quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O Que Publicam os Jornais de Hoje

Manchete: Estandarte é do Salgueiro
Escola disputa título de campeã com Beija-Flor e Vila; resultado oficial sai hoje

Com um desfile que empolgou a Sapucaí por sua criatividade, um samba de primeira e uma bateria nota dez, o Salgueiro conquistou o Estandarte de Ouro de melhor escola e o de melhor enredo (a história do tambor) do Grupo Especial em 2009. Para o júri da 37ª edição do prêmio, concedido pelo GLOBO, a vermelho-e-branco foi a grande campeã do carnaval. Duas escolas conquistaram três Estandartes cada – a Vila Isabel (comissão de frente, mestre-sala e personalidade); e o Império Serrano (bateria, revelação e baianas). Além do Salgueiro, Beija-Flor e Vila Isabel estão na disputa do título de campeã. As notas dos jurados do Grupo Especial serão conhecidas hoje à tarde, no Sambódromo. Em São Paulo, a Mocidade Alegre venceu o desfile por meio ponto. (pág. 1)

Governo de SP reage a invasões
O secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antônio Marrey, disse que não cederá à pressão dos sem-terra, que as invasões ocorridas no estado são políticas e que eles deveriam protestar em Brasília. (págs. 1 e 3)

BC dos EUA prevê recuperação só em 2010
Em audiência no Senado, o presidente do BC americano, Ben Bernanke, disse que há uma perspectiva de que a recessão nos EUA “termine em 2009, e 2010 se torne um ano de recuperação”. A declaração fez a Bolsa de Nova York subir 3,32%, apesar de dados negativos da economia. A confiança do consumidor caiu ao menor nível desde 1967, e o preço dos imóveis teve queda recorde de 18,5%. (págs. 1 e 15)

Americanos já veem mudança com Obama
Pesquisas divulgadas ontem mostram que 68% dos americanos acreditam que Barack Obama está mudando o país. Ele obteve altos índices de aprovação, embora tenha perdido apoio de republicanos. (págs. 1 e 19)

Mulher diz que boxeador tinha de sair de Cuba
Farah Colina, mulher do boxeador bicampeão olímpico Guillermo Rigondeaux, que fugiu para os EUA, disse que não sabia da intenção do marido de deixar Cuba. Para Farah, ele não tinha alternativa. (págs. 1 e 23)

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Folha de S. Paulo

Manhete: Inadimplência sobe e bancos retomam 100 mil veículos
Recuperação de carros cresceu 30% no começo deste ano; estoque pode causar queda maior no preço de usados

Os bancos brasileiros têm pelo menos 100 mil veículos recuperados de clientes inadimplentes, volume que equivale á metade das vendas mensais de carros novos no pais. Esse estoque pressiona o mercado de usados, que vive queda nos preços sem precedentes e cuja falta de liquidez trava a retomada na venda de automóveis. Segundo o Banco Central, o financiamentos de veículos registrava inadimplência média de 4,3% em dezembro do ano passado, o maior nível desde 2002. O volume de recuperação cresceu entre 20% e 30% no inicio do ano -em relação aos índices registrados em setembro-, relatam os principais bancos a atuar nesse mercado. Já leiloeiros dizem que houve aumento de até 50%, provocando superlotação nos pátio paulistanos. Apesar de alta, a Fenabrave (associação das concessionárias) diz que a recuperação está em um patamar “absorvível” pelo mercado pois representa pouco mais de 1% dos 9 milhões de veículos financiados. (Págs.1 e B1)

Presidente do Fed afirma que EUA só devem se recuperar em 2010
O presidente do Fed (Banco Central americano), Ben Bernanke, disse que, se as ações tomadas pelo governo surtirem efeito, o pais pode começar a se recuperar em 2010, não neste ano. Sobre bancos, afirmou que a estatização de grandes instituições não é necessária para garantir sua viabilidade. A fala sobre os bancos ajudaram a Bolsa de Nova York –ainda no menor patamar em seis anos- a subir 3,31%. Já o presidente Barack Obama, em seu primeiro discurso oficial ao Congresso, defendeu as iniciativas adotadas pelo seu governo para combater a crise econômica nos Estados Unidos. “Enquanto nossa economia está enfraquecida e nossa confiança abalada, e apesar de estarmos vivendo tempos difíceis e incertos, nesta noite eu quero todos os americanos saibam disso: "vamos reconstruir, vamos recuperar, os EUA vão emergir mais forte do que nunca”, disse. (Págs.1 e B3 e A6)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: ‘Vamos nos reconstruir’, diz Obama ao Congresso
Presidente tenta passar otimismo em seu Discurso sobre o Estado da União

O presidente dos EUA, Barack Obama, procurou usar um tom otimista em seu primeiro Discurso sobre o Estado da União. “Nossa economia está debilitada, e nossa confiança, abalada. Vivemos tempos difíceis e inseguros, mas, nesta noite, quero que todos os americanos saibam o seguinte: vamos nos reconstruir, vamos nos restabelecer. Os EUA sairão mais fortalecidos”, diria Obama no discurso que faria ontem à noite ao Congresso, cujos trechos foram antecipados pela Casa Branca. Antes do pronunciamento, o presidente do Fed (banco central dos EUA), Ben Bernanke, disse que o país só começará a se recuperar quando o setor bancário deixar de ser um problema. Segundo ele, se as medidas tomadas pelo governo para sanear o sistema financeiro e estimular a economia resultarem em “alguma forma de estabilidade financeira”, a recuperação poderá começar em 2010. Ao descartar a estatização de bancos, Bernanke ajudou a Bolsa de Nova York a se recuperar, após ter caído ao nível de 1997.

Frase: Ben Bernanke (Presidente do Fed)

“Não precisamos ter propriedade sobre os bancos para trabalhar com eles.” (págs. 1 e B1)

Confiança do consumidor desaba nos EUA
A confiança do consumidor na economia dos EUA caiu para 25 pontos este mês, o nível mais baixo desde que a pesquisa começou a ser feita, em 1967. A queda surpreendeu o mercado, que esperava um índice de 35 pontos, ante os 37,4 de janeiro. “Os consumidores não somente sentem que as condições da economia pioraram, como não esperam nenhuma melhora nos próximos seis meses”, disse Lynn Franco, diretora da Conference Board, entidade responsável pela pesquisa. (págs. 1 e B1)

Notas e informações: Precarização no governo do PT
Gastos da União com contratos terceirizados cresceram 58% em seis anos. (págs. 1 e A3)


Boxeadores de Cuba querem voltar a lutar no Brasil
Os pugilistas cubanos Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, que tentaram fugir no Pan-Americano do Rio, em 2007, e hoje são refugiados nos EUA, querem voltar a lutar no Brasil. Em entrevista a Jamil Chade, Lara disse que eles não têm mágoa do Brasil por terem sido entregues a Cuba. (págs. 1 e E3)


Pontal: Governo paulista diz que invasão é política
Ação do MST não ajuda candidatos a assentamento, diz secretário. (págs. 1 e A7)


Legislativo: Câmaras Municipais ignoram internet
Só metade das 645 Câmaras paulistas divulga dados úteis na rede. (págs. 1 e A4)

Portabilidade valerá a partir de 2ª feira na Grande SP
A portabilidade numérica, que permite ao consumidor trocar de operadora e manter o número do telefone, chega à Grande São Paulo na segunda-feira. Quem quiser trocar de operadora deve procurar a empresa que vai receber o número para que esta efetue a mudança, em no máximo 5 dias úteis. (págs. 1 e B7)

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Jornal do Brasil

Manchete: Dia de festejar a vitória
Rio espera alegria e muita festa ao final da apuração

Ainda tem mais até domingo - são mais de 100 blocos nas ruas – mas, para as escolas de samba, hoje é o dia de g1ória. Às 15h45, no Sambódromo, começa a apuração do resultado dos desfiles. A alegria, que era de todos, passa a ser apenas de uma escola (se não der empate). A Beija-Flor, com cinco títulos, pode se tornar a grande vitoriosa da Era Sambódromo, na qual está empatada com a Imperatriz Leopoldinense. O Salgueiro, vice em 2008, não quer repetir a colocação. Todas as escolas se julgam vitoriosas até que acabe o “10, nota 10” do apresentador Jorge Perlingeiro. A Mocidade Alegre venceu em São Paulo. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 e A3)

Recessão acaba este ano
Previsão contrasta com nível de confiança na economia dos EUA. O Brasil está melhor

A expectativa de Ben Bernanke, presidente do Fed, banco central dos Estados Unidos, animou o mercado, mas ele mesmo ressalvou que a forte crise pode durar até 2010. O índice de confiança do americano na economia teve a maior queda desde 1967. O Banco Mundial considera que o Brasil e o Chile são os países da América Latina que menos sentirão os efeitos da crise. A indústria de autopeças brasileira já mostra reação. (pág. 1 e Economia, págs. A14, A15 e A18)

Satélite cai no Oceano Pacífico
Depois de quase 10 anos de projetos e construção, caiu no mar um satélite da Nasa, lançado ontem nos EUA, para medir níveis de dióxido de carbono na atmosfera. Houve falha no foguete que o transportava. O prejuízo foi de US$ 274,3 milhões. (pág. 1 e Vida, Saúde & Ciência, pág. A24)


Sociedade aberta: Siro Darlan
Carnaval do Rio tem vitoriosa parceria público-privada. (págs. 1 e A9)

Sociedade aberta: Alexandre Rocha
Contra o liberalismo, a crise da libertinagem. (págs. 1 e A10)

Sociedade aberta: Francisco Rodrigues
É preciso construir um governo mundial e democrático. (págs. 1 e 14)

Sociedade aberta: Paulo Pinheiro
Situação insuportável nos hospitais de emergência. (págs. 1 e A10)

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Correio Braziliense

Manchete: Crise já ameaça o reajuste do servidor
Os aumentos autorizados para diversas carreiras do funcionalismo público no ano passado correm risco de adiamento. Em entrevista ao Correio, o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, reforça a intenção do governo em honrar o pacote que beneficiaria 1,8 milhão de servidores ativos e inativos, mas admite a possibilidade de rediscutir o cronograma, caso a crise econômica se agrave. Uma das principais ameaças é a tendência de queda na arrecadação de impostos, que, em janeiro, foi 7,26% menor do que em 2008. (págs. 1 e 10)

Ministro manda recado a MST
“Nada justifica a violência” dos sem-terra que mataram quatro seguranças em Pernambuco, avisou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, ao mandar a Ouvidoria Agrária apurar o crime.(págs. 1 e 9)

Lei Seca
De cada 10 motoristas parados em blitzes, quatro foram reprovados no teste do bafômetro. A fiscalização rigorosa provocou uma redução nas mortes no trânsito em relação ao carnaval de 2008. (págs. 1 e 18)

Sem pneu
Estepe, o novo alvo do crime no DF

De cada 100 ocorrências de furto em interior de veículos, 20% são para levar o pneu reserva. Média é de 5 casos por dia e nem sempre o motorista descobre logo o crime. (págs. 1 e 17)

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Valor Econômico

Manchete: Empresas sofrem perdas com reavaliação de ativos
As empresas brasileiras enfrentarão este ano, pela primeira vez, uma das principais regras da nova legislação contábil: o teste de “recuperabilidade” (“impairment”, em inglês). A baixa de R$ 2,4 bilhões feita pela Vale do Rio Doce no balanço de 2008, em função da perda de valor da Inco, indica o que pode acontecer sob efeito das regras novas. Outras baixas desse tipo poderão aparecer nos resultados do ano passado. No caso da mineradora, o ajuste foi de cerca de 11% do lucro anual de R$ 21,3 bilhões.

A partir do balanço de 2008 todas as empresas abertas, e as fechadas de grande porte, terão de avaliar se os bens registrados na contabilidade trarão para a empresa riqueza compatível com o valor descrito no balanço. Como a Vale, diversas companhias que fizeram aquisições terão de rever, especialmente, as avaliações das compras feitas durante a euforia dos mercados, quando as projeções eram as mais positivas possíveis e o crescimento parecia eterno. A mudança do cenário econômico pode indicar que ganhos previstos com alguns ativos não irão se confirmar na proporção ou prazo esperados.

Segundo André Ferreira, sócio da firma de auditoria Terco Grant Thornton, a baixa deve ser feita quando o ativo não for capaz de trazer a mesma rentabilidade ou quando o prazo necessário para o retorno do capital for ampliado.

A baixa não tira dinheiro da companhia no presente. Porém, pode significar perda imediata de valor para o investidor, já que o preço de uma ação nada mais é do que a projeção dos lucros futuros do negócio calculados a valores presentes.

Verificar se os ativos valem o que está registrado não é uma prática nova. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é um exemplo clássico. As empresas já fazem isso com estoques e casos de perdas de investimentos societários. A diferença é que o que era restrito a pequena parte dos bens das companhias vale agora para tudo: máquinas, marcas e até o ágio pago em aquisições.

A estreia do teste de “recuperabilidade” chega em meio ao que os especialistas consideram a pior crise desde o “crash” de 1929. Ernesto Gelbcke, da Directa Auditores, lembra que é preciso ter cuidado com exageros e as reações dos mercados. “Senão, tudo seria baixado a zero neste momento”. (págs. 1 e D1)

Itaú Unibanco dá início a enxugamento
Um dia depois de o Banco Central aprovar a união entre Itaú e Unibanco, na quarta-feira passada, um telefonema aos funcionários, gravado pelo presidente do banco, Roberto Setubal, comunicava o início da fusão. Em comemoração, na sexta-feira todos os andares do Unibanco foram decorados com balões azuis e laranja, as cores do Itaú. Mas os festejos destoavam das demissões feitas na própria sexta-feira nas corretoras de valores e no “investment bank”. O Itaú BBA confirmou o corte de cem pessoas.

A grande dúvida é o tamanho do enxugamento na operação de varejo, que concentra a maior parte dos 105 mil funcionários. Segundo o Itaú, boa parte do ajuste se dará com o “turn over” natural em três anos. A rotatividade no banco é de 5 mil pessoas por ano. (págs. 1 e C8)

O preço das águas do São Francisco
O uso da água do lendário rio São Francisco, que cruza o sertão nordestino, passará a ser cobrado. Os valores já foram definidos e se aproximam dos das outras duas bacias que têm taxas para a captação da água: Paraíba do Sul e Piracicaba, Capivari, Jundiaí (PCJ), no Sudeste.

A Agência Nacional de Águas (ANA) acredita que a cobrança começará ainda neste ano, mas divergências entre governos estaduais e demandas da agricultura irrigada podem adiá-la para 2010.

Parte dos recursos levantados com a cobrança – R$ 24,6 milhões nas duas bacias do Sudeste em 2008 - tem financiado a construção de estações de tratamento de esgoto, programas de controle de enchentes e ações de planejamento integrado de zonas urbanas.

Por causa do consumo de água elevado, o setor agropecuário na bacia do São Francisco terá um redutor e pagará 2,5% dos valores fixados para cada m³ - ou 40 vezes menos que os demais usuários. Mas agricultores locais, especialmente os que usam irrigação, ainda demonstram insatisfação com as fórmulas de cobrança. A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia quer atenuar a cobrança dos que usam muita água e isenção total para ribeirinhos e pequenos agricultores que captam até 280 mil litros por dia. (págs. 1 e A4)

CPFL vai disputar grandes projetos de hidrelétricas
A CPFL Energia - mesmo com a construtora Camargo Correa no controle da companhia - vai manter sua plataforma de crescimento focada no que sabe fazer melhor: distribuir energia elétrica. Isso é o que diz o presidente da empresa, Wilson Ferreira Júnior. Mas os planos de investimentos mostram que as ambições da companhia estão em sintonia com os objetivos da construtora: ganhar a concessão de usinas hidrelétricas.

Segundo Ferreira Jr., a CPFL não tem como ficar fora de Belo Monte, o próximo megaprojeto que será colocado em licitação, no rio Xingu (PA). A empresa analisa detalhadamente o empreendimento, que terá 11 mil megawatts de capacidade instalada. Desde outubro, Ferreira Jr. designou cinco engenheiros para se dedicarem em tempo integral a esses estudos.

A CPFL também prepara outros dois projetos hidrelétricos na Região Sul, no total de 1,2 mil megawatts, para os leilões de energia nova programados para o segundo semestre. O plano de investimentos ainda contempla a bioenergia, principalmente biomassa, PCHs e energia eólica. “Vamos ser os maiores nisso”, afirma Ferreira Jr. (págs. 1 e B5)

Retomada incerta
Economistas analisam com cautela os sinais de reação da atividade econômica neste início de ano, como a produção e venda de veículos, o consumo de energia e a expedição de papelão ondulado. Segundo eles, a base de comparação é baixa. (págs. 1 e A3)

Balança comercial
Impacto da crise global é mais sentido na balança do setor industrial. As exportações caíram 38,4% em janeiro, frente a igual mês de 2008, e as importações de insumos, 28,5%. Além disso, a “queda nos preços de exportação está só começando”, diz Fábio Silveira. (págs. 1 e A3)

Mais aço anima mineradoras
A alta na produção de aço na China em janeiro renovou o ânimo dos produtores de minério de ferro. O novo cenário reforça a tendência de um reajuste que pode até se aproximar de 20% para o minério, ante um desconto de 40% defendido inicialmente pelas siderúrgicas chinesas. (págs. 1 e B6)

Benefícios da prudência
Administração conservadora e regulamentação estrita transformaram os bancos canadenses em casos de sucesso em meio à crise financeira internacional. Entre os países do G-7, as instituições canadenses foram as únicas a prescindir de socorro governamental. (págs. 1 e C2)

Apostas na proteção
Com a grande oscilação nos preços dos ativos, a busca por proteção está fazendo com que mais investidores utilizem minicontratos futuros, sobretudo de Índice Bovespa, para evitar perdas. Em janeiro, 309 mil minicontratos do índice foram negociados, além de 45% sobre janeiro de 2008. (págs. 1 e D2)


Nordeste lidera o consumo de fraldas no país
O Nordeste passou a ser o maior mercado para fraldas do país, superando o interior paulista e o Sul, mesmo nos produtos premium. A disputa entre Kimberly-Clark e Procter & Gamble e o aparecimento de grande número de marcas regionais tornaram o produto mais acessível em um momento em que a renda cresceu significativamente na região e a taxa de natalidade manteve-se acima da média nacional. O consumo nordestino cresceu 16% em volume e 14% em valor em 2008, enquanto o mercado como um todo cresceu 3,2% nos dois critérios. Hoje, o Nordeste representa 20% das vendas nacionais, que foram de R$ 2,4 bilhões no ano passado, segundo a Nielsen. A Kimberly assumiu a liderança, após anos empatada com a P&G. (págs. 1 e B1)

Aumentam as pressões sobre o Citi
Numa recente conversa telefônica com um funcionário graduado do Federal Reserve, o diretor-presidente do Citigroup, Vikram Pandit, revelou quem está no topo do novo mundo das finanças americano. “Nos dê uma chance de executar”, disse Pandit, pedindo ao diretor do Fed que não forçasse a saída da diretoria.

O pedido do Citigroup ao governo para que converta 7,8% em ações preferenciais em até 40% do capital votante pode acabar custando a Pandit seu emprego. Pode também aumentar a pressão política para desmontar o grupo financeiro. A portas fechadas, funcionários do governo consideram que o gigante bancário é “inadministrável”. (págs. 1 e C4)

Crise espanhola
A crise econômica se agrava na Espanha e já se faz sentir até no milionário mercado do futebol. O desemprego no país deve chegar a 19% até o fim do ano e o PIB deve encolher pelo menos 3%. Alguns economistas preveem uma depressão comparável à da década de 30. (págs. 1 e A6)

Ideias
Rosângela Bittar: Gestão da crise e preservação de empregos serão as principais questões da sucessão presidencial. (págs. 1 e A5)

Ideias
Cristiano Romero: Contas se deterioram e ameaçam meta de superávit. (págs. 1 e A2)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Produção de autopeças reacelera em janeiro
Depois de reduzir jornada de trabalho, cortar turnos de produção e demitir empregados, as indústrias de autopeças retomam o nível de atividades para acompanhar o ritmo das montadoras. A Eletromecânica Dyna, fabricante brasileira de limpadores de para-brisas, e a Elring Klinger, subsidiária brasileira do grupo alemão que faz juntas de cabeçotes e defletores de calor, já têm sinalizações positivas das montadoras para os próximos meses, o que as faz prever que as vendas no mercado interno cheguem neste ano ao patamar igual ao de 2007, quando foram emplacados 2,46 milhões de veículos no País.

“Ainda estamos com volume 20% abaixo do de 2008, mas a expectativa é positiva porque a fase difícil já passou e temos encomendas para a produção de 10 mil carros por dia”, disse Celso Liberal, diretor comercial da Eletromecânica Dyna. A Elring Klinger, que abastece todas as montadoras no País (menos a Toyota), teve que cancelar as férias coletivas programadas para esta semana e suspender a redução de um dia de trabalho para atender aos pedidos que começam a chegar das montadoras de automóveis. A empresa, que no final do ano passado eliminou o terceiro turno e demitiu 40 pessoas, avalia recontratar esses funcionários se o volume de encomendas das montadoras começar a crescer.

“O mercado está começando a reagir e algumas montadoras cancelaram as férias coletivas na semana do Carnaval e estão até trabalhando aos sábados para abastecer a rede de concessionárias, que já está com falta de alguns modelos de automóveis para pronta entrega”, disse Luiz Alberto Thimm Mirara, diretor comercial da Elring Klinger. (págs. 1 e C3)

Pacote habitacional terá R$ 100 bilhões
O pacote habitacional que será anunciado pelo governo federal terá impacto positivo no desempenho da construção civil. Para alcançar a meta prevista de construir 1 milhão de casas em dois anos, conforme prometido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, será necessário vencer desafios como a escassez de terrenos para obras em grandes centros urbanos, entraves legais e a desconfiança dos agentes financeiros para concessão de empréstimos à população de baixa renda.

O presidente Lula solicitou à equipe econômica que alterasse o projeto e incluísse condições melhores de financiamento para construção de casas destinadas a famílias com renda inferior a cinco salários mínimos. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os custos do pacote estão sendo avaliados por seu ministério e pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O estímulo prevê investimentos de R$ 100 bilhões em dois anos, diz Mantega.
A execução do projeto não ocorrerá sem obstáculos.

“O plano tem de contemplar as dificuldades para ser efetivo”, afirma Eduardo Zaidan, diretor de economia do Sinduscon-SP. Com a crise, os recursos para o capital de giro das construtoras sumiram e os compradores se retraíram. “Muitos lançamentos foram suspensos ou cancelados. O setor está ativo por conta das obras em andamento. Se novos empreendimentos não forem feitos, ele sentirá o baque no segundo semestre”, diz Ana Maria Castelo, da FGV Projetos. (págs. 1 e A5)

Governo sabia de demissões na Embraer há mais de dois meses
A alta cúpula do governo federal sabia do processo de demissão na Embraer há mais de 75 dias. A certeza dos sindicalistas quanto a um acerto no discurso e na conduta entre Embraer e governo federal foi reforçada com as declarações do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Vagner Freitas, de que em encontro com a ministra Dilma Rousseff, no dia 3 de dezembro, havia dito que tinha informações sobre o início das demissões na Embraer. A Gazeta Mercantil informou em 11 de dezembro os planos da companhia de cortar 20% do quadro de pessoal. (págs. 1 e A7)

Desemprego cresce 8,2% em janeiro
O desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas subiu 8,2% em janeiro, segundo o IBGE. A população economicamente ativa sofreu redução de 1,6% e fechou o mês com 21,2 milhões de trabalhadores. (págs. 1 e A4)

Petróleo
Petrobras inicia, em março, a exploração de Tupi. (págs. 1 e C6)

Combustível
Usinas ofertam muito álcool e preço cai. (págs. 1 e B10)

Receita perde R$ 18,3 bi com renúncia fiscal
A Receita Federal deixará de recolher R$ 18,338 bilhões este ano em razão das medidas de desoneração e redução de impostos adotadas pelo governo federal desde outubro do ano passado. A perda de tributos mais significativa virá de reduções do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que produzirão um impacto de R$ 3,187 bilhões.

O Fisco contabiliza também perda de R$ 1,729 bilhão com a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor de automóveis, em vigor até abril. De acordo com Marcelo Lettieri, da Receita Federal, a renúncia fiscal representará recuo de 2,5% sobre a arrecadação de R$ 701,4 bilhões do ano passado. (págs. 1 e A4)

Sucateiros exportam para compensar retração interna
A expressiva queda no preço da sucata de ferro e aço a partir do segundo semestre de 2008 levou empresas como a RFR Reciclagem, uma das maiores processadoras do setor, a buscar alternativas no mercado externo. A companhia já embarcou para China, Coreia, Índia, Paquistão e Vietnã cerca de 15 mil toneladas de produtos.

Metade da produção mensal de 22 mil toneladas de fevereiro será enviada ao exterior, prática nada usual, segundo o diretor Marcos Fonseca. “O setor no País não tem histórico de exportação, porque é um processo complexo”, disse Fonseca. “Não existe estrutura portuária para exportar a granel, temos de embarcar em contêiner, que tem custo de frete oneroso”, explicou.

A Trufer Comércio de Sucatas também está exportando para compensar a queda no faturamento, informou Marcio Rodriguez, diretor da empresa.
Algumas processadoras estão se unindo para viabilizar o embarque a granel e, assim, ampliar as exportações. (págs. 1 e C1)

Fugini investe R$ 40 milhões em nova fábrica
A fabricante de alimentos Fugini investirá R$ 40 milhões para construir uma fábrica em Cristalina, Goiás. Auro Ninelli, presidente da empresa, informou à Gazeta Mercantil que estuda três formas de financiar a nova unidade de produção que pretende inaugurar até o início de 2010.

A fábrica marcará a entrada da empresa num novo segmento, o de vegetais em conserva. Segundo Ninelli, a unidade terá capacidade para processar 50 mil toneladas de vegetais brutos e produzir 100 mil toneladas de atomatados. Atualmente, a capacidade de produção de atomatados da empresa é de 150 mil toneladas. (págs. 1 e C2)

Opinião - Augusto Nunes
Depois da decisão dos ministros togados, só ficarão na cadeia os que acham que STF é imposto e nunca viram um advogado de perto. (págs. 1 e A7)

Opinião - Ozires Silva
Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias violenta o seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. (págs. 1 e A3)

Opinião - Antonio Penteado Mendonça
Não há mais diferença entre o que acontece no Brasil e no exterior. Nunca tantos metralharam tantas escolas em tantas partes do mundo. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Commercio

Manchete: Ainda tem o Bacalhau
Bonecos gigantes animaram Olinda. Maracatus, blocos e shows deram o tom no Recife. Hoje sai o Bacalhau nas duas cidades. (pág. 1)

Ministério vai investigar chacina (pág. 1)

Segurança pública é tema da Campanha da Fraternidade (pág. 1)

Lançamento fracassa e Nasa tem prejuízo de US$ 278 milhões (pág. 1)

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