O Globo
Manchete: Rio terá de gastar R$ 7 bi para melhorar transporte
Mesmo sem trem-bala, estado precisará de mais de 1 bi por ano até 2016
Depois de seis décadas com investimentos insuficientes, o Rio agora terá de gastar cerca de R$ 7 bilhões para dotar a cidade de urna rede viária e de transportes de massa eficiente até a abertura das Olimpíadas em 2016. A conta, que não inclui o trem-bala entre Rio e São Paulo, pode aumentar, mas já significa mais de R$ 1 bilhão por ano. Os principais projetos são a expansão do metrô (R$ 4 bilhões), o corredor expresso para ônibus, Barra-Madureira (R$ 1 bilhão) e um viaduto ligando a Perimetral à Linha Vermelha (R$ 37 milhões). As obras serão feitas em parcerias público-privadas, com recursos da prefeitura e dos governos federal e do estado. Especialistas em transportes afirmam que é possível executar os projetos, mas confirmam que é grande o atraso. "Tradicionalmente os governos investem menos de 2% na infraestrutura de transportes", diz o engenheiro Mário Queiroz. (págs. 1 e 8)
Mortos no terremoto do Haiti já chegam a 150 mil
Países doadores se reúnem para planejar reconstrução
O governo do Haiti anunciou ontem que o número de corpos enterrados em fossas coletivas, 12 dias após o terremoto que devastou a capital, Porto Príncipe, já alcança 150 mil. Hoje, chanceleres de vários países e representantes da ONU e da OEA realizam uma reunião de emergência em Montreal no Canadá, para começarem a reconstrução do Haiti. Na principal favela de Porto Príncipe, Cité Soleil, militares brasileiros e americanos fizeram uma operação conjunta de distribuição de alimentos e água aos desabrigados. Os dois comandantes negaram divergências. (págs. 1, 18 e 19)
PT e PMDB serão fiscais dos fundos
Criada para fiscalizar o bilionário setor dos fundos de pensão que movimenta R$ 460 bilhões, a nova Superintendência Nacional de Previdência Complementar terá o comando do PT e do PMDB. A agência reguladora será instalada amanhã pelo presidente Lula. (págs. 1 e 3)
Chávez tira do ar TV que cortou seu discurso
O canal a cabo independente venezuelano RCTV foi tirado do ar, ontem, junto com outras 5 emissoras, por, segundo as autoridades, descumprir a legislação. No sábado, o RCTV não transmitiu a íntegra de um discurso do presidente Hugo Chávez. (págs. 1 e 20)
Charge Chico: Tática de guerrilha
- Querem Serra, terão Guerra: Sérgio Guerra, manda bala! (pág. 1 )
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Folha de S. Paulo
Manchete: Câmara usa gasto secreto com doador
Cruzamento mostra dez casos de deputados que pagaram com verba pública a financiadores de campanha
Levantamento inédito feito pela Folha mostra que empresas que fizeram doações eleitorais receberam recursos públicos destinados pelos mesmos deputados que ajudaram a eleger. Foram cruzados a lista de doadores nas campanhas de 2006 e 2008 e os gastos secretos da verba indenizatória, que custeia despesas relacionadas à atividade parlamentar. Levando em conta os deputados que receberam maiores doações, existem pelo menos dez casos em que a empresa doadora foi contratada pelo congressista para quem contribuiu. O número de empresas que são tanto beneficiárias da verba indenizatória como doadoras de campanha representa cerca de 10% das que emitiram notas para os deputados no período. Os deputados ouvidos pela Folha negaram irregularidade nos gastos. (págs. 1 e A6)
Fernando Rodrigues
Transparência em doações não agrada a tucanos e petistas
O Tribunal Superior Eleitoral quer obrigar os partidos a detalhar quanto cada empresa doou exatamente a cada candidato. Os políticos já gritaram. As duas forças hegemônicas, PSDB e PT, dominam a tecnologia de arrecadar fundos eleitorais e não têm o menor interesse em alterar o modelo. (págs. 1 e A2)
Especial - São Paulo 456 anos
Cidade nasceu e cresceu entre rios, mas hoje despreza o Tietê. (págs. 1 a 6)
A primeira viagem pelos trilhos da Linha 4, que abre em março. (págs. 1 e 12)
Shows são ponto alto da programação de aniversário. (págs. 1 e 13)
Foto-legenda: Chovendo no molhado
Funcionário tenta tirar água que invadiu saguão de hotel na rua Amaral Gurgel (centro de SP) após chuva de ontem, que também provocou transbordamento do córrego Ipiranga (zona sul); na madrugada, a queda de uma barreira interditou a Fernão Dias. (págs. 1 e C3)
Contaminação atinge 70% de rios no litoral
Levantamento da Cetesb aponta que 70% de 600 rios e riachos analisados no litoral do Estado de São Paulo levam muito esgoto doméstico para o oceano Atlântico e oferecem riscos à saúde.
As cidades com pior qualidade de água são Mongaguá e Praia Grande (98% dos rios contaminados), seguidas por Santos (87%). (págs. 1 e C3)
Chávez suspende transmissões de emissora que critica governo
Canal a cabo RCTV recusou-se a transmitir discurso do presidente da Venezuela; medida acirra tensão política em meio à crise econômica. (págs. 1 e A16)
Novo chefe de missão da ONU no Haiti pede mais planejamento
Edmond Mulet disse que aprova o papel dos EUA em assistência humanitária; número de mortos no terremoto já supera os 150 mil, diz o governo. (págs. 1 e A12)
Editoriais
Leia "O ranking da Unesco", sobre educação no país; e "Cartão esquecido", acerca de cadastramento no SUS. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Chávez tira do ar seis canais de televisão
Emissoras são punidas por não cumprirem a ordem de transmitir discurso presidencial
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, determinou a suspensão do sinal da Rádio Caracas Televisão (RCTV) pelo fato de a emissora ter se negado a transmitir, em rede nacional, discurso do governante no sábado. A desobediência da RCTV serviu de pretexto para punir outros cinco canais a cabo, cujos programas sumiram da grade das operadoras. Não é a primeira vez que a RCTV é silenciada. Em maio de 2007, o governo proibiu-a de usar o sinal aberto. A emissora passou então a transmitir por cabo, mantendo seus índices de audiência. Reações contra as medidas oficiais dominaram 11 programação de ontem da Globovisión, emissora já ameaçada anteriormente e que pode ser alvo de novas represálias. Segundo analistas, a atual ofensiva chavista visa atingir a "hegemonia comunicacional", ou seja, controle sobre 75% das mídias do país. (págs. 1 e A16)
Especial - São Paulo 456 anos
No aniversário da cidade, caderno comemorativo retrata o multiculturalismo paulistano a partir de 25 histórias, como a da grafiteira Tatiana Garrido. São trajetórias que se interligam, numa narrativa, em que um personagem leva a outro. (pág. 1)
Foto-legenda: Avenida submersa
A chuva castigou outra vez a capital paulista ontem. Onze pontos de alagamento foram registrados. Na Avenida 9 de Julho, a força da água rompeu o asfalto. (págs. 1 e C6)
Brasil quer mudar missão no Haiti
Jobim diz que País proporá à ONU nova regra para facilitar reconstrução
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu ontem em Jerusalém uma mudança de status da missão da ONU no Haiti, chefiada pelo Brasil. Para Jobim, em vez de fazer apenas a manutenção da segurança, a missão deveria assumir a reconstrução do país. A mesma ideia, embora não apresentada oficialmente pelo governo brasileiro, foi defendida pelo chanceler Celso Amorim em Porto Príncipe. (págs. 1 e A10)
Generais expõem divergência em ação conjunta
Operação conjunta para distribuição de comida na favela Cité Soleil deixou claro o racha entre tropas brasileiras e americanas, relata Leandro Colon. Os EUA não têm prazo para deixar o país. (págs. 1 e A10)
Mercado já enfrenta falta de mão de obra
O mercado de trabalho brasileiro volta a sofrer com a falta de mão de obra qualificada. Superada a crise, empresas, comércio e serviços agora têm dificuldade para preencher vagas. O número de brasileiros empregados já é maior do que no fim de 2008, e estima-se que o País precisará treinar 15 milhões de pessoas até 2015. (págs. 1, B1 e B3)
Dirceu tem apoio até para cúpula do PT
Indicado para o novo Diretório Nacional do PT, o ex-ministro José Dirceu vem recebendo apoio para integrar a Executiva Nacional, principal esfera dirigente do partido. Réu no processo do mensalão, ele tem dito que prefere não se expor. (págs. 1 e A4)
Imóveis: Em vigor a nova Lei do Inquilinato
Mudança torna mais fácil despejo de inquilinos inadimplentes. (págs. 1 e B7)
Pós-graduação: MBA na China atrai brasileiros
Cursos são ministrados em inglês e estão entre os melhores. (págs. 1 e A22)
Obama versus bancos
Medidas para disciplinar os bancos reforçam o aperto, mas estimulam uma reação mais dura das instituições. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Funai terceiriza o contato com índio
Indigenistas acusam ONGs de favorecimento
Organizações não governamentais vem agindo em aldeias indígenas através de terceirização concedida pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Até mesmo o contato e a proteção a índios isolados, ações tradicionalmente restritas a profissionais da Funai, viraram função de ONGs como o Centro de Trabalho Indígena. Sertanistas e indigenistas acusam as ONGs de utilizar a proximidade com a fundação para captar parceiros e dinheiro no exterior. A Funai diz que os convênios são legais e transparentes. (págs. 1, A4 e A5)
Haiti: Terremoto transforma a história em ruínas
Destruído pelo terremoto, o Haiti chora pelos mortos e também pela perda de seu patrimônio cultural. Símbolos de uma história de lutas foram ao chão. O Palácio Nacional, orgulho dos haitianos, guardava peças de arte que, hoje, ninguém sabe onde estão. Sismos também abalam a história. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)
Mídias: paixão da juventude
Crianças e jovem com idades entre 8 e 18 anos acumulam, em média, 11 horas de uso de diferentes mídias diariamente, segundo estudo realizado pela Fundação Kaiser Family, dos EUA. O número de horas seria ainda maior, pois a pesquisa não computou a utilização do Twitter, que virou uma febre mundial. (págs. 1 e A24)
Acidentes geram multa a empresas
Com objetivo de reduzir os custos com indenizações e aposentadorias especiais, a Previdência Social começou a multar este mês as empresas com alto índice de acidentes de trabalho. O valor a ser pago como Fator Acidentário de Prevenção vai diminuir ou aumentar conforme o número de acidentes em cada companhia. (págs. 1 e A18)
Coisas da política
Os dois mundos do presidente Lula. (págs. 1 e A2)
Hildegard Angel
José Alencar: fé que vale um prêmio. (págs. 1 e B5)
Negócios & Propaganda
Seis agências para vender a 'cara' do Brasil. (págs. 1 e A19)
Editorial
A difícil integração pelo Mercosul. (págs. 1 e A10)
Sociedade Aberta
Bayard do Coutto Boiteux
Diretor de turismo
O Brasil e os EUA na reconstrução do Haiti. (págs. 1 e A3)
Sociedade Aberta
Roberta Duboc Pedrinha
Advogada
Chacina de Copa, nunca mais. (págs. 1 e A16)
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Correio Braziliense
Manchete: Mais um adolescente desaparece em Luziânia
Márcio Luiz de Souza Lopes saiu de casa na sexta-feira, por volta das 17h30, montado em sua bicicleta azul. Desde então, a família não tem notícias dele. Ajudante de serralheiro, o rapaz de 19 anos é o único maior de idade entre os seis jovens que sumiram do bairro Parque Estrela Dalva nos últimos 25 dias. (págs. 1 e 21)
Lula empaca os quilombos
No governo do PT, a regularização das terras quilombolas não avançou em relação à gestão de FHC. Hoje, o número de áreas tituladas é 400% inferior ao normalizado na administração tucana. (págs. 1 e 6)
Foto legenda: Os descendentes de escravos Cândido e Moacir sonham com direitos básicos, como o acesso à luz elétrica
Mil flanelinhas trabalham fora da lei no DF (págs. 1, 19 e 20)
Haiti reza por seus 150 mil mortos
Sobreviventes do terremoto se aglomeram em igrejas e ao redor das ruínas
Doze dias após o desastre, equipes de vários países seguem em busca de sobreviventes. Até ontem, 133 pessoas haviam sido resgatadas dos destroços. O número de mortos, no entanto, é mil vezes maior. Fuzileiros navais brasileiros já distribuíram mais de 10 toneladas de alimentos e 25 mil litros de água. (págs. 1, 12 e 13)
Jovem foi salvo por refrigerante
Wismond Exantus, o haitiano de 24 anos que passou 11 dias sob os escombros de um hotel, manteve-se vivo porque ficou preso em um vão onde havia Coca-Cola e "algumas coisinhas" para comer. (pág. 1)
Maternidade: Licença de seis meses entra em vigor
Empresários do setor privado podem aderir a partir de hoje ao Programa Empresa Cidadã, que permite o aumento do período de licença-maternidade de quatro para cinco ou seis meses. (págs. 1 e 9)
Números do PAC seguem a tabuada do Planalto (págs. 1 e 2)
Carta em mãos da PF levanta suspeita sobre governo Roriz (págs. 1 e 27)
Anatel pode acabar com o bloqueio de celulares (págs. 1 e 9)
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Valor Econômico
Manchete: Busca de crédito se mantém e indica intenção de investir
A demanda por crédito para investimento, que começou a se recuperar no pós-crise a partir de outubro, continua forte em janeiro. A tendência surpreendeu os bancos, porque janeiro costuma ser um mês de queda de negócios, em razão das férias. O Banco do Brasil, líder em repasse de recursos do BNDES, aprovou 45 projetos de médio e grande porte nos primeiros 15 dias do ano. O total de investimentos envolvido supera os R$ 12,4 bilhões, considerando apenas os projetos de expansão de capacidade produtiva.
Embora o país ainda esteja longe dos níveis anteriores aos da crise, há retomada do investimento, disse ao Valor Ricardo Flores, vice-presidente de crédito do Banco do Brasil. Os dados do BNDES comprovam a inflexão. Em dezembro, o saldo da carteira do banco avançou consideráveis 4,5%. Nos últimos três meses do ano passado, os desembolsos subiram 9% em relação ao mesmo período de 2008. E o ritmo de janeiro indica continuidade. “Não há razão para o crédito a investimentos não crescer no mesmo ritmo das outras linhas, entre 20% e 25%”, prevê Flores.
O principal entrave é que a única fonte de linhas de financiamento de longo prazo continua sendo o BNDES. Mas começam a surgir alternativas, como a letra financeira, novo título de banco que se assemelha a uma debênture, criado no ano passado. O mercado de capitais também voltou a ser uma opção viável, mas, por enquanto, só para grandes empresas. (págs. 1 e C1)
Debate sobre juros vai esquentar
Com o forte crescimento da economia esperado para este ano, um ciclo de alta dos juros é considerado inevitável por boa parte dos analistas. Há, porém, instrumentos de política econômica que poderiam diminuir a magnitude do aumento da taxa Selic - a elevação muito forte dos juros prejudicaria afetar investimento e consumo. Economistas ortodoxos, como Edward Amadeo, da Gávea Investimentos, sugerem uma política fiscal mais apertada, com o fim das desonerações tributárias e redução de gastos, além de uma atuação menos agressiva dos bancos públicos no crédito. No cenário atual, o controle da inflação não deverá contar com a ajuda do câmbio valorizado, que em 2009 contribuiu para segurar os preços. Nos últimos dias, o dólar mostrou tendência de alta.
Não há, porém, consenso sobre essa questão. Economistas heterodoxos acham que a alta dos juros não é inexorável. O professor José Luiz Oreiro, da Universidade de Brasília (UnB), acha que a elevação de impostos, como o fim das desonerações tributadas para bens duráveis, e medidas, para conter o crédito ao consumo podem tornar desnecessário o aumentos dos juros. Paulo Gala, da FGVSP, não vê aquecimento, excessivo da atividade, criticando a "fobia da inflação" do mercado. (pags. 1 e A2)
Boeing e Airbus se unem contra Bombardier
A Airbus e a Boeing Co. são inimigas até a medula, mas a canadense Bombardier Inc. conseguiu uni-las em oposição comum a seus planos para obtenção de fundos para um novo jato. O conflito está levando vários governos a renegociar um pacto de financiamento de aeronaves que assinaram há três anos. E, claro, a Embraer deve se juntar aos que se opõem aos planos da sua arquirrival.
A disputa diz respeito a um novo avião da Bombardier que é maior que os turboélices e jatos regionais que ela havia feito anteriormente e que concorrerá com modelos da Boeing e da Airbus. O Canadá propôs financiar o avião em condições vantajosas, disponíveis para modelos menores, mas não para a maioria das aeronaves da Airbus e da Boeing, algo que o governo canadense afirma ter liberdade para fazer pelas atuais regras de comércio internacional. O governo americano, que apóia a Boeing, e a União Européia, por trás da Airbus, discordam desta tese. A proposta do Canadá “não se sustenta”, disse Fred Hochberg, presidente do conselho do Export-Import Bank dos EUA, o banco estatal de promoção das exportações que financia as vendas da Boeing. “Acho que é uma ameaça ao emprego nos EUA.” (págs. 1 e B9)
Universidades privadas vivem consolidação
Após receber aporte do fundo americano Advent, o grupo mineiro Kroton está próximo de fechar o maior negócio na área de ensino, avaliado em R$ 600 milhões. Kroton foi o preferido em uma disputa para comprar o grupo Iuni, de Mato Grosso. A operação é emblemática da fase por que passa o setor de ensino superior privado, em que a escala da instituição, a gestão e a qualidade têm levado escolas ao sucesso ou a sérias crises. A expansão do número de empresas atuando no setor — hoje há 2,3 mil instituições particulares, o dobro de há 10 anos — dividiu o mercado, de modo geral, em dois: os grandes grupos, cuja estratégia é crescer comprando concorrentes, e pequenas universidades e faculdades isoladas, que, na sua maioria, enfrentam dificuldades financeiras. (págs. 1, B1 e B4)
Temer adere ao 'lulismo' para ocupar o Executivo
Foi em uma viagem de três horas e meia entre Natal e São Paulo, em 2008, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), entre goles de uísque, consolidaram seu relacionamento partidário e pessoal. A desconfiança recíproca tinha origem na trajetória política oposta de ambos. Lançado à vida pública pelo ex-governador paulista Franco Montoro, um dos fundadores do PSDB, Temer chegou ao auge na era Fernando Henrique Cardoso, mas agora é uma das opções para vice na chapa governista.
Seu poder advém de uma grande habilidade política e pleno controle de uma bancada especializada em fazer com que qualquer ocupante do Palácio do Planalto prefira ceder às pressões por cargos em troca da aprovação tranquila de seus projetos na Câmara. Viu-se obrigado a fazer política em Brasília, já que em São Paulo sua relação com o pemedebista Orestes Quércia o impediu de tentar voos maiores no Estado. (págs. 1 e A14)
Manutenção em Furnas é falha, diz Aneel
O resultado da fiscalização da Aneel nas linhas de transmissão e subestações operadas por Furnas, na região onde teve origem o apagão que afetou 18 Estados em novembro, aponta uma série de problemas de manutenção dos equipamentos dessas instalações. “E não estamos falando de meses de falta de manutenção, mas de anos”, diz uma fonte ligada à Aneel. Na sexta-feira, o relatório foi encaminhado à Furnas, com questionamentos sobre a negligência. O relatório, que não crava que Furnas foi a culpada pelo apagão, deve causar turbulências no Ministério de Minas e Energia, que desde o incidente tenta preservar a estatal. (págs. 1 e A4)
Pouco ânimo para investir na Argentina
Pesquisa da consultoria SEL com 146 empresas que atuam na Argentina mostra que 59% dos consultados informaram que a situação política no país e as decisões do governo reduziram, adiaram ou cancelaram investimentos. A sondagem foi realizada antes da tentativa de demissão do presidente do Banco Central, Martín Redrado — que hoje terá que enfrentar policiais mandados pelo governo para entrar no prédio do BC — , e das ameaças à Telecom Argentina. Também não capta os efeitos do crescente conflito entre a presidente Cristina Kirchner e seu vice, Julio Cobos. Só 3% do empresariado qualifica o clima para investir como “muito bom” ou “bom”. (págs. 1 e A11)
Envolvidos em escândalos disputam, com chances, eleições de outubro (págs. 1 e A9)
Com 12% do PIB nacional, São Paulo, aos 456 anos, sofre com efeitos do crescimento desordenado (pág. 1)
Mais importados
A participação das importações no consumo interno de produtos industriais voltou a crescer. Na média dos três meses até novembro, a fatia dos importados ficou em 15,9%. (págs. 1 e A3)
Rússia em recuperação
A economia da Rússia está voltando aos trilhos depois da sua maior retração em uma década, graças à alta das cotações do petróleo e novos ingressos de capital. (págs. 1 e A11)
Pesquisa e desenvolvimento
Com 51 empresas instaladas em quatro incubadoras de tecnologia, São José dos Campos é a cidade do Estado de São Paulo com maior número dessas experiências de estímulo à inovação. (págs. 1 e B3)
Nova Braskem vai às compras
A Nova Braskem surge com o desafio de viabilizar projetos estimados em US$ 13 bilhões em sete anos. O valor envolve a compra de ativos nos Estados Unidos. (págs. 1 e A3)
Consumo de orgânicos
Pesquisa da Market Analysis, de Fabián Echegaray, mostra que 17,3% dos brasileiros que residem em grandes cidades se dizem consumidores regulares de produtos orgânicos. (págs. 1 e B8)
Ponto para bancos europeus
Grupos europeus como Crédit Suisse, UBS, Deutsche Bank e Barclays poderão beneficiar-se das restrições às operações de bancos anunciadas pelo governo Obama. (págs. 1 e C2)
Dívida bruta é de 64% do PIB
A concessão de empréstimos do Tesouro a bancos estatais foi a principal responsável pela deterioração da dívida pública. A dívida bruta chegou a 64,1% do PIB em novembro. (págs. 1 e C10)
Processos da CVM
Dos mais de 20 processos abertos nos últimos anos pela CVM por “insider trading”, a maioria envolve conselheiros e executivos das próprias empresas emissoras das ações. (págs. 1 e D1)
Custo menor para investir
A concorrência continua forçando as corretoras a baixar as taxas de corretagem. A Souza Barros adotou sistema de cobrança decrescente, segundo o número de negócios. (págs. 1 e D2)
Sabesp revê balanço
A Sabesp, empresa de saneamento de São Paulo, decidiu republicar seu balanço de 2008 com uma diferença negativa de quase R$ 1 bilhão no lucro, que caiu de R$ 1,008 bilhão para R$ 63,6 milhões. (págs. 1 e D3)
Memória viva
Empresas e bancos estão incentivando antigos funcionários a darem seus depoimentos em áudio e vídeo sobre como foram enfrentadas crises no passado. (págs. 1 e D10)
Ideias
Afonso C. Pastore e M. C. Pinotti: Quanto menos surfarmos na onda internacional, menor será o custo. (págs. 1 e A11)
Ideias
Fábio Wanderley Reis: A pacificação a ser buscada é social, incluindo a referente à violência classista. (págs. 1 e A9)
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Jornal do Commercio
Manchete: Nova lei do aluguel pune mau inquilino
Legislação que passa a vigorar hoje muda relação entre proprietário, inquilino e fiador. Simplificação do processo judicial torna despejo de inadimplente mais rápido e deve aumentar oferta de locação residencial. País tem 2,7 milhões de imóveis fechados. (pág. 1)
Mortos no Haiti já são mais de 150 mil (pág. 1)
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Manchete: Rio terá de gastar R$ 7 bi para melhorar transporte
Mesmo sem trem-bala, estado precisará de mais de 1 bi por ano até 2016
Depois de seis décadas com investimentos insuficientes, o Rio agora terá de gastar cerca de R$ 7 bilhões para dotar a cidade de urna rede viária e de transportes de massa eficiente até a abertura das Olimpíadas em 2016. A conta, que não inclui o trem-bala entre Rio e São Paulo, pode aumentar, mas já significa mais de R$ 1 bilhão por ano. Os principais projetos são a expansão do metrô (R$ 4 bilhões), o corredor expresso para ônibus, Barra-Madureira (R$ 1 bilhão) e um viaduto ligando a Perimetral à Linha Vermelha (R$ 37 milhões). As obras serão feitas em parcerias público-privadas, com recursos da prefeitura e dos governos federal e do estado. Especialistas em transportes afirmam que é possível executar os projetos, mas confirmam que é grande o atraso. "Tradicionalmente os governos investem menos de 2% na infraestrutura de transportes", diz o engenheiro Mário Queiroz. (págs. 1 e 8)
Mortos no terremoto do Haiti já chegam a 150 mil
Países doadores se reúnem para planejar reconstrução
O governo do Haiti anunciou ontem que o número de corpos enterrados em fossas coletivas, 12 dias após o terremoto que devastou a capital, Porto Príncipe, já alcança 150 mil. Hoje, chanceleres de vários países e representantes da ONU e da OEA realizam uma reunião de emergência em Montreal no Canadá, para começarem a reconstrução do Haiti. Na principal favela de Porto Príncipe, Cité Soleil, militares brasileiros e americanos fizeram uma operação conjunta de distribuição de alimentos e água aos desabrigados. Os dois comandantes negaram divergências. (págs. 1, 18 e 19)
PT e PMDB serão fiscais dos fundos
Criada para fiscalizar o bilionário setor dos fundos de pensão que movimenta R$ 460 bilhões, a nova Superintendência Nacional de Previdência Complementar terá o comando do PT e do PMDB. A agência reguladora será instalada amanhã pelo presidente Lula. (págs. 1 e 3)
Chávez tira do ar TV que cortou seu discurso
O canal a cabo independente venezuelano RCTV foi tirado do ar, ontem, junto com outras 5 emissoras, por, segundo as autoridades, descumprir a legislação. No sábado, o RCTV não transmitiu a íntegra de um discurso do presidente Hugo Chávez. (págs. 1 e 20)
Charge Chico: Tática de guerrilha
- Querem Serra, terão Guerra: Sérgio Guerra, manda bala! (pág. 1 )
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Folha de S. Paulo
Manchete: Câmara usa gasto secreto com doador
Cruzamento mostra dez casos de deputados que pagaram com verba pública a financiadores de campanha
Levantamento inédito feito pela Folha mostra que empresas que fizeram doações eleitorais receberam recursos públicos destinados pelos mesmos deputados que ajudaram a eleger. Foram cruzados a lista de doadores nas campanhas de 2006 e 2008 e os gastos secretos da verba indenizatória, que custeia despesas relacionadas à atividade parlamentar. Levando em conta os deputados que receberam maiores doações, existem pelo menos dez casos em que a empresa doadora foi contratada pelo congressista para quem contribuiu. O número de empresas que são tanto beneficiárias da verba indenizatória como doadoras de campanha representa cerca de 10% das que emitiram notas para os deputados no período. Os deputados ouvidos pela Folha negaram irregularidade nos gastos. (págs. 1 e A6)
Fernando Rodrigues
Transparência em doações não agrada a tucanos e petistas
O Tribunal Superior Eleitoral quer obrigar os partidos a detalhar quanto cada empresa doou exatamente a cada candidato. Os políticos já gritaram. As duas forças hegemônicas, PSDB e PT, dominam a tecnologia de arrecadar fundos eleitorais e não têm o menor interesse em alterar o modelo. (págs. 1 e A2)
Especial - São Paulo 456 anos
Cidade nasceu e cresceu entre rios, mas hoje despreza o Tietê. (págs. 1 a 6)
A primeira viagem pelos trilhos da Linha 4, que abre em março. (págs. 1 e 12)
Shows são ponto alto da programação de aniversário. (págs. 1 e 13)
Foto-legenda: Chovendo no molhado
Funcionário tenta tirar água que invadiu saguão de hotel na rua Amaral Gurgel (centro de SP) após chuva de ontem, que também provocou transbordamento do córrego Ipiranga (zona sul); na madrugada, a queda de uma barreira interditou a Fernão Dias. (págs. 1 e C3)
Contaminação atinge 70% de rios no litoral
Levantamento da Cetesb aponta que 70% de 600 rios e riachos analisados no litoral do Estado de São Paulo levam muito esgoto doméstico para o oceano Atlântico e oferecem riscos à saúde.
As cidades com pior qualidade de água são Mongaguá e Praia Grande (98% dos rios contaminados), seguidas por Santos (87%). (págs. 1 e C3)
Chávez suspende transmissões de emissora que critica governo
Canal a cabo RCTV recusou-se a transmitir discurso do presidente da Venezuela; medida acirra tensão política em meio à crise econômica. (págs. 1 e A16)
Novo chefe de missão da ONU no Haiti pede mais planejamento
Edmond Mulet disse que aprova o papel dos EUA em assistência humanitária; número de mortos no terremoto já supera os 150 mil, diz o governo. (págs. 1 e A12)
Editoriais
Leia "O ranking da Unesco", sobre educação no país; e "Cartão esquecido", acerca de cadastramento no SUS. (págs. 1 e A2)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Chávez tira do ar seis canais de televisão
Emissoras são punidas por não cumprirem a ordem de transmitir discurso presidencial
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, determinou a suspensão do sinal da Rádio Caracas Televisão (RCTV) pelo fato de a emissora ter se negado a transmitir, em rede nacional, discurso do governante no sábado. A desobediência da RCTV serviu de pretexto para punir outros cinco canais a cabo, cujos programas sumiram da grade das operadoras. Não é a primeira vez que a RCTV é silenciada. Em maio de 2007, o governo proibiu-a de usar o sinal aberto. A emissora passou então a transmitir por cabo, mantendo seus índices de audiência. Reações contra as medidas oficiais dominaram 11 programação de ontem da Globovisión, emissora já ameaçada anteriormente e que pode ser alvo de novas represálias. Segundo analistas, a atual ofensiva chavista visa atingir a "hegemonia comunicacional", ou seja, controle sobre 75% das mídias do país. (págs. 1 e A16)
Especial - São Paulo 456 anos
No aniversário da cidade, caderno comemorativo retrata o multiculturalismo paulistano a partir de 25 histórias, como a da grafiteira Tatiana Garrido. São trajetórias que se interligam, numa narrativa, em que um personagem leva a outro. (pág. 1)
Foto-legenda: Avenida submersa
A chuva castigou outra vez a capital paulista ontem. Onze pontos de alagamento foram registrados. Na Avenida 9 de Julho, a força da água rompeu o asfalto. (págs. 1 e C6)
Brasil quer mudar missão no Haiti
Jobim diz que País proporá à ONU nova regra para facilitar reconstrução
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu ontem em Jerusalém uma mudança de status da missão da ONU no Haiti, chefiada pelo Brasil. Para Jobim, em vez de fazer apenas a manutenção da segurança, a missão deveria assumir a reconstrução do país. A mesma ideia, embora não apresentada oficialmente pelo governo brasileiro, foi defendida pelo chanceler Celso Amorim em Porto Príncipe. (págs. 1 e A10)
Generais expõem divergência em ação conjunta
Operação conjunta para distribuição de comida na favela Cité Soleil deixou claro o racha entre tropas brasileiras e americanas, relata Leandro Colon. Os EUA não têm prazo para deixar o país. (págs. 1 e A10)
Mercado já enfrenta falta de mão de obra
O mercado de trabalho brasileiro volta a sofrer com a falta de mão de obra qualificada. Superada a crise, empresas, comércio e serviços agora têm dificuldade para preencher vagas. O número de brasileiros empregados já é maior do que no fim de 2008, e estima-se que o País precisará treinar 15 milhões de pessoas até 2015. (págs. 1, B1 e B3)
Dirceu tem apoio até para cúpula do PT
Indicado para o novo Diretório Nacional do PT, o ex-ministro José Dirceu vem recebendo apoio para integrar a Executiva Nacional, principal esfera dirigente do partido. Réu no processo do mensalão, ele tem dito que prefere não se expor. (págs. 1 e A4)
Imóveis: Em vigor a nova Lei do Inquilinato
Mudança torna mais fácil despejo de inquilinos inadimplentes. (págs. 1 e B7)
Pós-graduação: MBA na China atrai brasileiros
Cursos são ministrados em inglês e estão entre os melhores. (págs. 1 e A22)
Obama versus bancos
Medidas para disciplinar os bancos reforçam o aperto, mas estimulam uma reação mais dura das instituições. (págs. 1 e A3)
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Jornal do Brasil
Manchete: Funai terceiriza o contato com índio
Indigenistas acusam ONGs de favorecimento
Organizações não governamentais vem agindo em aldeias indígenas através de terceirização concedida pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Até mesmo o contato e a proteção a índios isolados, ações tradicionalmente restritas a profissionais da Funai, viraram função de ONGs como o Centro de Trabalho Indígena. Sertanistas e indigenistas acusam as ONGs de utilizar a proximidade com a fundação para captar parceiros e dinheiro no exterior. A Funai diz que os convênios são legais e transparentes. (págs. 1, A4 e A5)
Haiti: Terremoto transforma a história em ruínas
Destruído pelo terremoto, o Haiti chora pelos mortos e também pela perda de seu patrimônio cultural. Símbolos de uma história de lutas foram ao chão. O Palácio Nacional, orgulho dos haitianos, guardava peças de arte que, hoje, ninguém sabe onde estão. Sismos também abalam a história. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)
Mídias: paixão da juventude
Crianças e jovem com idades entre 8 e 18 anos acumulam, em média, 11 horas de uso de diferentes mídias diariamente, segundo estudo realizado pela Fundação Kaiser Family, dos EUA. O número de horas seria ainda maior, pois a pesquisa não computou a utilização do Twitter, que virou uma febre mundial. (págs. 1 e A24)
Acidentes geram multa a empresas
Com objetivo de reduzir os custos com indenizações e aposentadorias especiais, a Previdência Social começou a multar este mês as empresas com alto índice de acidentes de trabalho. O valor a ser pago como Fator Acidentário de Prevenção vai diminuir ou aumentar conforme o número de acidentes em cada companhia. (págs. 1 e A18)
Coisas da política
Os dois mundos do presidente Lula. (págs. 1 e A2)
Hildegard Angel
José Alencar: fé que vale um prêmio. (págs. 1 e B5)
Negócios & Propaganda
Seis agências para vender a 'cara' do Brasil. (págs. 1 e A19)
Editorial
A difícil integração pelo Mercosul. (págs. 1 e A10)
Sociedade Aberta
Bayard do Coutto Boiteux
Diretor de turismo
O Brasil e os EUA na reconstrução do Haiti. (págs. 1 e A3)
Sociedade Aberta
Roberta Duboc Pedrinha
Advogada
Chacina de Copa, nunca mais. (págs. 1 e A16)
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Correio Braziliense
Manchete: Mais um adolescente desaparece em Luziânia
Márcio Luiz de Souza Lopes saiu de casa na sexta-feira, por volta das 17h30, montado em sua bicicleta azul. Desde então, a família não tem notícias dele. Ajudante de serralheiro, o rapaz de 19 anos é o único maior de idade entre os seis jovens que sumiram do bairro Parque Estrela Dalva nos últimos 25 dias. (págs. 1 e 21)
Lula empaca os quilombos
No governo do PT, a regularização das terras quilombolas não avançou em relação à gestão de FHC. Hoje, o número de áreas tituladas é 400% inferior ao normalizado na administração tucana. (págs. 1 e 6)
Foto legenda: Os descendentes de escravos Cândido e Moacir sonham com direitos básicos, como o acesso à luz elétrica
Mil flanelinhas trabalham fora da lei no DF (págs. 1, 19 e 20)
Haiti reza por seus 150 mil mortos
Sobreviventes do terremoto se aglomeram em igrejas e ao redor das ruínas
Doze dias após o desastre, equipes de vários países seguem em busca de sobreviventes. Até ontem, 133 pessoas haviam sido resgatadas dos destroços. O número de mortos, no entanto, é mil vezes maior. Fuzileiros navais brasileiros já distribuíram mais de 10 toneladas de alimentos e 25 mil litros de água. (págs. 1, 12 e 13)
Jovem foi salvo por refrigerante
Wismond Exantus, o haitiano de 24 anos que passou 11 dias sob os escombros de um hotel, manteve-se vivo porque ficou preso em um vão onde havia Coca-Cola e "algumas coisinhas" para comer. (pág. 1)
Maternidade: Licença de seis meses entra em vigor
Empresários do setor privado podem aderir a partir de hoje ao Programa Empresa Cidadã, que permite o aumento do período de licença-maternidade de quatro para cinco ou seis meses. (págs. 1 e 9)
Números do PAC seguem a tabuada do Planalto (págs. 1 e 2)
Carta em mãos da PF levanta suspeita sobre governo Roriz (págs. 1 e 27)
Anatel pode acabar com o bloqueio de celulares (págs. 1 e 9)
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Valor Econômico
Manchete: Busca de crédito se mantém e indica intenção de investir
A demanda por crédito para investimento, que começou a se recuperar no pós-crise a partir de outubro, continua forte em janeiro. A tendência surpreendeu os bancos, porque janeiro costuma ser um mês de queda de negócios, em razão das férias. O Banco do Brasil, líder em repasse de recursos do BNDES, aprovou 45 projetos de médio e grande porte nos primeiros 15 dias do ano. O total de investimentos envolvido supera os R$ 12,4 bilhões, considerando apenas os projetos de expansão de capacidade produtiva.
Embora o país ainda esteja longe dos níveis anteriores aos da crise, há retomada do investimento, disse ao Valor Ricardo Flores, vice-presidente de crédito do Banco do Brasil. Os dados do BNDES comprovam a inflexão. Em dezembro, o saldo da carteira do banco avançou consideráveis 4,5%. Nos últimos três meses do ano passado, os desembolsos subiram 9% em relação ao mesmo período de 2008. E o ritmo de janeiro indica continuidade. “Não há razão para o crédito a investimentos não crescer no mesmo ritmo das outras linhas, entre 20% e 25%”, prevê Flores.
O principal entrave é que a única fonte de linhas de financiamento de longo prazo continua sendo o BNDES. Mas começam a surgir alternativas, como a letra financeira, novo título de banco que se assemelha a uma debênture, criado no ano passado. O mercado de capitais também voltou a ser uma opção viável, mas, por enquanto, só para grandes empresas. (págs. 1 e C1)
Debate sobre juros vai esquentar
Com o forte crescimento da economia esperado para este ano, um ciclo de alta dos juros é considerado inevitável por boa parte dos analistas. Há, porém, instrumentos de política econômica que poderiam diminuir a magnitude do aumento da taxa Selic - a elevação muito forte dos juros prejudicaria afetar investimento e consumo. Economistas ortodoxos, como Edward Amadeo, da Gávea Investimentos, sugerem uma política fiscal mais apertada, com o fim das desonerações tributárias e redução de gastos, além de uma atuação menos agressiva dos bancos públicos no crédito. No cenário atual, o controle da inflação não deverá contar com a ajuda do câmbio valorizado, que em 2009 contribuiu para segurar os preços. Nos últimos dias, o dólar mostrou tendência de alta.
Não há, porém, consenso sobre essa questão. Economistas heterodoxos acham que a alta dos juros não é inexorável. O professor José Luiz Oreiro, da Universidade de Brasília (UnB), acha que a elevação de impostos, como o fim das desonerações tributadas para bens duráveis, e medidas, para conter o crédito ao consumo podem tornar desnecessário o aumentos dos juros. Paulo Gala, da FGVSP, não vê aquecimento, excessivo da atividade, criticando a "fobia da inflação" do mercado. (pags. 1 e A2)
Boeing e Airbus se unem contra Bombardier
A Airbus e a Boeing Co. são inimigas até a medula, mas a canadense Bombardier Inc. conseguiu uni-las em oposição comum a seus planos para obtenção de fundos para um novo jato. O conflito está levando vários governos a renegociar um pacto de financiamento de aeronaves que assinaram há três anos. E, claro, a Embraer deve se juntar aos que se opõem aos planos da sua arquirrival.
A disputa diz respeito a um novo avião da Bombardier que é maior que os turboélices e jatos regionais que ela havia feito anteriormente e que concorrerá com modelos da Boeing e da Airbus. O Canadá propôs financiar o avião em condições vantajosas, disponíveis para modelos menores, mas não para a maioria das aeronaves da Airbus e da Boeing, algo que o governo canadense afirma ter liberdade para fazer pelas atuais regras de comércio internacional. O governo americano, que apóia a Boeing, e a União Européia, por trás da Airbus, discordam desta tese. A proposta do Canadá “não se sustenta”, disse Fred Hochberg, presidente do conselho do Export-Import Bank dos EUA, o banco estatal de promoção das exportações que financia as vendas da Boeing. “Acho que é uma ameaça ao emprego nos EUA.” (págs. 1 e B9)
Universidades privadas vivem consolidação
Após receber aporte do fundo americano Advent, o grupo mineiro Kroton está próximo de fechar o maior negócio na área de ensino, avaliado em R$ 600 milhões. Kroton foi o preferido em uma disputa para comprar o grupo Iuni, de Mato Grosso. A operação é emblemática da fase por que passa o setor de ensino superior privado, em que a escala da instituição, a gestão e a qualidade têm levado escolas ao sucesso ou a sérias crises. A expansão do número de empresas atuando no setor — hoje há 2,3 mil instituições particulares, o dobro de há 10 anos — dividiu o mercado, de modo geral, em dois: os grandes grupos, cuja estratégia é crescer comprando concorrentes, e pequenas universidades e faculdades isoladas, que, na sua maioria, enfrentam dificuldades financeiras. (págs. 1, B1 e B4)
Temer adere ao 'lulismo' para ocupar o Executivo
Foi em uma viagem de três horas e meia entre Natal e São Paulo, em 2008, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), entre goles de uísque, consolidaram seu relacionamento partidário e pessoal. A desconfiança recíproca tinha origem na trajetória política oposta de ambos. Lançado à vida pública pelo ex-governador paulista Franco Montoro, um dos fundadores do PSDB, Temer chegou ao auge na era Fernando Henrique Cardoso, mas agora é uma das opções para vice na chapa governista.
Seu poder advém de uma grande habilidade política e pleno controle de uma bancada especializada em fazer com que qualquer ocupante do Palácio do Planalto prefira ceder às pressões por cargos em troca da aprovação tranquila de seus projetos na Câmara. Viu-se obrigado a fazer política em Brasília, já que em São Paulo sua relação com o pemedebista Orestes Quércia o impediu de tentar voos maiores no Estado. (págs. 1 e A14)
Manutenção em Furnas é falha, diz Aneel
O resultado da fiscalização da Aneel nas linhas de transmissão e subestações operadas por Furnas, na região onde teve origem o apagão que afetou 18 Estados em novembro, aponta uma série de problemas de manutenção dos equipamentos dessas instalações. “E não estamos falando de meses de falta de manutenção, mas de anos”, diz uma fonte ligada à Aneel. Na sexta-feira, o relatório foi encaminhado à Furnas, com questionamentos sobre a negligência. O relatório, que não crava que Furnas foi a culpada pelo apagão, deve causar turbulências no Ministério de Minas e Energia, que desde o incidente tenta preservar a estatal. (págs. 1 e A4)
Pouco ânimo para investir na Argentina
Pesquisa da consultoria SEL com 146 empresas que atuam na Argentina mostra que 59% dos consultados informaram que a situação política no país e as decisões do governo reduziram, adiaram ou cancelaram investimentos. A sondagem foi realizada antes da tentativa de demissão do presidente do Banco Central, Martín Redrado — que hoje terá que enfrentar policiais mandados pelo governo para entrar no prédio do BC — , e das ameaças à Telecom Argentina. Também não capta os efeitos do crescente conflito entre a presidente Cristina Kirchner e seu vice, Julio Cobos. Só 3% do empresariado qualifica o clima para investir como “muito bom” ou “bom”. (págs. 1 e A11)
Envolvidos em escândalos disputam, com chances, eleições de outubro (págs. 1 e A9)
Com 12% do PIB nacional, São Paulo, aos 456 anos, sofre com efeitos do crescimento desordenado (pág. 1)
Mais importados
A participação das importações no consumo interno de produtos industriais voltou a crescer. Na média dos três meses até novembro, a fatia dos importados ficou em 15,9%. (págs. 1 e A3)
Rússia em recuperação
A economia da Rússia está voltando aos trilhos depois da sua maior retração em uma década, graças à alta das cotações do petróleo e novos ingressos de capital. (págs. 1 e A11)
Pesquisa e desenvolvimento
Com 51 empresas instaladas em quatro incubadoras de tecnologia, São José dos Campos é a cidade do Estado de São Paulo com maior número dessas experiências de estímulo à inovação. (págs. 1 e B3)
Nova Braskem vai às compras
A Nova Braskem surge com o desafio de viabilizar projetos estimados em US$ 13 bilhões em sete anos. O valor envolve a compra de ativos nos Estados Unidos. (págs. 1 e A3)
Consumo de orgânicos
Pesquisa da Market Analysis, de Fabián Echegaray, mostra que 17,3% dos brasileiros que residem em grandes cidades se dizem consumidores regulares de produtos orgânicos. (págs. 1 e B8)
Ponto para bancos europeus
Grupos europeus como Crédit Suisse, UBS, Deutsche Bank e Barclays poderão beneficiar-se das restrições às operações de bancos anunciadas pelo governo Obama. (págs. 1 e C2)
Dívida bruta é de 64% do PIB
A concessão de empréstimos do Tesouro a bancos estatais foi a principal responsável pela deterioração da dívida pública. A dívida bruta chegou a 64,1% do PIB em novembro. (págs. 1 e C10)
Processos da CVM
Dos mais de 20 processos abertos nos últimos anos pela CVM por “insider trading”, a maioria envolve conselheiros e executivos das próprias empresas emissoras das ações. (págs. 1 e D1)
Custo menor para investir
A concorrência continua forçando as corretoras a baixar as taxas de corretagem. A Souza Barros adotou sistema de cobrança decrescente, segundo o número de negócios. (págs. 1 e D2)
Sabesp revê balanço
A Sabesp, empresa de saneamento de São Paulo, decidiu republicar seu balanço de 2008 com uma diferença negativa de quase R$ 1 bilhão no lucro, que caiu de R$ 1,008 bilhão para R$ 63,6 milhões. (págs. 1 e D3)
Memória viva
Empresas e bancos estão incentivando antigos funcionários a darem seus depoimentos em áudio e vídeo sobre como foram enfrentadas crises no passado. (págs. 1 e D10)
Ideias
Afonso C. Pastore e M. C. Pinotti: Quanto menos surfarmos na onda internacional, menor será o custo. (págs. 1 e A11)
Ideias
Fábio Wanderley Reis: A pacificação a ser buscada é social, incluindo a referente à violência classista. (págs. 1 e A9)
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Jornal do Commercio
Manchete: Nova lei do aluguel pune mau inquilino
Legislação que passa a vigorar hoje muda relação entre proprietário, inquilino e fiador. Simplificação do processo judicial torna despejo de inadimplente mais rápido e deve aumentar oferta de locação residencial. País tem 2,7 milhões de imóveis fechados. (pág. 1)
Mortos no Haiti já são mais de 150 mil (pág. 1)
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