terça-feira, 12 de abril de 2011

O que Publicam os Principais Jornais do País, nesta terça-feira

O Globo

Manchete: Referendo para proibir venda de armas já divide Congresso
Senadores sugerem amplo debate ou acordo entre governo e fabricantes

A proposta de revisão do Estatuto do Desarmamento a partir de um novo referendo popular, que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pretende apresentar, já encontra resistências no Congresso. Senadores, como o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), defendem um amplo debate antes da consulta. Outros, como Paulo Paim (PT-RS), acham que um acordo entre governo e fabricantes de armas seria mais eficaz. Embora mais de 60% da população brasileira tenham votado contra a proibição da venda de armas e munição no Brasil no referendo de 2005, Sarney acredita que a comoção provocada pelo massacre na escola de Realengo possa mudar o sentimento em relação ao assunto. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou para 6 de maio o início de uma nova campanha nacional pelo desarmamento, que deve durar até o fim do ano. (págs. 1 e 12)

Quebrado o sigilo do assassino

A Justiça do Rio autorizou a quebra dos sigilos dos telefones (fixos e móveis), de todos os e-mails e do site do Orkut usados por Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre em Realengo. A investigação tenta identificar os integrantes de um suposto grupo extremista do qual o atirador teria feito parte. (págs. 1 e 13)

Em Santos, onda de ataques deixa um morto e 7 feridos (págs. 1 e 11)

Foto-legenda: Civilidade
Vizinhos e ex-alunos da Escola Tasso da Silveira fazem mutirão para pintar o muro da casa onde o assassino Wellington de Oliveira morou com a família, em Realengo. Pais e alunos voltaram à escola para rever os professores e recuperar as mochilas abandonadas durante o ataque. (págs. 1 e 13 a 18)
Costa do Marfim: deposto sai com tapa na cara
Foi humilhante a saída do presidente Laurent Gbagbo, que há dez dias estava entrincheirado na residência oficial, em Abidjã, na Costa do Marfim, e se recusava a deixar o poder, após perder as eleições: ele foi preso por forças do presidente eleito, Alassane Ouattara, com a ajuda da França, e levou um tapa na cara de um soldado. Abatido e derrotado, Gbagbo foi levado para um hotel, onde trocou de roupa em frente às câmeras da TV e pediu pelo fim dos combates. Apesar do desfecho favorável, não será fácil, para Ouattara, unificar o país dividido. (págs. 1 e 27)

Foto legenda: Gbagbo e a mulher Simone no quarto sw hotel para onde o casal foi levado, após a prisão: 10 dias entrincheirado
Ninguém segura esse crédito
A ofensiva do governo para restringir compras a prazo, iniciada em dezembro e reforçada semana passada com o aumento do IOF, não surte efeito. Em várias redes de varejo, não houve redução dos prazos de financiamento. Em SP, por exemplo, as vendas já cresceram 6,9% este ano. (págs. 1, 21 e editorial “Voluntarismo na política econômica”)
China compra carne suína e jatos do Brasil
A visita da presidente Dilma Rousseff à China foi marcada por acordos para compra de carne de porco de três frigoríficos brasileiros e aviões da Embraer. Só de jatos Legacy, poderão ser 450. (Págs. 1 e 22)
Plano não pune fraudes na Educação
O governo federal retirou do novo Plano Nacional de Educação a Lei de Responsabilidade Educacional, que teria o poder de punir gestores responsáveis por desvios ou mau uso de verbas no setor. (págs. 1 e 3)
MG descobre 40 ossadas de mastodontes
Pesquisador encontra 40 fósseis de mastodontes que viveram há 60 mil anos em Araxá. A descoberta pode ajudar a explicar, por exemplo, o mistério da extinção desse parente do elefante. (págs. 1 e 30)
Procurador-geral pede ao STF arquivamento de inquérito sobre Temer (Págs. 1 e 5)

Muçulmanas desafiam lei do véu na França
A prisão de duas manifestantes marcou o início da lei que proíbe o uso do véu islâmico em locais públicos na França, primeiro país da Europa a adotar a medida. Cobertas dos pés à cabeça, 12 mulheres protestaram diante da Catedral de Notre Dame. (Págs. 1 e 28)
Atentado no metrô põe Bielorrússia em estado de alerta (Págs. 1 e 29)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Oposição deve desistir de buscar o 'povão', diz FHC
Para ex-presidente, é preciso conquistar as novas classes médias antes que elas sejam atraídas por Dilma Rousseff

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defende mudança de estratégia para rearticular as forças de oposição. Segundo o tucano, em vez de buscar o “povão”, envolvido pelo PT, é hora de dirigir as ações para as “novas classes médias”.

“Enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT influência sobre os ‘movimentos sociais’ ou o ‘povão’, isto é, as massas carentes ou pouco informadas, falarão sozinhos”, apontou FHC em texto que sairá nesta semana. (Pág. 1 e Poder, Pág. A4)
Foto-legenda: No mar
Ativistas do Greenpeace protestam contra navio da Petrobras que pesquisa petróleo em águas profundas na Nova Zelândia; empresa interrompeu atuação. (Pág. 1 e Mercado, Pág. B5)

Foto-legenda: Na terra

Por não querer se identificar, mulher é presa perto da Notre Dame (Paris) em ato contra o veto ao uso de véu em público; a medida vigora desde ontem. (Pág. 1 e Mundo, Pág. A14)
TCU confirma que cartilhas de Lula foram superfaturadas
O Tribunal de Contas da União confirmou superfaturamento e pagamento por serviços-fantasmas em contratos para imprimir 5 milhões de cartilhas sobre a gestão Lula, de 2003 a 2005.

O desvio chega a R$ 11,7 milhões, segundo o TCU. A defesa de membros do governo diz que o tribunal desconsiderou provas. (Pág. 1 e Poder, Pág. A7)
País testará implante absorvível
O Brasil começa a testar daqui a duas semanas um dispositivo bioabsorvível para desobstruir artérias do coração bloqueadas por gordura. O modelo foi aprovado na Europa neste ano.

A nova prótese, feita de polímero, é absorvida pelo corpo seis meses depois de ser colocada e pode evitar inflamações provocadas pelo stent de metal, que é usado atualmente. (Pág. 1 e Saúde, Pág. C10)
Na Costa do Marfim, França ajuda a prender ex-presidente
Após quatro meses de impasse político, aliados do presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, prenderam o rival Laurent Gbagbo, que se recusava a entregar o poder.

Após novo ataque de helicópteros da França, blindados cercaram a residência oficial onde Gbagbo estava havia sete dias. (Pág. 1 e Mundo, Pág. A11)
Cotidiano
Sarney quer outro referendo sobre a venda de armas. (Págs. 1 e C5)
Foto-legenda: No campus
Aluno passa por lixo que faxineiras terceirizados em greve jogaram na Faculdade de Filosofia (USP); prefeitura prometeu Virada Cultural limpa. (Pág. 1 e Cotidiano, Págs. C1 e C6)
Editoriais
Leia “Alternativas de justiça”, sobre proposta de novo Código de Processo Penal, e “A USP e o termômetro”, que comenta rankings de universidades. (Pág. 1 e Opinião, Pág. A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Congresso vai discutir novo referendo sobre armas
Após o massacre de Realengo, senadores querem repetir consulta de 2005, que derrubou veto à venda

Como reação ao massacre de crianças numa escola em Realengo (Rio), o Senado vai discutir agora a possibilidade de se fazer um novo referendo sobre a venda de armas no País. A proposta será levada pelo presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), aos líderes partidários em reunião hoje. Em 2005, a consulta popular levou à derrubada de um artigo do Estatuto do Desarmamento que proibia o comércio de armas no País. Para Sarney, o resultado contrário ao desarmamento não é um impeditivo para que se realize uma nova consulta popular. Câmara e Senado teriam de votar nova legislação proibindo a venda de armas, antes de levar o tema a consulta popular. Ontem, o governo anunciou que vai adiantar o início da Campanha de Desarmamento para 6 de maio. Uma das ideias é pagar também pelas munições que forem entregues. (pág. 1 e Cidades, pág. C1)

Cenário: Felipe Recondo

Legislativo sempre reage a clamor popular (pág. 1 e Cidades, pág. Cl)

Atirador atuou sozinho

O atirador Wellington Menezes de Oliveira será apontado como único responsável pelos 12 homicídios e ao menos 12 tentativas de assassinato na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, ocorridos quinta-feira passada. Especulou-se que Wellington poderia ter tido ajuda de outras pessoas, mas a polícia descartou essa hipótese. (pág. 1 e Cidades, pág. C3)
Preso ex-líder da Costa do Marfim
Laurent Gbagbo se recusava a deixar o poder, mesmo tendo perdido as eleições

Soldados da ONU, da França e milicianos opositores prenderam Laurent Gbagbo, ex-presidente da Costa do Marfim, em seu bunker, em Abidjã. A detenção encerrou quatro meses de conflitos armados entre partidários do ex-chefe de Estado, que tentava se manter no poder pela força, e milícias de oposição. Alassane Ouattara, vencedor das eleições e reconhecido como presidente legítimo, agora terá a missão de pacificar o país. (pág. 1 e Internacional, pág. A9)

Foto legenda: Fim de Linha - Gbagbo e a mulher, Simone, detidos em hotel: ele pediu a simpatizantes que parassem combates
Humala fala em 'muitas concessões'
O nacionalista Ollanta Humala e Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, já costuravam alianças para o segundo turno presidencial no Peru, relata a enviada especial Renata Miranda. Ambos sofrem alta rejeição. Humala se disse disposto a “muitas concessões”. Já Keiko deve ter apoio de eleitores do terceiro colocado na disputa, Pedro Pablo Kuczynski, que integram a classe alta. (pág. 1 e Internacional, pág. A10)
Foto legenda - Burca agita a França
No 1º dia da lei que proíbe o uso da burca no país, três mulheres foram presas em Paris durante protesto. (pág. 1 e Internacional, pág. A12)
FMI prevê que déficit do País crescerá
Relatório do FMI prevê que o buraco nas contas externas do Brasil vai crescer até pelo menos 2016, se o governo mantiver a atual política econômica, informa Rolf Kuntz, enviado especial a Washington. O déficit na conta corrente do balanço de pagamentos deve chegar neste ano a 2,6% do PIB e a 3,6% em cinco anos. Os economistas do Fundo também preveem forte inflação no Brasil. (pág. 1 e Economia, págs. B8 e B9)
Na elite da burocracia, 6,7 mil não têm concurso (pág. 1 e Nacional, pág. A4)

Explosão mata 11 e fere 126 na Bielo-Rússia (Pág. 1 e Internacional, Pág. A11)

Celso Ming: A reboque das expectativas
É visível a deterioração da credibilidade do Banco Central e do governo na condução das expectativas do mercado no que diz respeito à inflação. (pág. 1 e Economia, pág. B2)
Notas & Informações: Os primeiros cem dias
A orientação adotada até agora levará a um crescimento seguro ou agravará os desajustes? (págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Depois do temporal, a chuva de prejuízos
Moradores e comerciantes da Asa Norte fazem as contas das perdas com a forte chuva de domingo. Atingida em cheio, a Universidade de Brasília ainda não sabe quanto foi destruído em pesquisas e equipamentos. Estudos de 2009 apontam a necessidade urgente de obras nas galerias pluviais nas proximidades da UnB. Se tivessem sido feitas, poderiam ter evitado o pior. (Págs. 1, 25 a 28 e Visão do Correio, Pág. 18)

Foto legenda: Sala onde fica a UnB TV, no subsolo do Instituto Central de Ciências: documentos, móveis e equipamentos danificados pelo temporal

Foto legenda: Márcio Almeida teve o carro destruído

Foto legenda: Jacira Lisboa: perda de R$ 29 mil no bar
Dilma busca acordo sobre Conselho de Segurança da ONU
A indefinição da África do Sul, o mais novo país a integrar o Bric, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia e China, impediu que diplomatas concluíssem ontem comunicado conjunto sobre a ampliação do Conselho de Segurança da ONU. Dilma e os demais chefes de Estado devem assinar o documento em reunião de cúpula na quinta-feira. A presidente brasileira chegou a Pequim na manhã de ontem (23h30 de domingo em Brasília). (Págs. 1 e 2 a 7)

Aviões da Embraer em céu chinês (Págs. 1 e 3)

Carne suína brasileira é liberada (Págs. 1 e 5)
Tiros em Realengo: Pais voltam ao local do massacre
Cinco dias após o assassinato de 12 crianças, a escola Tasso da Silveira, no Rio, passou por uma faxina. Pais e mães puderam retirar o material das salas de aula. Seis dos 12 feridos continuam internados. No domingo, o ataque de um pistoleiro levou medo às cidades de Santos e São Vicente, em São Paulo. Uma pessoa morreu. (Págs. 1, 10 e 11)
Presidente da Costa do Marfim irá a julgamento (Págs. 1 e 20)

Foto-legenda: Selvageria no Conic
Um advogado é acusado de atirar num coronel, após os dois terem discutido e brigado no elevador. As câmeras do prédio flagram a brutalidade. (Págs. 1 e 31)
Caixa de Pandora: Durval fica em Brasília e sem escolta
Delator do esquema de corrupção que abalou a cidade, o ex-secretário do GDF se recusou a entrar no Programa de Proteção à Testemunha do governo federal. Ele teria que deixar a cidade e trocar de identidade. Desde ontem, a Polícia Civil deixou de realizar a segurança de Durval, que, a pedido da Justiça, deveria ficar a cargo da PF. (Págs. 1 e 36)
Servidor: GDF corta os salários de 10 mil
Quase 8% dos 130 mil funcionários ativos, aposentados e pensionistas dos órgãos públicos locais não se recadastraram e terão suspensos os vencimentos de abril. Esse percentual surpreendeu o Governo do Distrito Federal, que instalará dois postos de atendimento para dar uma última chance àqueles que perderam o censo previdenciário. (Págs. 1 e 35)
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Valor Econômico

Manchete: Salários em alta corroem a produtividade na indústria
A margem da indústria para acomodar aumentos salariais por meio de ganhos de produtividade acabou. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, a produtividade cresceu 4,1%, enquanto a folha de pagamento por trabalhador subiu 3,65%, já descontada a inflação - uma diferença inferior a 0,5 ponto percentual. Em meados do ano passado, a folga superava 6 pontos percentuais. Enquanto a produtividade subia 8,1% em 12 meses até julho de 2010, as despesas salariais acumulavam alta de 1,9%.

Salários que avançam acima da produtividade preocupam porque tendem a alimentar a inflação, já que as empresas são levadas a repassar os aumentos de custos para os preços. A concorrência dos importados dificulta o movimento em alguns setores, mas a demanda forte ajuda a sancionar repasses. No momento em que a inflação se aproxima do teto da meta perseguida pelo Banco Central, de 6,5%, essa é uma péssima notícia. (Págs. 1 e A3)
País sofre de nova 'doença holandesa'
O gigantesco fluxo de capitais de curto prazo para os emergentes pode ser considerado como uma nova forma de “doença holandesa”, que continuará causando a valorização do real brasileiro e de outras moedas e “graves repercussões” sobre o crescimento e desenvolvimento. A avaliação é da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). “O Brasil tem essa nova doença holandesa e sozinho não pode fazer nada”, diz Heiner Flassbeck, economista-chefe da Unctad, que apresentou estudo ao G-20, propondo um acordo global. Segundo ele, os enormes fluxos voláteis não serão freados por medidas isoladas de controle de capitais. Até agora, o termo “doença holandesa” descrevia a aumento rápido de receita de exportações de commodities, que leva a forte valorização da moeda e afeta a competitividade industrial. (Págs. 1 e C1)
Sob controle do Banco do Brasil, IRB terá gestão privada
O governo vai vender até 35% do capital do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB-Brasil Re) ao Banco do Brasil (BB). A União, que detém 50% do capital, ficará com 10% e terá uma ação de classe especial ("golden share") para exercer poder de veto em temas como a mudança do controle acionário. Aposentados e funcionários terão o direito de comprar, inclusive com recursos do FGTS, até 10% do capital da companhia.

O BNDES fará licitação para contratar uma firma de consultoria encarregada de fazer a avaliação. Depois disso, negociará o valor da venda do controle e o percentual do capital a ser adquirido pelo BB. Fontes oficiais disseram que o banco quer comprar entre 25% e 35%. O plano do BB é adquirir o controle e, em seguida, fechar acordo com os atuais acionistas para que a gestão da empresa seja totalmente privada. Os outros acionistas são o Bradesco (21,24%), Itaú Unibanco (15,44%), Porto Seguro (1,91%), HSBC (1,72%), Caixa Seguradora (1,08%), Santander (0,80%), Aliança do Brasil (0,79%) e outros (7,01%). (Págs. 1, C1 e C3)
Foto-legenda: GE muda o jogo
A GE do Brasil vai ganhar agilidade e autonomia, depois que a matriz americana passou a privilegiar decisões locais das subsidiárias em países emergentes. “Na nova organização, vamos colocar mais recursos para o Brasil”, disse John Rice, presidente global da GE Internacional. (Págs. 1 e B9)
Tese de bolha imobiliária é contestada
São Paulo e Rio são as metrópoles com taxa de vacância (índice de escritórios vagos) mais baixas do mundo, de 2,6% e 1,6%, respectivamente. Em Nova York, a taxa é de 12,4%, em Xangai, de 13,1% e na América Latina, 5,9%. Esses números impressionaram Douglas Frye, presidente mundial da Colliers, consultoria global de venda e aluguel de imóveis comerciais. Por isso, o executivo sustenta que não existe bolha imobiliária comercial no país. A forte alta dos aluguéis, que chegaram a dobrar em dois anos nos endereços mais nobres, é saudável, porque decorre da demanda, diz Frye. (Págs. 1 e B1)
Agricultores antecipam pagamento de dívidas
Os produtores rurais iniciaram uma inédita onda de antecipação de pagamento de dívidas. Acostumado aos pedidos de rolagem dos débitos, o Banco do Brasil, maior operador de crédito rural do país, já registra "retornos voluntários" superiores a 10% dos empréstimos ao setor. Os agricultores são motivados pelo momento excepcional de produtividade em alta, forte aumento da rentabilidade com picos históricos de preços de algumas commodities, custos de produção em queda e clima favorável em quase todo o país. A onda de quitações antecipadas levou a uma sensível melhora na classificação de risco dos produtores.

Além disso, o campo aproveita o cenário favorável para pagar dívidas antigas. O BB, com carteira rural de R$ 75 bilhões, informa ter recebido 60% dos débitos renegociados em épocas de crise climática e de renda entre 2004 e 2007. O efeito multiplicador não para por aí. A inadimplência da carteira recuou a 1,2%. É o melhor momento desde o índice de 0,8% registrado há dez anos. (Págs. 1 e B14)
Cortes no Orçamento dos EUA poderão atingir subsídios agrícolas (Págs. 1 e B14)

Causa e efeito
Ex-membro do comitê de política monetária do Banco Popular da China, Yu Yongding afirma que faltam evidências de que o regime cambial chinês leve outros países com câmbio flexível, como o Brasil, a sofrer uma forte pressão de valorização de suas moedas. (Págs. 1 e A5)
Candidatos miram mineradoras
O aumento dos royalties pagos pelas mineradoras une os dois candidatos que vão ao segundo turno da eleição presidencial no Peru: Ollanta Humala e Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori. (Págs. 1 e Al3)
Teles querem apoio para banda larga
As operadoras de telefonia fixa estudam a possibilidade de pedir ao governo contrapartidas financeiras para oferecer banda larga com velocidade de 1 megabit por R$ 35. Uma das alternativas seria o uso de fundos setoriais para financiar o projeto. (Págs. 1 e B2)
Autopeça busca competitividade
O Sindipeças prepara uma pauta de reivindicações ao Ministério do Desenvolvimento com o objetivo de aumentar a competitividade do setor. Entre as medidas estão a desoneração da folha e financiamentos de longo prazo. (Págs. 1 e B9)
Servidor da Justiça para contra 8h
Servidores dos tribunais de Justiça dos Estados prometem paralisar as atividades amanhã. O objetivo é abrir negociação com o CNJ contra decisão que elevou a carga horária de seis para oito horas diárias. (Págs. 1 e E1)
Ideias: Antonio Delfim Netto
Deveria ser óbvio que a ‘liberdade de movimento de capitais’ não está escrita nas ‘leis naturais da organização do universo’. (Págs. 1 e A2)
Ideias:
Yoshiaki Nakano

Despesas de consumo do setor público precisam crescer menos que o PIB para que a taxa de investimentos cresça. (Págs. 1 e A15)
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Estado de Minas

Manchete: Pátria armada
Venda de armas explode no Brasil em cinco anos, desde o plebiscito sobre o desarmamento

Dados da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército, obtidos pelo Estado de Minas, mostram que o número de armas de fogo regularmente vendidas no Brasil quase dobrou de 2005 para cá. Daquele ano, quando em consulta popular foi referendado o uso legal de armas, até março deste ano, 635.251 delas foram comercializadas, 43.374 em Minas. Um 32 roubado de seu proprietário foi um dos revólveres usados no massacre de Realengo, que reacendeu a discussão sobre o tema. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, antecipou para 6 de maio o início de nova campanha de desarmamento no país. (Pág. 1)
Negócios de vento em popa na China
Enviada especial Denise Rothenburg relata parcerias firmadas por Dilma Rousseff no país asiático: R$ 350 milhões de investimento chinês em centro de tecnologia em Campinas (SP), produção de jatos Legacy no país asiático e exportação de carne suína. A presidente foi recebida com flores em Pequim. (Pág. 1)
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Jornal do Commercio

Manchete: Lentidão nas ruas e medo nos morros
Por causa da chuva, semáforos apagaram e semana começou complicada no Grande Recife. População das áreas de risco pede ações definitivas, e não paliativas, como usar lonas nas encostas. (Págs. 1, 13 e Cidades, Pág. 3)
ANS revisará coberturas dos planos de saúde
Proposta é introduzir 30 novos procedimentos obrigatórios a partir de 2012. (Pág. 1 e Economia)
Foto-legenda: Realengo
Palco do massacre passa por faxina. (Págs. 1, 9 e 10)
Pesquisa
Produtos de Páscoa iguais têm diferença de preço de até 289% na RMR. (Pág. 1 e Economia, Pág. 2)
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Zero Hora

Manchete: Massacre no Rio faz governo antecipar o desarmamento
A campanha nacional que recolherá armas em troca de indenização começará em maio, um mês depois da morte de 12 adolescentes em escola de Realengo. (Págs. 1 e 42)
Estradas: BRs terão mais 126 pardais e lombadas
Empresa escolhida pelo Dnit para instalar os aparelhos tem contratos com Daer sob investigação. (Págs. 1 e 32)
Foto-legenda: O protesto das bicicletas
Manifestação em frente ao Tribunal de Justiça expressou repúdio à liberação do homem que em fevereiro atropelou 17 ciclistas. (Págs. 1 e 38)
Divergência: Vice é vaiado no Fórum da Liberdade
Em seu discurso de saudação, Beto Grill defendeu um “Estado forte e atuante”. (Págs. 1, 24 e 25)
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