O Globo
Manchete: Por que corrupção não dá cadeia no Brasil?
Cerca de 40% das ações contra autoridades no STJ prescrevem ou caem no limbo; condenações são só 1%
De escândalo em escândalo, o Brasil se acostumou a ver dinheiro em malas, meias e cuecas - como nos recentes mensalões do PT e do DEM. Mas a marca dos escãndalos brasileiros é a impunidade: levantamento da Associação de Magistrados Brasileiros revela que, das ações contra autoridades no Superior Tribunal de Justiça (STJ), 40% prescrevem ou caem no limbo do Judiciário. NO STF, o percentual é de 45%. As condenações de autoridades são apenas 1% no STJ - muitas convertidas em penas pecuniárias irrisórias - e inexistem no STF. Desde que foi criada há 17 anos, a Lei de Improbidade Administrativa condenou 1.605 pessoas. Para juízes, cientistas políticos, psicólogos e procuradores ouvidos pelo GLOBO, punir corruptos é o caminho para concluir a democratização brasileira, que trouxe o aumento da Fiscalização da gestão pública. "Mas não conseguimos consumar a punição, ponta final do processo. O percurso precisa ser fechado urgentemente", alerta a cientista política Rita Biason. Com partidos minados por denúncias de corrupção, falta porta-voz para a bandeira da ética. "É grave, porque pode dar condições para candidatos identificados com o 'rouba, mas faz' ganharem espaço", avalia o cientista político Leonardo Barreto. (págs. 1, 3 a 9)
BB cobrará de quem deve até 30 mil à União
O governo quer "limpar" o montate de dívidas inscritas na Dívida Ativa da União, hoje em R$ 805 bilhões. A ideia é passar ao Banco do Brasil a cobrança de débitos de R$ 20 mil a R$ 30 mil - que respondem por 10% do total, mas equivalem a 60% dos processos. (págs. 1 e 29)
Clima vai mudar a economia
Mesmo que a cúpula do clima que começa amanhã em Copenhague termine sem acordo, especialistas dizem que a mudança para uma economia de baixo carbono e com novas tecnologias já começou e é irreversível. (págs. 1, 38 e 39)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Brasileiros aceitam pagar para conter aquecimento
Maioria, porém, não vê clima como maior problema, aponta Datafolha
Na véspera da cúpula do clima das Nações Unidas, que começa amanhã na Dinamarca, pesquisa Datafolha revela que a maioria dos brasileiros se diz disposta a pagar mais em impostos ou energia para amenizar efeitos do aquecimento global. Os entrevistados, porém, não consideram as mudanças climáticas o mais grave dos problemas mundiais. Elas aparecem em sétimo lugar, com 5%, numa lista de prioridades encabeçada por pobreza (22%), violência e fome (ambos com 19%). O encontro da ONU, que reunirá representantes de 193 governos em Copenhague até o dia 18, terá início em meio a divergências entre países ricos e pobres e propostas de corte das emissões de gases-estufa tidas como insuficientes. (pág. 1 e Clima)
Campanha de Arruda financiou 236 candidatos
O escritório político do governador José Roberto Arruda (DEM) em 2006 financiou 220 candidaturas à Câmara Legislativa do DF e 16 à Câmara dos Deputados, num total de R$ 642 mil. Prestação de contas omitiu datas de pagamento e dados do CNPJ, o que pode indicar fraude, diz promotor. O responsável pelas doações não foi localizado. (págs. 1 e A4)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Patrimônio de Arruda cresce 1.060%
Em sete anos, soma de bens do governador do DF passa de R$ 600 mil para R$ 7 milhões
O patrimônio do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, filmado recebendo dinheiro vivo no escândalo do "mensalão do DEM", cresceu 1.060% em sete anos, informa o repórter Rodrigo Rangel. Nas declarações à Justiça Eleitoral, em 2002 e 2006, a soma dos bens do governador não passava de R$ 600 mil. Agora, o patrimônio real da família Arruda, só em imóveis em Brasília, acumula um valor de mais de R$ 7 milhões. Da posse como governador, em 2007, para cá, há pelo menos dois casos de imóveis comprados por terceiros - entre eles um empresário do setor de transportes de Brasília - e depois transferidos para filhos de Arruda. A lista de bens inclui aquisições recentes. Em 17 de setembro, o governador, que recebe R$ 16 mil por mês, comprou cinco salas em prédio comercial com localização nobre em Brasília, por R$ 1,6 milhão. "O patrimônio é absolutamente compatível com a renda que ele tem", diz Cláudio Fruet, advogado de Arruda. (págs. 1 e A4 a A9)
80% já sentem efeitos do aquecimento no Brasil
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Análise, a pedido do Estado, revela que 80% dos brasileiros já notaram alguma mudança climática nos últimos anos. Desses, 89% classificaram os efeitos como ruins. O aquecimento global é conhecido por nove em cada dez entrevistados. Para 68%, o Brasil deve fazer sua parte, mesmo que outros países não combatam o problema. (págs. 1 e A29)
Eleição testa projeto de 'refundação' da Bolívia
O presidente Evo Morales deve dar, na eleição de hoje, um dos mais importantes passos para a consolidação de seu projeto de "refundar" a Bolívia. Cada vez mais popular, ele deve se reeleger com facilidade. A dúvida é saber se Evo terá maioria absoluta no novo Congresso, que será responsável por redesenhar as estruturas do Estado boliviano. (págs. 1 e A14 a A17)
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Jornal do Brasil
Manchete: Caça às bruxas dentro do BB
Aparelhamento petista pode dar prejuízo milionário
Uma série de demissões e outras medidas que atropelaram as normas internas do Banco do Brasil, ordenadas pelo diretor jurídico - vinculado ao PT - dividiu a cúpula do partido e pode gerar um prejuízo à instituição calculado em R$ 30 milhões somente em indenizações por assédio moral. Os alvos da caça às bruxas eram advogados ligados ao antecessor nomeado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O diretor jurídico, Joaquim Pontes de Cerqueira César, deixou o cargo esta semana. (págs. 1 e A15)
As armadilhas do Débito Direto
Órgãos de defesa do consumidor e especialistas do setor alertam: o novo serviço bancário intitulado Débito Direto Autorizado (DDA), cobrança eletrônica que dispensa os boletos de papel, é uma maneira de manter os clientes endividados. (pág. 1 e Economia, pág. E1)
Um encontro para salvar o planeta
A partir de amanhã, o mundo tem nova chance para se salvar na Cop15, em Copenhague, onde líderes debaterão as mudanças climáticas e, quem sabe, poderão chegar a um acordo para reduzir as emissões de poluentes. (pág. 1 e Conferência do clima, págs. A25 a A28)
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Correio Braziliense
Manchete: Lixo hospitalar vale ouro na Câmara
A Operação Caixa de Pandora, que revelou o escândalo da propina no governo Arruda, mostra também uma triangulação em um setor de alta rentabilidade: o tratamento do lixo hospitalar. Rafael Prudente, filho do presidente afastado Leonardo Prudente (DEM), representa a única empresa beneficiada por uma lei de autoria de Cabo Patrício (PT) que estabelece regras para a execução do serviço no DF. A Serquip já teve o contrato emergencial renovado por duas vezes e se prepara para atender unidades como o Hospital de Base em contratos de até R$ 1 milhão. (págs. 1 e 27 a 30)
Dilma já tem preferido na economia
Atual secretário de Política Econômica, Nelson Barbosa deverá ter papel importante na campanha de Dilma Rousseff, caso se viabilize sua candidatura à Presidência. (págs. 1 e 14)
Piratas roubam barcos doados ao Ibama. (págs. 1, 2 e 3)
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Veja
O Natal dos safados
A impunidade e outros 9 presentes que os corruptos sempre ganham de Papai Noel
Gigante na praça
União do Pão de Açúcar e Casas Bahia muda tudo no varejo
Poder, dinheiro, corrupção e... - O governador de Brasília estrela um dos mais repugnantes espetáculos de corrupção já vistos na história. Sem nenhum pudor, políticos foram filmados recebendo dinheiro de propina em meias, cuecas, bolsas e até via Correios. Depois, ainda rezam, agradecendo a Deus a graça alcançada. (págs. 76 a 81)
Contra a parede - O STF processará o senador Eduardo Azeredo, do PSDB, pelo "mensalão mineiro". A defesa do tucano é bem petista: ele diz que nunca soube de nada. (pág. 86)
Um casamento de 19 bilhões de reais - Pão de Açúcar e Casas Bahia fundem suas operações e dão origem a um grupo que é cinco vezes maior do que o segundo colocado na venda de eletrodomésticos no mercado brasileiro. (págs. 138 a 140)
O mundo em alerta - O desafio das 192 nações reunidas em Copenhague, a partir desta semana, será construir um acordo em bases realistas. O segredo é respeitar a ciência. (págs. 174 a 176)
Ficará mais fácil desatar o nó - Ao eliminar a etapa da separação, a nova lei do divórcio diminui também a angústia dos casais que hoje estão no limbo: nem casados, nem livres para nova união. (págs. 127 a 130)
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Época
100 - Os brasileiros mais influentes em 2009
Os segredos do mensalão de Arruda - A história de chantagens e traições que levou à denúncia de um esquema de corrupção milionário e à derrocada do governador do Distrito Federal. (págs. 40 a 46)
Se não punir, eles sempre voltam - Há nove anos, Arruda estava em outro escândalo. Seu caso mostra que, no Brasil, a impunidade perpetua e incentiva os desvios éticos na política. (págs. 48 e 49)
Falta mais ambição em Copenhague - As propostas antecipadas pelos principais países para a conferência do clima são boas. Mas não bastam para evitar um aquecimento catastrófico. (págs. 164 a 166)
E agora, Itamaraty? - eleito um novo presidente, a posição brasileira na questão Zelaya fica cada vez menos defensável. (pág. 170)
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ISTOÉ
10 anos de premiação - Brasileiro do Ano 2009
Entrevista - David Uip - "Camisinha é ruim e droga é bom" - Para o médico, é preciso dizer a verdade antes de se reforçar que o preservativo salva vidas e que a dependência química mata. Pode ser um caminho para melhorar a prevenção da Aids. (págs. 12 a 18)
Cruz credo! - Preces e dinheiro em cueca e meias. O "Mensalão do DEMO", chefiado pelo governador José Roberto Arruda, é um esquema de corrupção diferente por ser cheio de provas e de caras de pau. (págs. 40 a 50)
A versão da ex de Arruda - Mariane Vicentini diz que o governador usa o dinheiro da corrupção para construir patrimônio não declarado à Receita. (págs. 52 e 53)
Gigante do varejo - Com promessa de preços menores ao consumidor, Pão de Açúcar se une à Casas Bahia e torna-se um dos 50 maiores grupos de comércio do mundo. (págs. 150 a 152)
O sindicalismo domado - A proximidade com o governo tira da CUT o papel de protagonista em questões econômicas como previdência, jornada de trabalho e política salarial. (págs. 154 e 155)
Para acompanhar Copenhague - ISTOÉ antecipa algumas das discussões que deverão esquentar o encontro da ONU sobre mudanças climáticas. (págs. 160 e 161)
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ISTOÉ Dinheiro
10 anos de premiação - Empreendedor do ano 2009
Entrevista/Roberto Lima - "Não perderemos a liderança" - Quando assumiu a Vivo, em julho de 2005, Roberto Lima tinha dois desafios pela frente: consolidar a liderança no setor e melhorar a qualidade do atendimento da operadora. Hoje, a Vivo é a primeira no ranking de metas de qualidade da Anatel, mas já não mantém com tanta folga a liderança - domina 29,5% do mercado, seguida cada vez mais de perto pela Claro (25,5%) e pela TIM (23,7%). (págs. 30 a 32)
Os fornecedores à sombra de Arruda - O mensalão do DEM colocou o governador do Distrito Federal à beira do impeachment. Mas os impactos também podem ser devastadores para muitas empresas. (págs. 36 a 38)
Um guarda-chuva chinês para Lula - O IBGE está prestes a divulgar que o Brasil cresceu 9% no terceiro trimestre, o que coloca o País, pela primeira vez em décadas, rodando num padrão asiático. (págs. 42 e 43)
Eike de olhos puxados - O homem mais rico do Brasil embala US$ 400 milhões com a venda da MMX para os chineses, mas precisa de mais dinheiro para sustentar o crescimento da empresa. (pág. 82)
O fim de uma era - Incorporação da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil marca o fim da festa dos governadores banqueiros. E isso é bom para o País. (págs. 114 e 115)
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CartaCapital
O conto do Natal - O DEM acabou no panetone
As imagens de corrupção explícita complicam a vida de Arruda, o único governador do ex-PFL
Exclusivo: novas ramificações em São Paulo das empresas envolvidas no escândalo do DF
Câmbio
Os efeitos negativos do real valorizado ficam mais aparentes
Uruguai
Mujica quer transformar o país pela tecnologia
Na meia, na cueca... – Brasília – José Roberto Arruda virou um cadáver político e seu enterro é questão de dias, ou de horas. Resta medir os efeitos do escândalo sobre o já combalido DEM. (págs. 24 a 30)
As ramificações do panetone – São Paulo – Empresas do esquema do DF atuam no governo estadual e na prefeitura. (págs 32 e 33)
O risco da euforia – Câmbio – Os investidores globais ampliam as suas apostas no Brasil e levam o real às alturas. O resultado pode ser prejudicial ao País, alertam economistas e industriais. (págs 34 a 36)
Pepe tecnológico – Uruguai – O ex-guerrilheiro tupamaro eleito presidente promete investir alto em ciência, pesquisa, educação e transformar o vizinho em um país “agrointeligente”. (págs. 56 a 59)
Um golpe maquiado – Honduras – Eleição tenta disfarçar a polarização do país, mas está longe de encerrá-la. Zelaya foi só o começo. (págs. 60 e 61)
Disputa até a última gota – Petróleo – Pequenos exploradores lutam para sobreviver em um setor que, no Brasil, exige grandes escalas de investimentos e produção. (págs. 64 a 66)
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