prêmio por iniciativas diplomáticas cujos efeitos ainda são incertos
O presidente dos Eua, Barack Obama, ganhou ontem o Nobel da Paz. Segundo o comitê do prêmio, Obama recebeu a honraria “por seus extraordinários esforços para fortalecer a diplomacia e a cooperação entre os povos”. A decisão surpreendeu a comunidade internacional, uma vez que o resultado das iniciativas diplomáticas de Obama ainda é incerto. Já os defensores da premiação argumentam que Obama alterou a imagem da liderança americana no mundo. (págs. 1, A15 e A16)
Lula chama de ‘vandalismo’ ação do MST em fazenda
O presidente Lula chamou de “vandalismo” a ação dos sem-terra em fazenda no interior paulista – pés de laranja, máquinas agrícolas e instalações foram destruídos. “Todo mundo sabe que sou defensor das lutas sociais. Agora, entre uma manifestação reivindicando alguma coisa e aquela cena de vandalismo, obviamente eu não posso concordar com aquilo”, disse. Nos últimos cinco anos, o governo repassou R$ 115 milhões a entidades ligadas ao MST. (págs. 1 e A4)
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Jornal do Brasil
Manchete: Metade do país vive com menos de R$ 415
Pesquisa aponta, porém, queda do número de famílias com renda baixa
Dez anos produziram no país uma realidade de atrasos e progressos, informa a Síntese de Indicadores Sociais, do IBGE. O estudo mostra que caiu em quase 10 pontos o número de famílias com renda per capita de até meio salário mínimo, mas metade do país ainda vive com menos de R$ 415. Na educação, também boas e más notícias: apesar do aumento de 15% do número de pessoas que completaram oito anos de estudo, metade dos brasileiros ainda não concluiu o ensino fundamental. A pesquisa revela que a participação das mulheres no mercado de trabalho cresceu 42% no período. (págs. 1 e País A10)
Nobel da Paz para Obama gera polêmica mundial
O presidente dos EUA, Barack Obama, foi acordado ontem com uma surpresa: é o vencedor do Nobel da Paz de 2009, “por sua visão e trabalho por um mundo sem armas nucleares”, justifica o comitê em Oslo, “além de ter criado um novo clima na política internacional”. A eleição gerou polêmica: muitos líderes mundiais acham que o comandante-em-chefe ainda não fez o suficiente para tamanha honraria. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A6)
Receita cobra dívida de 110 mil empresas
A Receita Federal começou ontem a intimar mais de 110 mil empresas com dívidas com a União. O passivo total chega a R$ 4,7 bilhões. O governo passará a notificar mensalmente os contribuintes que reconheceram a dívida mais ainda não fizeram o pagamento. Até agora, o procedimento adotado era de cobrança por lote, semestral ou anual. (págs. 1 e A21)
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Correio Braziliense
Manchete: Dai-nos a paz, Obama
Foi uma surpresa geral, até mesmo para ele. Barack Hussein Obama, o norte-americano que há nove meses ocupa a Casa Branca, sentiu-se “profundamente honrado” com o Nobel da Paz, mas considerou a prestigiada deferência um “chamado para a ação”. É certo que a política externa de Washington mudou radicalmente após o desastroso período de George W. Bush, mas o atual presidente dos EUA acredita que os grandes desafios do mundo globalizado — como a estabilidade política no Oriente Médio — ainda estão a ser vencidos. Dois ganhadores ouvidos pelo Correio comemoraram. “O Nobel sinaliza claramente que Obama tem promovido oportunidades para a paz no mundo”, disse Wangari Maathai, queniana como a ascendência de Obama. O indiano Rajendra Pachauri também fez coro: “Ele conseguiu um novo paradigma, e, por isso, creio que lhe deram o prêmio”. (págs. 1, 26 a 30. NO QR CODE, ENTREVISTA COM WANGARI MAATHAI)
Andanças de Dilma na terra do Bonfim
Salvador — Pouco à vontade em meio aos rituais de candomblé, mas com disposição de candidata, a ministra Dilma Rousseff sentiu o gosto de ficar perto do eleitorado. Na igreja do Bonfim, tomou banho de cheiro com folhas de aroeira. E enfrentou uma saia-justa comum entre políticos: uma criança negou-lhe um beijo. (págs. 1, 2 a 4)
Gasto da União com diárias é de R$ 471 mi
Do início do ano até o dia 5 deste mês, os cofres públicos da União bancaram R$ 471,3 milhões no pagamento de diárias a servidores dos Três Poderes. A maior parte das despesas foram para o Executivo, em particular ao Ministério da Justiça. A Câmara dos Deputados já empenhou R$ 1,5 milhão, mais do que o R$ 1,3 milhão gasto em 2008. (págs. 1 e 11)
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