O Globo
Manchete: Lula teve em 2009 primeiro PIB negativo desde Collor
Recessão mostra que não houve ‘marolinha’. Investimento caiu 9,9%
A economia brasileira registrou queda de 0,2% em 2009, no primeiro resultado negativo para o Produto interno Bruto (PIB) desde 1992, quando o pais amargou uma das piores recessões da história, após o fracasso do Plano Collor. O resultado, divulgado ontem pelo IBGE, mostrou que a crise global não foi apenas uma "marolinha", como chegou a prever o presidente Lula em outubro de 2008. Mas o recuo do PIB também ficou bem abaixo do que previam os analistas no início do ano passado. Eles chegaram a apostar em retração de 3%. Já no investimento houve grande queda: 9,9%. Pelo sexto ano, o consumo das famílias impulsionou a economia. (págs. 1 e 25 a 30)
Economia já cresce em ritmo forte
Apesar do resultado no ano, a economia brasileira cresceu 2% entre outubro e dezembro, o que levou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a afirmar que 2009 fechou com "chave de ouro". A taxas anualizadas, esse é um crescimento que chega a 8,2%, num ritmo quase chinês. A indústria, que levou o grande tombo no acumulado do ano, com corte de investimentos e empregos, também voltou a se recuperar e teve expansão de 4% no último trimestre.
Merval Pereira
No ranking da República, os PIBs de Lula e de FH são igualmente medíocres. (págs. 1 e 4)
Míriam Leitão
O que mais incomoda é a incapacidade de manter o ritmo de crescimento. (págs. 1 e 26)
Deputados 'ajudaram' Rio a perder
A aprovação da emenda que redistribui royalties do petróleo e tira R$ 7 bi do Rio gerou protestos nas rodovias do estado. A derrota contou com a "ajuda" de parlamentares fluminenses que faltaram à votação, como o deputado Rodrigo Maia, do DEM, que estava na Alemanha. (págs. 1, 32, editorial "lastimável" e Cartas dos leitores)
Foto legenda: Boneco de Ibsen Pinheiro, com uma faixa na qual se lê "Demagogo e anão do Orçamento", bloqueia a BR-101 na altura de Campos
Foto legenda: Petróleo derramado: Cabral chora
Apagão, medo e caos no Centro
Pelo terceiro dia consecutivo, uma parte do Centro do Rio ficou às escuras ontem, com novo apagão. Desta vez foram oito horas e meia sem energia elétrica. Pessoas ficaram presas em elevadores por mais de quatro horas e portadores de deficiência tiveram que enfrentar as escadas. O Detran ficou paralisado. (págs. 1, 15 e 16)
Dissidente cubano vai para UTI
Em greve de fome, Guillermo Fariñas foi internado ontem na UTI. O Parlamento Europeu e os EUA condenaram Cuba. O presidente Lula, enfim, recebeu a carta dos dissidentes. Mas ainda não a leu. (págs. 1 e 34)
STM exonera coronel só por ser gay
Um dia após o Senado confirmar no STM o general que condenou a presença de gays nas Forças Armadas, o tribunal exonerou um coronel que teve relação sexual com soldado. (págs. 1 e 10)
Piñera assume em meio a terremoto
Três fortes tremores assustaram autoridades que assistiam à posse do presidente do Chile, Sebastián Piñera. Um alerta de tsunami foi emitido e convidados tiveram que ser retirados rapidamente do Congresso após a cerimônia. (págs. 1 e 33)
Foto legenda: Os presidentes Lugo e Correa se assustam com o novo tremor
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Folha de S. Paulo
Manchete: Brasil teve o pior PIB em 17 anos
O Produto Interno Bruto, que mede produção e renda nacionais, foi de -0,2% no ano passado, segundo números fechados do IBGE. É a primeira variação negativa desde 1992, ano do processo de impeachment contra o então presidente Fernando Collor e de inflação na casa dos 20% mensais.
Embora com sinal negativo, o resultado de 2009, também o pior da gestão Lula, é encarado mais como estagnação do que como encolhimento. "Variações entre mais meio ponto e menos meio ponto são equivalentes a zero", afirma Rebeca Palis, do IEGE. A avaliação é compartilhada pelo mercado.
A crise global no final de 2008, que restringiu investimentos, afetou a indústria e desacelerou o consumo, é apontada como responsável pelo resultado do PIB. Desde o final de 2009, porém, o cenário mudou: para analistas, a economia está aquecida e crescendo num ritmo de 5% a 6% ao ano. (págs. 1 e Dinheiro)
Índex/PIB
Vinicius Torres Freire
Brasil consome demais e se descuida de pensar no futuro (págs. 1 e B4)
L.C. Mendonça de Barros
Recuperação no 2º trimestre foi mais rápida que a queda (págs. 1 e B2)
Fernando Sampaio
Investimento deve prosseguir, mas alta do PIB arrefecerá (págs. 1 e B3)
Novo abalo causa susto em posse no Chile
A posse do novo presidente do Chile, Sebastián Piñera, foi marcada por um terremoto de magnitude 6,9, relata Silvana Arantes, enviada especial a Valparaíso.
O tremor ocorreu 20 minutos antes da transmissão da faixa presidencial. Houve alerta de tsunami na cidade em que ocorria a cerimônia, sede do Congresso.
O abalo foi um dos mais fortes tremores secundários no Chile desde o terremoto de magnitude 8,8 do dia 27, que causou aproximadamente 500 mortes.
Piñera anunciou a concessão de bônus de US$ 80 a cada filho dos que tiveram perdas materiais com o terremoto como uma de suas primeiras medidas. (págs. 1 e A14)
Foto legenda: Os presidentes Evo Morales, da Bolívia, e Fernando Lugo, do Paraguai, logo depois do tremor durante a posse de Piñera
Fisco investiga 8.000 pessoas por indícios de sonegação
A Receita selecionou um grupo de 8.000 pessoas físicas que serão "profundamente" investigadas neste ano por indícios de sonegação. A ação deverá resultar em um volume de autuações equivalente a R$ 6 bilhões, informa Julianna Sofia.
Batizada de Quebra-Cabeça, a operação envolve grandes contribuintes que devem, em média, R$ 350 mil ao fisco. Os primeiros 2.000 suspeitos serão investigados até abril. (págs. 1 e B12)
Governadores põem até obra inexistente em inaugurações
A exemplo dos pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), os governadores que deixarão os cargos até 2 de abril para disputar o Senado também correm para inaugurar "obras" - muitas inexistentes até no papel - para se promoverem.
Em todo o país, são pelo menos 160 eventos marcados até a desincompatibilização. Os governos negam que as inaugurações tenham caráter eleitoral. (págs. 1 e A4)
Cabral chora por divisão de receita do petróleo no RJ
O governador do Rio, Sérgio Cabral, exaltou-se e chorou ao falar sobre a aprovação na Câmara da emenda que revê a distribuição da receita advinda do petróleo.
Cabral chamou a emenda de "linchamento" e disse que o Estado do Rio perderá quase R$ 5 bilhões. A prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, liderou protesto que fechou a BR-101. (págs. 1 e B10)
Sabesp esquece sua campanha contra dengue
Vistoria da Vigilância Ambiental da gestão Kassab encontrou duas vezes larvas do mosquito da dengue em estação de tratamento na zona sul do município de São Paulo. A Sabesp, estatal do governo Serra responsável pelo abastecimento de água no Estado e que faz ações educativas contra a doença, disse ter tomado providências imediatamente. (págs. 1 e C3)
Editoriais
Leia "Maquetes e comícios", sobre inaugurações eleitorais; e "Apagão do Enem", acerca do cancelamento do exame. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: PIB cai 0,2% em 2009, mas já cresce como antes da crise
Embora resultado seja o pior desde 92, alta de 2% no final do ano indica retomada
O PIB brasileiro caiu 0,2% em 2009, o pior resultado desde 1992, no final do governo Collor, quando houve recuo de 0,5%. O PIB do último trimestre, por outro lado, cresceu 2% ante o trimestre anterior, sinalizando forte recuperação para este ano. O ritmo de crescimento já retornou aos patamares do terceiro trimestre de 2008 - antes da crise global. Os resultados, divulgados pelo IBGE, indicam queda de 5,5% na indústria e de 9,9% nos investimentos. No geral, porém, a queda do PIB representa estagnação, já que está próxima de zero. Comparando-se a países de economia relevante, o Brasil figura entre os de melhor performance. Além disso, o consumo das famílias continuou a crescer, com expansão de 4,1%. (págs. 1, B1 e B3 a B7)
Análise: Celso Ming
Alguém terá de pisar no freio
O avanço relativamente baixo do investimento pode fazer falta à medida que o consumo interno continuar seguindo à frente da produção. (págs. 1 e B2)
Serra decide anunciar candidatura após Páscoa
O tucano José Serra planeja deixar o governo paulista no fim do mês, mas seu lançamento à Presidência será realizado só após a Semana Santa. A estratégia é não dividir os holofotes com Dilma Rousseff (PT), que apresentará o PAC 2 em 29 de março. O PSDB quer capitalizar o lançamento de Serra em várias etapas, para compensar o desgaste causado pela demora na definição. O anúncio será em Brasília, com tucanos de todo o País, para mostrar unidade. (págs. 1 e A4)
Brasil recusa ideia da AIEA sobre venda de urânio
O ministro Nelson Jobim (Defesa) disse na Índia que o governo brasileiro recusará o protocolo da AIEA (agência nuclear da ONU) que amplia a fiscalização das usinas dos países que vendem urânio, caso do Brasil. Promovido pelos EUA para dar mais poderes aos inspetores da AIEA, o protocolo adicional é "invasivo", disse Jobim. (págs. 1 e A17)
Emenda dos royalties 'lincha o Rio', acusa Cabral
O governador Sérgio Cabral disse que a Câmara fez um "linchamento do Rio" ao aprovar a redistribuição dos royalties do petróleo. Se validada pelo Senado, a emenda tirará do Estado R$ 7,2 bilhões por ano. Durante aula inaugural na PUC do Rio, Cabral foi às lágrimas e se queixou da "irresponsabilidade" dos deputados, mas disse confiar no veto presidencial. Segundo senador Romero Jucá, Lula demonstrou preocupação com a aprovação da regra. (págs. 1 e B9)
Foto legenda: Cuba: Dissidente é internado
Inconsciente, Guillermo Fariñas é levado a hospital: dissidente está em greve de fome há 16 dias pela libertação de presos políticos. (págs. 1 e A16)
Terremoto no Chile causa susto na posse de Piñera
Um terremoto de 6,9 graus atingiu ontem o Chile, durante a cerimônia de posse do presidente Sebastián Piñera. O abalo, que espalhou pânico pelo país, preocupou as autoridades presentes à posse, em Valparaíso. Houve temor de que o teto do Congresso desabasse. (págs. 1 e A14)
Frase
Sebastián Piñera - Presidente do Chile
"Não seremos o governo do terremoto, mas da reconstrução"
Medicina popular: Regulamentado uso de planta medicinal
Anvisa divulga orientações sobre quando e como usar as receitas. (págs. 1 e A18)
Notas e Informações: O Brasil pós-crise
O pior efeito da crise foi a queda nos investimentos. O País aplicou muito menos que o necessário para modernizar a capacidade produtiva. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Pré-sal: Cabral: ‘Foi um linchamento contra o Rio’
Reação à decisão da Câmara que retira R$ 5 bi do estado, revolta governador e gera protestos
A aprovação da emenda que altera a divisão dos royalties da exploração de petróleo, retirando do estado do Rio em torno de R$ 5 bilhões, revoltou autoridades e a população. Em campos, moradores fecharam a BR-101, queimando pneus na via. O governador Sérgio Cabral foi às lágrimas em uma palestra para universitários e definiu: “Foi um linchamento contra o Rio”. Outras autoridades preveem prejuízos à realização da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. (págs. 1 e País A5 a A8)
Vinícolas brasileiras apostam nos EUA
Clientes de churrascarias brasileiras nos Estados Unidos serão estimulados por meio da oferta de ingressos para provas da Fórmula Indy, ao consumo de vinhos brasileiros. Quarenta vinícolas do país esperam elevar o faturamento em exportações de US$ 430 mil, em 2009, para US$ 1 milhão, ainda este ano. (págs. 1 e Economia A17)
Brasil tem PIB negativo, mas é o 4° entre emergentes
A recuperação do mercado interno permitiu que a economia brasileira encerrasse 2009 com o quarto melhor desempenho entre 18 países emergentes pesquisados pelo IBGE. Apesar da retração de 0,2% do PIB, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, festejou o ano fechado "com chave de ouro". (págs. 1 e Tema do dia A2 a A4)
Piñera toma posse com novo tremor
Faltavam poucos minutos para a posse de Sebástian Piñera como presidente do Chile quando três tremores, em 20 minutos, seguidos de alarme de tsunami, foram sentidos. Os abalos, de grande intensidade - 7,2; 6,9; e 6 graus - causaram mais danos no sul de Santiago. (págs. 1 e Internacional A20)
Japão: sashimi não sai da mesa
O Japão, mundialmente conhecido por seu sashimi, disse ontem que ficará inflexível ante os esforços globais para salvar o atum vermelho, ameaçado de extinção. A exemplo do que acontece com as baleias, comerciantes japoneses prometeram ignorar as cada vez mais numerosas propostas de interrupção do comércio do peixe. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)
Apagão, de novo, atinge o Centro
Um blecaute voltou a causar transtornos e prejuízos no centro comercial e financeiro do Rio. Enquanto operários da Light tentavam pôr fim ao apagão, comerciantes contabilizavam as perdas, e funcionários de companhias como o Detran buscavam maneiras de driblar a falta de energia e o forte calor. (págs. 1 e Cidade A12 e A13)
Coisas da política
É hora de usar a bússola da prudência. (págs. 1 e A2)
Informe JB
O dono do cofre e o prejuízo com o pré-sal. (págs. 1 e A4)
Anna Ramalho
A gripe suína e os médicos do contra. (págs. 1 e A16)
Editorial
A política pública e o acerto das UPAs. (págs. 1 e A10)
Sociedade Aberta
Gustavo Grisa
Economista
O Chile e a hora de reconstruir as cidades. (págs. 1 e A11)
Sociedade Aberta
Arnaldo Niskler
Presidente do CIEE/Rio
ESG debate educação de qualidade. (págs. 1 e A11)
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Correio Braziliense
Manchete: STF afasta distritais da votação do impeachment
O Supremo Tribunal Federal manteve decisão da Justiça brasiliense e afastou os distritais citados na Operação Caixa de Pandora do processo de impeachment contra o governador José Roberto Arruda na Câmara Legislativa. À alegação de que o afastamento “violaria os direitos políticos” dos investigados, o presidente do STF, Gilmar Mendes, responde: “O que não se admite é a participação de parlamentar que tenha interesse pessoal e direto no resultado do julgamento”. Suplente de distrital preso há um mês na Papuda, Geraldo Naves foi expulso sumariamente do Democratas. Com a decisão, ele está impedido de concorrer às eleições de outubro. O governador Arruda ficou por duas horas fora da PF e passou por uma ressonância magnética para verificar o inchaço no tornozelo direito. Exames de sangue e de urina revelam que ele está saudável. (págs. 1, 29 e 30)
Marcha à ré: PIB é o pior desde o governo Collor
A crise mundial provocou um abalo na economia brasileira muito maior do que a “marolinha” prevista pelo presidente Lula. O Produto Interno Bruto (PIB) registrou queda de 0,2% em 2009, pior índice desde 1992. Mas economistas sinalizam recuperação e preveem crescimento de 2,7%. (págs. 1, 12 e 13)
Imposto de Renda: Receita vai fisgar lucros na bolsa
Mais de 1.300 contribuintes terão de explicar à Receita os rendimentos obtidos com aplicações em bolsas de valores. A Operação Quebra-Cabeça pretende recuperar, até o fim do ano, R$ 6 bilhões de imposto não pago por grandes operadores do mercado financeiro. (págs. 1 e 14)
Seu bolso: IPVA começa a ser pago em abril
A primeira parcela do imposto sobre a propriedade de veículos vence de 1º a 19 de abril. No caso de pagamento integral, há um desconto de 5%. Na média, os valores ficaram 13% abaixo do cobrado em 2009, mas motoristas reclamam da cotação dos automóveis fixada pelo governo. (págs. 1 e 33)
Chile: Tremores abalam a posse de Piñera
Fortes réplicas do terremoto que destruiu o país em 27 de fevereiro levaram pânico ontem aos chefes de Estado convidados para a cerimônia que marcou o início do governo do presidente Sebastian Piñera, em Valparaíso. O alerta de tsunami chegou a ser acionado. (págs. 1 e 24)
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Valor Econômico
Manchete: União busca novas fontes de recursos para o BNDES
O governo busca uma solução estrutural para prover recursos ao BNDES, instituição crucial no financiamento dos grandes projetos estratégicos de longo prazo, como hidrelétricas, exploração de petróleo e trem-bala. O Ministério da Fazenda e a diretoria do banco discutem a possibilidade de o próprio BNDES fazer captações no mercado doméstico, por meio de debêntures, assumindo um endividamento hoje a cargo do Tesouro Nacional.
Uma das hipóteses seria autorizar o BNDES a emitir Letras Financeiras, instrumento recém-criado para permitir que os bancos façam captações a prazos mais longos, que não inclui o banco de desenvolvimento. Outra opção seria captar por meio do BNDESpar, que já emite debêntures. (págs. 1 e C3)
EUA criticam produção de cana no Brasil
O Departamento de Estado americano faz quatro menções negativas à produção de cana-de-açúcar no Brasil em seu relatório anual sobre direitos humanos, o que tende a prejudicar os esforços da indústria de etanol para derrubar as barreiras tarifárias para exportar o produto aos EUA. A produção de cana aparece associada ao trabalho escravo, trabalho infantil e à repressão ao movimento sindical. São duas menções ao problema do trabalho escravo, uma de forma genérica e uma referência indireta, sem citar o nome, à Cosan. A produção de café e de algodão desapareceram do relatório. (págs. 1 e B16)
PIB do 4º trimestre mostra forte expansão
A economia brasileira cresceu 2% no último trimestre de 2009, acompanhada por uma forte alta de 6,6% no ritmo dos investimentos. O consumo das famílias, depois de encerrar o terceiro trimestre de 2009 acima de 10% ao ano, teve alta de 1,9% sobre o trimestre anterior, a uma taxa anualizada de 8,2%. Com isso, pela primeira vez desde meados de 2007, o consumo evoluiu abaixo do crescimento do PIB.
Alguns analistas consideram esse ritmo de crescimento ainda insustentável. Para Fernando Rocha, sócio da JGP Gestão de Recursos, os investimentos estão "atrasados". "As empresas viram que o consumo disparou e passaram a correr atrás", avalia. Em 2010, diz Rocha, o BC tem de atentar para o descompasso entre oferta e demanda, que deve fazer a inflação superar o centro da meta de 4,5%. Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores, é mais otimista: o consumo continuará a desacelerar e as importações vão conter eventuais pressões inflacionárias.
Em 2009, o PIB brasileiro encolheu 0,2%, interrompendo 16 anos consecutivos de crescimento - segundo maior ciclo de alta em cem anos. (págs. 1, A3 e A4)
Justiça exige autocensura do Google
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou liminar concedida pela Justiça estadual de Rondônia que obriga o Google, dono do Orkut, a fazer o controle prévio dos textos publicados no site de relacionamento. Agora, a empresa terá de provar em primeira instância a alegação de que o cumprimento da exigência é tecnicamente impossível, já que não há interferência do provedor nos textos dos usuários. Segundo a diretora jurídica do Google, Fabiana Siviero, a única medida possível, e já adotada, é a retirada posterior das páginas. (págs. 1 e E1)
Piñera assume no Chile com plano oposto ao da campanha
Sebastián Piñera tomou posse ontem como presidente do Chile tendo de contrariar duas prioridades de sua campanha. Diferentemente da contenção de gastos prometida, terá que aumentá-los para a reconstrução do país depois do terremoto de 27 de fevereiro. E em vez de aprofundar as já boas relações comerciais com a Ásia e os EUA, deve mesmo é se ver envolvido cada vez mais com empresas brasileiras, muito bem posicionadas para participar das obras de reconstrução do país.
O governo chileno estima que a recuperação da infraestrutura custará aos cofres públicos US$ 1,2 bilhão. São ao menos 100 km de estradas a serem recuperadas, 40 pontes e obras de saneamento e distribuição de água em todo o país. Esse cálculo não inclui a reparação de prédios públicos e portos. (págs. 1 e A16)
Nortel do Brasil pede autofalência
Em decisão incomum no Brasil, a canadense Nortel Network Telecomunicações pediu sua autofalência nesta semana à Justiça paulista. A companhia já foi uma das maiores fornecedoras de redes de telecomunicações, mas com um passivo de R$ 700 milhões e sem produtos para oferecer aos clientes, optou pela falência, após constatar que uma recuperação judicial não seria suficiente para garantir a reabilitação. A empresa deve R$ 400 milhões à matriz, o restante está dividido entre fornecedores, dívidas tributárias e trabalhistas. (págs. 1 e B1)
Pré-sal pode reverter baixo crescimento de produção e reservas da BP (págs. 1 e B13)
Arquitetura se aquece com investimentos recordes na construção (págs. 1 e EU& Fim de Semana)
Adobe vai à luta
Sucesso dos programas da Adobe, como Acrobat e Photoshop, atrai a atenção de concorrentes como Apple, Google e Microsoft. Mas a disputa não assusta o vice-presente para as Américas, John McGee. (págs. 1 e B2)
Expansão além-mar
Após aquisição da GPTI, da área de tecnologia da informação, a Dedic, divisão de call center do grupo Portugal Telecom, prepara ofensiva no setor financeiro em Portugal e na África. (págs. 1 e B3)
Demanda aquecida
A venda de papelão ondulado acima do previsto no primeiro bimestre, com recorde em fevereiro, faz o setor revisar a projeção de crescimento em 2010, que deve chegar a 8%. (págs. 1 e B7)
Reorganização energética
A Odebrecht vai reunir seus investimentos na área de energia em uma nova empresa, a Odebrecht Energia, que será comandada por Henrique Valadares. (págs. 1 e B7)
Abalo nas cerâmicas
Fabricantes de cerâmicas do polo de Campo Largo (PR) enfrentam tempos difíceis com a concorrência chinesa. Em recuperação judicial, a Schmidt, uma das mais tradicionais do setor, enfrentou greve por atraso de salários. (págs. 1 e B8)
Concentração no campo
O valor bruto da produção (VBP) agrícola brasileira deve encerrar o ano com a maior concentração da década. Soja, cana, milho e café vão representar 63,8% dos R$ 102,6 bilhões totais. (págs. 1 e B15)
Reforço genético
A internacionalização dos frigoríficos e o aumento da demanda global pela carne bovina brasileira fazem crescer a importação de sêmen para atender o crescimento do mercado de genética. (págs. 1 e B16)
Ideias
Claudia Safatle: há dúvidas sobre a intensidade do crescimento atual. (págs. 1 e A2)
Ideias
Dani Rodrik: imposto mundial sobre transações financeiras ganha força. (págs. 1 e A15)
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Estado de Minas
Manchete: Homossexual que vive com servidor de MG terá pensão (pág. 1)
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Jornal do Commercio
Manchete: Sob ameaça, cunhada da alemã chega ao Recife
Filha de Delma Freire e irmã de Pablo Tonelli, Roberta foi recebida pela polícia, ontem, e terá apoio de programa de proteção a testemunhas (pág. 1)
Novos tremores ofuscam posse no Chile (pág. 1)
Imóveis afetados por abalos em Alagoinhas vão ser recuperados (pág. 1)
Economia do Brasil sofreu queda menor que a de outros países (pág. 1)
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