O Globo
Manchete: Lula dá a prefeitos devedores 20 anos para pagar ao INSS
Medida permite que municípios inadimplentes voltem a obter empréstimos federais
O governo Lula abriu o cofre para os prefeitos e parcelou em até 20 anos dívidas aproximadamente R$ 15 bilhões com o INSS. A medida, adotada duas vezes nos últimos dez anos, beneficia inclusive prefeituras que já repactuaram a dívida, mas não pagam as parcelas. Com a renegociação, municípios devedores podem participar de programas federais e obter empréstimos - algo impossível para os que não têm certidão negativa de débitos. O presidente Lula apresentará o pacote hoje a aproximadamente 3.200 prefeitos, num encontro em Brasília com a presença de todos os ministros. Outro pleito dos prefeitos a ser atendido é a regularização de terras na Amazônia Legal. O BNDES aumentará de R$ 500 milhões para R$ 980 milhões uma linha de crédito para prefeituras. O Planalto nega estar beneficiando caloteiros: "Não é questão de bondade ou maldade", disse o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. (págs. 1 e 3)
Edmar vai ao TSE para não ser cassado
O deputado Edmar Moreira (DEM-MG), que renunciou à Corregedoria da Câmara, entrou no TSE com ação pedindo o desligamento do partido, que hoje deverá expulsá-lo. Alegando perseguição, ele quer evitar a perda do mandato por infidelidade, já que deverá se filiar ao PTB. A eleição do novo corregedor divide a Casa. Vic Pires (PA), nome preferido do DEM, enfrenta resistência. (págs. 1 e 4)
Editorial
Edmar Moreira precisa se explicar à Câmara: será erro crasso se ele não for levado ao Conselho de Ética. (pág. 1 )
Indústria dá sinais de reação
A produção da indústria automobilística voltou a subir em janeiro, após cinco meses de queda. Com a redução do IPI, as vendas cresceram e a produção reagiu: foram mais 186,1 mil veículos que saíram das fábricas em janeiro. Quase 92,7% a mais que em dezembro. (págs. 1 e 20)
Brasil também pode limitar salário de executivos (págs. 1 e 21)
PF intima 3 conselheiros do TCE do Rio
A Polícia Federal intimou três conselheiros do Tribunal de Contas do Rio para depor no inquérito da Operação Pasárgada, que apura envolvimento de autoridades em desvio de verbas de prefeituras. (págs. 1 e 5)
Rádios piratas em favelas
Bope apoia fiscais da Anatel
Numa operação garantida por 50 PMs do Batalhão de Operações Especiais, que ocupam a favela, cinco rádios clandestinas da Cidade de Deus foram fechadas ontem por fiscais da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). As rádios operavam em faixas de FM e, segundo a agência, atrapalhavam a comunicação de aviões e helicópteros com o Aeroporto de Jacarepaguá. Levantamentos técnicos repassados à polícia fluminense dão conta de que nas favelas do Rio haveria pelo menos mil rádios piratas. Foram apreendidos computadores, notebooks, transmissores, antenas e mesas de som. Segundo policiais do Bope, as rádios eram financiadas por comerciantes e congregações religiosas. (págs. 1 e 13)
Foto Legenda-Comoção na Amazônia
Uma multidão acompanha em Coari (AM) o enterro coletivo de 22 dos 24 passageiros do Bandeirante que caiu no Rio Manacapuru. Vinte eram da mesma família. A Anac abriu processo para investigar a empresa dona do avião. (págs. 1 e 8)
França amplia polêmica do protecionismo
A França vai liberar pelo menos € 7,5 bilhões (US$ 9,8 bi) às montadoras Renault e Peugeot Citroen. O pacote, que prevê congelamento das demissões, precisa ser aprovado pela Comissão Europeia e já levanta novas discussões sobre protecionismo.
Barack Obama obteve votos dos republicanos e deve aprovar hoje seu pacote no Senado. (págs. 1, 19 e 22)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Crise provoca maior corte na indústria em 80 anos
Emprego caiu 1,8% em dezembro; foi 3ª recuo seguido, aponta o IBGE
Sob o impacto da crise, o emprego na indústria brasileira registrou a pior queda em 8 anos: 1,8% em dezembro, na comparação livre de influência sazonais como novembro. Foi a maior retração da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que começou em 2001. Trata-se do terceiro mês consecutivo de redução do nível de emprego, período no qual a perda acumulada chega a 2,25%. Em relação a dezembro de 2007, a ocupação diminuiu 1,1% - a primeira taxa negativa em dois anos e cinco meses e a menor desde janeiro de 2004. Para o IBGE, a forte retração da produção industrial (de 12,4% entre novembro e dezembro) refletiu-se na oferta de postos de trabalho. O instituto não divulga números absolutos de vagas fechadas, mas o Caged (cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que usa metodologia diferente e só registra o emprego formal contabilizou perda de 277 mil empregos em dezembro. Desde o inicio da crise, acordos de flexibilização, com medidas como redução de jornada e salário ou banco de horas, já atingiram cerca de 40,6 mil metalúrgicos no Estado de São Paulo.(Págs. 1 e B3)
Ex-corregedor se diz alvo de perseguição
Em carta de renúncia ao cargo na Câmara, Edmar Moreira (DEM-MG) alegou ter sofrido “execração pública” de seu partido e pediu desfiliação; deputado é acusado de omitir da sua declaração de bens castelo de 25 milhões (Págs. 1 e A4)
Obama lança ofensiva para aprovar plano de US$ 800 bi
Em sua primeira entrevista coletiva no cargo, o presidente Barack Obama lançou uma ofensiva para pressionar o Congresso dos EUA a aprovar o pacote de cerca de US$ 800 Bilhões para estimular a economia do pais. Obama usou a maior parte da entrevista para enfatizar a necessidade de o governo fazer grandes gastos contra a crise. Antes foi Elkhart, cidade com maior índice de desemprego do EUA, e previu “desastre” se o plano não for aprovado. (Págs.1 e A13)
França dá ajuda a montadoras desde que não haja demissões
O governo francês anunciou pacote de US$ 8,5 bilhões para ajudar as montadoras PSA Peugeot-Citroën, Renault e Renault Trucks, com a condição de que elas mantenham suas fábricas no país e que não demitam. O acordo inclui aumento da indenização aos trabalhadores do setor, que tem cerca de 10% dos empregos na França. Segundo o Banco Central, o país vai entrar em suas primeira recessão em 16 anos. O PIB deve encolher 0,6% até março. (Págs. 1 e B4)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Lula reúne 3.500 prefeitos e lança pacote de bondades
Uma das medidas é a renegociação de dívidas dos municípios com INSS
O governo Lula vai anunciar um "pacote de bondades" para cerca de 3.500 prefeitos eleitos em 2008, que se reúnem hoje e amanhã em Brasília. As medidas já estão sendo chamadas no Planalto de "PAC dos municípios", em referência ao Programa de Aceleração do Crescimento.
Uma delas será a ampliação, de 60 meses para até 240 meses, do prazo para as prefeituras pagarem parte das dívidas com o INSS. Mesmo quem estiver em débito com a Previdência pode regularizar sua situação com a Receita e então receber repasses do PAC.
Outro item é a liberação de R$ 980 bilhões do BNDES para compra de máquinas, caminhões e tratores. No encontro dos prefeitos, visto como oportunidade política para Dilma Rousseff, candidata de Lula a sua sucessão, o governo pedirá união para enfrentar a crise. (págs. 1 e A4)
Perdão a rádios clandestinas
O presidente Lula enviou ao Congresso projeto que livra de prisão quem opera rádios clandestinas. A iniciativa atende a uma velha reivindicação das chamadas emissoras comunitárias que sempre integraram a base política do PT. (págs. 1 e A5)
A reação das montadoras
A indústria automobilística retomou a produção e as vendas em janeiro, mas os dados disponíveis são insuficientes para que se avalie a real importância dessa reação. (págs. 1 e A3)
Aeroporto no AM não fiscaliza voos
Pista de onde saiu o voo cuja queda matou 24 tinha sido fechada em 2006. (págs. 1 e C1)
Alimentos para crianças têm excesso de gordura
Pesquisa com 30 alimentos industrializados para crianças mostrou teores de açúcar, sal e gorduras acima do ideal e do que está expresso no rótulo. Em um dos casos, um bolinho de morango apresentou 237,5% mais gordura saturada do que o declarado pelo fabricante. (págs. 1 e A16)
EUA criam banco para salvar bancos
Instituição vai comprar ativos podres
O Tesouro americano vai anunciar hoje um esperado plano de resgate do sistema financeiro. O ponto principal será a criação do que vem sendo chamado de "banco ruim". A ideia é que essa instituição ajude bancos com problemas comprando seus ativos podres. Para atrair investidores privados, o governo dos EUA vai oferecer garantias para tais ativos. (págs. 1, B1 e B3)
Sarkozy ajuda montadoras, mas só se for na França
O presidente Nicolas Sarkozy condicionou ajuda às montadoras ao seu uso na França, e não para "construir fábrica na República Checa". Os checos, que presidem a União Europeia, criticaram o "claro protecionismo". (págs. 1 e B4)
Eleição hoje em Israel marcará guinada do país à direita
As eleições de hoje em Israel devem marcar uma acentuada guinada à direita. Os três partidos que lideram as pesquisas são conservadores. Os favoritos para o cargo de premiê são Binyamin Netanyahu, do direitista Likud, e a chanceler Tzipi Livni, do Kadima (centro). O fiel da balança será o ultranacionalista Avigdor Lieberman, com forte discurso antiárabe. Nenhum partido conseguirá formar o próximo governo sem seu apoio. (págs. 1 e A10 a A12)
Incêndio rápido, reação lenta
Um incêndio atingiu em Pequim a nova sede da TV chinesa, conhecida como "dakucha" ("cueca de ferro", em razão de seu formato). A reação oficial foi lenta - a reportagem do Estado chegou antes dos bombeiros, e a imprensa demorou a cobrir o assunto. A informação se espalhou porque curiosos mandaram mensagens por celular. (págs. 1 e A14)
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Jornal do Brasil
Manchete: Demitidos por engano
Setores de vestuário e calçados admitem que exageraram na dose e anunciam recontratações
Empresários brasileiros de setores de vestuário e calçados deram-se conta de que cortaram mais vagas do que precisavam. Agora planejam voltar a contratar para repor os estoques perdidos com as demissões. Intensivos em mão-de-obra, os segmentos admitiram que exageraram na dose por temor da crise econômica, que se tornou mais psicológica do que real nos dois setores. Ambos foram os principais responsáveis pela queda do emprego na indústria, segundo informou ontem o IBGE: o emprego caiu 1,8% em dezembro - cerca de 110 mil vagas entre 6 milhões de trabalhadores, o maior recuo desde que o instituto começou a fazer a pesquisa, em 2001. (pág. 1 e Economia, pág. A16)
Lula faz festa para prefeitos em Brasília
Ao custo de R$ 253 milhões, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antecipou a presença de prefeitos de todo o país em Brasília, antes da tradicional marcha de cobrança de promessas do governo. Ele e a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, serão as estrelas de uma megarreunião suprapartidária, com apresentação de um pacote de bondades para os municípios, hoje e amanhã. Educação, saúde e emprego estão entre os principais desafios dos novos prefeitos. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A3)
Sociedade aberta
Ives Gandra Martins: Os radicais podem estar voltando ao governo Lula. (págs. 1 e A9)
Foto legenda: Contagem regressiva para o mau cheiro
O histórico de mau cheiro do Canal do Cunha, no Fundão, pode finalmente chegar ao fim, graças às obras de revitalização, com apoio da Petrobras. O governador Sérgio Cabral, o ministro Carlos Minc, a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, e o prefeito Eduardo Paes comemoraram. (pág. 1 e Cidade, pág. A13)
Dono de castelo vai ser expulso do partido
O DEM deve formalizar hoje a expulsão sumária do deputado Edmar Moreira (DEM-MG) do partido depois das denúncias de sonegação contra o parlamentar. A legenda estuda recorrer à Justiça Eleitoral para ter de volta o mandato. (pág. 1 e País, pág. A6)
Carlos Eduardo Novaes-Deputado deve explicar como um plebeu chega à nobreza (págs. 1 e A6)
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Correio Braziliense
Manchete: Crédito para casa própria de servidores - Lula turbina o voo de Dilma
Em meio a uma série de medidas em benefício dos prefeitos — como a renegociação das dívidas com o INSS —, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia hoje a criação de uma linha de crédito da Caixa Econômica Federal destinada aos servidores estaduais e municipais, um contingente de pelo menos 5,2 milhões de trabalhadores.
Eles poderão tomar empréstimos com desconto em folha e juros mais baixos para adquirir imóvel na cidade onde vivem. Hoje, tal
alternativa é oferecida apenas ao funcionalismo federal. A chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata escolhida por Lula para representar o PT na eleição de 2010, será a grande estrela de um dos dias do encontro com os prefeitos.
A oposição tacha as medidas de eleitoreiras e avisa que vai recorrer à Justiça. “É mais um evento de cunho político e eleitoral”, reclamou o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN). (págs. 1 e 5)
Câmara protege dono do castelo
Deputados se negam a revelar as empresas de segurança pagas com dinheiro público por Edmar Moreira, empresário do setor (págs. 1, 2 e 4)
Luz no fim do túnel
Bancos e montadoras começam a se libertar das garras da crise: segundo o BC, a concessão de crédito subiu em janeiro. A produção de veículos saltou 92%. (págs. 1 e 17)
Vaivém telefônico
Consumidores enchem lojas das operadoras de celular na estreia da portabilidade numérica no Distrito Federal. Hoje, saem as estatísticas da migração. (págs. 1 e 21)
Eluana Englaro, 38
Italiana que estava em coma havia 17 anos e cujos pais brigaram pelo direito à eutanásia morre em Udine dois dias depois de ter os aparelhos que a mantinham viva desligados. (págs. 1 e 25)
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Valor Econômico
Manchete: STF enfrenta a questão ambiental e libera obras
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) está sendo usada como precedente por empresas para liberar obras suspensas pela Justiça por falta de licenciamento ambiental. O ministro Cezar Peluso permitiu a continuidade da reforma de um estádio e a construção de 34 condomínios em Salvador dentro do novo plano diretor da capital baiana. As obras estavam paralisadas por uma liminar obtida pelo Ministério Público Federal que contestava a falta de licenciamento pelo Ibama. Ainda que os empreendimentos estejam licenciados pela Secretaria de Meio Ambiente dos Estados, o Ministério Público alega que é necessário autorização do Ibama para que eles possam sair do papel. Para o ministro do STF, no entanto, não cabe à Justiça dizer ao Poder Executivo de quem é a competência pela fiscalização da obra e nem obrigar o Ibama a licenciar uma obra sobre a qual não tem condições de se pronunciar.
Esse tipo de argumento é hoje o mais utilizado pelo Ministério Público e por organizações não-governamentais para pedir a paralisação de obras - segundo o Ibama, conflitos de competência entre a União e os Estados envolvem cerca de 90% dos licenciamentos ambientais em discussão na Justiça. As ações usam qualquer peculiaridade do empreendimento para chamar o Ibama a se pronunciar, ainda que, por lei, haja apenas cinco hipóteses em que o órgão é obrigado a licenciar uma obra. A Lei n" 6.938/81, remete a uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que prevê que cabe ao Ibama licenciar obras binacionais, no mar territorial, em terras indígenas, unidades de conservação da União, em dois ou mais Estados ou de impacto ambiental que ultrapasse a fronteira do país ou de um Estado, além de atividades que envolvam material radioativo e bases militares. Excluídas essas hipóteses, a competência de licenciamento é dos Estados. O Ibama recorre das decisões que o obrigam a intervir em licenciamentos estaduais alegando que falta estrutura para atender todos os casos e estimula o fortalecimento dos órgãos estaduais e municipais. (págs. 1 e A4)
Governo reduziu subsídio ao crédito rural em R$1,3 bi no ano passado (págs. 1 e B10)
Superávit comercial
Após encerrar janeiro com o primeiro déficit em oito anos, de US$ 518 milhões, a balança comercial voltou a ter resultado positivo na primeira semana de fevereiro, com superávit de US$ 471 milhões. A pesquisa Focus, do Banco Central, estima um saldo positivo de US$ 14 bilhões para 2009. (págs. 1 e A10)
Menos dinheiro no campo
O Ministério da Agricultura reduziu suas projeções para a renda agrícola - "da porteira para dentro" - das 20 principais culturas do país em 2009 para R$ 149,6 bilhões, o que representaria uma queda de 8,4% em relação ao resultado obtido no ano passado. (págs. 1 e B10)
Manutenção no alto-forno 2
A Companhia Siderúrgica Nacional(CSN)vai parar seu alto-forno nº 2 para manutenção durante 30 dias, a partir de 15 de março. O equipamento responde por 35% da capacidade instalada da empresa, de 5,6 milhões de toneladas de aço bruto por ano. (págs. 1 e B6)
Produtividade da indústria cresce só 1,2%
A produtividade na indústria em 2008 teve um crescimento de 1,2%, resultado do aumento de 3,1% na produção e de 1,9% nas horas pagas. O resultado foi muito comprometido pela retração da atividade industrial em dezembro, mês em que houve queda de 10,9% na produtividade, segundo a consultoria Tendências. Em 2007, a produtividade havia crescido 4,1%. Para o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, os números indicam tanto uma desaceleração do crescimento da renda quanto a possibilidade de aumento do desemprego. Ele não acredita que o "grosso do ajuste" no mercado de trabalho tenha ocorrido em dezembro e janeiro. (págs. 1 e A3)
Montadoras ensaiam reação
A produção de veículos no país em janeiro cresceu 92,7% na comparação com dezembro, depois de cinco meses consecutivos de queda. Em relação a janeiro de 2008, houve uma retração de 27,1%, para 186,1 mil unidades. O nível de emprego no setor caiu 1,5% frente a dezembro. (págs. 1 e B7)
Apostas nas emergentes
A Daiwa SB Investments, segunda maior corretora do Japão, está instando seus clientes a investir no Brasil, México e Turquia. A valorização de 55% do iene em relação às moedas dos emergentes fez surgir pechinchas nesses mercados. (págs. 1 e D3)
Ideias
Delfim Netto: é preciso controlar os bancos e eliminar sua "disposição de tomar riscos imorais". (págs. 1 e A2)
Ideias
Yoshiaki Nakano: a deflação de ativos terá um efeito devastador. (págs. 1 e A9)
Novo Mercado pode ampliar 'tag along'
O Novo Mercado vai mudar e as propostas em debate indicam que a reforma se concentrará na atualização das vantagens econômicas dos investidores. Elas trazem diversas ideias sobre garantias aos acionistas em movimentações societárias relevantes, mas não muitos acréscimos em normas sobre transparência.
O relatório dessa primeira etapa da revisão, ao qual o Valor teve acesso, contém 82 sugestões de alterações nas regras ou a criação de novas. As propostas foram organizadas pela Câmara Consultiva do Novo Mercado, criada pela BM&F Bovespa em novembro de 2008. Ela é liderada pelo ex-presidente da CVM Luiz Leonardo Cantidiano, que também comandou a elaboração do regulamento original.
Uma das propostas prevê - além do "tag along”, a oferta a todos investidores em caso de venda do controle da companhia, como estabelece a Lei das S.A.- a garantia de compra dos papéis de todos os investidores caso um acionista ou grupo alcance um terço (33,3%) de participação no capital. A obrigatoriedade seria válida para o Novo Mercado, mas não atingiria o Nível 2 de governança.
Acabariam as chamadas "pílulas de veneno" - cláusulas do estatuto que procuram limitar a compra de fatias relevantes do capital ao fixar a obrigação de compra das ações de todos os acionistas com prêmio sobre as cotações de mercado. A proibição valeria apenas para as futuras empresas listadas no Novo Mercado.
Com base nesse primeiro relatório e nas colaborações recebidas durante consulta, a câmara deve aprovar, em 8 de março, uma proposta a ser encaminhada ao conselho de administração da BM&F Bovespa. "Há, portanto, muita chance de alterações", disse Cantidiano. (págs. 1 e D1)
A rápida deterioração dos emergentes
A crise mundial está atingindo as economias emergentes com uma rapidez e ferocidade que poucos imaginavam possíveis alguns meses atrás.
As divisas de muitos mercados emergentes estão sob pressão. Até sexta-feira, o won sul-coreano havia perdido 8% de seu valor em relação ao dólar no ano, enquanto o rublo russo e o florim húngaro haviam se desvalorizado 15%. Na semana passada, o peso mexicano bateu em seu nível mais baixo da história.
O JP Morgan prevê que pelo menos 11 economias emergentes - entre elas Coréia do Sul, Taiwan, Rússia, Turquia e México - vão encolher em 2009 e outras 4 ficarão estagnadas. As bolsas emergentes podem ter mais quedas pela frente. (págs. 1 e C3)
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Gazeta Mercantil
Manchete: Madoff lesou pelo menos 20 brasileiros
O advogado norte-americano David Rosemberg diz que já recebeu pedidos de consultas de 20 brasileiros que teriam perdido dinheiro no esquema fraudulento do megainvestidor Bernard Madoff. Entre as empresas intermediadoras citadas por Rosemberg estariam os bancos Santander, Safra e UBS Pactual, além do fundo norte-americano Fairfield Greenwich.
Fontes do escritório do promotor distrital de Manhattan afirmam que a maioria das aplicações brasileiras foi feita num esquema que chamou de “ônibus”. “Por este mecanismo, era possível juntar um grupo de aplicadores numa só conta. Madoff trabalhava com aplicações mínimas de US$ 4 milhões”, diz a fonte.
“Já são 20 as consultas de brasileiros que procuraram o Broad and Cassel (escritório de advocacia de Miami, onde trabalha Rosemberg). Eles vêm de várias cidades brasileiras e cada um apresenta um caso diferente”, diz Rosemberg. (págs. 1 e B1)
Prefeituras vão renegociar dívidas
O presidente Lula recebe hoje mais de 3 mil novos prefeitos com um pacote de bondades que inclui a renegociação de R$ 14,5 bilhões em dívidas com o INSS e R$ 980 milhões de crédito do BNDES. (págs. 1 e A11)
BC já usou US$ 61 bilhões para conter alta do dólar
As intervenções do Banco Central na tentativa de frear a alta do câmbio já somaram US$ 61 bilhões desde setembro de 2008. Desse total, US$ 14,3 bilhões foram aplicados em vendas de dólares no mercado à vista, enquanto os US$ 46,7 bilhões restantes referem-se a operações que não trazem impactos sobre as reservas internacionais, entre elas os swaps cambiais. Apesar das intervenções diretas no mercado de câmbio, as reservas fecharam janeiro no patamar de US$ 200,8 bilhões. Em agosto, antes do início da crise, elas eram de aproximadamente US$ 205 bilhões.
Os números foram apresentados pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Ele destacou que, no mercado interno, a estratégia para resolver o problema do enxugamento de crédito foi usar os depósitos compulsórios, ação que já liberou ao sistema financeiro US$ 99,2 bilhões até o final do mês passado. Antes da crise, os compulsórios somavam R$ 259,4 bilhões. "O Brasil não precisou usar recursos públicos para injetar liquidez no mercado", ressaltou.
Meirelles insistiu que a situação do crédito no País está voltando à normalidade. Ainda assim, os dados apresentados ontem mostraram um quadro de fracas operações. A média diária de contratações de linhas de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) por exportadores foi de US$ 111 milhões no período entre 19 e 23 de janeiro. Na semana entre 15 e 19 de setembro, ou seja, data da quebra do Lehman Brothers, que marca a piora da crise financeira internacional, a média de ACC foi de US$ 186 milhões. (págs. 1 e B1)
Juros
A Selic menor reduz os ganhos de seguradoras. (págs. 1 e B2)
Varejo tenta ampliar vendas prorrogando as promoções
O varejo ainda não consegue medir o impacto da crise financeira nos resultados das empresas. Se o movimento de final de ano decepcionou, a tormenta prevista para janeiro não foi tão agressiva. Apoiados em extensas liquidações, até mesmo os lojistas que registraram queda nas vendas do primeiro mês do ano acreditam em um ritmo melhor após o Carnaval. O varejo de vestuário conseguiu manter as vendas aquecidas em janeiro em função das liquidações, segundo Sylvio Mandel, presidente da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abeim). Em janeiro, o setor atingiu crescimento de 5% nas vendas; para o primeiro trimestre, a expectativa é alta de 8%. O Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que mede as vendas a prazo, registrou queda de 6% e o SCPC/Cheque (vendas à vista), declínio de 5%, em janeiro de 2009, na comparação com o mesmo período em 2008. No Rio de Janeiro, as lojas de shopping centers registraram queda de 4% nas vendas no primeiro mês do ano e seguem com descontos de até 70%. (págs. 1 e C7)
Reposição de estoques pode reabrir vagas em março
As indústrias de calçados e de artigos de vestuário foram as que mais demitiram no final do ano. O peso dos cortes destes setores contribuiu para a queda de 1,8% no emprego em dezembro, percentual que corresponde ao corte de 110 mil vagas no universo de seis milhões de trabalhadores investigado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o saldo final é positivo, com crescimento de 2,1% do emprego na indústria em 2008, informa André Macedo, do IBGE.
As demissões registradas nos últimos meses do ano, principalmente nas empresas de roupas, sapatos, borracha e cigarros, no entanto, podem ser revertidas. "Sem dúvida alguma pode se esperar uma reação do emprego no setor de calçados em breve", diz Ênio Klein, consultor da Abicalçados.
O presidente do Sindivestuário, Ronald Masijah, avalia que a reposição de estoques deve se traduzir em novos empregos a partir de março. "A expectativa é muito boa, já deveria ter havido retomada de reposição de estoques, mas o problema é que as notícias são muito negativas por conta dessa crise psicológica", afirmou. (págs. 1 e A9)
Montadoras temem uma invasão de carro importado
Em crises anteriores, o mercado externo era uma tábua de salvação. Agora, a indústria nacional está desamparada. O desabamento das exportações trava a retomada do ritmo de produção da indústria automobilística. "A recuperação é difícil porque as exportações não reagem", afirmou ontem o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider. Para ele, o cenário pode piorar ainda mais se houver uma onda protecionista. Além disso, teme a invasão de veículos importados.
As vendas externas despencaram 61% em janeiro em relação ao mesmo período de 2008. Em valores, a indústria exportou US$ 350,6 milhões - menos 54,1% sobre os US$ 763,3 milhões de janeiro de 2008. A queda não é um fenômeno sazonal. Em janeiro de 2007, as exportações somaram US$ 625 milhões. Em janeiro de 2006, atingiram US$ 650,2 milhões. (págs. 1 e C1)
Países da Opep adiam projetos
Os países da Opep adiaram 35 dos 150 projetos de produção depois que os preços do petróleo despencaram mais de 70% sobre o recorde de US$ 147 o barril. Ontem, o WTI fechou em baixa, a US$ 39,56. (págs. 1 e C6)
Opinião
Nelson Pereira dos Reis: A valorização do dólar e a queda do preço do petróleo podem significar mais produtividade para a química e a petroquímica do Brasil. (págs. 1 e A3)
Opinião
Paul Krugman: Mesmo que o plano original do presidente Obama fosse aprovado, não seria suficiente para preencher o enorme buraco na economia. (págs. 1 e A14)
Opinião
Ernesto Lozardo: O pacote de estímulo econômico do presidente Obama somente surtirá efeito mais sensível sobre o emprego no fim do seu mandato. (págs. 1 e A3)
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Estado de Minas
Manchete: Senhor do castelo manobra para salvar mandato
Um dia depois de renunciar à Corregedoria da Câmara, antes que os colegas o tirassem do cargo, o deputado federal Edmar Moreira (DEM-MG) se antecipou também á expulsão do partido, anunciada por caciques democratas.
Ele encaminhou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedido de desfiliação, argumentando estar sendo vítima de perseguição política. Essa é uma das situações em que a Justiça Eleitoral admite que o parlamentar deixe a legenda e mantenha a representação popular.
O DEM, contudo, continua disposto a expulsá-lo e quer entregar o mandato a um suplente. Edmar Moreira foi denunciado, entre outras coisas, por omitir da declaração de bens um suntuoso castelo, na Zona da Mata mineira.
Mais bondades
Governo autorizará Caixa a dar crédito consignado, com juros mais baixos, a servidores estaduais e municipais para compra da casa própria. E editará MP permitindo aos municípios renegociar dívidas com o INSS em 20 anos. (pág. 1)
Em aceleração
A produção de veículos quase dobrou em janeiro, em relação a dezembro, reflexo da isenção de IPI para compra de carros novos. A alta foi de 92,7%. Em comparação com o mesmo período do ano passado, porém, houve queda de 27,1%.
Brasil vai à OMC, mas também é acusado por parceiros (pág.1)
Resgate da história
Chegam esta semana a Santa Bárbara, na Região Central de Minas, os restos mortais do ex-presidente da República Affonso Penna (1847-1909), que estão no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Serão depositados no casarão onde ele nasceu, reformado para ser um memorial. A volta dos ossos do líder, que também governou Minas, faz parte das comemorações do centenário de sua morte. E vai valorizar o Centro Histórico da cidade, tombada pelo patrimônio estadual. (pág.1)
Italiana morre após 17 anos em estado vegetativo (pág.1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Violência cai no Recife e cresce no interior
Dados finais de 2008, divulgados pelo governo, mostram que a redução no número de execuções na capital e em Jaboatão puxou os índices da RMR para baixo. Entre os municípios mais populosos do Estado, o Cabo tem a maior taxa de assassinatos. (pág.1)
Prefeituras poderão ampliar parcelas da dívida com o INSS (pág.1)
Pivô de polêmica sobre a eutanásia morre na Itália (pág.1)
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