quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Notícias dos Jornais do Dia

28 de agosto de 2008

O Globo

Gastos públicos crescerão mais que economia em 2009
O projeto da lei do Orçamento da União para 2009 prevê aumento de gastos em proporção maior que o crescimento da arrecadação de Impostos. As despesas obrigatórias subirão 13,1%, chegando a R$ 455,9 bilhões. Já a receita líquida crescerá 12,5%. Só com o funcionalismo serão gastos R$ 155,3 bilhões, equivalente a 5% do PIB, o maior do governo Lula. O reajuste previsto para o salário mínimo é de 11,98%, elevando-o para R$ 464,72. A proposta mostra aumento da carga tributária, que atingirá 25,38% do PIB. O ministro Paulo Bernardo disse que o governo optou por uma projeção conservadora do aumento do PIB, de 4,5%. A alta da inflação e dos juros, combinada com a desvalorização do dólar, levou o setor público a gastar R$ 18,7 bilhões (33% a mais) só em julho como pagamentos de encargos da dívida. (págs. 1, 13 e 27)

Toga de guerra
Joênia de Carvalho, da tribo wapichana, é a primeira índia a subir à tribuna do STF para defender uma causa. No caso Raposa Serra do Sol, o relator deu razão aos índios e votou pela demarcação contínua da reserva. Mas o julgamento foi interrompido. (págs. 1, 3 e 4)


Petrobras terá privilégio no Pré-Sal
A Petrobras terá atuação privilegiada em relação às multinacionais na exploração dos megacampos nas áreas do Pré-Sal, mesmo que seja criada outra estatal. (págs. 1 e 30)

Barack Obama também quer Brasil no G-8
Assim como John MacCain, Barack Obama quer expandir o acordo sobre etanol com o Brasil e defende a entrada do país no G8. Ele foi nomeado candidato por aclamação a pedido de Hillary, que abriu mão de seus votos. (págs. 1,.33 a 35)

Milícia é investigada por prostituição infantil
Depois de chegar às favelas com o marketing da moralidade, prometendo combater o tráfico, milícias já são investigadas pelo Ministério Público até por prostituição infantil. Um grupo de Gardênia Azul seleciona adolescentes para negociá-las em festas. (págs. 1, 16 e 17 e editorial “Outro mundo”)

Acusado de improbidade fornece pessoal a UPA
Administrador de uma das cooperativas que prestam serviço à UPA da Tijuca, Milton César Ferreira Rangel é acusado pelo Ministério Público estadual de improbidade administrativa. Ele é suspeito de ter recebido R$ 5,1 milhões do governo do estado sem ter comprovado a prestação de serviços. O governo informa que os terceirizados serão substituídos. (págs. 1 e 14)

Segundo Caderno
O cinema brasileiro, que já teve 22% do mercado, enfrenta 2008 com sua platéia reduzida a apenas 6,9% do público. Especialistas discutem o que fazer. (pág. 1)

Obituário
O banqueiro, criador do Itaú e ex-prefeito de São Paulo Olavo Setúbal morreu ontem aos 85 anos, de insuficiência cardíaca.
Stella Maris, mulher de Dorival Caymmi, morreu aos 86 anos, onze dias depois do músico, (págs. 1 e 18)

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Folha de S. Paulo

Relator apóia índios contra arrozeiros
Relator do caso da reserva indígena Raposa/Serra do Sol (Roraima) no Supremo Tribunal Federal, o ministro Carlos Ayres Britto votou no julgamento do STF pela total retirada de não-índios da região. Ele votou também pela manutenção da demarcação de forma contínua. Carlos Alberto Direito, que votaria a seguir pediu vista do processo, interrompendo o julgamento. Não existe prazo para que Direito apresente seu voto,mas ele deverá respeitar pedido do presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, para fazê-lo neste semestre. A demarcação da Raposa/ Serra do Sol opõe de um lado o governo federal, índios e ONGs, que querem a manutenção do decreto que definiu a reserva numa área contínua de 1,7 milhão de hectares; do outro, arrozeiros que plantam na reserva.Em seu voto, Ayres Britto se pautou pela defesa dos direitos do índios, disse que eles não podem pagar o preço de possível omissão do Estado na segurança, exaltou o respeito dos indígenas pelo ambiente e citou de Tiradentes a Garrincha. (págs. 1 e A4)

Artigo: Marcelo Leite
Voto do ministro teve efeito demolidor: Foi Dia do Índio no STF. O voto do relator Carlos Ayres Britto teve ímpeto demolidor. Tratorou os débeis argumentos do interesse de fazendeiros de arroz. Para o relator, não faz sentido falar em subtração de áreas a uma unidade da Federação, pois os índios já estavam lá antes da criação do Estado de Roraima. (págs. 1 e A4)

MEC corta 3.313 vagas de cursos de direito
Redução na área chega a 24 mil, 49% do total oferecido pelos 81 cursos supervisionados desde o segundo semestre de 2007. Considerando só as vagas preenchidas no último vestibular de 2007, o corte é de 16.231 (33%). (págs. 1 e C9)

Orçamento propõe mínimo de R$ 464,72
A proposta de Orçamento de 2009 prevê que o salário mínimo suba de R$415 para R$464,72 em fevereiro, com pagamento até o quinto dia útil de março. A alta é de 11,98%. O texto estima que o PIB cresça 4,5% em 2009, 0,5% ponto percentual abaixo do índice anual projetado para o segundo mandato do presidente Lula. (págs. 1 e B3)

Índice do aluguel cai pela 1º vez em mais de 2 anos
O IGPM teve em agosto a primeira queda desde abril de 2006, de 0,32%, seguindo a diminuição do preço dos produtos agropecuários, especialmente no atacado. No início do ano, o índice teve forte alta, puxada pela inflação mundial dos alimentos. O acumulado é de 8,35% no ano e de 13,63% nos últimos 12 meses. Conhecido por reajustar preços de aluguéis e serviços públicos, o IGP-M deve fechar 2008 com alta de 10,91% de acordo com a expectativa do emrcado. Em agosto, a maior queda foi nos preços do atacado – mas a pesquisa feita pela FGV mostra também que a diminuição já chegou ao consumidor. (págs. 1 e B1)

Editoriais
Leia "Em transição", sobre afirmação russa no Cáucaso; e "Olavo Setúbal", acerca da morte do empresário. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Governo gasta R$ 106,8 bi com juros
Prefeituras, Estados e o governo federal gastaram, de janeiro a julho, R$ 106,8 bilhões com o pagamento de juros aos credores da dívida pública. É a primeira vez que, nos sete meses iniciais do ano, o custo dos juros supera os R$ 100 bilhões. O valor registrado neste ano representa um aumento de 14,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. Dados divulgados ontem pelo Banco Central confirmam também que a arrecadação de impostos não pára de crescer e continua a garantir o chamado superávit primário – balanço de receitas menos despesas, excluídos gastos com juros. Quando o peso dos juros é incluído na conta, chega-se a uma déficit nominal, indicador a que o Ministério da Fazenda pretende dar maior ênfase a partir de 2010. Nos sete primeiros meses de 2008, o resultado nominal é de R$ 8,6 bilhões negativos. Apesar disso, o déficit acumulado no ano é 35% menor do que de janeiro a julho de 2007 e o mais baixo para o período desde 1993. “O resultado é bastante razoável, até elevado”, avaliou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. (págs. 1, B1 e B3)

Servidores custarão mais 16,5%
A despesa com o pagamento do funcionários ativos e aposentados vai aumentar R$ 22 bilhões em 2009, de acordo com o projeto de lei do Orçamento da União divulgado ontem. Em relação ao PIB, o gasto com servidores era o maior desde 1995. (págs. 1 e B4)

Planalto avalia três propostas de intervenção no petróleo
A comissão que discute mudanças nas regras do petróleo estuda três opões para as áreas do pré-sal. Na mais forte, a União abriria mão de suas reservas localizadas em torno das atuais descobertas em troca de novas ações da Petrobras. Na segunda, a União seria sócia nos blocos descobertos. A terceira afastaria investidor privado. (págs. 1 e B10)


Voto de relator no STF mantém reserva indígena
O ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), propôs que a reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, seja demarcada de forma contínua, com a saída dos agricultores que plantam arroz nas terras. Relator do caso, Ayres Britto rejeitou a idéia de criação de “ilhas” para populações indígenas. O relator foi o único dos 11 membros do STF a votar no primeiro dia do julgamento, pois o ministro Carlos Alberto Direito pediu vistas do processo, adiando a decisão. A causa das tribos foi defendida pela advogada Joênia Batista Carvalho, primeira índia a obter registro da OAB. (págs. 1 e A4)

Surumu segue a votação pela TV
Em Surumu, vilarejo na entrada da reserva Raposa Serra do Sol, cerca de 500 índios acompanharam a votação no STF pela TV. Eles farão manifestações até que saia a decisão do Supremo. A Polícia Federal aumentou seus contingente na região. (págs. 1 A6)


81 cursos de Direito vão perder 54% das vagas
Oitenta e um cursos de Direito com avaliações ruins perderão 54% das vagas a partir do próximo vestibular. Serão 24.380 postos a menos no País, a maioria (14.527) no Estado de São Paulo. A medida do governo visa a melhorar a qualidade dos cursos com conceito baixos no Enade e na prova da OAB. (págs. 1 e A21)

A ampliação da modernização da Justiça
A área jurídica do governo quer repetir a dose, ampliando a reforma infraconstitucional do Judiciário. Propostas simples e sensatas permitirão à Justiça poupar tempo e dinheiro. (págs. 1 e A3)

Morre Olavo Setúbal, aos 85 anos
O presidente do Conselho de Administração do banco Itaú, Olavo Egydio Setúbal, morreu ontem, aos 85 anos. Setúbal foi prefeito de São Paulo, entre 1975 e 1979, e ministro das Relações Exteriores no governo Sarney. (págs. 1, B6 e B7)

9% dos estudantes de SP são fumantes
Pesquisa foi feita com alunos do ensino fundamental e médio da cidade. (págs. 1 e A18)

Artigo – O terceiro setor
Marcelo Rocha: ele precisa de profissionalização e gestão mais transparente. (Págs. 1 E A2)


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Jornal do Brasil

Jovens fogem das urnas
As eleições deste ano no Rio vão contar com o menor número de eleitores entre 16 e 17 anos desde de 1992 – apenas 0,6% do total. No Brasil, no mesmo período, o número de eleitores desta faixa etária, cujo voto é facultativo, caiu quase à metade. A tendência de evasão das urnas, verificada duas décadas depois de os jovens conquistarem o direito ao voto, é creditada ao desencanto com os políticos e os partidos. (págs. 1 e Eleições A11)

Direito perde 54% das vagas no país
O Ministério da Educação decidiu fechar 54% das vagas oferecidas por 81 cursos de Direito em todo o país. No Rio, 14 faculdades foram punidas, com redução de 2.996 vagas. A mudança reflete a supervisão nacional no ensino universitário realizada por uma comissão do MEC nos últimos 11 meses. Os critérios para o corte incluíram a nota do Exame Nacional de Desempenho Estudantil (Enade) e o percentual de alunos aprovados no exame da OAB. (págs. 1 e País A12)

Governo prevê investir R$ 119 bi
O projeto de orçamento do governo federal e das estatais para 2009 prevê investimentos de R$ 119,1 bilhões, 24,3% maior que o total deste ano. A maior parte virá da Petrobras: R$ 53 bilhões. O salário mínimo previsto é de R$ 464,72 em 2009. (págs. 1 e Economia A17)

Olavo Setúbal morre aos 85 anos
Presidente do Conselho de Administração da Itaúsa, holding que controla o segundo maior banco privado do país, o Itaú, Olavo Egydio Setúbal morreu ontem de insuficiência cardíaca no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. (págs. 1 e Economia A20)

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Correio Braziliense

Matança no entorno só aumenta
A força nacional de segurança e a polícia goiana são incapazes de conter a violência no Entorno. De janeiro a julho deste ano, 240 pessoas foram assassinadas na região vizinha ao Distrito Federal, segundo levantamento do Correio. Esse número é 5,7% superior às mortes computadas no mesmo período do ano passado. Os dados também revelam um aumento na quantidade de lesões corporais graves, inclusive à bala. O quadro é agravado pela falência do aparato policial: a falta de delegados e de PMs atingiu níveis críticos. (págs. 1, 45, 46 e 30)

Agora vai - MP do reajuste sai até o fim do dia
Com atraso de três meses, Palácio do Planalto promete para hoje a medida provisória concedendo reajuste a 300 mil funcionários públicos federais. (págs.1 e 22)

Advocacia - MEC corta 2,7 mil vagas em faculdades do DF
Cursos de direito da Unieuro, Uniplac, Unip e Uniplan são punidos. No país, governo elimina 24,2 mil cadeiras. (págs. 1 e 49)

Índio em alta no Supremo
Relator vota a favor dos indígenas na disputa pelas terras da reserva Raposa Serra do Sol (Roraima), mas decisão é adiada. Da etnia uapixana, a advogada Joênia Carvalho ocupa a tribuna e faz história no STF. (págs 1, 16 e 17)

Em vez de médicos e hospital, abadá e ioga
Quinta reportagem da série sobre gastos no sistema de saúde mostra destino incerto do dinheiro federal mandado aos municípios. Pelo menos R$ 70 milhões em repasses se perderam na compra de itens exóticos, mimos e outros badulaques. (págs. 1, 4 e 5)

- 0,32%
Com a deflação do IGP-M neste mês, correção dos aluguéis cai de 15,1% para 13,6%. (págs. 1 e 24)

O mistério do leite
Produto especial para crianças alérgicas some do estoque da Secretaria de Saúde. Uma lata chega a R$ 1 mil. (págs. 1 e 48)

Salários - Aumento para 23 mil servidores do GDF
A Câmara Legislativa aprovou acréscimo de 10% nos vencimentos de 23 mil servidores, entre dentistas, enfermeiros e agentes de saúde. (págs. 1 e 50)

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Valor Econômico

BC vigia liquidez e risco de crédito dos bancos
O Banco Central está monitorando mais de perto o crédito bancário. Ao longo do primeiro semestre, os fiscais do BC intensificaram as visitas às instituições financeiras para conferir a consistência da classificação de risco de crédito. Nessas visitas, têm verificado se as garantias cobrem de fato os empréstimos, exigindo mais capital próprio quando a cobertura do risco não é adequada.
Outra frente de atuação do BC é quanto à liquidez. Já existe regulamentação sobre o tema, a Resolução nº 2.804 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que determina que os bancos têm de montar estruturas de análise e controlar os riscos de liquidez. A fiscalização verificou como essas regras estavam sendo cumpridas. Isso estimulou algumas instituições a captarem com prazos mais longos, o que foi um dos fatores responsáveis pela alta nos juros dos CDBs desde o primeiro semestre.
Para acompanhar mais de perto os riscos de liquidez, o BC também baixou em julho a Circular nº 3.394, ampliando as informações que devem ser fornecidas pelos bancos.
O BC acredita que a realidade brasileira é bem diferente da que levou à recente crise dos financiamentos imobiliários nos EUA. Não está nos planos nenhuma medida regulatória para conter o atual ciclo de expansão do crédito. Ao contrário dos EUA, as captações de bancos feitas nos mercados de capitais são pequenas. O volume total de operações securitizadas no Brasil é de apenas R$ 60 bilhões. Os bancos brasileiros captam basicamente no varejo e são menos vulneráveis a paradas súbitas de financiamento. Os depósitos compulsórios elevados são uma ferramenta importante para lidar com crises de liquidez.
As estatísticas não mostram, na visão do BC, um movimento preocupante de alongamento dos prazos. O período médio dos financiamentos de veículos - que parou de crescer - foi de 590 dias para operações contratadas em julho, menos de dois anos.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já vê os primeiros sinais de desaceleração da economia e avalia que não é o momento de adotar mais medidas para conter a expansão do crédito. "Não é hora de mexer, é hora de esperar", disse ontem, em entrevista ao Valor. (págs. 1 e A5)

Carga de tributos deve ultrapassar PIB em 2009
O projeto de lei orçamentária enviado ontem ao Congresso indica que a carga tributária federal continuará crescendo mais do que o Produto Interno Bruto (PIB) em 2009. Pelas projeções contidas na proposta, comparadas à última reestimativa oficial para 2008, o volume de receitas primárias da União aumentará 13%, enquanto o PIB deve crescer 10,53%, em termos nominais.
Anunciados pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, os números da proposta orçamentária mostram que as despesas vão crescer, em tese, ainda mais do que as receitas. O governo propõe que o Congresso autorize gastos primários 12,74% maiores do que espera executar em 2008. O crescimento não será linear. As despesas obrigatórias vão crescer, em média, 13,1%. Nessa categoria estão os gastos com pessoal, cujo crescimento será de 16,5%. Segundo o ministro, ainda nesta semana duas novas medidas provisórias concedendo reajustes ao funcionalismo federal serão encaminhadas ao Congresso. Outras quatro foram editadas desde o início do ano. Já incluído no projeto para 2009, o impacto desses aumentos será diluído no tempo, pois os percentuais de reajuste foram parcelados. (págs. 1 e A4)

Negócios com terras atraem investidores internacionais
A forte demanda por terras agrícolas no Brasil tem atraído grupos nacionais e estrangeiros que estão se associando a fundos e investidores, sobretudo internacionais, para negociar a compra e venda de propriedades rurais, com tendência de valorização futura. O Valor apurou que quatro empresas planejam investir no país mais de US$ 1 bilhão nos próximos meses.
A Agrifirma, que tem entre seus acionistas investidores ingleses, vai captar US$ 500 milhões para investir em terras. A empresa já adquiriu 20 mil hectares, mas pretende crescer dez vezes mais. A americana AIG Capital Investments adquiriu 37% de participação na Calyx Agro, que já tinha como sócio o grupo francês Louis Dreyfus. "A idéia é comprar terras para investir na produção agrícola e vender essas propriedades depois", explica Marcelo Aguiar, diretor da AIG Investments. Já o presidente da Calyx Agro, Axel Hinsch, conta que a empresa tem duas propriedades na região dos Estados do Maranhão, Piauí e Tocantins. "Vamos alcançar cem mil hectares até o fim do ano", diz. O grupo Cosan criou a empresa Radar, que também terá sócios estrangeiros. (págs. 1 e B14)

Sodexo vai atuar com recebíveis
Dona de um terço do mercado brasileiro, a Sodexo, maior empresa de vale refeições do país, quer ampliar sua atuação com uma financeira. A autorização já foi solicitada ao Banco Central. O objetivo é trabalhar com a antecipação dos recebíveis dos mais de 120 mil restaurantes filiados à sua rede.
Desde sua chegada ao país, em 1996, a Sodexo cresceu por meio de uma série de aquisições, até a compra da VR no ano passado. A partir de agora, a aposta é no crescimento orgânico e no desenvolvimento de novos produtos. "Ainda há muito espaço para crescer na área de benefícios. No mercado formal de trabalho existe mais de 26 milhões de pessoas não incluídas", diz o presidente Geraldo França. (págs. 1 e C14)

Destaques – Retração nos preços
O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou em agosto a primeira deflação mensal desde abril de 2006, com queda de 0,32%. Como resultado, o índice acumula alta de 8,35% no ano e de 13,63% em 12 meses. Os preços no atacado (IPA) caíram 0,74%. (págs. 1 e A6)

Destaque – Infra-estrutura portuária
O Brasil vai precisar de mais 105 berços de atracação – atualmente são 82 – e 22 milhões de metros quadrados de área nos portos para atender a demanda de cargas por volta de 2017. O investimento necessário atinge US$ 25 bilhões. (págs. 1 e B7)

Destaques – Acordo de leniência
A Bridgestone assinou acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cadê) pelo qual pagou R$ 1.5 milhão e se comprometeu a entregar provas para subsidiar investigação sobre cartel no mercado de mangueiras marítimas. Em troca, o processo contra a empresa foi arquivado. (págs. 1 e B9)

Idéias – Cláudio Haddad: a discussão do pré-sal está sendo política e pontuada por proposições equivocadas (págs. 1 e A2)

Idéias – Maria Inês Nassif: a situação de Alckmin na disputa paulistana não é nada boa e tende a piorar (págs. 1 e A7)

Olavo Setubal morre em São Paulo
Morreu ontem, aos 85 anos, por insuficiência cardíaca, Olavo Egydio Setubal. O empresário teve papel fundamental na construção do segundo maior banco privado do país, o Itaú, e da quinta maior holding brasileira, a Itaúsa, com negócios na área industrial (Duratex, Itautec e Elekeiroz). A morte de Olavo Setubal não afeta a administração do grupo. Desde o início da década, ele presidia os conselhos de administração da Itaúsa e do Itaú. Com a saúde debilitada, estava cada vez mais afastado dos negócios.
O velório de Setubal teve a presença de representantes dos setores financeiro, empresarial e também da área política. Setubal foi prefeito de São Paulo na década de 70 e ministro das Relações Exteriores na década de 80. (págs. 1, C4 e C5)

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Gazeta Mercantil

Contratos atuais do pré-sal favorecem fornecedor externo
Os blocos já licitados de exploração de petróleo situados na camada pré-sal desestimulam a indústria brasileira e favorecem a contratação de bens e serviços no exterior. Isso porque o índice de nacionalização exigido em leilões de concessão realizados em períodos anteriores ao governo Lula — que englobam algumas das áreas mais badaladas das reservas do pré-sal — girava em menos de 40%, enquanto nos mais recentes o conteúdo nacional mínimo para a região supera os 80%. No bloco BM-S-11, onde está o mais importante campo da promissora região petrolífera, o de Tupi, licitado em 2000 —, a Petrobras, o grupo britânico BG e a portuguesa Galp, responsáveis pela área, se comprometeram a encomendar de fornecedores locais apenas 35% dos bens e serviços necessários à fase de exploração. Nesta semana, a Petrobras deu mostras da necessidade de buscar materiais fora do País ao fechar acordo com a japonesa Mitsui para a construção de um navio-plataforma no Japão para atender especialmente o campo de Tupi.

Com o objetivo de resgatar a indústria naval brasileira, o governo quer privilegiar empresas que oferecem elevados índices de nacionalização. Segundo o advogado Paulo Valois, o governo terá de quebrar contratos se quiser aumentar o conteúdo local de áreas licitadas. Ontem, o ministro Marco Aurélio Garcia disse que o Brasil poderá receber apoio dos países sul-americanos no desenvolvimento de um complexo industrial destinado ao pré-sal. (págs. 1 e C2 )

Investimento do governo para 2009 passa de R$ 119 bi
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, entregou ontem ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Orçamentária (LDO) de 2009 com as projeções de investimentos do governo e estatais. No próximo ano serão aplicados R$ 119,1 bilhões, valor que supera em 24,3% os R$ 95,8 bilhões do orçamento de 2008.

As estatais devem investir R$ 79,7 bilhões no ano que vem, montante 26,7% maior. O aporte mais elevado de recursos caberá à Petrobras, que prevê desembolsar R$ 53 bilhões em projetos no País, além de R$ 12,4 bilhões no exterior.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deve contar com R$ 21,2 bilhões para seus investimentos no próximo ano. A cifra é 18,4% maior que os R$ 17,9 bilhões estimados. Com aportes mais altos, a previsão de receita também cresceu e está avaliada em R$ 808 bilhões em 2009. (págs. 1 e A5)

Financiamento de imóvel tem crescimento histórico no semestre
Dados da Abecip indicam que, no período de janeiro a julho deste ano, foram financiadas 163.146 unidades e este resultado representa quase 63% dos imóveis financiados entre agosto de 2007 e julho de 2008. O aumento da demanda no mercado de crédito imobiliário que vem desde 2005 tem permitido grandes mudanças no perfil das operações, entre elas a presença de imobiliárias como correspondentes imobiliárias da Caixa Econômica Federal e também a extensão dos prazos de financiamento, que atualmente podem chegar a 30 anos. O atual cenário do financiamento de imóveis está nas páginas do Suplemento Especial Crédito Imobiliário que circula com esta edição.(pág. 1)


Licitações de PCs atraem nova disputa
Uma série de licitações para computadores voltados a escolas públicas esperada para o segundo semestre atrai empresas novas neste mercado. Em 9 de setembro, o Ministério da Educação (MEC) licitará 7 mil computadores e 35 mil terminais de acesso para o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) Rural. O edital da versão urbana do programa está em elaboração — juntos somarão 300 mil máquinas — e ainda há um pregão suspenso para 150 mil laptops educacionais.

De olho nesse mercado, a Dell anunciou ontem seus primeiros computadores específicos para países em desenvolvimento, que têm como um dos focos educação e governo. A filial brasileira participou da formatação dos produtos para que possam competir aqui. A também americana NComputing traz esta semana executivos para explicar ao MEC sua tecnologia de acesso remoto com a qual pretende concorrer ao Proinfo. (págs. 1 e C1)


Primeiro Plano – Real forte afeta as pequenas
Sondagem realizada pela CNI mostra que a valorização do real em relação ao dólar ameaça o crescimento de empresas industriais de pequeno e médio portes que atuam no mercado externo. (págs. 1 e A8)

Primeiro plano – IGP-M registra deflação de 0,32%
O IGP-M registrou a menor taxa desde abril de 2006. Em agosto, o indicador apresentou deflação de 0,32%, após alta de 1,76% em julho, segundo a FGV. (págs. 1 e A6)

Primeiro plano – Uma nova Petrobras?
As recentes descobertas de reservas de petróleo e gás natural despertaram uma discussão sobre a possibilidade da criação de uma nova estatal. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)


O Banqueiro
Morreu ontem em São Paulo, aos 85 anos, Olavo Egydio Setubal, fundador do Banco Itaú. Ex-prefeito de São Paulo, foi também ministro de Relações Exteriores no governo de José Sarney. Engenheiro mecânico, iniciou seu conglomerado financeiro-industrial com a Deca em 1947, para fabricar chaves e fechaduras.(págs. 1, A10, A11 e A12)

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Estado de Minas

Ele tinha um sonho... E ele, tem
Hoje, 45 anos depois de Martin Luther King revolucionar os direitos civis nos Estados Unidos com um dos discursos mais célebres e contundentes da história, o mundo vê Barack Obama despontar como a encarnação do sonho da igualdade racial nos EUA e se pergunta: o que esperar do senador democrata caso ele se torne o primeiro negro a ocupar a presidência americana? Atrás dessa resposta, o Estado de Minas ouviu especialistas em economia e política externa e traçou um perfil do candidato ao cargo de homem mais poderoso do planeta.
Saiba como e por que o resultado da eleição americana pode mexer com a sua vida qual dos dois é melhor para o Brasil: Mccain ou Obama? confira a opinião de dois analistas leia, recorte e guarde a íntegra do revolucionário discurso de Martin Luther King. (págs. 1, 20 a 23)


R$ 464,72 é quanto deve ser o novo salário mínimo a vigorar em fevereiro (págs. 1 e 15)

Raposa Serra do Sol
STF adia julgamento sobre a demarcação da reserva. (págs. 1, 12 e 13)

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Jornal do Commercio

Governo propõe mínimo de R$ 464
Na proposta do Orçamento da União de 2009, apresentada ontem ao Senado, valor sobe de R$ 415 para R$ 464,72, a partir de fevereiro. Cálculo inclui a variação do INPC acumulado nos últimos 12 meses e representa um aumento de R$ 49,72. (pág. 1)

Aumento de servidor federal passa no Senado e vai à sanção (pág. 1)

Operação destrói carvoarias ilegais no Sertão pernambucano (pág. 1)

Estado reage e vai contratar médicos (pág.1)

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