sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O que Publicam os Jornais de Hoje

06 de fevereiro de 2009

O Globo

Manchete: Governo permite aumento da agricultura na Amazônia
Medida muda regra sobre reflorestamento e autoriza ampliação de área plantada

O governo aprovou uma medida que aumenta as áreas de agricultura e pecuárIa na Amazônia. Uma comissão com representantes de 13 ministérios mudou a regra sobre reflorestamento obrigatório no entorno da BR163, que liga Santarém a Cuiabá, e de rodovias próximas, reduzindo a área de reserva legal. Quem desmatar terras no entorno das rodoviaS não será mais obrigado a reflorestar 80% daquela área, como determina hoje a legislação ambiental, mas 50%, Cerca de 700 mil hectares deixarão de ser replantados com árvores nativas e poderão ser usados para a agricultura. A decisão foi aprovada por unanimidade. Para o Ministério do Meio Ambiente favorável à mudança, a nova regra permite combater melhor o desmatamento. O Greenpeace criticou a medida, que será submetida ao Conselho Nacional de Meio Ambiente. (págs. 1 e 8)

Mangabeira e Minc travam nova polêmica
O ministro Mangabeira Unger quer que licenças ambientais na Amazônia Legal saiam em até 120 dias. Seu colega Carlos Minc diz que é inconstitucional. (págs 1 e 24)

Lula investe o mesmo que FH, apesar do PAC
Mesmo com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os investimentos da União ficaram em 0,97% do PIB em 2008. Em 10 anos, o melhor resultado foi em 2001, durante o governo FH: 1,12%. (págs. 1 e 24)


Até DEM quer renúncia de corregedor
Dono de castelo é alvo de bloqueio de bens devido a dívidas trabalhistas

A situação do corregedor da Câmara, Edmar Moreira, é insustentável até para o seu partido: o DEM defendeu ontem sua renúncia devido ao "conjunto de fatos" e informou que ele será alvo da comissão de ética. Edmar - para quem deputados, "por vício de amizade", não devem julgar seus colegas - construiu em MG um castelo avaliado em R$ 20 milhões, mas teve o bloqueio de seus bens pedido pelo Ministério Público do Trabalho devido às dívidas de suas empresas. Investigado no STF por apropriação indébita de INSS, disse que, não renunciará ao cargo. (págs. 1, 3 e 4, Míriam Leitão e editorial "Castelos no ar")

Extradição de Battisti divide a Europa
Numa sessão esvaziada, o Parlamento Europeu aprovou resolução pedindo que o Brasil desista do refúgio a Cesare Battisti e aprove a extradição. A representante da Comissão Europeia contestou a decisão. (págs 1 e 11)

Pacote não livra Brasil de barreiras
Ao propor mudanças no pacote de Obama para reativar a economia, o Senado dos EUA aliviou as barreiras protecionistas, mas só para Canadá, México e União Europeia. O aço brasileiro continua de fora. (págs. 1 e 21)

Secretária causa outro problema a Obama, o 5º
O Senado americano adiou a confirmação de mais um secretário de Obama, o quinto com problemas com o fisco: o marido de Hilda Solís, indicada para o Trabalho, só pagou anteontem US$ 6.400 que devia há 16 anos. (págs. 1 e 28)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Receita deve tirar 100 mil declarações da malha fina
Intenção é concentrar fiscalização em grandes contribuintes, diz o governo

A Receita Federal em São Paulo deve liberar restituições de Imposto de Renda de pessoas físicas retidas nos últimos cinco anos (presas na chamada malha fina) para tentar minimizar os efeitos da crise financeira. Estimas-se que cerca de 100 mil declarações, com saldo a restituir e a pagar, sejam liberadas nos próximos meses – no ano passado, foram 376 mil as retidas na malha fina. Os créditos totais de IR a serem liberados não estão definidos. Segundo o superintendente da Receita no Estado, Luiz Sérgio Soares, as restituições poderão ser de até R$ 3.000. A medida visa ainda contornar a escassez de pessoal na Receita, diz Soares: “Decidimos redirecionar a força de trabalho para contribuintes de maior relevância econômica”. A idéia, afirma ele, é concentrar a atenção em quem tem restituições acima de 50 mil. (Págs. 1 e B1)

Europa pede ao Brasil que reveja refúgio a Battisti
O Parlamento Europeu aprovou, em sessão esvaziada – com apenas 54 dos 785 representantes presentes -, resolução que pede ao Brasil que reconsidere o refúgio concedido a Cesare Battisti. Os deputados solicitaram ao STF que “leve em conta” a sentença da Justiça italiana contra Battisti. A chancelaria brasileira considerou o pedido “respeitoso”. (Págs. 1 e A4)

Senado italiano aprova projeto anti-imigração
O governo de premiê Silvio Berlusconi aprovou no Senado italiano projeto de lei do grupo direitista Liga Norte, integrante da coalizão majoritária, que altera lei sobre imigração e permite que médicos delatem à Justiça pacientes estrangeiros em situação irregular. Os senadores também aprovaram outro projeto que prevê criar “rondas” de cidadãos para patrulhar as ruas. Para virar lei, as medidas têm de ser aprovadas na Câmara, em que a maioria de Berlusconi é mais folgada. Médicos protestaram contra os projetos. (Págs. 1 e A9)

Mercedes dá férias coletivas a 7.000 e para fábrica no ABC
A Mercedes-Benz anunciou férias coletivas para todos os trabalhadores das linhas de produção de caminhões e ônibus da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Os empregados da montadora param de trabalhar no dia 23 e devem retornar em 4 de março. A medida atinge 7.000 funcionários. Segundo a empresa, ela é necessária para ajustar a produção à demanda pelos veículos. (Págs. 1 e B4)


Farmacêuticos admitem venda de antibiótico sem receita
Em pesquisa inédita do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, 68% dos farmacêuticos entrevistados no Estado admitem a venda de antibióticos anti-inflamatórios sem receita média, relata Cláudia Collucci. Recebimento de comissões de laboratórios e obrigação de cumprir metas de vendas de remédios foram relatados por 15%. O CRF defende “ação educativa” contra as práticas. (Págs. 1 e C11)

Clóvis Rossi: Paraisópolis são muitas; é Gaza em fogo brando
Paraisópolis é mais um produto clássico do apartheid social brasileiro. Combater o tráfico não é trivial, mas autoridades são eleitas para fazer mais que o trivial. De repente, um estopim qualquer põe fogo na área e há um corre-corre. Extinto o incêndio, as Paraisópolis, que são muitas, voltam a ser Gaza em fogo brando. (Págs. 1 e A2)


Editoriais: Leia “Sombras do passado”, sobre risco de xenofobia com a crise; e “A batalha do spread”, acerca de juros bancários. (Págs 1 e A2)

Dinheiro – Site do BC dá maior visibilidade a ranking de juros dos bancos (Págs. 1 e B3)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: BC vai emprestar até US$ 36 bilhões para empresas
Recursos sairão das reservas brasileiras para ajudar as companhias que tenham dívidas no exterior

O Banco Central está disposto a emprestar até US$ 36 bilhões das reservas internacionais às empresas brasileiras com dívidas no exterior. Hoje, as reservas somam US$ 200 bilhões. "Esse será um passo importante para regularizar o mercado de crédito", disse o presidente do BC, Henrique Meirelles. Com a crise, os bancos reduziram os empréstimos em dólar, o que obrigou empresas a tomar financiamento em reais ou comprar dólares no Brasil para quitar dívidas. O valor dos empréstimos previstos pelo BC equivale ao total das dívidas de companhias brasileiras no exterior com vencimento entre outubro de 2008 e dezembro de 2009. Meirelles avaliou que, nas atuais condições, o Brasil consegue oferecer crédito sem recursos extras, como fez o Fed (banco central dos EUA). Ele rebateu críticas sobre o uso das reservas para ajudar empresas. "Esse é o uso perfeito das reservas", disse Meirelles, ao lembrar que os europeus adotaram a mesma estratégia. (págs. 1 e B1)

Variação da taxa de juros chega a 2.400%
Segundo ranking do BC, o crédito pessoal tem a maior disparidade: as taxas médias variam de l,02% a 25,44% ao mês. A Caixa e o Banco do Brasil aparecem apenas na 21ª e na 35ª colocação no ranking, com taxas de 2,6% e 2,8% ao mês, respectivamente. (págs. 1 e B3)

Lula ataca oligarquias, mas poupa José Sarney
Em viagem ao Tocantins,o presidente Lula chamou os novos presidentes da Câmara, Michel Temer (SP), e do Senado, José Sarney (AP), ambos do PMDB, de “parceiros". Em discurso, ele disse, sem citar nomes, que oligarquias atrapalharam obras ao longo da história. Perguntado sobre o que achava da oligarquia Sarney no Maranhão, disse: "Quem está dizendo que o Sarney é oligarca é você, não eu.".(págs. 1 e A4)

Pacote de Obama prejudicará Brasil
A pedido do presidente, lei protecionista foi atenuada, mas ainda afeta o País

O protecionismo contra países como o Brasil, a China e a índia, previsto no pacote de estímulo à economia americana, deve virar lei, segundo analistas ouvidos pelo Estado. Após pressão de vários países, o presidente Barack Obama pediu que o Congresso atenuasse a restrição segundo a qual os produtos usados nos projetos do governo deveriam ser americanos, e o Senado o atendeu. Assim, poderão ser fornecedores dos EUA os países signatários do Acordo de Compras Governamentais. Isso exclui o Brasil. Ontem, os senadores negociavam reduzir o pacote de US$ 900 bilhões para US$ 800 bilhões. (págs. 1 e B8)

Artigo/Barack Obama-presidente dos EUA: É hora de boas ideias em vez de ideologias

Os americanos são pacientes o bastante para saber que nossa recuperação econômica será medida em anos, e não em meses. Mas eles não têm paciência de suportar os mesmos impasses políticos que há muito se colocam no caminho da ação enquanto nossa economia se deteriora. (págs. 1 e B8)

Governo prevê queda de até 8% da safra agrícola
A crise econômica e fatores climáticos fizeram com que as estimativas para a safra agrícola brasileira de 2009 sejam de queda maior do que a que vinha sendo projetada. O IBGE, que previa perda de 5,9%,já trabalha com 7,6% e colheita de 134,7 milhões de toneladas. A Conab prevê menos 6,5%. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, fala em redução de 6% a 8%. (págs. 1 e B12)

Europa faz apelo no caso Battisti
Parlamento Europeu pede ao Brasil que decisão seja revista. (págs. 1 e A8)

Crédito, o maior entrave
Cinco meses após o início da crise, o mercado de crédito permanece travado no Brasil, ameaçando tornar mais penosa a retração econômica. As medidas tomadas produziram pouquíssimo resultado. (págs. 1 e A3)

Foto legenda - Câmara: deputado do castelo se recusa a sair
Suspeito de ter ocultado da Justiça Eleitoral a propriedade de prédio que imita um castelo, o deputado Edmar Moreira (DEM-MG) diz que, apesar das pressões, não renunciará à vice-presidência da Câmara. (págs. 1 e A7)

Transplante de órgão sem condição ideal será liberado
O Ministério da Saúde decidiu que equipes médicas poderão usar órgãos "limítrofes" para transplante, se o receptor consentir. Trata-se de órgãos que não estão em condições ideais para a cirurgia - um órgão com hepatite C, por exemplo, poderá ser transplantado, desde que o receptor também tenha a doença. A intenção é reduzir a fila de espera. Pacientes já protestam. (págs. 1 e A13)

Ex-refém acusa Farc de massacre
Político diz que guerrilha matou 11 parlamentares em cativeiro


O ex-deputado Sigifredo López, libertado ontem pelas Farc após passar sete anos como refém, acusou a guerrilha colombiana de ter matado 11 de seus colegas parlamentares em cativeiro. López foi o sexto refém resgatado pela Cruz Vermelha com ajuda do Exército do Brasil. A suíça Patrícia Danzi, chefe da Cruz Vermelha que integrou as operações, disse ao Estado que alguns dos cativos não sabiam que seriam soltos e foram pegos de surpresa. (págs. 1 e A10)

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Jornal do Brasil

Manchete: Juro do cheque bate 10% ao mês
No crédito pessoal, as taxas cobradas já chegam a 25%

O ranking de juros bancários, divulgado ontem pelo Banco Central, mostra que o cheque especial usado pelos correntistas brasileiros pode custar até 10% ao mês. Há instituições, porém, que cobram menos de 2%. No caso do crédito pessoal, a variação é ainda maior: pode custar ao tomador de empréstimo entre 1% e 25% ao mês, dependendo da instituição. A divulgação da tabela com os índices tenta tornar mais fácil a vida do consumidor na hora de comparar os juros - além do crédito pessoal e do cheque especial, mostra ainda taxas de financiamento para aquisição de veículos e bens. O BC estuda divulgar o spread de cada instituição (a diferença entre o custo de captação do banco e a taxa cobrada ao consumidor). (pág. 1 e Economia, pág. A18)

Artilharia pesada por mais emprego
Depois do aumento nas verbas do PAC, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer agora que sejam contratados trabalhadores para mais de um turno nas obras de infraestrutura do programa, em outra medida de combate ao desemprego. O governo vai apresentar este mês às prefeituras um pacote de estímulo à geração de postos de trabalho, à melhoria da vida da população e ao pagamento das dívidas municipais. (págs. 1 e A7)

Sociedade Aberta - Marcos Cintra
Na crise, bancos públicos têm papel estratégico. (págs. 1 e A9)

Tentativa de manter a ESG no Rio
Deputados e senadores eleitos pelo Rio de Janeiro mobilizam-se para tentar evitar a transferência da sede principal da Escola Superior de Guerra para Brasília. (pág. 1 e Cidade, pág. A13)


Crise econômica freia o Sudeste
A crise financeira internacional atingiu com mais força Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo - os estados que apresentaram maior queda na indústria, segundo o IBGE. Números da produção industrial revelam recuo em 12 das 14 regiões pesquisadas no país. (pág. 1 e Economia, pág. A17)

Obama erra nas indicações
Mais um membro do alto escalão do governo Obama está sob suspeita. Leon Panetta, escolhido para dirigir a CIA, teria recebido mais de US$ 700 mil em consultorias para financeiras em crise e empresas contratadas por agências federais de segurança. (pág. 1 e Internacional, pág. A21)

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Correio Braziliense

Manchete: Banco cobra juros de mais de 1000%
Dados do Banco Central revelam o que nem o mais alarmista cidadão suspeitava: os juros cobrados do brasileiro pelos bancos estão num patamar muito acima do absurdo. “Nem mesmo os agiotas cobram isso”, espantou-se um técnico do BC. A taxa mais pesada custa 25,44% ao mês, do crédito pessoal oferecido pela financeira Crefisa. Anualizada, ela equivale a nada menos do que 1.418%. À guisa de exemplo, se alguém tem uma emergência médica e precisa de R$ 2 mil rapidamente, o dinheiro a esse preço sairia por 12 prestações de R$ 544,68. Ou seja, no fim, o tomador pagaria R$ 6,5 mil, mais de três vezes o valor original. Os abusos também acometem os empréstimos ao consumidor. Pela Itaucred, maior taxa desse tipo de financiamento, a compra de uma TV com tela plana de 32 polegadas, avaliada em R$ 1,49 mil e paga em 12 vezes, custa R$ 2,7
mil, valor de quase duas TVs novas. Tudo por causa dos juros de 11,15% ao mês, ou 255,5% anuais. (págs. 1 e 12)

O deputado, seu castelo e seus rolos
Novo corregedor da Câmara,o mineiro Edmar Moreira deve R$ 45 milhões ao INSS. Responsável por zelar pelo decoro dos colegas, ele é pressionado a renunciar pelo seu próprio partido, o DEM,ressabiado com a revelação de que o deputado construiu um castelo de US$ 25 milhões no interior de Minas. (págs. 1, 2 e 3)

1.750 vagas
Em dez concursos com salários de até R$ 19,9 mil (págs. 1 e 11)

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Valor Econômico

Manchete: Governo coloca em xeque juro alto de banco público
É acirrada no Palácio do Planalto a discussão sobre os altos spreads cobrados pelo sistema bancário, especialmente pelos bancos públicos federais. "O governo não vai aceitar o jogo de esconde-esconde a respeito da questão do spread", disse um ministro que está participando intensamente do debate sobre a diferença entre os juros que são pagos e os que são cobrados pelo sistema bancário. O ministro se referia aos questionamentos dos bancos federais à metodologia que o Banco Central e o Ministério da Fazenda usaram para retratar os spreads dos bancos públicos e privados após o agravamento da crise financeira internacional e a consequente contração do crédito no Brasil.

A irritação é também do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "A discussão sobre spread não vai parar não", garante o ministro, que abre seu laptop na página dos dados levantados pelo Banco Central e Ministério da Fazenda e diz: "O Banco do Brasil, por exemplo, que antes da crise operava com spread de um dígito, está cobrando juros de 58% ao ano para empréstimos à pessoa física e 30,7% para pessoas jurídicas, na média da taxa das operações realizadas com recursos livres. O que justifica isso?". Os argumentos utilizados pelo BB sobre as falhas metodológicas do BC e da Fazenda, que retratam dados errados, assim como os temores da instituição de, ao reduzir os juros, corroer seus lucros e colocar em risco sua base de capital, não comovem o governo.
"Se for para cobrar 30% ou 50% de spread para o BB crescer, começamos a pensar, então, se vale a pena ter banco público", reage uma outra fonte qualificada do governo. Afinal, o governo quer que os bancos federais, ao cobrar juros menores, forcem as instituições privadas a fazer o mesmo. “É preciso uma supervisão bancária de alta qualidade nos bancos públicos para saber o que é verdade e o que não é", sugere o ministro.

Na próxima semana, o Banco do Brasil - que sob pressão do Planalto já fez um corte nas taxas nesta semana - e a CEF, que deverá anunciar muito em breve uma rodada de redução, vão entregar aos ministros da área econômica e ao presidente informações sobre os juros que cobram e qual é a metodologia que usam para calculá-los. (págs. 1 e A2)

Colheita menor
Os efeitos da seca na Região Sul e parte do Mato Grosso do Sul provocaram uma quebra de 6,5% na safra nacional de grãos, fibras e cereais. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma colheita de 134,68 milhões de toneladas, mas as perdas poderão ser maiores. (págs. 1 e B9)

Confiança no Congresso é baixa no Brasil e no mundo desenvolvido (págs. 1 e EU& Fim de semana)


ADM vai assumir ativos da Cooagri
O grupo de grãos e álcool Archer Daniels Midland (ADM) está perto de concluir o arrendamento das unidades da Cooperativa Agropecuária e Industrial, de Dourados (MS). A decisão deve ser fechada no dia 13, data da assembleia dos cooperados da Cooagri. A proposta inicial da multinacional é arrendar a cooperativa por três anos, contrato que poderia ser renovado. Mas interessa mesmo ao grupo comprar os ativos da Cooagri, segundo fontes familiarizadas com a negociação. A empresa pretende tratar diretamente com os associados para reativar as unidades e viabilizar a produção na região. A cooperativa tem 18 armazéns de grãos concentrados no sul do Mato Grosso do Sul. Procurada, a ADM não comentou o assunto. (págs. 1 e B10)

Elgin fabricará notebooks
A Elgin, fabricante de produtos de informática a móveis para cozinha, passará a produzir notebooks. A nova linha de montagem foi instalada na Zona Franca de Manaus. A meta é fabricar 100 mil equipamentos neste ano, diz Frederico Safranek. (págs. 1 e B5)

Cemig investe em eólicas
A Cemig pagou R$ 213 milhões por uma participação de 49% em três parques de geração de energia eólica da Energimp (Impsa) no Ceará, com capacidade instalada de 99,6 megawatts. (págs. 1 e B6)

Obama sinaliza que poderá conter o protecionismo de congressistas (págs. 1 e A9)


Redução de custos nos EUA
Pesquisa da consultoria em RH Challenger, Gray & Christmas, nos EUA, mostra que 92% das empresas adotaram algum tipo de medida para redução de custos. Embora tenham mais visibilidade, as demissões foram a alternativa escolhida por 56% delas. (págs. 1 e D10)

Crise golpeia eletrônicos e informática
A desaceleração da economia brasileira atingiu em cheio as empresas que produzem bens eletrônicos, de informática e telefonia para as principais marcas do mercado. Com a retração na demanda por produtos como celulares e computadores, escassearam as encomendas feitas por Dell, HP, Lenovo, Positivo, Sony Ericsson, Nokia e Motorola. Como consequência, há uma forte retração na atividade das terceirizadoras, como Flextronics, Foxconn, Jabil e Celestica, que tiveram queda nas vendas e nos lucros. No Brasil, o cenário não é diferente e, conforme levantamento do Valor, já levou ao corte de turnos de produção e de milhares de postos de trabalho. (págs. 1 e Bl)

Fórmulas de sucesso para encarar a retração global
Enquanto as preocupações com a crise aumentam, um grupo de empresas anda na contramão e mantém planos de crescimento expressivo ao longo de 2009. Câmbio, produto direcionado ao consumidor de baixa renda, bens cujo consumo não depende de crédito e perspectiva de imposto menor são algumas das razões que levam empresas como Lupo, Eternit, Taurus e Cosméticos Jequiti & Hydrogen, entre outras, a contratar novos funcionários ou, pelo menos, evitar demissões.

"Quando o dólar passou de R$ 2 facilitou, porque o custo no mundo aumentou e nós ficamos mais competitivos", explica o diretor comercial da Meias Lupo, Valquírio Cabral Júnior, cuja empresa pretende contratar mais 300 funcionários neste início de ano. A Forjas Taurus vai empregar mais 280 pessoas nos próximos meses para atender vendas de armas para os Estados Unidos, fechadas durante feira no mês passado. (págs. 1 e A3)

BC compara juros dos bancos em ranking na internet (pág.1)

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Gazeta Mercantil

Manchete: BC vai gastar US$ 36 bi para ajudar empresas
Depois de ter autorizado na semana passada a prorrogação dos contratos de câmbio para a exportação por mais 360 dias, até 31 de janeiro de 2010, o Banco Central (BC) voltou ontem a utilizar artilharia pesada. No dia 27 deste mês, começa a liberar de US$ 20 bilhões a US$ 36 bilhões, que fazem parte das reservas cambiais, para que empresas brasileiras liquidem compromissos no exterior. Por esse esquema, o BC vai emprestar divisas a bancos comerciais autorizados para repasse a empresas brasileiras com dívidas no mercado internacional. Cerca de quatro mil empresas devem ser beneficiadas, segundo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

As últimas medidas do BC podem concorrer para refrear a demanda por dólares, permitindo a estabilidade das cotações, ajudar a progressiva recuperação da economia e reforçar a credibilidade externa do Brasil. O custo das operações tende a ser baixo: Libor (ontem em 2,875% para um ano), mais taxa de 1,5%, cobrada pelo BC, devendo o custo restante ser negociado com os bancos. (págs. 1 e B3)

Foto legenda-Luxo no sertão
O crescimento da economia nos rincões do País estimulado pelo Bolsa Família fez emergir uma pequena mas importante classe consumidora de carros novos e até de luxo no Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Foi o que levou Domingos Boragina, diretor da Citroën, a abrir revendas em cidades como Arapiraca (AL). (págs. 1 e C2)

Receita Federal facilita a utilização da Linha Azul
A Linha Azul, modalidade expressa de despacho aduaneiro, deverá passar por uma reestruturação que permitirá sua adoção por um número maior de empresas. Pelos critérios atuais, o mecanismo permanece restrito a grandes companhias como Volkswagen, Embraer, Dow, Nokia e Basf, entre outras. “Estamos revendo os requisitos de habilitação para ampliar o benefício”, diz Juraci Garcia Ferreira, chefe da Divisão de Simplificação da Coordenação Geral de Administração Aduaneira (Coana) da Receita Federal. Segundo Juliana Nunes, diretora da Unilever Brasil, o sistema aumenta a competitividade da empresa, que adota esta via expressa para exportar xampus, cremes, detergente em pó e sabonetes líquidos. (págs. 1 e A5)

BB negocia compra do Banestes
O Banco do Brasil e o governo do Espírito Santo oficializaram, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o interesse do banco federal pela aquisição do Banco do Estado do Espírito Santo. (págs. 1 e B1)

Petrobras investirá mais nos EUA
A Petrobras pretende investir US$ 16,8 bilhões fora do País, entre 2009 e 2013, para alavancar sua produção de petróleo no exterior. A maior parte dos recursos - US$ 4,5 bilhões - será destinada para os EUA. (págs. 1 e C4)

Call center não atende exigências
Empresas de call center estão longe de atender às novas normas do governo. Segundo estudo da Everis, no setor de transporte terrestre falta até mesmo o serviço de 0800. (págs. 1 e C5)

Safra
Conab prevê produção de grãos 6,5% menor. (págs. 1 e B10)

Opinião
Marcos Cintra: O Banco do Brasil, o BNDES e a Caixa Econômica Federal não justificam sua existência se atuarem como bancos privados. (págs. 1 e A3)

Seguro cresce 15% e fatura R$ 67 bilhões
Dezembro foi determinante para o avanço de 15,1% do mercado segurador brasileiro em 2008, depois de queda no volume de prêmios entre junho e novembro. O setor teve faturamento anual de R$ 67,258 bilhões, em comparação com 2007. Automóveis e previdência (VGBL) puxaram a atividade, com vendas totalizando R$ 20,021 bilhões e R$ 23,300 bilhões, respectivamente. O gasto das seguradoras com sinistros subiu 10,62%, para R$ 19,336 bilhões, ante R$ 17,479 bilhões no exercício anterior. (págs. 1 e B2)

Um alerta contra o protecionismo
Cinco importantes organizações internacionais - Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (Bird), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), e Organização Mundial do Comércio (OMC) - fizeram ontem um alerta contra o protecionismo como receita para superar a crise.

O alerta coincidiu com os protestos contra a decisão do governo dos EUA de incluir a cláusula “Buy American”, que vincula a concessão de verbas do plano de incentivo à economia à compra de ferro e aço americanos, para obras de infraestrutura. O Senado acabou atenuando a proposta, mas não afastou preocupações. (págs. 1 e A12)

Estrela planeja fábrica de R$ 20 milhões em Sergipe
A fabricante de brinquedos Estrela está projetando a construção de uma unidade de produção em Ribeirópolis, em Sergipe. Carlos Tilkian, presidente da empresa, informou que ainda não definiu como o investimento, orçado em R$ 20 milhões, será financiado, mas acredita que deve contar com o apoio do Banco do Nordeste ou do Banco do Estado do Sergipe.

A fábrica na região foi planejada para atender a uma estratégia logística. “Para que a empresa tenha mais competitividade ao atender o consumidor do Norte e Nordeste”, disse o executivo. O empreendimento deve gerar cerca de 200 empregos e entrar em operação até o segundo semestre deste ano. A empresa também planeja reduzir as importações este ano. (págs. 1 e C5)

Inadimplência elevada afeta recebíveis
A desaceleração do crescimento econômico no Brasil e a perspectiva de aumento dos índices de inadimplência com a queda da produção e crescimento do desemprego devem impactar a qualidade do risco de crédito das emissões de securitização.

Relatório divulgado pela agência de classificação de risco Moody’s aponta que o aumento da inadimplência nas carteiras de financiamento de veículos deve impactar os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) lastreados nesses recebíveis. Na semana passada, a Fitch Ratings rebaixou as cotas do FIDC emitido pelo Banco Panamericano e manteve a perspectiva negativa para as cotas dos fundos emitidos pela Omni, Credibel e Banco BMG, lastreados em carteiras de financiamento de automóveis.

O analista de operações estruturadas da Standard & Poor’s, Jean-Pierre Cote Gil, vê com maior preocupação as carteiras de financiamento que trabalham com clientes de renda menor, ou valor de empréstimo maior que o do veículo adquirido, principalmente nas linhas para aquisição de carros usados, além daquelas voltadas para pequenas e médias empresas, que enfrentam maior dificuldade para obter crédito.

O aumento da aversão ao risco por parte dos investidores, por conta da crise financeira mundial, deve provocar um declínio nas emissões de securitização na América Latina em 2009, segundo avaliação da Moody’s.

Em 2008, as securitizações latino-americanas atingiram US$ 19,5 bilhões, 2% a mais que o registrado em 2007. Com 38,4% do mercado latino-americano, o Brasil registrou um aumento de 3% nas emissões em 2008, que somaram US$ 11,1 bilhões. (págs. 1 e B3)

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Estado de Minas

Manchete: O'fantasma' do castelo em apuros
Além de omitir imóvel suntuoso em declaração de bens, o deputado federal Edmar Moreira (DEM-MG) é alvo de processos por sonegar contribuição ao INSS recolhida de empregados. Teria de pagar R$ 45 milhões à Previdência. Até seu próprio partido faz pressão para que Edmar renuncie à Corregedoria da Câmara. Mas ele se recusa a deixar o cargo.

Vizinhos têm medo de falar sobre o que ocorre no palácio. (págs. 1, 3 e Editorial 'Corregedor do Castelo' na 8)

Juro de banco é até 111 vezes maior que o do BC
Levantamento do Banco Central mostra que os juros cobrados pelos bancos no empréstimo pessoal chegam a 1.417% ao ano, enquanto a taxa básica da economia está em 12,75%. Para aumentar a concorrência no setor, o BC passa a informar na internet as taxas médias de todas as instituições financeiras do país. (págs. 1 e 11)

Um socorro de R$ 36 bilhões
Banco Central vai emprestar dinheiro a empresas que tenham dívidas no exterior com vencimento até dezembro. Meta é beneficiar 4 mil companhias.(págs. 1 e 13)

Supremo: Réu só pode ser preso após condenação final
Decisão do STF por 7 votos a 4, em julgamento do processo de um agricultor de Minas, garante a liberdade até esgotadas as possibilidades de recurso. A exceção é a prisão preventiva ou temporária decretada por juiz. O ministro Joaquim Barbosa, um dos que votaram contra, criticou a medida e chamou de “faz-de-conta” o sistema penal do país. (págs. 1 e 10)

Que tal ganhar R$ 10,9 mil?
É o salário inicial da carreira de diplomata. O Itamaraty abriu concurso para preencher 105 vagas. Para concorrer, basta ter curso superior em qualquer área.(págs. 1 e 14)

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Jornal do Commercio

Manchete: Pane no Detran
Vírus atacou o sistema de informática. O problema começou na segunda-feira, deixando os serviços lentos, e ontem à tarde todos os atendimentos acabaram suspensos. Foram afetadas a sede do órgão e 87 unidades espalhadas pelo Estado. (pág.1)

Corregedor da Câmara é dono de um castelo (pág.1)

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