terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O Que Publicam os Jornais de Hoje

24 de fevereiro de 2009

O Globo

Manchete: A aventura da criação
Porto da Pedra abre segunda noite exaltando a imaginação; Beija-Flor e Vila se destacam no domingo

Com um elogio à criatividade e à inventividade, a Porto da Pedra abriu ontem a segunda noite de desfiles da Sapucaí. Apesar da força do enredo de Max Lopes, a escola enfrentou problemas com o abre-alas, que teve dois carros desacoplados e, com isso, ultrapassou o número permitido pelo regulamento.

Com 106 centímetros de quadril, a madrinha da bateria da escola, Valeska, destacou-se entre as popozudas que disputaram a atenção com a beleza das mulheres maduras, como Luma e Luíza Brunet. Na primeira noite de desfiles, Beija-Flor e Vila Isabel se destacaram. (pág. 1)

Cadê as camisinhas?
Em resposta à pergunta de dona Marisa, o presidente Lula joga camisinhas para o povo na avenida, ao lado do secretário de Saúde do Rio. (pág. 1)

Ancelmo Gois
Ontem, 7h da manhã, Cabral, Adriana, Lula e Marisa, na pista do Santos Dumont, cantavam Tom: “Minha alma canta/Vejo o Rio de Janeiro...” (pág. 1)

EUA abrem caminho para estatizar bancos
Governo dará novo socorro a instituições em dificuldade e, em troca, pode receber ações

No novo plano de socorro às instituições financeiras, o governo Obama anunciou que injetará US$ 300 bilhões em 350 bancos. O dinheiro pode ser transformado em ações com direito a controle do capital, o que abriria caminho para a estatização temporária de 20 bancos em dificuldades. Os papéis de Citigroup e Bank of America subiram 9,74% e 3,17%, respectivamente, com a garantia de que não vão quebrar. Na Inglaterra, o setor bancário terá socorro de US$ 724 bilhões. (págs. 1, 12 e 14)

Bolsa de NY: menor nível em 12 anos
Com a notícia de que o governo americano poderá ser acionista majoritário de bancos, o Índice Dow Jones da Bolsa de NY caiu 3,4%, para 7.114 pontos, o menor nível desde 1997, ano da crise asiática. (págs. 1 e 12)



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Folha de S. Paulo

Manchete: EUA querem mais controle sobre bancos
Em nota, Tesouro e Fed (banco central americano) anunciaram que o governo estuda exigir ações ordinárias, com direito a voto, de bancos em crise. Com isso, poderá se tornar o principal acionista das instituições, o que aponta para estatização. Segundo o comunicado, o governo fará isso se a avaliação dos bancos “indicar que injeção adicional de verba é necessária”. No Citigroup, a parte controlada pelo estado poderá passar de 7,8% a até 40%. O banco já recebeu do Tesouro US$ 45 bilhões. Amanhã, o governo deve iniciar “testes de estresse”, simulação de computador para vê se os bancos suportariam um piora drástica da economia. Os que fracassarem poderão buscar capital privado; se não conseguirem, será feita venda forçada de ações ao governo. Fed e Tesouro, porém, dizem que qualquer controle acionário. Será temporário e que as instituições devem continuar sendo privadas. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 3,41% e fechou no menor patamar em quase 12 anos. (Págs.1 e B1 e B3)

Sem-terra fazem 11 invasões em seu ‘Carnaval vermelho’ em SP
Sem-terra invadiram ao menos 11 fazendas na região oeste de São Paulo desde sábado, segundo a Polícia Civil. O líder sem terra no Pontal do Paranapanema, José Rainha Jr., que está proibido de falar pelo MST, diz que houve ações em 20 propriedades, no que classificou como “Carnaval vermelho”. Segundo ele, as invasões são um protesto pelo “descaso” do governo José Serra (PSDB) com a reforma agrária na região. O governo diz tratar como prioritária essa questão no Pontal. (Págs. 1 e A5)

Estatização é o caminho para salvar zumbis da economia
Há uma chance razoável de que Citigroup e Banck of América percam centenas de bilhões de dólares. São bancos zumbis, incapazes de fornecer o crédito que a economia precisa. Para salvá-los, só o governo fornecerá os fundos necessários. E, se entra com o dinheiro, o governo deveria obter direito de propriedade. Mas estatizar não é antiamericano? Não, é tão americano quanto torta de maça. (Págs. 1 e B3)


Editoriais: Leia “O dilema de Obama”, sobre pressão para estatização de bancos; e “Bonificação na USP”, acerca de vestibular.

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Governo dos EUA garante bancos, mas bolsa despenca
Dow Jones cai ao nível de 1997, mesmo com anúncio do plano de resgate

O governo dos EUA tentou tranquilizar o mercado ontem ao garantir que não deixará quebrar os grandes bancos. Não funcionou, informa a correspondente Patrícia Campos Mello. A Bolsa de Nova York caiu 3,4% e fechou no nível mais baixo desde 1997, mesmo com 3 valorização das ações do Citigroup e do Bank of America, as instituições em situação mais crítica.

O Tesouro e o Fed (banco central dos EUA) anunciaram que os “testes de estresse” para determinar a saúde financeira dos 20 principais bancos começam amanhã. Se algum deles precisar de mais capital, e se esse capital for público, o dinheiro injetado terá de ser convertido em ações com direito a voto - ou seja, mesmo afirmando que “os bancos devem permanecer na iniciativa privada”, o governo admite que pode elevar significativamente a sua participação acionária no sistema financeiro. (págs. 1 e B1)

Direto da Fonte: O pé-quente da primeira-dama
A presença surpresa de Marisa Letícia na lateral da pista da Sapucaí deixou aflito o pessoal da Mocidade Independente. Seguranças e fotógrafos atrapalhavam a evolução dos carros. Se a escola perder pontos, será pelo “pé-quente” da primeira-dama... (págs. 1 e C8)


Citi pode ter 40% de participação estatal
O governo americano está perto de assumir até 40% das ações do Citigroup, afirmaram funcionários do Tesouro. Isso daria à administração Obama participação majoritária no banco. A operação envolveria converter em ações com direito a voto os US$ 45 bilhões que o governo injetou no banco em 2008 e que vieram em troca de ações preferenciais. Para a TV CNBC, o acordo era iminente. (págs. 1 e B3)

Simon acusa PMDB de se oferecer para quem paga mais
O senador Pedro Simon (RS) disse que “o PMDB está se oferecendo para ver quem paga mais e quem ganha mais” na articulação para a eleição presidencial em 2010. Em entrevista ao jornal mineiro O Tempo, Simon, que defende candidatura própria do PMDB, afirmou que a opção será entre a ministra Dilma Rousseff (PT) e o governador José Serra (PSDB). (págs. 1 e A5)

Educação: Alfabetizar adultos ainda é desafio
Dos 11 milhões de analfabetos do País, 75% têm mais de 40 anos. (págs. 1 e A12)

Sem-terra invadem 20 fazendas no Pontal
Vinte fazendas no Pontal do Paranapanema, oeste paulista, foram invadidas entre a noite de domingo e a madrugada de ontem por grupos de sem-terra ligados a José Rainha Júnior, líder dissidente do MST. O “Carnaval Vermelho” mobilizou 2 mil militantes, de vários movimentos e até da CUT. A União Democrática Ruralista começou a preparar ontem ações de reintegração de posse. (págs. 1 e A4)

Notas e informações: Tribunais de contas injustiçados
Tanto causa repulsa a crônica Impunidade no País que às vezes se cometem injustas generalizações, ou se culpam instituições pelos atos de outras. É o caso dos Tribunais de Contas. No geral, são providos de alta capacidade. (págs. 1 e A3)


Colunista: Antonio Prata
Ha! Ha! Ha! Ha!

O carnaval é a percepção de que tudo o que está antes da sexta e depois da quarta é que é empulhação e engodo, que o terno e a gravata, as fibras pela manhã e a previdência privada são firulas para escamotear a nossa condição. (págs. 1 e C7)

Artigo: Paul Krugman
No limiar do colapso

Por que não simplesmente ir adiante e nacionalizar? Quanto mais tempo convivermos com bancos zumbis, mais difícil será a recuperação da economia. (págs. 1 e B1)


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Jornal do Brasil

Manchete: Anjo brilha na avenida
Dois dias após desmaiar na concentração da Acadêmicos da Rocinha, a rainha das rainhas, Luiza Brunet, vestiu-se de anjo e empolgou a Sapucaí à frente da bateria da Imperatriz Leopoldinense. A escola comemorou 50 anos e contou suas origens, numa noite em que o Salgueiro, a segunda a atravessar a avenida, tocou os tambores para agitar o desfile e entrar na briga com a Beija-Flor. (págs. 1 e Caderno de Carnaval 1 a 8)

Lula prioriza os nossos vizinhos
O balanço das viagens do presidente Lula nos seis anos de mandato deixa clara a política de estreitamento das relações com países vizinhos da América Latina. Das 161 idas dele ao exterior desde 2003, mais da metade - 81 - teve como destino países da região. (págs. 1 e Tema do Dia A2 e A3)

Um ano de pouco avanço em Cuba
No aniversário de um ano com Raúl Castro à frente dos destinos de Cuba, o país continua quase parado no tempo, mas, com apoio de China e Venezuela, começa a engatinhar discretamente para uma abertura tecnológica, política e também cultural. (págs. 1 e Internacional A15)

Embraer, agora, quer se expandir
Depois de demitir mais de 4 mil funcionários, a Embraer estuda participar da renovação da frota da Aerolineas Argentinas para driblar a crise. Segundo um dos vice-presidentes da empresa, Luis Hamilton Lima, os vizinhos podem ser um grande mercado para aviões. (págs. 1 e Economia A13)

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Correio Braziliense

Manchete: CGU investiga comissionados
Funcionários têm movimentação bancária e transações imobiliárias incompatíveis com salários pagos no serviço público. Maioria dos suspeitos identificados pela Controladoria-Geral da União (CGU) é lotada em órgãos ligados à área social. Um dos 41 investigados possui 18 imóveis e perfil financeiro 12 vezes maior que a renda declarada. (págs. 1 e Tema do Dia,2)

Bolha global
Ajuda pública sem estatizar

Bancos dos EUA recebem socorro de US$ 350 bilhões do tesouro, mas governo descarta a nacionalização. (págs. 1 e 15)

Guerra pelo consumidor
Aparelho grátis, bônus e prêmios. A portabilidade acirra a disputa das operadoras para conquistar a clientela. (págs. 1 e 14)

Dez assassinatos em três dias
O feriado não terminou e os homicídios no DF já superam o total de mortes violentas no carnaval de 2008. (págs. 1 e 22)

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Valor Econômico

Manchete: Citi coloca à venda fatia de R$ 2,5 bi na Redecard
Um dos bancos mais atingidos pela crise financeira nos Estados Unidos, o Citi deve colocar à venda no Brasil a participação de 17% que possui na Redecard, processadora de cartões de crédito e débito. O negócio pode render R$ 2,5 bilhões ao caixa do banco.

O Citi avalia as opções para se desfazer do ativo e pretende chegar a uma conclusão rapidamente. A Redecard é considerada um dos poucos negócios da filial brasileira cuja venda pode gerar valor para o banco e trazer alívio em meio às pesadas perdas com crédito. A companhia faz o credenciamento de estabelecimentos comerciais que aceitam os cartões Mastercard e Diners no país, além de processar os pagamentos e realizar a liquidação financeira.

Uma das saídas mais prováveis é uma oferta pública do bloco de ações, já que os papéis se recuperaram nos últimos meses em relação a sua pior cotação, de R$ 17,68, registrada em outubro do ano passado. Ontem, a ação subiu 1,55% e fechou a R$ 26,71, praticamente equiparando-se ao valor da abertura de capital, realizada em julho de 2007, quando os investidores pagaram R$ 27 por ação.

Uma oferta pública neste momento representaria um grande teste para o mercado de ações brasileiro, que está fechado para operações desse tipo desde junho do ano passado.

O valor de mercado da Redecard está em quase R$ 18 bilhões e a fatia do Citi vale R$ 3 bilhões. No caso de uma oferta pública, no entanto, o banco deve oferecer um desconto sobre a cotação em bolsa e, com isso, arrecadar menos.

O Valor apurou que uma parte desses 17% interessa ao Itaú, que já detém 46,4% do capital da Redecard. Se comprar algo próximo a 5% das ações, o Itaú pode consolidar sua posição de controle. Hoje, Itaú e Citi fazem parte do bloco de controle, que originalmente também incluía o Unibanco. O Itaú ficou com a participação do Unibanco. O Citi informou que não comentaria “rumores de mercado" e o Itaú não respondeu ao pedido de entrevista.

Além de colocar um bom dinheiro em caixa com a venda das ações, o Citi também teria um efeito positivo em seu balanço. Os papéis da Redecard estão registra dos até hoje por seu valor patrimonial, que representa uma fração da cotação em bolsa. A sua venda, portanto, proporcionaria um grande lucro. (pág. 1)

Ideias
Maria Cristina Fernandes: ainda é cedo para se concluir que o PMDB vai compor chapa com Dilma Rousseff. (págs. 1 e All)

Ideias
Claudia Safatle: para o governo, Brasil está em processo de "descolamento" dos países emergentes. (págs. 1 e A2)

Ideias
Naércio Menezes Filho: as ideias mercantilistas caíram em desuso. (págs. 1 e A15)

Lucro recorde do BB
O Banco do Brasil obteve lucro líquido de R$ 2,944 bilhões no quarto trimestre do ano passado, mais que o dobro do resultado em igual período de 2007, graças ao maior crescimento da carteira de crédito desde 2000. Em 2008, o lucro foi de R$ 8,8 bilhões, uma alta de 74%. (págs. 1 e Cl2)

Demissões na Embraer
Depois de Boeing, Airbus e de sua principal concorrente, Bombardier, a Embraer também anunciou ontem a demissão de 4,2 mil empregados, equivalentes a 20% do pessoal, devido à queda na previsão de entregas de aeronaves neste ano. (págs. 1 e A4)

Perda de empregos
O estoque de empregos com carteira assinada no país diminuiu 0,32% em janeiro, com a eliminação de 101,7 mil postos de trabalho. Foi o pior resultado desde 1996. Além disso, há nove anos não havia perda de vagas em janeiro. (págs. 1 e A5)

Queda da arrecadação se acelera
A Receita Federal divulga hoje a arrecadação de janeiro. Motivo de apreensão no governo nos últimos dias, os números deverão mostrar queda nominal próxima de 1 % em relação a janeiro de 2008. Em termos reais, tomada como referência a inflação medida pelo IPCA, a redução chega a aproximadamente 6% na mesma comparação. Ainda assim, o resultado não é considerado ruim no Ministério da Fazenda. Por causa da crise, esperava-se queda maior.

Um dos fatores que amenizaram o problema foi o comportamento das contribuições à Previdência. Graças ao crescimento da massa salarial, a receita previdenciária aumentou perto de 8% ante janeiro de 2008, com um crescimento real próximo a 2%. (págs. 1 e A6)

Madoff faz cair aplicação no exterior
As perdas causadas por Bernard Madoff afugentaram representantes de instituições financeiras internacionais que vinham regularmente ao Brasil oferecer aplicações no exterior. O interesse dos brasileiros em investir lá fora despencou, mas a situação revela que, apesar dos esforços fiscalizadores das autoridades, a venda ilegal de aplicações no exterior ainda é comum no país. Segundo a legislação, um gestor estrangeiro não pode divulgar os fundos. Mas essa é uma prática corriqueira, sobretudo quando se trata de clientes que têm grandes volumes para aplicar, procuram diversificação. O investimento em fundos no exterior é perfeitamente legal, desde que seja declarado à Receita Federal. (págs. 1 e D1)

Setor têxtil reduz compras da Ásia
Depois de três anos de aumento na importação de produtos e insumos, a indústria têxtil cortou encomendas na Ásia. Alguns fabricantes decidiram interromper completamente as compras no exterior e outros estão diminuindo o volume em razão da taxa de câmbio, que deixou menos atraentes os preços cobrados pelos asiáticos.

A maior parte das companhias reduziu importações de insumos como fios, fibras e filamentos têxteis, mas há casos em que os cortes atingiram produtos acabados e semiacabados. "Alguns asiáticos já reduziram os preços em 10% para nos manter como clientes, mas isso depois da desvalorização. Preferimos produzir alguns itens no próprio país a importar", afirma Marcello Stewers, diretor da Teka, que reduziu suas compras da região em 85%. A Buettner e Fiação São Bento, que compravam insumos, suspenderam as importações.

Pelos dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil, o volume de importações do setor em toneladas caiu 35,1% em janeiro ante o mesmo mês de 2008. Há recuos expressivos em fios (49,6%), fibras têxteis (33,4%), filamentos (48,3%), e linhas de costura (71,1%). (págs. 1 e B1)

Risco dos países ricos mais que duplica
Os prêmios de risco de crédito dos países ricos mais que dobraram desde dezembro e se aproximam de 100 pontos básicos - estavam abaixo de 10 pontos antes da crise. No mesmo período, o risco-Brasil não subiu nem 6%. Esses indicadores revelam a percepção dos mercados sobre a probabilidade de não-pagamento da divida por um determinado país ou empresa. Para cada 100 pontos no risco-país as empresas ou governos pagam 1 ponto percentual a mais de juros em seus financiamentos.

A alta dos prêmios dos países ricos foi tão forte que o risco-EUA, o risco-Alemanha e o risco-Japão estão hoje bem acima dos níveis mínimos a que chegou o risco-Brasil em meados de 2007. O risco-EUA, que era de 7 pontos em 1º de maio do ano passado, chegou a 94 pontos no dia 17, um aumento de 170% na comparação com os 34,9 pontos do dia 12 de dezembro. Ontem, manteve-se elevado, mas caiu para 90 pontos.

O risco-Japão, de 11 pontos em maio, fechou ontem a 101,5 pontos. O risco-Alemanha, que se mantinha em 5 pontos, atingiu seu recorde histórico ontem: 85,6 pontos. O risco-Brasil fechou aos 362,8 pontos. (págs. 1 e C1)

Siderúrgicas americanas preparam ação de dumping contra o aço importado (págs. 1 e C3)

GM poupa a América do Sul
As operações da GM na América do Sul estão fora do plano da montadora de cortar 47 mil empregos no mundo. O reaquecimento do mercado doméstico ainda evitará a demissão de parte dos 1,6 mil operários da fábrica de São Caetano que estão em licença. (págs. 1 e B10)

Gerdau revê investimentos
A crise econômica que causou a maior queda do lucro trimestral na história da Gerdau - 67,1%, para R$3 11 milhões - levou o grupo a rever os investimentos. Os US$ 6,4 bilhões anunciados entre 2008/10 serão reduzidos a US$ 5 bilhões, até o fim de 2013. (págs. 1 e D10)

Skaf costura apoio eclético a candidatura
O presidente da Federação das indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, procura formar uma coligação que lhe permita disputar o governo paulista reunindo de comunistas a malufistas. A ideia é filiar-se até maio ao PSB e que a possível chapa inclua ainda PR e PP, obtendo cerca de sete minutos no horário eleitoral gratuito. Skaf tem mantido conversas com o chamado "bloco de esquerda" formado por PDT, PSB, PCdoB e PR.

O deputado federal Paulo Maluf, presidente do PP paulista, e o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR) participam diretamente da negociação, além de Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), da Força Sindical. Esse grupo acredita em uma disputa com políticos pouco conhecidos, talvez com exceção do ex-governador Geraldo Alckmin. (págs. 1 e A11)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Embraer demite 4.273, mas mantém investimento externo
A demissão de 20% dos funcionários da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), anunciada ontem, abalou o polo aeronáutico nacional, que ainda carece de informações sobre as próximas medidas a serem adotadas pela companhia em seu realinhamento no mercado internacional. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, onde fica a sede da Embraer, ingressará com um pedido de esclarecimentos via Ministério Público por não ter sido informado com antecedência sobre a demissão em massa, que atingiu 4.273 empregados.

O prefeito da cidade, Eduardo Cury, se encontra hoje com a direção da Embraer e já determinou que as secretarias de seu governo terão que economizar 10% sem prejudicar serviços à população. Isso fará parte de um plano estratégico para atender os recém-despedidos. Apesar de demitir apenas no Brasil, a Embraer manterá seus investimentos externos programados para os Estados Unidos, a China e Portugal.

A direção do sindicato aguarda para as próximas horas um pronunciamento do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da direção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que financiou uma parte significativa das exportações da companhia nos últimos anos. Em 2007, a Embraer contratou 4.469 profissionais e consultorias especializadas chegaram a apontar um excedente de 2 mil funcionários no ano passado.

O impacto das dispensas também teve reflexo nos papéis da empresa. A ação da Embraer negociada na Bovespa encerrou o dia de ontem em queda de 2,44%, cotada a R$ 8,41. Na Bolsa de Nova York, o papel caiu 2,51%, para US$ 14,40. A Embraer também anunciou que reviu suas estimativas para este ano, prevendo entregar 242 aeronaves, com receita prevista de US$ 5,5 bilhões. Os investimentos foram revistos para US$ 350 milhões em 2009.

Em janeiro, foram eliminados 101.748 empregos formais no País, no pior resultado apurado para o mês em toda série história do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

Os leitores da Gazeta Mercantil souberam primeiro da intenção da Embraer de realizar um drástico corte em seu quadro de pessoal. Na edição de 11 de dezembro de 2008, o repórter Júlio Ottoboni escreveu que a companhia decidira demitir 20% de seu efetivo em janeiro de 2009. Ottoboni não indicou a data exata das dispensas, mas foi preciso em sua quantidade, como atesta o comunicado distribuído ontem pela Embraer. À época da publicação da reportagem, a diretoria da empresa classificou as informações de leviana. (págs. 1, A2, A9 e C1)


Petrobras fornecerá óleo à China
A Petrobras negocia com a China empréstimo no valor de US$ 10 bilhões, dinheiro que a ajudaria a avançar em seu projeto de exploração e produção de petróleo na promissora região do pré-sal. Em troca dos recursos, a estatal se propõe a garantir o fornecimento de até 160 mil barris diários para refinarias chinesas, conforme disse ontem o presidente da petrolífera brasileira, José Sérgio Gabrielli.

“É para já, a preços de mercado”, disse o executivo, referindo- se ao acordo firmado ontem, em Brasília, com as empresas chinesas, em encontro que teve as presenças do presidente Lula e do vice-presidente da China, Xi Jinping. A estratégia da Petrobras de levantar recursos em troca de fornecimento de petróleo à China não é pioneira. Nesta semana, a Rússia fez o mesmo tipo de acordo e garantiu US$ 25 bilhões dos chineses. (págs. 1 e C11)

Vale tem ganho de R$ 10 bi no terceiro trimestre
A Vale lucrou R$ 10,4 bilhões e gerou receita de R$ 17 bilhões no quarto trimestre de 2008. Os ganhos foram 130% maiores, comparados a igual período de 2007. O resultado reflete, entre outros fatores, ganhos com aplicações financeiras e o dólar mais caro, que valoriza o produto da empresa vendido no mercado internacional. O lucro da mineradora em todo o ano passado foi de R$ 21,7 bilhões — 6,3% maior do que o de 2007 —, mas teria sido de R$ 29 bilhões não fossem ajustes contábeis.

O resultado superou as mais otimistas projeções. O banco Banif previa lucro entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, mas já apontava que a empresa deveria ter ganhos a mais com receitas financeiras, de aplicações e com o câmbio. No resultado em dólares, pelo padrão norte-americano, os resultados ficaram mais em linha com as projeções, pois os efeitos cambiais não pegaram os analistas de surpresa. (págs. 1 e A4)

Lucro do Banco do Brasil cresce 74%
O Banco do Brasil (BB) obteve um lucro recorde, de R$ 8,8 bilhões em 2008, com expansão de 74% sobre o exercício anterior, em grande parte influenciada pelo aumento de 39,9% das operações de crédito, que atingiram R$ 224,8 bilhões ao final de dezembro. O presidente do BB, Antônio Francisco Lima Neto, estima alta de 17% para a carteira de crédito este ano, apesar de a instituição ter fôlego para bem mais.

Conforme cálculos do BB, sem considerar as aquisições do controle do Banco Nossa Caixa e de 50% do Banco Votorantim, a capacidade de aumento dos ativos de crédito da instituição chega aos R$ 117 bilhões. Com as compras, cai para R$ 45 bilhões, enquanto planeja alta de R$ 38 bilhões este ano. Com o crescimento do ano passado e as aquisições, o Banco do Brasil tem agora R$ 615,6 bilhões em ativos e pode voltar a brigar pela liderança do mercado nesse quesito com mais tranquilidade.

Em setembro, o líder Itaú Unibanco, que tomou essa posição após a fusão em novembro, contabilizava R$ 575 bilhões em ativos e deverá divulgar seus números de 2008 nas próximas semanas. Lima Neto afirmou ontem, em São Paulo, que a consolidação das operações de seguros, previdência privada e capitalização da instituição que dirige será concluída em 2009.

“O negócio de seguridade faz parte da estratégia de crescimento do BB, estamos detalhando um novo modelo.” A contribuição da área para o resultado global do BB cresceu 24,9% em 2008, para R$ 1,51 bilhão. O banco estatal estuda assumir o controle majoritário das cinco seguradoras que comercializam apólices na rede de agências ou fechar parceria com apenas uma empresa. (págs. 1 e B1)


Fiscalização
Receita autua menos e arrecadação cai. (págs. 1 e A13)

Cooperativas do Paraná faturam R$ 25 bilhões
A estimativa de que as cooperativas paranaenses faturaram R$ 22 bilhões em 2008 foi revista ontem pela Organização das Cooperativas do Paraná. A combinação de melhores preços nos grãos e a maior produção da história do estado devem resultar em receita perto de R$ 25 bilhões, do quais R$ 23 bilhões somente do setor agropecuário, 36,9% mais que em 2007, quando a receita foi de R$ 16,8 bilhões. (págs. 1 e B11)


Incentivo fiscal gera processo
Alguns estados estão processando contribuintes locais que recebem incentivos fiscais de outras unidades da Federação. Em um dos processos, a empresa responde por suposta dívida de R$ 300 milhões. (págs. 1 e A14)

Consumo de gás cai 29% em janeiro
A queda da demanda industrial e o forte aumento no preço do gás natural provocaram retração de 29% no consumo brasileiro do combustível em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado. (págs. 1 e C11)


Petróleo sobe 14%, para US$ 39,48
A queda inesperada nos estoques semanais de petróleo dos EUA surpreendeu o mercado ontem e fez disparar o preço do barril, que fechou cotado a US$ 39,48 na Bolsa de Nova York, com alta diária de 14%. (págs. 1 e C11)

Plano pessoal: Otimismo de gestores brasileiros esconde certa desinformação
Estudo feito com 7,5 mil gestores revela que os brasileiros são os mais otimistas em relação à crise. Mas, para o presidente do Grupo BPI, Gilberto Guimarães, o levantamento aponta para a desinformação. “Percebe-se que eles (executivos) não entendem as razões profundas do problema.” (págs. 1 e D7)

Opinião: Gabriel de Salles
Apesar do momento favorável ao açúcar e ao etanol, usinas usam a “crise” como argumento para adiar pagamentos a arrendadores de terras. (págs. 1 e A3)


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Jornal do Commercio

Manchete: Arrastão do frevo
Chegou a Terça-feira Gorda e o folião nem pensa em parar. Em Olinda, tem A Corda, o Munguzá de Zuza e Thaís e o desfile de bonecos gigantes. No bairro do Recife, as atrações incluem bois, ursos, troças e artistas locais e nacionais. (pág. 1)

Em tratamento de câncer, Neguinho da Beija-Flor se casa na Sapucaí e recebe os cumprimentos de Lula (pág. 1)

Crise derruba preço dos recicláveis (pág. 1)

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