O Globo
Manchete: Milícia era chefiada de dentro de prisão da PM
Ex-policial Mirra usava pistola e dizia pagar propina ao comandante
A maior e mais violenta milícia do Rio, que teve 15 integrantes presos anteontem, era comandada de dentro do Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar pelo ex-PM Fabrício Mirra. Apesar de preso por homicídio e de controlar 23 favelas, o miliciano usava uma pistola cromada e tinha a proteção de seguranças feita por outros policiais detidos. Num processo na Justiça Militar. Mirra é acusado de agredir outros presos com a arma e de afirmar que pagava R$ 5 mil mensais ao comandante da unidade prisional. Ele promovia churrascos na prisão para receber aliados da milícia e só foi transferido após a descoberta de um plano de fuga. (págs. 1 e 14)
Minc dá nome aos ministros ‘machadinhas’
Um dia depois de reclamar ao presidente Lula que os colegas ministros usam machadinhas contra a lei ambiental, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) deu nomes a seus alvos: disse que Mangabeira Unger apresentou ao Planalto texto sobre licenciamento sem consultá-lo e que Alfredo Nascimento quer fazer a BR-319 às pressas, sem cumprir regras de preservação. (págs. 1 e 11)
Lei da selva
Detentos vivem como animais em presídio sem paredes no Espírito Santo
Encarregada da inspeção no sistema penitenciário do Espírito Santo, uma equipe do Conselho Nacional de Justiça encontrou uma rotina de violência e superlotação, além de um caso extremo: um presídio com pavilhões sem paredes, onde 1.254 presos vivem como animais. As celas foram destruídas, e os presos ficam soltos. Nem a polícia ousa entrar nos pavilhões, onde a regra que vale é a do mais forte. Réus primários estão ao lado de criminosos perigosos. O CNJ também recebeu a denúncia de que 121 jovens infratores teriam sido sedados durante a transferência de unidades, feita às vésperas da fiscalização. (págs. 1, 3 e editorial “Alternativa à prisão”)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Após 8 meses, dólar fica abaixo de R$ 2
Capital externo, atraído por juro alto, derruba cotação para R$ 1,97; empresas reduzem dívida em R$ 33 bi
A entrada de recursos externos fez o dólar comercial ficar abaixo de R$ 2 pela primeira vez em oito meses. A moeda dos EUA caiu 1,94% e fechou a R$ 1,97. Desde o início de 2009, a cotação já recuou 15,6%. A Bolsa foi a melhor aplicação do mês. Para especialistas, um dos fatores que atraem estrangeiros é o juro básico de 10,25% ao ano, entre os maiores do mundo. Isso estimula a chamada arbitragem: pegar dinheiro onde a taxa é pequena, aplicar no Brasil e ganhar a diferença. Outras razões apontadas para a valorização do real são a alta no preço das commodities agrícolas e metálicas, principais produtos de exportação do país, e o fato de a economia não ter se desacelerado tanto quanto outras atingidas pela crise. Estudo mostra que a queda do dólar para R$ 1,97 permitirá a 133 empresas abater R$ 33 bilhões de sua dívida em moeda estrangeira. Em alguns casos, a variação cambial pode acarretar ganho superior à própria atividade operacional. (págs. 1, B3 e B6)
Para preservar o PAC, governo relaxa controle orçamentário
Para manter investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento em 2010, o governo eliminou exigências e afrouxou controles no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O texto acaba com a necessidade de contrapartida financeira de Estados e municípios em transferências da União e não veta o repasse para quem descumpre os limites de investimento em educação e saúde. (págs. 1 e A4)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Dólar cai abaixo de R$ 2 e perda no ano já supera 15%
Queda no mês é a maior em 6 anos; IOF sobre ingresso de capital é descartado
O dólar caiu 1,94% e afinal rompeu a barreira dos R$ 2, fechando a R$ 1,97 – a menor cotação desde 1º de outubro. No ano, a moeda já perdeu 15,6%, desempenho que preocupa exportadores e o governo. A equipe econômica descarta taxar com IOF o ingresso de capital, sobretudo em títulos públicos. “Existe a entrada de capital, mas essa entrada é vista como fato positivo”, disse o ministro Guido Mantega (Fazenda). Essa disposição, no entanto, pode mudar se houver uma enxurrada de dólares, em movimento especulativo. A Fazenda acredita que o melhor seria cortar mais os juros e, tal como defende o Banco Central, avançar na compra de dólares para as reservas. O dólar foi o destaque negativo dos investimentos em maio: recuou 9,96%, a maior perda mensal desde abril de 2003. (págs. 1, B1, B3 e B4)
Minc critica ‘casa da mãe joana’ no governo Lula
O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) disse que o presidente Lula lhe deu “toda a razão” ao reclamar que outros ministros estão fazendo lobby no Congresso para modificar acordos relativos a sua pasta. “Alguém do governo solapar a própria posição do governo é a casa da mãe Joana”, afirmou Minc em entrevista ao Estado. (págs. 1 e A10)
Pyongyang pode lançar novo míssil de longo alcance
Os EUA suspeitam que a Coréia do Norte esteja se preparando para lançar mais um míssil de longo alcance. A Coréia do Sul diz temer ataque naval. Ontem, foi lançado outro míssil norte-coreano de curto alcance, o sexto desde o novo teste nuclear no país, na segunda-feira. (págs. 1 e A18)
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Jornal do Brasil
Manchete: Rio tem o 5º caso de gripe suína confirmado
No Brasil, só RJ e SP têm episódios de transmissão local da doença
O quinto caso identificado por exames de laboratório é autóctone, ou seja, o vírus foi contraído na cidade. O Brasil tem um total de 16 episódios confirmados e 18 sob suspeita. São 16.670 no mundo, com 113 mortes. O Ministério da Saúde não divulgou maiores detalhes do paciente, mas revelou que ele é próximo de uma pessoa que pegou a doença nos EUA. É o terceiro caso de transmissão local. Os dois outros pegaram a gripe de um rapaz infectado durante viagem ao México. Só o Rio e São Paulo têm casos autóctones, mas o Ministério da Saúde considera que ainda não há “sustentabilidade da transmissão de pessoa a pessoa”. O contágio é classificado como “limitado”, pois atingiu pessoas próximas a infectados no exterior. (pág. 1, Vida, Saúde & Ciência e pág. A24)
Mais 300 são demitidos na Vale
A Vale demitiu ontem 300 funcionários por causa da redução na demanda global por seus produtos. Foi feito um acordo para que saíssem os aposentados ainda na ativa e quem já está em condições de se aposentar. (pág. 1, Economia e pág. A18)
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Correio Braziliense
Manchete: Basta de impunidade
Ficou mais difícil a situação dos motoristas embriagados que assumem o volante e colocam em risco a sociedade. A Polícia Militar adquiriu 50 bafômetros e vai ampliar a Operação Álcool Zero nas ruas do Distrito Federal. Os flagrantes mostram que muitos brasilienses ainda ignoram a lei seca, quase um ano após entrar em vigor. Ontem, às 9h, policiais prenderam o autônomo Jefferson Pereira da Silva, que dirigia pela Asa Norte completamente embriagado. O teste indicou que ele estava com 1,27 miligrama de álcool no sangue. A irresponsabilidade ao trânsito motivou o protesto de parentes e amigos de Yasmin Jesus, 5 anos, morta no sábado passado após ser atropelada por Ítalo de Almeida, 26 anos. O Ministério Público deu parecer favorável ao pedido de prisão preventiva contra Ítalo. Ele é acusado de dirigir alcoolizado e de negar socorro a Yasmin. “Eu ainda escuto ela dizendo ‘mãe, cheguei’”, desabafou Camila Martins, referindo-se à filha, vítima da criminalidade nas pistas. (págs. 1 e 36)
Renuncia deputado que matou dois em acidente. (págs. 1 e 17)
Autoridades começam a chorar água derramada no Piauí
Ministério Público Federal e governo do Piauí abrem investigações para saber por que moradores foram autorizados a voltar para suas casas, mesmo com a constatação da fissura na barragem de Algodões 1, próxima à cidade de Cocal da Estação, a 282 quilômetros de Teresina. Uma enxurrada na nascente do Rio Pirangi, no Ceará, acabou rompendo a represa, matando seis e desabrigando 3 mil pessoas. (págs. 1 e 13)
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