terça-feira, 4 de março de 2014

União da Ilha transporta o público de volta à infância com leveza e diversão

Brinquedos de todos os tipos e cores provocaram nostalgia nesta segunda.
Desfile esbanjou criatividade e conquistou a simpatia na Sapucaí.

Do G1, em São Paulo
Fotos do desfile da União da Ilha (Foto: Editoria de Arte/G1)

A União da Ilha do Governador levou o público da Sapucaí a uma divertida viagem pela infância na noite desta segunda-feira (3), com um desfile divertido que esbanjou criatividade. A escola entrou na avenida às 22h30 e, em 81 minutos, fez jus à proposta do enredo: "É brinquedo, é brincadeira, a Ilha vai levantar poeira!"  (veja todas as fotos do desfile da União da Ilha).
A nostalgia tomou o sambódromo já no início da apresentação, com a comissão de frente coreografada por Jaime Arôxa e com a participação de artistas circenses da Austrália e do Cirque du Soleil. Na dança, um casal de idosos abriu um enorme baú de memórias cheio de brinquedos que fizeram parte de sua infância, como falas, monstros e palhaços. A eles se seguiu um enorme bebê engatinhando no primeiro tripé, além do primeiro casal de mestre-sala e porta-baneira. A bela fantasia de Christiane Caldas ganhou um enorme dado. Junto de Marcinho, ela dançou ao redor de 28 peças de dominó.

"Empina a pipa, vá brincar de roda / de pique-esconde, / correr e pular, / que a brincadeira não tem hora", disse o samba contagiante, que foi acompanhado pelas vozes dos 3.800 espalhados em 32 alas e sete alegorias. O abre-alas chegou imponente em alusão à fábrica de brinquedos de São Nicolau, após uma ala que trouxe os brinquedos mais antigos do mundo, como bonecas feitas de barro.

As alas foram ordenadas na ordem cronológica do amadurecimento. Soldadinhos, bailarinas, bonecos de mola e de porcelana, ursos de pelúcia, palhaços e outros brinquedos que marcam a primeira infância deliciaram o público em fantasias leves e divertidas. As atrizes Letícia Spiller e Cacau Protásio encarnaram, respectivamente, uma bailarina de caixinha de música e Cinderela, uma das principais princesas da Disney. "A gente sempre segue um padrão de princesa, loirinha, magra, e eu venho como fora desse modelo. Mostrando que qualquer criança pode ser princesa", afirmou Cacau ao G1 antes de entrar na avenida. 
Em seguida entraram os brinquedos educativos, como o tapete de quebra-cabeça com as letras do abecedário, o cubo mágico, os legos, o pega varetas... A escola também não esqueceu dos jogos de tabuleiro e o xadrez e, claro, a paixão da maioria dos meninos, que ganhou um carro em formato de mesa de pebolim e uma brilhante fantasia na ala das baianas.
Para a garotada mais velha, não faltaram super-heróis de todas as épocas, desde o He-Man e a She-Ra, dos anos 1980, até o Capitão América, que voltou à moda em filmes recentes, e videogames clássicos como o PacMan e o pinball, e os robôs mais modernos, incluindo os famosos transformers. O carro alegórico desse setor apresentou um pequeno problema em uma das partes, que acabou se inclinando. O destaque no topo desta parte passou por momentos apreensivos, mas não precisou ser retirado dali, e o carro cumpriu o trajeto esperado.
Mas nem tudo foi brincadeira no enredo da escola, que defendeu o direito das crianças a vivenciarem uma infância plena, independente de sua classe social. Além disso, a escola debateu a atual pressão do mercado e o consumismo infantil. Em seu quinto carnaval no Grupo Especial desde seu retorno à elite do carnaval carioca, em 2010, a escola entrou na avenida para tentar repetir e, quem sabe, superar seu melhor resultado, o 3º lugar em 1989. O resultado foi um dos desfiles mais originais do ano na Sapucaí.
 


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