sábado, 26 de dezembro de 2009

O que Publicam os Principais Jornais do País, neste sábado

O Globo

Manchete: Executivo e Judiciário fecham ano com 31 mil novos cargos
Impacto nas contas públicas com esses postos de trabalho é de R$ 8,4 bi

Apenas em 2009, ano em que o país sentiu os efeitos da crise econômica global, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou 35 leis, aprovadas pelo Congresso Nacional, criando 31,4 mil cargos e funções comissionadas, o que vai gerar um impacto nas despesas públicas de R$ 8,4 bilhões. Do total de vagas criadas, 18,5 mil destinam-se ao Executivo e 12,9 mil, ao Judiciário. O Executivo alega que precisa fortalecer a estrutura do Estado, contratando, por exemplo, servidores para as universidades e escolas técnicas que estão sendo criadas. Os gastos com pessoal do poder público continuam em curva ascendente: devem fechar este ano em R$ 169 bilhões. Para o próximo ano, o Orçamento aprovado pelo Congresso prevê uma despesa de R$ 183,75 bilhões, um crescimento de 8,7%. O deputado tucano Arnaldo Madeira (SP) diz que a própria oposição se curva a lobbies e ajuda a aprovar esses projetos. (págs. 1, 3 e 4)

Exército destruiu arquivos de Jonas
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou, em documento enviado à Câmara, que os papéis sobre a morte do guerrilheiro Virgílio Gomes da Silva, o Jonas, capturado pela Operação Bandeirante, em outubro de 1969, foram destruídos. A afirmação de Jobim gerou protestos do grupo Tortura Nunca Mais. (págs. 1 e 8)

Natal: lei seca apreende 36 carteiras
Só na noite de Natal, fiscais da Operação Lei Seca multaram 49 motoristas e apreenderam carteiras de outros 36, no Rio. Quatro deles foram flagrados pelo bafômetro. (págs. 1 e 13)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Para 40%, atuação do Congresso vai de ruim a péssima
Reprovação chega a 47% entre os que têm curso superior e 48% na faixa salarial acima de 5 mínimos

O Congresso nacional chega ao final de 2009, ano marcado por escândalos, com 40% de avaliação negativa, revela pesquisa feita neste mês pelo Datafolha.

O desempenho de deputados e senadores foi considerado regular por 39% dos brasileiros, e ótimo ou bom apenas para 15% dos entrevistados. Em comparação à pesquisa feita no auge da crise do Senado, no mês de agosto, o incide de reprovação variou quatro pontos.

Embora tenha diminuído, a taxa de reprovação é hoje, a dez meses das eleições para deputados e da renovação de dois terços do Senado, dez pontos superior à de março de 2007 (30%).

A maior reprovação aos congressistas foi registrada entre os brasileiros com nível de escolaridade superior: 47%. Entre os entrevistados com faixa de renda familiar superior a cinco salários mínimos, o índice de ruim e péssimo atinge 48%. (págs. 1 e A7)

Efeito do corte do IPI é menor em construção e linha branca
A redução do IPI para material de construção e linha branca não foi repassada na mesma proporção ao consumidor, mostra levantamento da Folha feito com base em indicadores de produção do IBGE e de preços da FGV. O estímulo às vendas também foi menor que no setor automobilístico.

Material de construção foi o setor de menor impacto: o imposto sofreu cortes de 5 a 8 pontos, mas os preços caíram só 0,69%. (págs. 1 e B4)

2010 deve ter mais 2 milhões de empregos, dizem analistas
Economistas avaliam que o crescimento do mercado interno deve estimular a criação de 2 milhões de empregos formais em 2010 – quase o dobro do número de 2009. A maior parte será no setor de serviços.

A distribuição de renda também deve ser mais equilibrada entre as classes, altas, média e baixa – nos últimos anos, as classes D e E foram mais beneficiadas, com fortes ajustes do salário mínimo e do Bolsa Família. (págs. 1 e B1)

Avó vai pedir apoio do governo para ver Sean
Silvana Bianchi, a avó materna de Sean Goldman, 9, afirmou ontem que espera apoio do governo brasileiro para facilitar suas visitas ao menino, devolvido anteontem à família americana. Ela que obter nos Estados Unidos os mesmos direitos de visitação assegurados pelo Brasil a David, pai do garoto. Se não conseguir ajuda do governo, pretende contratar um advogado americano.

Nos EUA, o avô paterno de Sean disse que a família brasileira o expôs de propósito, ao entregá-lo ao Consulado dos EUA no Rio num evento tumultuado.

Na mídia e em declarações de autoridades americanas, o caso ganhou contorno de disputa entre países.

Pai e filho chegaram anteontem a Orlando, na Flórida. Segundo um amigo, iriam à Disney World. (págs. 1 e C5)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Prefeituras pagam R$ 11,8 bi de contas de União e Estados
Prefeitos não recebem recursos para manutenção de serviços estaduais e federais

As prefeituras brasileiras desembolsaram indevidamente, em 2008, pelo menos R$ 11,8 bilhões com o pagamento de despesas da União e dos Estados como, por exemplo, a manutenção de prédios da justiça, das polícias, do corpo de bombeiros, de unidades hospitalares, além do fortalecimento de transporte e merenda para escolas estaduais. Segundo estudo do economista François Bremaeker publicado pela ONG Transparência Municipal, por falta de repasses dos órgãos devedores essas contas acabaram sendo assumidas pelos prefeitos, que ficam com receio de perder os serviços. Paulo Ziulkoski, da Confederação Nacional dos Municípios, acredita, porém, que o valor total de gastos é três vezes superior aos R$ 11,8 bilhões, pois só na manutenção do Bolsa-Família, do governo federal, as prefeituras aplicam de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões ao ano. “Essa é uma criança que o presidente Lula pariu, mas quem cria, educa e paga suas despesas são os municípios”, diz Ziulkoski. (págs. 1 e A4)

Queixas de usuários das teles têm alta de 53%
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) recebeu, entre janeiro e novembro, 1,38 milhão de reclamações dos usuários dos serviços de telefonia fixa, celular, banda larga e TV por assinatura. Um crescimento de 53% sobre o número de queixas no mesmo período do ano passado: 900 mil. As principais reclamações referem-se a erros de cobrança e problemas no atendimento das operadoras. (págs. 1 e B1)

Na Trilha dos Isolados – Garimpo invade reserva indígena
Cinco balsas ilegais de garimpo de ouro foram achadas no Rio Boia, a 500 km de Jutaí (AM). (págs. 1 e A6)

Triste Natal no bairro alagado
Nova chuva no Jardim Romano impede celebração

O natal foi só mais um dia de tristeza e apreensão no Jardim Romano, bairro da zona leste de São Paulo que ainda está alagado por causa das chuvas das duas últimas semanas. Ontem voltou a chover. Isildo dos Santos, que pretendia fazer um churrasco para esquecer o drama, resumiu: “Passamos a noite com medo, tirando os móveis aqui da frente”. (págs. 1 e C3)

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Jornal do Brasil

Manchete: Contra tiros, PM usa tijolos
Hospital Central da corporação, no Estácio, tem janelas do CTI substituídas por paredes

Substituir as janelas por paredes de tijolos foi a forma encontrada pela Polícia Militar para aumentar a segurança de oficiais e praças internados no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Central da PM, no Estácio. A proximidade com o Morro de São Carlos faz com que a unidade seja alvo de projéteis, principalmente de fuzis, como ocorreu no último domingo, quando uma bala atingiu o quinto andar durante tiroteio entre bandidos e policiais do Bope. Funcionários dizem que a proteção com tijolos oferece mais segurança. Já a PM informou que as paredes são “obras de reparo”. (págs. 1 e Cidade, A8)

STF trava construção de prédio do TRF
A construção do novo prédio do Tribunal Regional Federal da 1º Região, em Brasília, segue suspensa por determinação do STF. O projeto de Oscar Niemeyer está orçado em R$ 477,8 milhões, valor considerado “um atentado ao princípio da economicidade”, pelo Ministério Público do DF. (págs. 1 e País, A6)

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Correio Braziliense

Manchete: Natal trágico para pedestres
O trânsito brasiliense ignorou o espírito natalino e mostrou-se inclemente com os pedestres. Dezoito atropelamentos, um deles fatal, foram registrados do dia 24 até as 17h de ontem. O caso mais grave ocorreu em Ceilândia, onde o aposentado Francisco Xavier, 49 anos, morreu na hora após ser atingido por um Honda Civic. A família de Francisco o aguardava para a ceia de natal. Os dados do Detran de 2008 indicam que as maiores vítimas de atropelamento estão na faixa a partir de 40 anos. (págs. 1, 21 e Visão do Correio, 14)

Gazeteiros - Câmara faz vista grossa para 88% das faltas
Direção da Casa tornou-se mais complacente com os deputados faltosos: dos 513 parlamentares, 209 tiveram todas as ausências abonadas. Para conseguir isso, eles apresentam licença médica ou dizem estar em “missão oficial”. Maior incidência ocorre às segundas e sextas. (págs. 1, 2 e 3)

Avó de Sean luta pelo direito de visitar o neto
Revoltada com a decisão do STF, Silvana Bianchi disse que vai pedir ao governo brasileiro garantias para visitar o neto nos Estados Unidos. Em entrevista a uma TV americana, o pai de Sean afirmou que, “com o tempo”, permitirá o contato da brasileira com a criança. (págs. 1 e 9)


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Veja

Especial 2010
- O ano zero da economia sustentável

2009
- O que lembrar e o que esquecer de um ano especial

Década
- Por que os dez primeiros anos podem definir o caráter de todo um século

Fim de ano com presente de grego – Dívida pública atinge 2 trilhões de reais. Sustentar esse fardo drenará recursos que deveriam ser investidos no futuro do país.

O governo federal nunca poderia servir de exemplo às famílias brasileiras. Ao contrário das donas de casa, que administraram seu orçamento com zelo, os gestores públicos não se limitam à já elevada receita dos impostos. O resultado segue a lógica aplicada ao cidadão comum: despesas acima dos rendimentos transformam-se em dívida. E, no caso do setor público brasileiro, ela não para de crescer. A dívida bruta do setor público atingiu 2 trilhões de reais. O peso dessa fatura, entretanto, não pertence somente aos políticos, mas a toda a população. Isso quer dizer que cada um dos 193 milhões de brasileiros, incluindo aqueles que acabaram de nascer, deve, em média, 10321 reais. (págs. 36 e 37)

O senhor das eleições de 2010 – Dilma ultrapassa a barreira dos 20% - e Lula, radiante com a boa fase da ministra, já fala publicamente em rifar o aliado Ciro.

O presidente Lula fez na semana passada uma entusiasmada avaliação de seu governo em 2009. Em um café da manhã com jornalistas, Lula destacou a criação de 1,4 milhão de novos empregos em plena crise mundial, comemorou o fato de o Brasil sediar a Copa do Mundo e a Olimpíada e, como sempre faz até mesmo quando está animado, criticou o trabalho da imprensa. (págs. 38 e 39)

Entre a máfia e a máfia – Apesar das evidências de corrupção, Arruda consegue permanecer no cargo – e seu sucessor pode ser o homem que o ensinou a roubar. (págs. 40 e 41)

Mais festa do que resultado – Inaugurações pomposas escondem sob o tapete o atraso de obras prometidas para a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. (págs. 46 e 47)

E deu Brasil! – Rio de Janeirrô!” Foi de estremecer o Cristo Redentor a festa que explodiu na cidade ao anúncio feito em Copenhague pela belga Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional. Depois de sete candidaturas frustradas, o Brasil foi finalmente escolhido para sediar uma Olimpíada, a de 2016, primeira a ser realizar em solo sul-americano. (pág. 67)

Balançou, mas não caiu – Foram três meses de denúncias sucessivas, uma mais cabeluda do que a outra, mas nada conseguiu fazer José Sarney desgrudar da cadeira. (pág. 69)

A criação de Dilma – Foi um ano de duras batalhas para a ex-guerrilheira Dilma Rousseff. A maior de todas, um câncer no sistema linfático, foi enfrentada com dignidade e vencida com bravura. Em setembro, depois de cinco meses de tratamento, a ministra veio a público anunciar que estava curada. Menos definitivo foi o resultado de seu embate com a ex-secretária da Receita Lina Viera em torno de um encontro de desdobramentos suspeitos cuja existência ela nega e a ex-secretária reitera. (pág. 71)

Mais vale um tucano à mão... – Risinho aqui, alfinetadinha acolá e muito jogo de cena depois, sobrou só um tucano para alçar o voo mais alto, Aécio Neves, que começou o ano arrastando caminhões de apoio às suas pretensões de candidato à Presidência da República, foi, devagarinho, colocando o nome em cima do telhado. Primeiro pressionou pelas prévias até outubro, depois aceitou postergar a data e mais tarde desistiu da consulta. Por fim, anunciou a retirada da pré-candidatura, deixando o caminho livre para Serra. (pág. 75)

Nós somos os campeões – Lula e o óleo – O presidente costuma carregar no ufanismo e nos elogios a si mesmo, mas no caso do petróleo do pré-sal a taça é nossa e ninguém tasca. (pág. 190)

Energias renováveis – O vento tem a resposta – As usinas eólicas são as que mais crescem no mundo – mas falta ainda torná-las baratas. No Brasil, o potencial é de dez Itaipus. (págs. 240 a 244)

Créditos de carbono – Falta definir quanto custa poluir – A bolsa de compensações caminhava bem – mas a decepção com a cúpula de Copenhague pode freá-la. (págs. 266 e 267)

O que virá depois de Copenhague – Certamente não é a morte, apesar dos resultados tímidos da cúpula. A sustentabilidade, todos concordam, é a próxima fronteira da inovação e o principal motor dos negócios. (págs. 288 a 292)

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Época

Retrospectiva anos 00
- A década que definiu um novo mundo

Ela chora, mas não se descabela – Dilma, de visual novo e sem peruca, comemora a consolidação no segundo lugar das pesquisas. (págs. 30 a 32)

Nossa política – Fernando Abrucio – As lições de uma década boa para o Brasil – A primeira década do século XXI foi um período de boas colheitas do que fora plantado no passado recente e nas ações da Era Lula. As principais conquistas foram a consolidação da democracia, e estabilidade econômica, a maior inclusão social e o novo status geopolítico. Outras nos esperam no próximo decênio, com os megaeventos esportivos, o pré-sal e a janela demográfica positiva. Para que este processo virtuoso continue, duas coisas devem ser feitas concomitantemente. (pág. 33)

Retrospectiva 2000/2009 – O mundo de cabeça para baixo – Dez anos atrás, as torres gêmeas do World Trade Center estavam de pé. Bill Clinton, então presidente da nação mais poderosa do mundo, comandava um período de prosperidade econômica, preparava-se para eleger seu sucessor – e era o indiscutível líder planetário. Poucos haviam ouvido falar nas palavras Bin Laden, Google ou euro. Muito já estavam preocupados com a internet – mas quase ninguém com a China. As mudanças climáticas ainda era vistas pelos empresários mais como motivo para ceticismo que para investimento. Ao longo da década, o mundo virou de ponta-cabeça – mas o Brasil amadureceu.

Dez anos atrás, o presidente era Fernando Henrique Cardoso, e o nome de Lula despertava temores entre economistas respeitados. Ninguém conseguiria acreditar que Lula seria o presidente em cujo governo saldaríamos a dívida externa e teríamos uma das moedas mais fortes do mundo. Em dez anos, o Brasil consolidou a democracia e a estabilidade. Tornou-se o país emergente com maior credibilidade no mercado global. Atingiu a universalização do ensino e a autossuficiência em petróleo. É verdade que ainda padecemos de problemas crônicos: corrupção, violência, um ambiente ainda hostil ao empreendedor e miséria endêmica em algumas regiões. Mas, nos próximos dez anos, deveremos continuar tentando resolvê-los.(pág. 49)

Uma promessa redentora – Barack Hussein Obama foi a realização de algo que talvez nem mesmo o ativista Martin Luther King imaginasse em seus sonhos: um negro na Presidência dos Estados Unidos. De jovem senador pelo Estado de Illinois, o democrata Obama tornou-se um fenômeno de popularidade durante a campanha em 2008, com um carismático discurso que pregava o rompimento com a era Bush. (pág. 60)

A América Latina pintada de vermelho – O maior símbolo da esquerda latino-americana, o ditador cubano Fidel Castro, deixou o poder em 2006. Doente, após 46 anos de governo, Fidel passou o bastão ao irmão Raúl – e Cuba pouco mudou. Paradoxalmente, políticos com histórico, discurso ou apenas cacoetes esquerdistas foram eleitos nos principais países da América Latina durante a década. Todos chegaram ao poder pelo voto. Dos 13 principais presidentes do continente, dez podem ser considerados de esquerda, entre eles o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. (pág. 77)

A democracia amadureceu – O Brasil começou a década governado por Fernando Henrique Cardoso e encerrou-a sob a égide do presidente mais popular de sua história, Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar da polarização entre os dois governos, eles guardam mais semelhanças do que diferenças. A mais importante é a estabilidade institucional. Entre FHC e Lula, o país viveu sua primeira transição democrática sem ruptura, após 20 anos de ditadura e o tumultuado impeachment do governo Collor. A segunda semelhança é a estabilidade monetária e financeira, conquistada no Plano Real e garantida por Lula. A terceira semelhança – esta menos lisonjeira – foi a dependência que ambos os governos mantiveram de alianças clientelistas e da troca de favores com velhos caciques. Lula também aprofundou os programas sociais iniciados por FHC e conseguiu transformar o Bolsa Família na maior vitrine de sua gestão. (págs. 102 e 103)


O queridinho do mundo – A agência classificadora de risco Moody’s se atrasou para dar ao Brasil o “grau de investimento” (ou seja, um atestado de destino seguro para aplicações), em setembro passado. Quando a nota chegou, o país já contava com muito mais credibilidade internacional do que as próprias agências, que não souberam alertar o mundo para riscos que levaram à crise global. O Brasil, ao longo da década, já mostrara que sabia fazer uma transição política tranqüila. Seguiu na rota da estabilidade, com inflação sob controle e juros em queda. A expansão da atividade e do crédito reduziu fortemente a pobreza. (págs. 110 e 111)

De comprador a vendedor – A descoberta de uma gigantesca reserva de petróleo e gás em águas profundas nas bacias de Santos e de Campos, em uma camada conhecida como pré-sal, trouxe de volta o ufanismo dos tempos da campanha O petróleo é nosso, promovida no início dos anos 50, quando foi criada a Petrobras. De acordo com informações do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, as novas jazidas do pré-sal poderão alcançar entre 50 bilhões e 150 bilhões de barris. É o equivalente a até dez vezes as atuais reservas brasileiras e a até 200 anos do consumo atual de petróleo no país. Se as estimativas oficiais se confirmarem, o Brasil, que atingiu a autossuficiência em petróleo na década que termina, deverá se tornar um dos cinco maiores produtores e exportadores do produto na próxima década. (pág. 112)


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