sábado, 28 de fevereiro de 2009

O Que Publicam os Jornais de Hoje

28 de fevereiro de 2009

O Globo

Manchete: Economia encolhe 6,2% em três meses nos EUA
Resultado é o pior desde 1982, após os dois choques do petróleo

A economia americana apresentou retração de 6,2% no último trimestre do ano. A queda ficou muito acima da estimativa oficial, em janeiro, de 3,8%. Foi o pior resultado desde a recessão de 1982, após os dois choques do petróleo. No terceiro trimestre de 2008, o PIB já havia recuado 0,5%. Motor da economia americana, o consumo caiu 4,3%.

As exportações, uma das alternativas à queda no consumo doméstico, despencaram 23,6%. Para analistas, o Orçamento anunciado anteontem pelo presidente Obama significa ruptura com a herança da era Reagan e tenta reduzir a desigualdade. (págs. 1, 23, 24 e Míriam Leitão)

AGU usa Serra para justificar ações de Dilma
Ao defender o presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff, na ação em que são acusados de campanha eleitoral durante reunião com prefeitos, a Advocacia Geral da União disse que o governador José Serra também se reuniu, duas vezes, com prefeitos. (págs. 1 e 4)

MST: Dilma e ministro defendem repasses
Os ministros Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) e Dilma Rousseff (Casa Civil) defenderam a legalidade dos repasses para entidades ligadas a movimentos que invadem terras, como o MST, o que é proibido por lei. Cassel chegou a dizer que é impossível associar as entidades com o MST, apesar de elas serem as pessoas jurídicas do movimento. (págs. 1, 3 e editorial "Tudo pelo 'social'")

TRT suspende demissões na Embraer por falta de diálogo
O Tribunal Regional do Trabalho de Campinas concedeu liminar ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos suspendendo as 4.200 demissões anunciadas pela Embraer. A justificativa foi a falta de negociação com os sindicatos. No dia 5, haverá audiência de conciliação entre empregados e empresa. A AmBev vai fechar sua fábrica em Mogi Mirim (SP). (págs. 1 e 26)

Pela 1ª vez, meta de superávit no Brasil corre risco (págs. 1 e 26)


Tropas sairão do Iraque mais lentamente
O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou o início da retirada das tropas do Iraque, mas desagradou aos democratas. O plano de Obama prevê o fim das missões de combate em 19 meses e não em 16, como prometera em campanha. Depois disso, ainda ficarão no país, até dezembro de 2011, entre 35 mil e 50 mil soldados, número ainda considerado alto pelos democratas. (págs. 1 e 29)

Governo americano terá 36% do Citi
Após injetar US$ 45 bilhões no Citigroup, o governo dos EUA vai agora converter mais US$ 25 bilhões em ações com direito a voto, ficando com 36% do capital. Com isso, torna-se o maior acionista individual do Citigroup, que anunciou novas perdas, de US$ 9,6 bi. (págs. 1 e 25)

Dinheiro seria causa de briga por custódia
A família brasileira de um menino nascido nos EUA - que está no centro de uma disputa judicial que já envolveu até a secretária Hillary Clinton - acusa o pai, o americano David Goldman, de querer vantagem financeira com a briga pelo filho. (págs. 1 e 19)

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Folha de S. Paulo

Manchete: EUA aumentam controle do Citigroup
Governo eleva participação no banco de 8% para 36% e muda diretoria; PIB do país tem maior queda desde 1982

O governo dos EUA anunciou que vai promover uma estatização parcial do Citigroup ao elevar sua participação acionária no banco de 8% para 36% e exigir a substituição de vários diretores. È a primeira vez na história recente que os EUA tomam as medidas dessa dimensão com um grande banco. O Citigroup está entre os três maiores bancos americanos. No ano passado, teve prejuízo de US$ 27,7 bilhões. O Tesouro dos EUA elevou sua participação convertendo para ações ordinárias US$ 25 bilhões em ações preferenciais que detinha.

Essas ações garantiram rendimento fixo e pago antes do que a qualquer outro acionista, mas não davam direito a voto. Os diretores do Citi serão trocados por membros “independentes”. O Citigroup já recebeu US$ 45 bilhões em ajuda estatal. Suas ações caíram 39% ontem em Nova York. Em 12 meses, a queda é de 90%. A economia norte-americana encolheu 6,2% no último trimestre de 2008, muito além dos 3,8% projetados pelo Departamento do Comércio. Foi a maior queda do PIB desde 1982. (págs. 1 e Dinheiro)

Ministros saem em defesa de verbas federais para sem-terra
Ministros defenderam o financiamento de entidades ligadas à reforma agrária, após o presidente do STF, Gilmar Mendes, afirmar que o repasse é ilegal. Para Dilma Rousseff (Casa Civil), o governo age dentro da lei. Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) disse que a pasta não repassa dinheiro ao MST. (págs. 1 e A4)

TRT suspende cortes na Embraer; cabe recurso
O Tribunal Regional do Trabalho da 15º Região, em Campinas, ordenou a suspensão das cerca de 4.200 demissões feitas pela Embraer na semana passada. Para o TRT, as demissões requerem “prévia negociação”. A liminar susta cortes até quinta, quando haverá audiência conciliatória. A Embraer vai recorrer. (págs. 1 e B6)

Com falhas, portabilidade passa a valer no país todo
(págs. 1 e B7)

Editoriais
Leia “A cartada de Obama”, sobre proposta orçamentária nos EUA; e “Contra a maré”, acerca da crise de crédito. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Obama anuncia retirada do Iraque e 'nova era' na região
Tropas de combate vão sair até agosto de 2010; presidente acena a Irã e Síria

O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou a data em que todas as tropas de combate do país terão se retirado do Iraque. "Deixe-me ser o mais claro possível: em 31 de agosto de 2010 nossa missão de combate no Iraque estará encerrada", disse Obama, a um mês do sexto aniversário da invasão americana. Segundo ele, a medida é possível porque a situação no Iraque melhorou, embora ainda seja difícil. Dos atuais 142 mil soldados, entre 35 mil e 50 mil permanecerão no Iraque até 31 de dezembro de 2011, período em que serão responsáveis pelo treinamento de forças locais. O presidente afirmou também que a retirada se dará no contexto de uma “nova era" diplomática do país no Oriente Médio, que prevê aproximação com nações hostis ao americanos. "Os EUA vão promover o engajamento de todas os países da região no processo, e isso inclui o Irã e a Síria", disse Obama. (págs. 1, A13 e A14)

Notas e informações - E Lobão ainda é ministro
Fossem outros os tempos e homens, o senador Lobão teria se demitido de seu ministério no instante em que Lula desautorizou sua manobra para destituir o presidente do fundo de pensão de Furnas. (págs. 1 e A3)

Ministro quer ações em massa para punir torturadores
O ministro-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, pediu que as vítimas do regime militar, seus familiares e entidades de classe proponham ações em massa questionando a abrangência da Lei de Anistia - ele critica o perdão a torturadores. Além disso, defendeu mais pressão para que documentos sobre desaparecidos sejam revelados. (págs. 1 e A12

Justiça suspende demissões da Embraer
O Tribunal Regional do Trabalho de Campinas ordenou a suspensão temporária das 4.270 demissões da Embraer, ocorridas na semana passada. Segundo a liminar, houve desrespeito aos trabalhadores - o sindicato dos metalúrgicos diz que a empresa não comunicou os empregados com antecedência sobre a medida. A Embraer, cujas ações caíram por causa da decisão, vai recorrer. (págs. 1 e B8)

Rede pública tem 2 partos de anencéfalos a cada dia
Dados do Ministério da Saúde revelam que, na rede pública, há dois nascimentos de bebês anencéfalos por dia. Pesquisa com 1.814 ginecologistas mostrou que 80% deles atenderam grávidas de fetos anencéfalos, sem chance de sobrevivência. Ação que pede a legalização do aborto nessa situação aguarda julgamento no STF. (págs. 1 e A17)

Governo dos EUA vai controlar o Citi
Mais bancos podem sofrer intervenção

O governo dos EUA vai assumir o controle do Citibank, passando a deter 36% do capital votante. O anúncio da intervenção foi simultâneo à divulgação de que o prejuízo do Citi no ano passado, ainda não totalmente contabilizado, já somou US$ 27,7 bilhões. O valor das ações do banco caiu 42,68% só ontem. A expectativa é de que o modelo de estatização seja aplicado em outras instituições financeiras em dificuldade, como o Bank of America. (págs. 1, B1, B2, B3 e B4)

PIB encolhe 6,2% num trimestre
Os EUA tiveram retração de 6,2% no quarto trimestre de 2008, no pior resultado em 26 anos. A recessão nesse trimestre foi mais grave que o projetado por analistas e pelo próprio governo, que divulgara estimativa de queda de 3,8%. (págs. 1 e B5)

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Jornal do Brasil

Manchete: Justiça suspende demissões
Liminar força direção da Embraer a negociar com sindicatos os cortes de empregados

O TRT de Campinas suspendeu as demissões de 4 mil funcionários da Embraer até 5 de março, quando ocorrerá reunião entre a empresa e sindicatos para tentar um acordo sobre os cortes. O tribunal argumentou que as demissões foram feitas sem negociação com os trabalhadores. Novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Milton de Moura defende a conciliação prévia e a negociação coletiva. (págs. 1, A15 e A4)

Alerta contra gripe das aves
Especialistas alertam para a necessidade de produção de novos medicamentos capazes de combater uma eventual pandemia de gripe das aves. As duas substâncias compradas pelos governos não têm mais o efeito desejado contra o vírus H5N1. (págs. 1 e A24)

Dom Orani será o arcebispo do Rio
O cardeal arcebispo do Rio, dom Eusébio Scheid, anunciou o nome de seu sucessor. Conforme antecipou ontem a colunista do JB Hildegard Angel, o escolhido foi o paulista dom Orani João Tempesta, 58 anos, que comandava a Arquidiocese de Belém, no Pará. (págs. 1, A13 e A4)

EUA saem do Iraque até 2011
Numa decisão que mexerá com a política externa dos EUA, Barack Obama afirmou que a retirada do Iraque estará completa até "31 de agosto de 2011". Sua estratégia inclui diplomacia com o Irã e a Síria. (pág. 1 e Internacional, pág. A20)

Sociedade aberta - Dom Filippo Santoro
A Igreja Católica quer discutir a segurança pública. (págs. 1 e A6)

Sociedade aberta - Esther Duflo
A crise mostrou que há banqueiros demais nos EUA. (págs. 1 e A17)

Sociedade aberta - Leandro Area
Na Venezuela, homens de Estado são um pesadelo. (págs. 1 e A22)

Obama mantém suas prioridades
A recusa do governo dos EUA em ser duro com os bancos poder ser profundamente decepcionante. Mas somem os temores de que Barack Obama sacrificaria prioridades no plano orçamentário. (pág. 1 e Economia, pág. A16)

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Correio Braziliense

Manchete: Embraer vai à briga no TRT para demitir
Empresa considera legal a dispensa de 4,2 mil funcionários e vai recorrer da decisão de juiz que suspende o desligamento e exige negociação com os trabalhadores. Governo e ex-ministros elogiam tribunal. (pág. 1 e Tema do Dia,14)

Sua chance
Ministério da Fazenda abre 2 mil vagas de nível médio. Salário: R$ 2.792. (págs. 1 e 17)

Detran terá ficha online de motoristas de todo o país
Ampliação do banco de dados do Denatran com o acesso ao histórico do motorista em qualquer ponto do país vai permitir que as transferências de carteiras de um estado para outro sejam feitas na hora. Serviço levava até três meses. Detran-DF suspende atendimento de CNH nesta segunda para se integrar ao novo sistema e reabre na terça. (págs. 1 e 26)

Choque de realidade nos sonhos de Obama
A deterioração econômica no último trimestre de 2008 - queda de 6,2% no PIB - e as mudanças no plano de desocupação do Iraque mostram que os problemas reais começam a modificar o discurso otimista de Barack Obama. O governo dos EUA vai ampliar o controle do Citigroup, um dos maiores conglomerados do mundo, para evitar um agravamento financeiro. Em relação ao Oriente Médio, as tropas americanas só sairão de Bagdá em 2011, como já havia previsto George W. Bush. (págs. 1, 16 e 22)

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Valor Econômico

Manchete: Concessões de energia serão renovadas com tarifa menor
O fim de boa parte das concessões do setor elétrico, a partir de 2015, resultará em benefícios e tarifas mais baixas aos consumidores. A promessa foi feita ontem pelo secretário-executivo do Ministério das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, que preside O grupo de trabalho responsável por uma solução para o problema. Zimmermann revelou que os estudos estão quase prontos e serão submetidos aos ministros do Conselho Nacional de Política Energética em abril.

Serão apresentadas duas alternativas para avaliação, sem que seja recomendada uma ou outra. Ambas requerem mudanças na legislação e, por isso, deverão passar pelo Congresso Nacional. Está descartada uma solução especifica para a Cesp, que O governador de São Paulo,José Serra (PSDB), tentou privatizar sem sucesso em 2008. As concessões de duas usinas da Cesp vencem em 2015. Zimmermann sinalizou que o grupo deverá sugerir uma solução única para os três segmentos das concessões - geração, distribuição e transmissão.

Na primeira alternativa, os empreendimentos serão revertidos para a União e licitados novamente, com tarifas máximas inferiores às atuais. Na segunda opção, seria oferecida aos donos da concessão a possibilidade de prorrogá-la, com preços menores, a fim de beneficiar os consumidores. No caso de usinas hidrelétricas, por exemplo, uma auditoria poderá identificar os gastos com operação e manutenção do empreendimento, subtraindo da tarifa os investimentos já amortizados.

O importante, segundo Zimmermann, é que “a modicidade tarifária está garantida". Ele destacou que O grupo de trabalho não fará sugestões, apenas apresentará as duas propostas ao conselho de ministros. “A premissa, em qualquer hipótese, é de que não se pode distorcer o mercado. Não dá para alguém produzir uma energia amortizada por R$ 20 ou R$ 30 e revendê-la por R$ 150", exemplificou o secretário. “De alguma forma, é preciso capturar isso e fazer o ganho chegar aos consumidores". (págs. 1 e A3)

BC já libera crédito para rolar dívidas
O Banco Central libera hoje aos bancos o primeiro lote de recursos da linha de empréstimo em dólares para refinanciamento de dívidas no exterior. A demanda por esses créditos ainda é pequena, mas deve chegar à casa do bilhão de dólares em março. O CMN autorizou o BC a conceder créditos para refinanciamento de dívidas com vencimento entre outubro de 200B e dezembro de 2009. A demanda estimada é de pouco mais de US$ 20 bilhões e os créditos externos para a rolagem continuam escassos.

No mercado interno, o crédito também continua escasso. De setembro a janeiro, a queda na média diária das contratações foi de 13,64%. (págs. 1, A2 e C1)

Crédito para faculdades
O BNDES prepara uma linha de crédito para o setor de ensino superior, privado e público, que deve ser aprovada ainda neste semestre. A concessão do financiamento estará atrelada à qualidade do serviço prestado pelas instituições. (págs. 1 e B3)

Desafios na regulação dos BDRs
A proposta de mudança na regra para a emissão de recibos de depósitos no mercado brasileiro (BDRs, em inglês), colocada em audiência pública pela Comissão de Valores Mobiliários até 30 de março, enfrenta um desafio: o que fazer com as companhias que já emitiram os papéis? O objetivo da CVM ao exigir que a companhia tenha 50% das receitas fora do Brasil para poder lançar BDRs é evitar seu uso por empresas que são brasileiras, do ponto de vista operacional, mas que instalaram suas sedes em outros países. As companhias que já emitiram BDRs ficariam desenquadradas,já que a instrução não pode ser retroativa. Não há clareza de que se possa exigir delas o cumprimento da Lei das S.A., que estabelece as regras societárias brasileiras. A necessidade da mudança e as formas de implementá-la dividem os especialistas. (págs. 1 e D1)

Censo de 2010 vira megaprojeto do IBGE
O censo demográfico de 2010 se transformou em um grande projeto de informática que tem aguçado o interesse dos fabricantes de equipamentos.

O IBGE está finalizando o edital para adquirir, em agosto, 150 mil computadores portáteis de tamanho reduzido, os netbooks, que serão usados por 240 mil recenseadores para a coleta de dados nos 5.564 municípios do país. Estima-se que a aquisição deverá custar R$ 140 milhões. Os netbooks contarão com o reforço de 82 mil computadores de mão, os PDAs.

O orçamento estimado para o censo demográfico é de RS 1,4 bilhão. Do total dos recursos, 67% estão atrelados a gastos com pessoal. (págs. 1 e B1)

Banamex, do Citi, atrai o Itaú Unibanco
O Banamex, segundo maior banco mexicano, controlado pelo Citigroup, interessa ao Itaú Unibanco, que já declarou a intenção de se expandir fora do Brasil. Prestes a ser capitalizado pelo governo americano, que se tomaria seu maior acionista, o Citi pode ser obrigado a se desfazer de sua operação mexicana. Pessoas familiarizadas com o assunto dizem que o Itaú Unibanco já estaria se movimentando para participar do processo caso o Banamex seja colocado à venda.

Ao Valor, o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, confirmou o interesse, mas disse não haver "nada de prático" em curso. Sobre o preço, de até USS 12 bilhões, e o eventual pagamento em dinheiro, Setubal foi confiante: "Não é nada que não esteja a nosso alcance". (págs. 1 e C5)

Independência para abates em dez unidades
O frigorífico Independência, um dos cinco maiores do pais, suspendeu ontem, por tempo indeterminado, o abate de bovinos em suas dez unidades. No início do mês, já havia fechado a planta de Campo Grande (MS) por falta de animais. Agora, os problemas foram de fluxo de caixa, apurou o Valor. A empresa, que não quis se pronunciar, começou a atrasar pagamentos a pecuaristas.

O Independência surpreendeu o mercado ao anunciar, na segunda.feira de Carnaval, que cancelou oferta de recompra antecipada de títulos com vencimento em 2015 e 2017, no total de USS 525 milhões. O mercado se questiona se a empresa vai receber o segundo aporte de RS 200 milhões do BNDESPar em março. (págs. 1 e B10)

Foto-legenda: Mais próximo
O primeiro-ministro holandês, Jan Peter Balkenende, que chega ao Brasil na segunda-feira, critica a onda protecionista e defende a conclusão das negociações na OMC. (págs. 1 e A18)

Ano da França no Brasil extrapola cultura e traz agenda político-econômica (págs. 1 e Eu & Fim de Semana)

Siemens foca energia eólica
A Siemens vai produzir peças para aerogeradores na fábrica de Jundiaí (SP). A decisão faz parte dos planos da companhia de participar do leilão de energia eólica previsto para meados do ano. (págs. 1 e B5)

Crise da GM
A GM teve prejuízo de US$ 30,9 bilhões no ano passado - US$ 9,6 bilhões só no último trimestre. A operação na América do Sul, África e Oriente Médio também teve prejuízo trimestral, o primeiro desde o inicio de 2004. (págs. 1 e B7)

Commodities em queda
A desaceleração da economia global voltou a pressionar as cotações das commodities agrícolas em fevereiro. As exceções foram o cacau e o açúcar, que subiram em razão da perspectiva de déficit na produção mundial. (págs. 1 e B9)

Ideias
Armando Castelar: solução de crise bancária trará cargas tributárias mais altas e menor crescimento global. (págs. 1 e Al7)

Ideias
Jeffrey Sachs: uma saída para a crise no investimento em países pobres. (págs. 1 e Al7)

Recessão americana
As encomendas de bens duráveis à indústria dos Estados Unidos caíram 5,2% em janeiro, em razão da queda na demanda doméstica e internacional. Foi o sexto mês consecutivo de queda, o período mais longo já registrado na série histórica do Departamento de Comércio. (págs. 1 e Al4)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Dresdner é vendido ao fundador do Garantia
O empresário Luiz Cezar Fernandes voltará a controlar um banco de investimento a partir da próxima semana. Na segunda ou na terça-feira deverá fechar a compra da filial brasileira do alemão Dresdner, em sociedade com Eugênio Holanda, administrador de recebíveis imobiliários, proprietário da Tetto Habitação.

O tíquete de retorno de Fernandes ao figurino de banqueiro foi estimado em cerca de US$ 100 milhões. Muito abaixo do valor de mercado do Dresdner Brasil,avaliado em pelo menos US$ 150 milhões, valor um pouco abaixo de seu patrimônio, de R$ 312 milhões. Fernandes foi criador do Banco Garantia, que fez história no setor. Saiu em 1983 para fundar o Banco Pactual, o qual deixou em 1999.

Ele justifica o negócio como uma oportunidade não só pessoal, mas para o País, que não conta mais com um banco de investimento nacional. “Banco de investimento tem que ser puro-sangue e nacional”, disse à Gazeta Mercantil. Sob a marca MTT Banco, a nova instituição tem de esperar a aprovação do Banco Central.

O Dresdner opera no Brasil há mais de 50 anos, mais fortemente na área de banco de investimento, por meio do Dresdner Kleinwort. Com o reposicionamento estratégico efetuado em 2005, passou a focar as atividades no mercado de emissão de títulos de renda fixa local e internacional e operações de câmbio e tesouraria, além de algumas operações de crédito corporativo. (págs. 1 e B3)

Desemprego cresce nas áreas metropolitanas
A taxa de desemprego aumentou em janeiro nas seis principais regiões metropolitanas do País. O percentual de desocupação passou dos 12,7% de dezembro para 13,1% da População Economicamente Ativa (PEA) no mês passado, segundo a Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

No período, 75 mil trabalhadores perderam seus empregos, elevando para 2,620 milhões o total de pessoas desempregadas. Clemente Ganz Lucio, diretor do Dieese, diz que a perda de vagas que ocorre sazonalmente no início de ano será agravada pelos efeitos da crise com reflexos negativos em fevereiro e março. “Os temporários não terão o mesmo movimento de absorção por parte das empresas”, afirmou Lucio. (págs. 1 e A6)

Inflação
IGP-M fecha fevereiro com alta de 0,26%. (págs. 1 e A4)

Mantega quer Receita transparente
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, quer mais transparência nas decisões da Receita e mais integração entre os serviços do Fisco e da equipe econômica do ministério. (págs. 1 e A11)

GM só consegue ganhos na região que inclui o Brasil
Enquanto perdeu no mundo US$ 30,86 bilhões, a General Motors lucrou apenas na região que engloba o Brasil em 2008. Com faturamento de US$ 20,26 bilhões no ano passado, o lucro foi de US$ 1,3 bilhão na LAMM (América Latina, África e Oriente Médio). O ganho poderia ter sido melhor não fosse o prejuízo de US$ 154 milhões no quarto trimestre — afetado pelo volume menor nos mercados-chave do Brasil e Venezuela e câmbio desfavorável.

No ano passado, o volume de vendas da GM LAAM foi de 1,3 milhão de veículos. O prejuízo no quarto trimestre do ano passado foi maior que o esperado pela companhia, que teve queda de 30% no faturamento. Em 2007, a companhia havia acumulado perdas de US$ 38,73 bilhões, o que faz o rombo chegar perto dos US$ 70 bilhões nos dois últimos anos. Após divulgar os resultados negativos, a GM espera que auditores emitam parecer sobre a capacidade de a companhia se manter viável num momento em que atravessa as piores condições de mercado em décadas.

A América Latina e o Brasil em especial também representaram o motor do bom desempenho do grupo espanhol Telefónica em 2008, quando o lucro registrou queda de 14,8%, para € 7,5 bilhões. O faturamento na América Latina avançou 12,9%, enquanto o da Europa cresceu 5,9% e o da Espanha, apenas 1,5%. (págs. 1, C3 e C6)

Embraer vai reformar na França 43 jatos da FAB
Um dia após a demissão de 4.273 funcionários da Embraer, o Diário Oficial da União publicou, na edição de 20 de fevereiro, extrato de dispensa de licitação para a contratação do braço francês da empresa para a reforma de 43 caças AMX da Força Aérea Brasileira (FAB). O contrato envolve US$ 147,6 milhões. Instalada em Paris, a Embraer Aviation International fará aquisição de equipamentos para modernizar 43 caças fabricados pela Embraer em parceria com a Itália.

Tentando revogar as demissões, o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Luis Carlos Prates, estranhou o fato de o Diário Oficial informar a dispensa de licitação sexta-feira passada e o fato de a reforma ser feita fora do País. Procurados, o Comando da Aeronáutica e a Embraer não se manifestaram. (págs. 1 e A8)

Correios têm R$ 4 bi para se modernizar
Um grupo formado por representantes dos ministérios das Comunicações, Planejamento e Fazenda e dos Correios vem se reunindo desde janeiro para discutir a implementação de um novo modelo operacional para a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que deve ser apresentado ainda neste primeiro semestre ao governo federal.

Na pauta, questões como a criação de uma nova empresa de logística, ampliação das funções do Banco Postal, microcrédito e o desenvolvimento de novos serviços. E em caixa, cerca de R$ 4 bilhões para promover as mudanças, além de motivos para comemorar. A empresa fechou 2008 com faturamento de R$ 11 bilhões, resultado 10% superior ao registrado em 2007, e lucro de R$ 800 milhões. (págs. 1 e C7)

Inadimplência aumenta em janeiro
As operações de crédito registraram aumento na inadimplência em janeiro. O índice de atrasos de pagamentos nas linhas destinadas a pessoas físicas subiu para 8,3%, segundo o Banco Central. (págs. 1 e B3)

Açúcar fica no mercado interno
O mercado doméstico está pagando 3% mais pelo açúcar e as usinas estão cancelando exportação para recolocar o produto internamente. A estimativa é de que o cancelamento atinja 30 mil toneladas do produto. (págs. 1 e B12)

Britânia fecha fábrica de Camaçari
A Britânia anunciou o fechamento da fábrica de Camaçari (BA), com a demissão de 370 funcionários. A produção de ventiladores, ferros elétricos, batedeiras e liquidificadores será concentrada em Santa Catarina. (págs. 1 e C1)

Opinião - Klaus Kleber
Apesar do desemprego, as transferências de emigrantes para o Brasil devem diminuir pouco. O número de emigrantes é grande e, em geral, o dinheiro remetido não exige sacrifício. (págs. 1 e A3)

Opinião - Ana Maria Marchioni Kesselring
As exigências da legislação em vigor para efetivar um recall de produtos industriais diversos precisam ser mais claras e objetivas para surtirem os efeitos desejados. (págs. 1 e A3)

SulAmérica e Mapfre lucram, apesar de alta dos sinistros
A SulAmérica encerrou 2008 com lucro líquido de R$ 415,9 milhões, 29% mais que em 2007. A Mapfre apontou ganho recorde de R$ 218,6 milhões no período, alta de 41%. O lucro da Allianz subiu 7% (R$ 74 milhões). Apesar dos bons resultados, as companhias gastaram mais com sinistros. A seguradora espanhola diversificou sua atuação no segmento veículos e buscou retorno financeiro maior. Real Tokio Marine Vida e Previdência e Prudential também divulgaram seus balanços ontem. (págs. 1 e B2)

Orçamento de Obama prevê mais gastos
O presidente norte-americano, Barack Obama, previu em seu primeiro Orçamento o maior déficit do país desde a Segunda Guerra Mundial, com uma custosa revisão do sistema de saúde e gastos de bilhões de dólares para lidar com o declínio econômico. O déficit de US$ 1,75 trilhão para o ano fiscal de 2009 equivale a 12,3% do Produto Interno Bruto (PIB) e é o maior desde 1945. Em 2010, o déficit deve recuar para um patamar ainda elevado de US$ 1,17 trilhão.

A oposição republicana rapidamente condenou o projeto que destaca a intenção do presidente de cumprir promessas de campanha de expandir a cobertura do sistema público de saúde e ajustar os impostos dos mais ricos, dos setores financeiro e petrolífero. “Não podemos continuar como estamos. Trabalho para o povo americano e estou determinado a promover a mudança pela qual as pessoas votaram em novembro”, disse Obama. (págs. 1 e A12)

Foto Legenda - Ganhos em dobro
O Banco Nossa Caixa, adquirido pelo Banco do Brasil no ano passado, teve lucro líquido de R$ 646,5 milhões em 2008, 113,3% maior ante o apurado no exercício anterior. Milton Luiz de Melo Santos, diretor presidente do banco, diz que o resultado foi impulsionado em parte pela alta de 47,6% nas operações de crédito. (págs. 1 e B1)

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Estado de Minas

Manchete: Torcedor será vigiado o jogo todo nos estádios
Governo vai baixar pacote antiviolência no futebol. (pág. 1)

Foto-legenda: Alerta vermelho para dengue
A Prefeitura de BH lançou o Plano de Contingência Assistencial para a dengue, que prevê, no pior cenário, 98 mil doentes - epidemia mais grave do que a de 1998, quando houve o recorde de 86 mil casos notificados e três mortes. Potenciais focos do mosquito, como a piscina de uma casa em demolição no elegante Bairro de Lourdes (foto) aumentam o perigo. (págs. 1, 17 e 18)

Cuidado com o Leão (pág. 1)

Ipatinga
Prefeito Sebastião Quintão é cassado. (pág. 1)

Ameaça à história em Congonhas (pág. 1)

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Jornal do Commercio

Manchete: Kombeiros vão a júri popular
Quase seis anos após o assassinato de Tarsila e Maria Eduarda, Justiça decidiu ontem pela pronúncia dos irmãos Marcelo e Valfrido Lira. Famílias das vítimas querem que o julgamento ocorra no Recife. (pág.1)

Ministério da Fazenda abre duas mil vagas
Inscrições do concurso começam dia 9 e o Estado terá 89 empregos. Estaleiro vai contratar 2,5 mil técnicos esse ano. (pág.1)

Dúvidas do IR (pág.1)

Tensão agrária (pág.1)

Obama anuncia saída do Iraque
EUA vai levar de volta para casa entre 92 mil e 107 mil dos 142 mil soldados no País, até 31 de agosto de 2010.(pág.1)

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O Que Publicam os Jornais de Hoje

Manchete: Obama leva déficit a US$ 1,7 tri e pede mais verba para guerras
O primeiro Orçamento enviado ao Congresso pelo presidente dos EUA, Barack Obama, prevê aumento do déficit público para enfrentar a crise. O rombo projetado de US$ 1,3 trilhão subirá para US$ 1,7 trilhão em 2009, equivalente a 12,3 Produto Interno Bruto e o maior desde da Segunda Guerra Mundial. O Orçamento muda radicalmente a orientação do governo George W. Bush. Obama cortou as isenções de impostos a famílias com renda acima de US$ 250 mil e reduziu subsídios a agricultores. Serão reservados mais de US$ 250 bilhões para possíveis compras de participações em bancos e foi pedida verba extra de US$ 75,5 bilhões para as guerras do Afeganistão e do Iraque este ano. (págs. 1, 17 e 24)

Calote no Brasil é recorde
A inadimplência em janeiro, no Brasil, atingiu 8,3% dos financiamentos dos bancos, maior nível desde 2002. A GM, que divulgou nos EUA prejuízo de US$ 30,9 bi em 2008, o 2º maior em cem anos, deu férias, no Brasil, para 900 e vai cortar 1.636 funcionários temporários. (págs. 1, 18 e 19)

Ora pro nobis
A crise econômica vai se transformar em tema de uma encíclica da Igreja Católica. Segundo o Papa Bento XVI, é preciso denunciar as injustiças econômicas que levaram ao colapso financeiro global. (págs. 1 e 18)

Furnas adia mudança de fundo
Após ordem do presidente Lula, a mudança no comando da Fundação Real Grandeza, fundo de pensão de Furnas, foi retirada da pauta da reunião do Conselho Deliberativo da estatal. A troca era defendida por Furnas e pelo ministro Edison Lobão, que falou em bandidagem na fundação. Em clima tenso, o presidente do Conselho, que pedira a mudança, elogiou a diretoria da Fundação. Mas a direção de Furnas vai rediscutir o caso, e não há garantia de que a troca tenha sido definitivamente engavetada. Funcionários de Furnas protestaram contra a mudança, atribuída a pressões do PMDB. (págs. 1, 4 e editorial "Descaminhos")

Foto Legenda - Do que eles riem?
O ministro Edison Lobão, que não conseguiu fazer as mudanças no fundo de pensão de Furnas, ri com o presidente Lula e a colega Dilma, que foram notificados pelo TSE a se defenderem da acusação de montar palanque antecipado para 2010. (págs. 1 e 9)

Repasse ilegal a invasores de terras chega a R$ 50 milhões
Apesar de ser proibido por lei desde 2001, o repasse de dinheiro pelo governo federal a entidades que comandam invasões de terra chegou a R$ 49,4 milhões nos últimos sete anos. As verbas beneficiaram, principalmente, o MST e o MLST, sendo que o MST foi o que mais invadiu. Os presidentes do Senado, José Sarney, e da Câmara, Michel Temer, apoiaram o presidente do STF, Gilmar Mendes, que condenou os repasses ilegais e cobrou investigação. (págs. 1 e 3)

Obituário
O ex-secretário da Receita Federal Osiris Lopes Filho, 69 anos, vítimas de um Acidente Vascular Cerebral. (pág. 1)

Argentina põe fim a tribunais militares
A partir de hoje, militares argentinos que cometerem delitos serão julgados pela Justiça Federal e submetidos ao Código Penal, como qualquer cidadão. Além do fim do Código de Justiça Militar, a nova lei erradica a pena de morte e deixa de punir o homossexualismo entre militares. (págs. 1 e 23)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Obama amplia déficit e prioriza social
Projeto que irá ao Congresso prevê taxar mais ricos e gastar menos em conflitos; rombo é o maior desde a 2º Guerra.

O presidente dos EUA, Barack Obama, apresentou sua proposta de Orçamento para o ano fiscal de 2010, pela qual os mais ricos pagarão mais impostos para ajudar a criar um fundo de saúde pública, a despesa com diplomacia crescerá e o gasto com defesa desacelerará. Para o ano fiscal de 2009, que acaba em setembro, Obama pediu autorização para déficit público de US$ 1,75 trilhão (12,3 do PIB do país). É o maior desde o fim da Segunda Guerra em 1945, e pouco superior a todos os bens e riquezas que o Brasil produz em um ano.

Pela proposta, cerca de 2,6 milhões dos americanos mais ricos e empresas que tiveram incentivos na gestão Bush pagarão US$ 2 trilhões a mais de imposto em dez anos, dos quais 60% irão para a reforma da saúde. A verba do Departamento de estado, chefiado por Hillary Clinton, subirá 41% e o gasto com as guerras no Afeganistão e no Iraque cairá pela primeira vez em sete anos. O projeto, porém, deve enfrentar meses de discussão e forte oposição no Congresso. Para líder republicano, Obama “brinca com dinheiro imaginário”. (págs. 1 e Mundo)

Inadimplência nos empréstimos cresce com calote de veículos
Impulsionada pelos calotes nos financiamentos de veículo, a inadimplência nos empréstimos pessoais foi em janeiro a maior desde maio de 2002. Segundo o BC, as parcelas com pagamentos atrasados por mais de 90 dias eram 8,3% da carteira de crédito dos bancos. Segundo Guido Mantega (Fazenda), é normal a inadimplência crescer no início do ano. Já para o economista Roberto Luis Troster, “as pessoas estão se endividando no cheque especial e no cartão de crédito para pagar outras dívidas. Isso só agrava o problema”. (Págs. 1 B1)

PMDB perde pela terceira vez ao tentar mudar fundo de Furnas
O PMDB foi, pela terceira vez, derrotado na tentativa de destituir o presidente da Fundação Real Grandeza, fundo de pensão dos empregados de Furnas e de parte dos funcionários da Eletronuclear, ligadas ao Ministério de Minas e Energia –de Edison Lobão (PMDB). Contra a tentativa, funcionários de Furnas pararam atividades administrativas pela manhã. (Págs. 1 e A4)

Vinicius Torres Freire: Calote já é grande e tende a ficar ainda maior com crise de crédito e demissões
Em relação aos horrores do final de 2008, o crédito em janeiro “despiorou”. Mas, na média do trimestre, comparada ao mesmo período do ano passado, a concessão de crédito estagnou. A inadimplência da pessoa física teve aumento de fato ruim. Mas ainda tende a piorar, dadas as reduções do crédito para empresas, para o consumo de bens duráveis, a alta do desemprego e as baixas de salário. (Págs. 1 e B6)

Foto: Brasileiros querem emprego...
Funcionários da fábrica da GM em São Caetano do Sul (SP) protestam contra o anúncio de 30 demissões e a decisão da empresa de colocar 900 trabalhadores em licença remunerada; nos EUA, a montadora anunciou um prejuízo de US$ 30,9 bilhões em 2008.(pág 1)


Editoriais
Leia “A caravana prossegue”, sobre Fundo Real Grandeza; e “Faculdades em transição”, acerca de crise no setor. (págs. 1e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: EUA projetam déficit de US$1,75 tri
Valor previsto no orçamento representa 12,3% do PIB, a mais alta proporção desde a 2ª Guerra

O presidente dos EUA, Barack Obama, apresentou proposta de orçamento que prevê déficit de US$ 1,75 trilhão em 2009, ou 12,3% do PIB. É a proporção mais alta desde o final da Segunda Guerra. No total, o orçamento para este ano é de US$ 3,94 trilhões. Em 2010 serão US$ 3,55 trilhões, com déficit projetado de US$1,17 trilhão. Obama disse que serão necessárias "escolhas difíceis" para atingir sua promessa de reduzir essa diferença pela metade até o final do primeiro mandato. Segundo ele, o governo já identificou US$ 2 trilhões em gastos que deverão ser cortados. Três quartos dessa redução viriam da diminuição de despesas nas guerras no Afeganistão e no Iraque, de aumento de impostos para famílias que ganham mais de US$ 250 mil anuais e da receita de um programa de créditos de carbono. Além disso, prevê a eliminação gradual de US$ 9,8 bilhões em subsídios a agricultores com renda anual superior a US$ 500 mil. O governo diz que US$ 1,2 trilhão do déficit foi herdado do governo Bush, e o resto é relativo aos planos de ajuda ao sistema financeiro. O orçamento usa como base uma queda de 1,2% do PIB neste ano e um crescimento de 3,1% em 2010, número considerado otimista por analistas. (págs. 1, B1, B3 e A10)


GM tem perda de US$ 30, 9 bi
A GM teve prejuízo de US$ 30,9 bilhões em 2008, dos quais US$ 9,6 bilhões no último trimestre. Desde dezembro, a empresa é ajudada pelo governo dos EUA e espera parecer de auditores sobre sua situação. No Brasil, a GM começa a demitir hoje empregados temporários. O corte atingirá 1.633 funcionários. (págs. 1 e B4)

Fracassa manobra do PMDB
Lula contraria partido e veta troca no comando da Fundação Real Grandeza

A direção da Fundação Real Grandeza, que administra o fundo previdenciário das estatais Furnas e Eletronuclear, venceu a batalha contra o PMDB. Defendida pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, filiado ao partido, a proposta de troca no comando da fundação foi retirada da pauta de reunião extraordinária do Conselho Deliberativo da Real Grandeza. O objetivo do PMDB é indicar o novo presidente da fundação, que tem patrimônio de R$ 6,3 bilhões. A mudança foi rejeitada pelo presidente Lula. Antes da reunião, funcionários de Furnas paralisaram os trabalhos e fizeram protesto diante da sede de empresa. (págs. 1, A4 e A6)

Dora Kramer
O caso Real Grandeza opõe a base sindical à base política de Lula. (págs. 1 e A6)

Crédito para empresas cai 24,8% em janeiro
Além de escasso, financiamento encarece

A concessão de novas operações de crédito bancário para as empresas em janeiro foi de R$ 84,5 bilhões, volume 11,4% menor do que o do mesmo mês de 2008 e 24,8% inferior ao de dezembro. Em relação a agosto, antes do agravamento da crise, o recuo foi de 13,7%. Os dados contrariam declarações de Henrique Meirelles (Banco Central), segundo as quais o crédito já estaria voltando ao patamar pré-crise. Além de escasso, o crédito para empresas ficou mais caro - o juro médio anual subiu de 30,7% para 31% entre dezembro e janeiro. (págs. 1 e B6)

MP de terras da Amazônia já recebeu 249 emendas
A medida provisória sobre a regularização de áreas de até 1,5 mil hectares da União ocupadas por posseiros na Amazônia Legal já recebeu 249 emendas. A mais radical é a que retira a expressão “Amazônia Legal", estendendo as determinações da MP a todo o país. (págs. 1 e A13)



Nova barreira argentina
A Argentina sobretaxou talheres do Brasil. Diante da passividade do governo brasileiro, a Argentina não tem dificuldade de elevar barreiras. (págs. 1 e A3)

Cruzeiro: pane em alto mar
O navio Costa Romântica, ao largo de Punta Del Este. Fogo em gerador deixou sem energia a embarcação, que leva 1.479 passageiros - entre eles 338 brasileiros. (págs. 1 e C4)

Crianças fazem reconhecimento
Três acusados de abuso em Catanduva foram reconhecidos. (págs. 1 e C1)

Bispo que negou Holocausto recua
Richard Williamson pediu perdão a quem se "escandalizou”. (págs. 1 e A14)


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Jornal do Brasil

Manchete: Cortes nos EUA beneficiam Brasil
Obama propõe redução nos subsídios aos agricultores americanos

O presidente Barack Obama apresentou a proposta orçamentária para este ano, com previsão de gastos de US$ 3,6 trilhões e déficit de US$ 1,75 trilhão. Com uma boa novidade para o Brasil: o documento inclui cortes nos até então intocáveis subsídios agrícolas. A previsão é uma redução gradual nos pagamentos a agricultores americanos que faturam mais de US$ 500 mil anuais e a eliminação de subsídios para armazenamento de algodão. Exportadores brasileiros receberam a notícia com entusiasmo moderado - a proposta precisa passar pelo Congresso, onde há resistência a cortes - mas ressaltaram que a iniciativa é benéfica para as exportações do Brasil. (págs.1 e 19)

MST ameaça com novas invasões
Gilmar Mauro, um dos principais dirigentes nacionais do Movimento dos Sem Terra, declarou ao JB que março e abril deverão ser marcados por uma das mais fortes jornadas de ações na história do MST. (págs. 1 e A6)

Carnaval tem mais acidentes
O número de acidentes nas rodovias federais no Carnaval, o primeiro sob influência da Lei Seca, cresceu 20% em relação ao mesmo período de 2008. foram registrados 2.865 - com 127 mortes e 1.748 feridos - enquanto em 2008 foram 2.396 - 128 mortes e 1.472 feridos. (págs. 1 e A10)

Brasileiro compra banco alemão
Ex-dono do Banco Pactual, o empresário Luiz Cezar Fernandes vai fechar, na próxima semana, a compra da filial brasileira do banco alemão Dresdner. Acertada em plena crise, a operação, a ser ratificada pelo Banco Central em 60 dias, é avaliada em cerca de US$ 100 milhões. (págs. 1 e A16)

Incêndio a bordo
Todos salvos - Um transatlântico que saiu do Rio em direção a Buenos Aires, com 338 brasileiros a bordo, está parado a 13 km de Punta del Este, no Uruguai. Houve um incêndio no navio. (págs. 1 e A22)

Argentina e Uruguai tiram fantasmas do armário
O Congresso do Uruguai derrubou a anistia a militares e policiais acusados de tortura durante o período da ditadura. Na Argentina, entrou em vigor uma lei pela qual militares que cometerem delitos em tempo de paz serão julgados por tribunais civis. (págs. 1, A2 e A4)

Sociedade Aberta
Gustavo Maurino

Argentina, Uruguai e a lição para leis de anistia na Al. (págs. 1 e A3)

Sociedade Aberta
Gláucio Soares

Bons governos estaduais salvam vidas. (págs. 1 e A9)

Sociedade Aberta
Barry Eichengreen

A crise tem raízes em decisões políticas de três décadas. (págs. 1 e A21)

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Correio Braziliense

Manchete: Hora de regularizar
Seu lote no condomínio
Para ajudar os moradores a legalizar os terrenos em condomínios irregulares, governo começa a distribuir um manual que ensina tudo o que deve ser feito, passo a passo. Processos serão centralizados no Grupar, um grupo de análise criado para apressar a solução do problema.

O valor do seu IPVA
Se o imposto do seu carro veio calculado com base em tabela de valor acima do que ele vale no mercado, use o direito de pedir a reavaliação do carnê. Os prazos vão até os próximos dia 4, pela internet, e 9, nas agências da Secretaria de Fazenda. Veja como proceder.

A prestação do seu carro
Todo cuidado é pouco para não acumular parcelas em atraso e evitar a apreensão do veículo pela Justiça. Saiba onde buscar ajuda para renegociar a dívida, escapar das cláusulas abusivas e não comprometer o seu orçamento além do que é capaz de pagar na hora do financiamento. (págs. 1, 10, 11, 19 e 20)

R$ 260 milhões para o metrô
BNDES libera financiamento para a compra de 12 novos trens para o DF. Capacidade de transporte vai dobrar, passando a 300 mil passageiros por dia. (págs. 1 e 7)

Sufoco em navio
Incêndio em cruzeiro de luxo, que seguia do Rio de Janeiro para Buenos Aires, obriga embarcação com 1.479 passageiros a ficar 23 horas parada em alto-mar. (págs. 1 e 17)

EUA: Déficit de US$ 1,7 tri
Obama prevê rombo trilionário no primeiro orçamento do seu governo. A ordem é cortar despesas públicas e elevar imposto de quem ganha mais. (págs. 1 e 13)

Morre Osiris Lopes Filho
Secretário da Receita Federal entre 1993 e 1994, o advogado tributarista de 69 anos criticava o alto nível da carga tributária brasileira. Segundo ele, um estímulo à sonegação. (págs. 1 e 13)

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Valor Econômico

Manchete: Concessões de energia serão renovadas com tarifa menor
O fim de boa parte das concessões do setor elétrico, a partir de 2015, resultará em benefícios e tarifas mais baixas aos consumidores. A promessa foi feita ontem pelo secretário-executivo do Ministério das Minas e Energia, Márcio Zimmermann, que preside O grupo de trabalho responsável por uma solução para o problema. Zimmermann revelou que os estudos estão quase prontos e serão submetidos aos ministros do Conselho Nacional de Política Energética em abril.

Serão apresentadas duas alternativas para avaliação, sem que seja recomendada uma ou outra. Ambas requerem mudanças na legislação e, por isso, deverão passar pelo Congresso Nacional. Está descartada uma solução especifica para a Cesp, que O governador de São Paulo,José Serra (PSDB), tentou privatizar sem sucesso em 2008. As concessões de duas usinas da Cesp vencem em 2015. Zimmermann sinalizou que o grupo deverá sugerir uma solução única para os três segmentos das concessões - geração, distribuição e transmissão.

Na primeira alternativa, os empreendimentos serão revertidos para a União e licitados novamente, com tarifas máximas inferiores às atuais. Na segunda opção, seria oferecida aos donos da concessão a possibilidade de prorrogá-la, com preços menores, a fim de beneficiar os consumidores. No caso de usinas hidrelétricas, por exemplo, uma auditoria poderá identificar os gastos com operação e manutenção do empreendimento, subtraindo da tarifa os investimentos já amortizados.

O importante, segundo Zimmermann, é que “a modicidade tarifária está garantida". Ele destacou que O grupo de trabalho não fará sugestões, apenas apresentará as duas propostas ao conselho de ministros. “A premissa, em qualquer hipótese, é de que não se pode distorcer o mercado. Não dá para alguém produzir uma energia amortizada por R$ 20 ou R$ 30 e revendê-la por R$ 150", exemplificou o secretário. “De alguma forma, é preciso capturar isso e fazer o ganho chegar aos consumidores". (págs. 1 e A3)

BC já libera crédito para rolar dívidas
O Banco Central libera hoje aos bancos o primeiro lote de recursos da linha de empréstimo em dólares para refinanciamento de dívidas no exterior. A demanda por esses créditos ainda é pequena, mas deve chegar à casa do bilhão de dólares em março. O CMN autorizou o BC a conceder créditos para refinanciamento de dívidas com vencimento entre outubro de 200B e dezembro de 2009. A demanda estimada é de pouco mais de US$ 20 bilhões e os créditos externos para a rolagem continuam escassos.

No mercado interno, o crédito também continua escasso. De setembro a janeiro, a queda na média diária das contratações foi de 13,64%. (págs. 1, A2 e C1)

Crédito para faculdades
O BNDES prepara uma linha de crédito para o setor de ensino superior, privado e público, que deve ser aprovada ainda neste semestre. A concessão do financiamento estará atrelada à qualidade do serviço prestado pelas instituições. (págs. 1 e B3

Desafios na regulação dos BDRs
A proposta de mudança na regra para a emissão de recibos de depósitos no mercado brasileiro (BDRs, em inglês), colocada em audiência pública pela Comissão de Valores Mobiliários até 30 de março, enfrenta um desafio: o que fazer com as companhias que já emitiram os papéis? O objetivo da CVM ao exigir que a companhia tenha 50% das receitas fora do Brasil para poder lançar BDRs é evitar seu uso por empresas que são brasileiras, do ponto de vista operacional, mas que instalaram suas sedes em outros países. As companhias que já emitiram BDRs ficariam desenquadradas,já que a instrução não pode ser retroativa. Não há clareza de que se possa exigir delas o cumprimento da Lei das S.A., que estabelece as regras societárias brasileiras. A necessidade da mudança e as formas de implementá-la dividem os especialistas. (págs. 1 e D1)

Censo de 2010 vira megaprojeto do IBGE
O censo demográfico de 2010 se transformou em um grande projeto de informática que tem aguçado o interesse dos fabricantes de equipamentos.

O IBGE está finalizando o edital para adquirir, em agosto, 150 mil computadores portáteis de tamanho reduzido, os netbooks, que serão usados por 240 mil recenseadores para a coleta de dados nos 5.564 municípios do país. Estima-se que a aquisição deverá custar R$ 140 milhões. Os netbooks contarão com o reforço de 82 mil computadores de mão, os PDAs.

O orçamento estimado para o censo demográfico é de RS 1,4 bilhão. Do total dos recursos, 67% estão atrelados a gastos com pessoal. (págs. 1 e B1)

Banamex, do Citi, atrai o Itaú Unibanco
O Banamex, segundo maior banco mexicano, controlado pelo Citigroup, interessa ao Itaú Unibanco, que já declarou a intenção de se expandir fora do Brasil. Prestes a ser capitalizado pelo governo americano, que se tomaria seu maior acionista, o Citi pode ser obrigado a se desfazer de sua operação mexicana. Pessoas familiarizadas com o assunto dizem que o Itaú Unibanco já estaria se movimentando para participar do processo caso o Banamex seja colocado à venda.

Ao Valor, o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, confirmou o interesse, mas disse não haver "nada de prático" em curso. Sobre o preço, de até USS 12 bilhões, e o eventual pagamento em dinheiro, Setubal foi confiante: "Não é nada que não esteja a nosso alcance". (págs. 1 e C5)

Independência para abates em dez unidades
O frigorífico Independência, um dos cinco maiores do pais, suspendeu ontem, por tempo indeterminado, o abate de bovinos em suas dez unidades. No início do mês, já havia fechado a planta de Campo Grande (MS) por falta de animais. Agora, os problemas foram de fluxo de caixa, apurou o Valor. A empresa, que não quis se pronunciar, começou a atrasar pagamentos a pecuaristas.

O Independência surpreendeu o mercado ao anunciar, na segunda.feira de Carnaval, que cancelou oferta de recompra antecipada de títulos com vencimento em 2015 e 2017, no total de USS 525 milhões. O mercado se questiona se a empresa vai receber o segundo aporte de RS 200 milhões do BNDESPar em março. (págs. 1 e B10)

Foto-legenda: Mais próximo
O primeiro-ministro holandês, Jan Peter Balkenende, que chega ao Brasil na segunda-feira, critica a onda protecionista e defende a conclusão das negociações na OMC. (págs. 1 e A18)

Ano da França no Brasil extrapola cultura e traz agenda político-econômica (págs. 1 e Eu & Fim de Semana)

Siemens foca energia eólica
A Siemens vai produzir peças para aerogeradores na fábrica de Jundiaí (SP). A decisão faz parte dos planos da companhia de participar do leilão de energia eólica previsto para meados do ano. (págs. 1 e B5)

Crise da GM
A GM teve prejuízo de US$ 30,9 bilhões no ano passado - US$ 9,6 bilhões só no último trimestre. A operação na América do Sul, África e Oriente Médio também teve prejuízo trimestral, o primeiro desde o inicio de 2004. (págs. 1 e B7)

Commodities em queda
A desaceleração da economia global voltou a pressionar as cotações das commodities agrícolas em fevereiro. As exceções foram o cacau e o açúcar, que subiram em razão da perspectiva de déficit na produção mundial. (págs. 1 e B9)

Ideias
Armando Castelar: solução de crise bancária trará cargas tributárias mais altas e menor crescimento global. (págs. 1 e Al7)

Ideias
Jeffrey Sachs: uma saída para a crise no investimento em países pobres. (págs. 1 e Al7)

Recessão americana
As encomendas de bens duráveis à indústria dos Estados Unidos caíram 5,2% em janeiro, em razão da queda na demanda doméstica e internacional. Foi o sexto mês consecutivo de queda, o período mais longo já registrado na série histórica do Departamento de Comércio. (págs. 1 e Al4)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Dresdner é vendido ao fundador do Garantia
O empresário Luiz Cezar Fernandes voltará a controlar um banco de investimento a partir da próxima semana. Na segunda ou na terça-feira deverá fechar a compra da filial brasileira do alemão Dresdner, em sociedade com Eugênio Holanda, administrador de recebíveis imobiliários, proprietário da Tetto Habitação.

O tíquete de retorno de Fernandes ao figurino de banqueiro foi estimado em cerca de US$ 100 milhões. Muito abaixo do valor de mercado do Dresdner Brasil,avaliado em pelo menos US$ 150 milhões, valor um pouco abaixo de seu patrimônio, de R$ 312 milhões. Fernandes foi criador do Banco Garantia, que fez história no setor. Saiu em 1983 para fundar o Banco Pactual, o qual deixou em 1999.

Ele justifica o negócio como uma oportunidade não só pessoal, mas para o País, que não conta mais com um banco de investimento nacional. “Banco de investimento tem que ser puro-sangue e nacional”, disse à Gazeta Mercantil. Sob a marca MTT Banco, a nova instituição tem de esperar a aprovação do Banco Central.

O Dresdner opera no Brasil há mais de 50 anos, mais fortemente na área de banco de investimento, por meio do Dresdner Kleinwort. Com o reposicionamento estratégico efetuado em 2005, passou a focar as atividades no mercado de emissão de títulos de renda fixa local e internacional e operações de câmbio e tesouraria, além de algumas operações de crédito corporativo. (págs. 1 e B3)

Desemprego cresce nas áreas metropolitanas
A taxa de desemprego aumentou em janeiro nas seis principais regiões metropolitanas do País. O percentual de desocupação passou dos 12,7% de dezembro para 13,1% da População Economicamente Ativa (PEA) no mês passado, segundo a Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

No período, 75 mil trabalhadores perderam seus empregos, elevando para 2,620 milhões o total de pessoas desempregadas. Clemente Ganz Lucio, diretor do Dieese, diz que a perda de vagas que ocorre sazonalmente no início de ano será agravada pelos efeitos da crise com reflexos negativos em fevereiro e março. “Os temporários não terão o mesmo movimento de absorção por parte das empresas”, afirmou Lucio. (págs. 1 e A6)

Inflação
IGP-M fecha fevereiro com alta de 0,26%. (págs. 1 e A4)

Mantega quer Receita transparente
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, quer mais transparência nas decisões da Receita e mais integração entre os serviços do Fisco e da equipe econômica do ministério. (págs. 1 e A11)

GM só consegue ganhos na região que inclui o Brasil
Enquanto perdeu no mundo US$ 30,86 bilhões, a General Motors lucrou apenas na região que engloba o Brasil em 2008. Com faturamento de US$ 20,26 bilhões no ano passado, o lucro foi de US$ 1,3 bilhão na LAMM (América Latina, África e Oriente Médio). O ganho poderia ter sido melhor não fosse o prejuízo de US$ 154 milhões no quarto trimestre — afetado pelo volume menor nos mercados-chave do Brasil e Venezuela e câmbio desfavorável.

No ano passado, o volume de vendas da GM LAAM foi de 1,3 milhão de veículos. O prejuízo no quarto trimestre do ano passado foi maior que o esperado pela companhia, que teve queda de 30% no faturamento. Em 2007, a companhia havia acumulado perdas de US$ 38,73 bilhões, o que faz o rombo chegar perto dos US$ 70 bilhões nos dois últimos anos. Após divulgar os resultados negativos, a GM espera que auditores emitam parecer sobre a capacidade de a companhia se manter viável num momento em que atravessa as piores condições de mercado em décadas.

A América Latina e o Brasil em especial também representaram o motor do bom desempenho do grupo espanhol Telefónica em 2008, quando o lucro registrou queda de 14,8%, para ¥ 7,5 bilhões. O faturamento na América Latina avançou 12,9%, enquanto o da Europa cresceu 5,9% e o da Espanha, apenas 1,5%. (págs. 1, C3 e C6)

Embraer vai reformar na França 43 jatos da FAB
Um dia após a demissão de 4.273 funcionários da Embraer, o Diário Oficial da União publicou, na edição de 20 de fevereiro, extrato de dispensa de licitação para a contratação do braço francês da empresa para a reforma de 43 caças AMX da Força Aérea Brasileira (FAB). O contrato envolve US$ 147,6 milhões. Instalada em Paris, a Embraer Aviation International fará aquisição de equipamentos para modernizar 43 caças fabricados pela Embraer em parceria com a Itália.

Tentando revogar as demissões, o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Luis Carlos Prates, estranhou o fato de o Diário Oficial informar a dispensa de licitação sexta-feira passada e o fato de a reforma ser feita fora do País. Procurados, o Comando da Aeronáutica e a Embraer não se manifestaram. (págs. 1 e A8)

Correios têm R$ 4 bi para se modernizar
Um grupo formado por representantes dos ministérios das Comunicações, Planejamento e Fazenda e dos Correios vem se reunindo desde janeiro para discutir a implementação de um novo modelo operacional para a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que deve ser apresentado ainda neste primeiro semestre ao governo federal.

Na pauta, questões como a criação de uma nova empresa de logística, ampliação das funções do Banco Postal, microcrédito e o desenvolvimento de novos serviços. E em caixa, cerca de R$ 4 bilhões para promover as mudanças, além de motivos para comemorar. A empresa fechou 2008 com faturamento de R$ 11 bilhões, resultado 10% superior ao registrado em 2007, e lucro de R$ 800 milhões. (págs. 1 e C7)

Inadimplência aumenta em janeiro
As operações de crédito registraram aumento na inadimplência em janeiro. O índice de atrasos de pagamentos nas linhas destinadas a pessoas físicas subiu para 8,3%, segundo o Banco Central. (págs. 1 e B3)

Açúcar fica no mercado interno
O mercado doméstico está pagando 3% mais pelo açúcar e as usinas estão cancelando exportação para recolocar o produto internamente. A estimativa é de que o cancelamento atinja 30 mil toneladas do produto. (págs. 1 e B12)

Britânia fecha fábrica de Camaçari
A Britânia anunciou o fechamento da fábrica de Camaçari (BA), com a demissão de 370 funcionários. A produção de ventiladores, ferros elétricos, batedeiras e liquidificadores será concentrada em Santa Catarina. (págs. 1 e C1)

Opinião - Klaus Kleber
Apesar do desemprego, as transferências de emigrantes para o Brasil devem diminuir pouco. O número de emigrantes é grande e, em geral, o dinheiro remetido não exige sacrifício. (págs. 1 e A3)

Opinião - Ana Maria Marchioni Kesselring
As exigências da legislação em vigor para efetivar um recall de produtos industriais diversos precisam ser mais claras e objetivas para surtirem os efeitos desejados. (págs. 1 e A3)

SulAmérica e Mapfre lucram, apesar de alta dos sinistros
A SulAmérica encerrou 2008 com lucro líquido de R$ 415,9 milhões, 29% mais que em 2007. A Mapfre apontou ganho recorde de R$ 218,6 milhões no período, alta de 41%. O lucro da Allianz subiu 7% (R$ 74 milhões). Apesar dos bons resultados, as companhias gastaram mais com sinistros. A seguradora espanhola diversificou sua atuação no segmento veículos e buscou retorno financeiro maior. Real Tokio Marine Vida e Previdência e Prudential também divulgaram seus balanços ontem. (págs. 1 e B2)

Orçamento de Obama prevê mais gastos
O presidente norte-americano, Barack Obama, previu em seu primeiro Orçamento o maior déficit do país desde a Segunda Guerra Mundial, com uma custosa revisão do sistema de saúde e gastos de bilhões de dólares para lidar com o declínio econômico. O déficit de US$ 1,75 trilhão para o ano fiscal de 2009 equivale a 12,3% do Produto Interno Bruto (PIB) e é o maior desde 1945. Em 2010, o déficit deve recuar para um patamar ainda elevado de US$ 1,17 trilhão.

A oposição republicana rapidamente condenou o projeto que destaca a intenção do presidente de cumprir promessas de campanha de expandir a cobertura do sistema público de saúde e ajustar os impostos dos mais ricos, dos setores financeiro e petrolífero. “Não podemos continuar como estamos. Trabalho para o povo americano e estou determinado a promover a mudança pela qual as pessoas votaram em novembro”, disse Obama. (págs. 1 e A12)

Foto Legenda - Ganhos em dobro
O Banco Nossa Caixa, adquirido pelo Banco do Brasil no ano passado, teve lucro líquido de R$ 646,5 milhões em 2008, 113,3% maior ante o apurado no exercício anterior. Milton Luiz de Melo Santos, diretor presidente do banco, diz que o resultado foi impulsionado em parte pela alta de 47,6% nas operações de crédito. (págs. 1 e B1)

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Estado de Minas

Manchete: Pacote anticrise chega a US$ 15 tri
US$ 420 bi acabariam com a fome até 2015

Cálculos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) apontam que o investimento de US$ 60 bilhões anuais em sete anos garantiria comida para toda a população mundial. Montante corresponde a menor de 3% do que os governos já aplicaram no socorro as economias de seus países nos últimos meses, desde que explodiu a crise. (pág.1)


Obama corta subsídio

Será eliminado pagamento público a produtores rurais com faturamento superior a US$ 500 mil ao ano. Para agricultores brasileiros, a medida tornará mais competitivos os produtos nacionais (pág.1)


Bancos travam crédito

Volume de recursos disponíveis para empréstimos aumentou 0,2% no mês pssado em relação a dezembro, mas o montante de novos financiamentos caiu 17,6% sobretudo para pessoas jurídicas (pág.1)

Medo de epidemia
PBH se arma para guerra contra a dengue. Plano é destinar leitos exclusivos à doença, contratar médicos e manter abertos postos de saúde nos fins de semana. (págs. 1, 19 e 20)

47 mortos nas estradas em MG no carnaval (pág.1)

Largada para financiamento estudantil (pág.1)

Proposta de prévia racha tucanos (pág.1)

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Jornal do Commercio

Manchete: Menos violência nos focos de folia
No Recife, número de brigas e agressões caiu 58%, e de assaltos, 45%. Redução também foi sentida nos registros de Olinda (pág.1)

Inadimplência está disparada nos bancos (pág.1)

Imposto de Renda sobre os dez dias de férias será devolvido (pág.1)

Sobrevivente diz que houve perseguição antes da chacina (pág.1)

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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O Que Publicam os Jornais de Hoje

O Globo

Manchete: Ministro fala em bandidagem no fundo de pensão de Furnas
Sem clima para reunião, Lula adia mudança no Real Grandeza

O presidente Lula mandou adiar a mudança na direção da Fundação Real Grandeza, o fundo de pensão de Furnas que administra um patrimônio de R$6,3 bilhões. A reunião para destituir o atual presidente estava marcada para hoje. Horas antes de ouvir a ordem de Lula, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), defendera a mudança e atacara duramente a atual diretoria. "Eles alteraram o estatuto para ampliar o mandato por um ano. E poderiam ser reeleitos, mas os próximos não poderiam? Isso é uma bandidagem completa! Esse pessoal está revoltado porque não quer perder a boca. O que eles querem é lazer uma grande safadeza", dissera Lobão ao GLOBO. O PMDB pressionava pela mudança, o que o ministro nega. (págs. 1 e 3)


STF: repasses para o MST são ilegais
O presidente do STF, Gilmar Mendes, disse que os repasses para movimentos de sem-terra que invadem propriedades são tão ilegais quanto as ocupações. (págs. 1 e 4)

CPF é vendido na internet por até R$ 2,5 mil
Anúncios gratuitos na internet prometem CPFs "limpos" por até R$ 2.500 (parcelados em duas vezes). Uma versão mais barata de "faça você mesmo" sai por R$ 5. O serviço é ilegal. (págs. 1 e 28)

Itaú Unibanco lucra menos na crise
O lucro do Itaú Unibanco caiu para R$ 7,8 bi no ano passado, contra R$ 8,47 bi em 2007. Com a crise, o grupo, que teve gastos na fusão, elevou as reservas para a inadimplência. (págs. 1 e 21)

CIA informará Obama sobre economia
O presidente dos EUA receberá relatórios diários sobre economia redigidos por espiões da CIA, que analisam os efeitos da recessão no cenário internacional. (págs. 1, 29 e Míriam Leitão)

Bancos terão 6 meses para obter capital
O presidente do Fed, Ben Bernanke,disse que bancos americanos terão seis meses para buscar capital privado. Se não conseguirem, poderão se candidatar a recursos públicos. (págs. 1, 24 e 25)

Colômbia: juízes culpam governo por grampos
Num duro golpe para o governo Uribe, a Suprema Corte de Justiça da Colômbia anunciou que vai denunciar o serviço secreto à OEA e à ONU por escutas telefônicas de juízes. (págs. 1 e 30)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Faculdade privada perde aluno e quer auxílio do BNDES
Para instituições, crise e desemprego são responsáveis pela queda; especialistas veem problemas estruturais.

Levantamento feito pelo Semesp (sindicato das escolas particulares) indica que 41,5% das universidades privadas de São Paulo terão neste ano um número menor de novos alunos em relação a 2008. Para o setor, a queda é reflexo da crise e do aumento do desemprego. “Nosso alunado é formado em sua maioria por alunos-trabalhadores. Quando há desemprego, tendem a desistir”, diz Hermes Figueiredo, presidente do Semesp.

Especialistas apontam outros problemas: má qualidade de cursos e oferta de vagas superior à demanda. Para atenuar os efeitos da crise, as instituições vão pedir ao BNDES linha de crédito especial, com recursos públicos e juros inferiores aos cobrados pelo mercado. O MEC irá recomendar que empréstimos só sejam dados a escolas com boas notas nas avaliações. (págs. 1 e C3)

Embraer projeta cenário difícil por até 3 anos e mantém cortes
A Embraer confirmou, em reunião com o presidente Lula, a demissão de 4.200 funcionários e disse que não planeja recontratar nos próximos dois ou três anos. A companhia avaliou que a situação econômica continuará ruim no período, sem retomada de encomendas, e que não era viável adotar medidas menos drásticas como férias coletivas. (págs. 1 e B3)

Verba-pública para sem-terra é ilegal, afirma Gilmar Mendes
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, criticou as invasões de terra e disse que o financiamento público a quem promove essas ações é ilegal. Para Mendes, a sociedade tolera invasões “por razões diversas como um certo paternalismo, mas isso não é compatível com a Constituição nem com o Estado de Direito”. O governo federal não quis comentar. (págs. 1 e A4)

Editoriais
Leia “Brechas eleitorais”, que defende transparência no financiamento de campanhas e “Uribe e o 3° mandato”.

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Bancos reservam R$ 7 bi para se proteger de calotes
Cinco maiores instituições do País elevam provisão contra créditos duvidosos

Os cinco maiores bancos brasileiros aumentaram em quase R$ 7 bilhões, no último trimestre de 2008, as provisões adicionais para se proteger contra eventuais calotes. Esse dinheiro é classificado como adicional porque supera o montante que as instituições financeiras, por determinação do Banco Central, devem separar para cobrir créditos considerados de retorno duvidoso. O banco que fez a maior provisão adicional foi o Itaú-Unibanco, que reservou R$ 3,02 bilhões. "Achamos que era prudente reforçar o balanço, especialmente por causa do cenário incerto”, disse o presidente-executivo do grupo, Roberto Setubal. "O ajuste da economia mundial levará algum tempo e reduzirá o crescimento, aumentará o desemprego e a inadimplência." Os bancos públicos já tinham feito esse movimento preventivo. O Banco do Brasil reservou R$1,7 bilhão e a Caixa Econômica Federal, R$ 1,3 bilhão. Outros bancos privados fizeram provisões menores. O Bradesco separou R$ 697 milhões e o Santander Real, R$ 166 milhões. (págs.1 e B1)



Lula recebe Embraer e não pede revisão das demissões
Depois de se dizer indignado com as 4,2 mil demissões na Embraer semana passada, o presidente Lula se limitou ontem a ouvir as explicações dos dirigentes da empresa, em reunião no Planalto. Segundo o ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), o presidente não pediu a recontratação de funcionários porque entende que a questão é de demanda por aviões.
(Págs. 1 e E4.)

Frase
Frederico Curado
Presidente da Embraer "Não é problema do governo. É do mercado internacional".(Pág.1)

Furnas ameaça fazer greve contra pressão do PMDB
Funcionários de Furnas ameaçam entrar em greve por causa da pressão do PMDB pela troca de comando da Fundação Real Grandeza, que gerencia recursos previdenciários da maior geradora de energia do país. A direção de Furnas admitiu que a mudança foi "orientação" do ministro peemedebista Edison lobão (Minas e Energia). (págs. 1 e A4)

Maioria participa de agressão na escola
Pesquisa no Paraná indica que o bullying envolve 66% dos alunos. (págs. 1 e A17)

Estradas de SP têm mais acidentes
No primeiro carnaval com a lei seca em vigor, o número de acidentes aumentou 10% nas rodovias estaduais de São Paulo em relação ao ano anterior. Já o total de mortes nas estradas caiu 9,3%. Os números federais saem hoje. (págs. 1 e C4)

Notas e Informações - Um prudente otimismo
A recessão poderá terminar ainda neste ano, se houver alguma estabilidade no sistema financeiro, previu Ben Bernanke, do Fed. A indicação de um prazo relativamente curto para a retomada é animador. (págs. 1 e A3)

Derretimento da Antártida se acentua
O ritmo do fenômeno é mais rápido do que se supunha, diz a ONU. (págs. 1 e A18)

Fed: 6 meses de prazo para levantar capital

Bancos americanos em dificuldade terão seis meses para levantar capital privado, antes de receberem ajuda oficial. O programa de socorro preparado pelo governo Obama prevê que até abril os bancos sejam submetidos a simulações chamadas de "testes de estresse". Seus números serão projetados em dois cenários: o de retração de 2% nos EUA neste ano e o de retração de 3,3%. (págs. 1, B6 e B7)










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Jornal do Brasil

Manchete: Salgueiro derruba Beija-Flor
Depois de 16 anos de jejum, o Salgueiro consagrou-se campeão do Carnaval carioca e trouxe a festa da vitória de volta à Zona Norte. Pondo fim à possibilidade de a Beija-Flor tornar-se tricampeã, a escola tijucana recebeu nada menos que 32 notas 10 e fechou a contagem com 1 ponto à frente da rival. Nas ruas, o dia ainda foi de limpeza pesada. Mas o trabalho não termina: ontem, Quarta-Feira de Cinzas, mais blocos voltaram a sair, para alegria dos foliões resistentes, que enfrentaram calor forte para celebrar um pouco mais o reinado de Momo. (págs. 1, Tema do dia A2 a A7 e Cidade A12 e A13)

Brasil tira vagas dos japoneses
Mitsubishi vai transferir produção

Tentando fugir da turbulência japonesa, a montadora Mitsubishi vai transferir parte da produção para o Brasil. A meta é chegar a 50 mil novos veículos, produzidos a partir de abril em Goiás, e exportá-los para a América Latina. No P1analto, o presidente Lula e três ministros se reuniram com a cúpula da Embraer. Mas desistiram de pedir à empresa que reveja a decisão de demitir 4 mil funcionários. Criado para salvar empregos, o pacote da construção civil é visto como ousado por analistas. (págs. 1 e Economia A15)


Presidente do STF ataca MST
Irritado com invasões no Pontal de Paranapanema (SP) e mortes em Pernambuco, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, criticou os laços do governo com o MST: 'Não pode haver dinheiro público para movimentos que agem contra o estado de direito”. (págs. 1 e País A10)

Obama quer US$ 634 bi para a saúde
O esboço de orçamento do presidente Barack Obama muda prioridades do antecessor, George Bush. Entre outras alterações, põe US$ 634 bilhões na saúde. Ontem, a imprensa americana elogiou o discurso de Obama e valorizou sua promessa de tempos melhores. (págs. 1 e Economia A17)

Irã faz teste em usina nuclear
O Irã iniciou ontem testes em sua primeira usina nuclear, em Bushehr, apesar das pressões internacionais. Os EUA acusam o Irã de ter um programa de armas nucleares oculto, mas o governo iraniano sustenta que só produzirá energia para fins pacíficos. (págs. 1 e Internacional A21)

Sociedade Aberta
Fabiano Santos

O regime de Hugo Chávez diante da democracia. (págs. 1 e A9)

Sociedade Aberta
Antonio Carlos Lemgruber

Como o Brasil reagiu à Crise de 1929. (págs. 1 e A16)

Sociedade Aberta
Adionél Carlos da Cunha

Saídas e partidas de Eugenio Sales e Jaime Câmara. (págs. 1 e A9)

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Correio Braziliense

Manchete: Folia com Lei Seca: recorde de multas
Operação álcool zero bateu recorde de flagrantes nos cinco dias do feriadão de carnaval: 133 motoristas foram pegos alcoolizados ao volante, quatro vezes mais do que a média. PM promete manter o cerco para “mudar essa cultura”. (págs. 1 e 28)

Lula apela, mas Embraer não readmite
Alegando que a demanda por aviões caiu 30%, diretores da Embraer disseram ao presidente Lula que não voltam atrás na demissão dos 4,2 mil funcionários. Ele reclamou que não foi avisado da medida, mas o ministro das Relações Institucionais, José Múcio, admitiu que um líder sindical alertou o governo. (págs. 1 e 19)

Ciclistas na mira de bandidos
Já acuados pela violência no trânsito, que matou 50 deles no DF, de janeiro a novembro de 2008, os ciclistas são afastados das vias e trilhas pela ação de ladrões. Alvos preferidos do crime são as bicicletas importadas, desmontadas para revenda. Para pedalar, grupos pedem escolta à PM.(págs. 1 e 25)

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Valor Econômico

Manchete: Aumentam acordos para cortar jornada e salário
Os acordos para redução de jornada e de salários multiplicaram-se em fevereiro e envolveram trabalhadores de um número maior de segmentos. Cálculo do Valor, que leva em consideração os anúncios feitos por empresas e sindicatos, revela que o número de trabalhadores que tiveram sua renda reduzida em função desses acordos, licenças ou suspensão temporária dos contratos praticamente triplicou em fevereiro, totalizando 90.163 pessoas, contra 31.553 em janeiro. Além dos setores que sofrem os efeitos do agravamento da crise internacional desde o fim de 2008, como o automobilístico, também fizeram acordos empresas dos setores agrícola, de alimentação, borracha e aviação.

O total das demissões em massa (considerando cortes de pelo menos cem pessoas por empresa) também aumentou, totalizando 9.454 até o momento, contra 6.791 em janeiro. Os cortes envolvem empresas de grande porte e que fazem parte de uma longa cadeia produtiva, como Embraer, AGCO, Dana e Nilza. Todas informaram em comunicados que, em função da queda nas vendas, também fariam ajustes em suas encomendas de insumos e componentes.

A maioria dos sindicatos consultados considera positivos os resultados de fevereiro, mesmo que os acordos tenham provocado redução na renda, garantiram a manutenção do emprego para mais de 90 mil trabalhadores. Além disso, nos setores automotivo e de autopeças, dez empresas decidiram encurtar o prazo das férias coletivas ou das licenças devido à melhora nas vendas de veículos em janeiro e fevereiro.

Sindicalistas também acreditam que a negociação têm trazido bons resultados. A John Deere anunciou a demissão de 502 funcionários em janeiro e, após discussões com o sindicato, ofereceu um programa de demissão voluntária aos 1.650 empregados da unidade de Horizontina para substituir pelo menos em parte as demissões.

Mesmo com a crise e o aumento do desemprego, categorias que têm data base em janeiro e fevereiro fecharam acordos com aumento real de salários, mas o movimento sindical não acredita que esta será uma conquista fácil nas negociações de 2009. (págs. 1 e A5)

Lula intervém na disputa para troca de diretoria do fundo Real Grandeza (págs. 1 e A12)




Máquinas usadas
O governo deve publicar portaria na próxima semana facilitando a importação de máquinas e equipamentos usados para a indústria. O prazo para emissão da licença de importação será reduzido e desburocratizada a prova de ausência de similar nacional. (págs. 1 e A3)

Juro real tem recorde de baixa
O juro real para 12 meses-diferença entre a taxa nominal para os próximos 360 dias e a projeção do IPCA para o mesmo período - caiu ontem a 6%, recorde histórico de baixa. Esse é o piso do custo do dinheiro no cálculo dos empréstimos bancários. (págs. 1 e C2)

Leilão muda cenário para energia livre
Há um novo cenário no mercado de energia livre. A tendência de queda dos preços no último trimestre de 2008 deu lugar a um aperto da oferta e provável alta.Isso deve ocorrer porque grande parte da energia que estava sobrando nas comercializadoras, geradoras e até nas grandes indústrias foi contratada na sexta-feira pelas distribuidoras no 9º leilão de ajuste realizado pelo governo.

As distribuidoras mostraram que a procura por energia arrefeceu, mas continua existindo. Dos cerca de 3.000 megawatts médios demandados no leilão anterior, para entrega neste ano, agora a procura foi de 1.800 MW e foram atendidas em cerca de 1.400 MW. Isso indica que se não houvesse a crise, o pais não geraria energia suficiente para atender o consumo, diz o sócio da comercializadora Tradener, Walfrido Victorino Ávila. (págs. 1 e B1)

Bancos de investimento têm queda de receita de até 60%
O colapso das ofertas de ações, o encolhimento das emissões de dívidas e a redução das fusões e aquisições vão derrubar as receitas dos bancos de investimento no Brasil em 2009. Não há dados oficiais, mas estima-se que as receitas, que variaram entre USS 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão em 2008, caiam de 40% a 60%.

A queda se sobrepõe à forte redução ocorrida já no ano passado e o novo patamar de receitas não permite que todos os bancos tenham uma operação rentável. Inevitavelmente, haverá um redesenho do setor, que ficou pequeno para acomodar todas as instituições. Além das demissões em curso, espera-se que alguns estrangeiros deixem o mercado local. Na sexta-feira, houve cem demissões no Itaú BBA. Por conta das dificuldades na matriz, o holandês ING também cortou 25 dos seus 105 funcionários - e o enxugamento continua, inclusive com o desligamento do seu presidente.

Em 2007, ano de ouro para o setor, só as receitas com emissões de ações ficou em R$ 2,4 bilhões. Em 2008, a cifra caiu para RS 700 milhões, ainda um patamar respeitável. As operações de renda variável vinham respondendo por 60% a 70% do faturamento dos bancos de investimentos, mas, em 2009 devem ser insignificantes. (págs. 1, Cl e C2)

Provisão para inadimplentes aumenta 48%
Os bancos brasileiros ficaram mais conservadores com a crise. Em 2008, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa cresceram 43% e somaram RS 37,6 bilhões. O saldo total das provisões fechou o ano em RS 56 bilhões, alta de 48%, segundo análise da Austin Rating com base nos balanços de 20 bancos que divulgaram resultados até agora, entre eles as maiores instituições financeiras do país.

Temendo aumento da inadimplência, os bancos fizeram reforços extras nas provisões, acima até dos padrões exigidos pelo Banco Central, destaca Erivelto Rodrigues, presidente da Austin.

O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, prevê que, neste ano, a inadimplência irá ultrapassar o pico histórico do início da década. O banco divulgou ontem lucro líquido consolidado pro forma de RS 10,004 bilhões em 2008, o maior já registrado por um banco brasileiro. (págs. 1 e C7)


Argentina taxa talheres de aço da Tramontina
Em meio às discussões sobre o crescente protecionismo comercial, a Argentina levantou uma nova barreira contra produtos do Brasil. A partir de hoje e durante quatro meses, talheres de aço inoxidável do Brasil e da China terão de pagar uma taxa adicional de 413% e 1.450%, respectivamente, para entrar em território argentino, confirmando uma medida preliminar anunciada em setembro.

A decisão, publicada ontem no Diário Oficial, é resultado de processo antidumping aberto em abril pela Secretaria do Comércio do Ministério da Economia a pedido da empresa Iteca. A Secretaria concluiu que é procedente o argumento da empresa de que as importações do Brasil e da China "causam dano" à indústria local. A medida atinge principalmente a brasileira Tramontina, que tem aproximadamente 20% do mercado.

O bloqueio aos talheres se soma a uma lista de barreiras levantadas pela Argentina aos produtos brasileiros nos últimos quatro meses, com processos antidumping contra têxteis e multiprocessadores e a inclusão de centenas de produtos em uma lista de importados que passam a ter inspeção mais rigorosa antes de entrar no país. (págs. 1 e A3)

Mitsubishi amplia linhas
A Mitsubishi vai transferir para o Brasil parte de sua produção de veículos para reduzir custos, elevados pela valorização do iene. Os modelos que serão fabricados na unidade da MMC em Catalão(GO) devem ser anunciados em 60 dias. (págs. 1 e B9)

Renegociação forçada
Em decisão inédita, a Justiça do Mato Grosso tomou obrigatória aos bancos a renegociação de dívidas de produtores rurais com programas de financiamento de investimentos, sem garantias adicionais, mediante o pagamento de 40% do débito. (págs. 1 e B12)

Apostas emergentes
Investimentos de “venture capital" (capital de risco) e "private equity" em empresas brasileiras irão continuar, apesar da crise global, afirma Chu Kong, sócio-fundador da Actis, que tem US$ 400 milhões destinados ao país. (pág.1)

Um sócio problemático para o Citi
O acordo para que o governo dos EUA aumente sua participação para 40% no Citigroup deve ser anunciado hoje. Mas a injeção de capital vai trazer uma série de novas complicações para os executivos do banco nova-iorquino.

Uma lei mexicana impede que qualquer instituição que tenha mais de 10% de participação de um governo estrangeiro opere um banco no país. Em consequência, alguns executivos do Citigroup temem que isso possa colocar a empresa sob pressão para vender parte ou toda sua participação no Banamex, o segundo maior banco do México em ativos, O Citigroup provavelmente vai lutar contra qualquer esforço externo para tirar o Banamex de suas mãos. (págs. 1 e C3)


'Expectativas racionais' são fonte da crise
Além de culpar Greenspan e a desregulamentação, os economistas deveriam olhar para si mesmos ao buscar as causas da crise. Uma razão, disse ao Valor o economista Roman Frydman, da Universidade de Nova York, foi a pretensão da corrente dominante que defendia a teoria das "expectativas racionais”, pela qual seria possível estimar com precisão preços de ativos e movimentos de mercados. "Isso se tornou um enorme negócio e fracassou", diz Roman, que defende o modelo que chama de "conhecimento imperfeito” no qual o conceito fundamental é o padrão histórico de preços. À medida que O preço de um ativo se distancia do padrão, cresce o risco e a necessidade de intervenção regulatória. (págs. 1 e Al2)

Terras agrícolas

O grupo argentino Calyx Agro, controlado pela Louis Dreyfus, e a Radar, controlada pela Cosan, negociam a compra de terras para expandir os negócios no Brasil. As duas empresas são exceções em um mercado praticamente parado por conta da crise global. (págs. 1 e Bl2)

Retomada dos multimercados
Os multimercados estão sendo destaque da indústria de fundos em fevereiro. Até o dia 19, a captação líquida somava R$ 2,4 bilhões, só inferior à da categoria poder público, que recebe aplicações de Estados e municípios. (págs. 1 e D2)

Crise global
O PIB do Reino Unido teve contração de 1,5% no último trimestre de 2008, após registrar queda revisada de 0,7% no período imediatamente anterior. Com dois trimestres consecutivos de retração, a economia britânica está oficialmente em recessão pela primeira vez desde 1991. (págs. 1 e Al4)

Retração do mercado de carros usados reduz a receita de locadoras como a Avis, diz Santos (págs. 1 e B4)

Ideias
Maria Inês Nassif : eleição não é só ataque a adversários, é a defesa de projetos políticos diferenciados. (págs. 1 e A11)

Ideias
Denise Neumann: demissões atingem o trabalhador qualificado. (págs. 1 e A2)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Sindicatos vão à Justiça contra a Embraer
As 4 mil demissões da Embraer serão questionadas pelos sindicatos na Justiça. A informação foi dada ontem pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva. As entidades vão usar um precedente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo para justificar o processo. Em dezembro passado, o tribunal paulista determinou que a Amsted Maxion Fundição e Equipamentos Ferroviários reintegrasse 600 funcionários demitidos sem notificação prévia ao sindicato. Segundo a juíza Ivani Contini Bramante, “a despedida coletiva não é proibida, mas está sujeita ao procedimento de negociação coletiva”.

Os funcionários da Maxion foram reintegrados e 45 dias depois a empresa chamou o sindicato para negociar, ofereceu um benefício de R$ 1,5 mil e os trabalhadores concordaram com o desligamento. O presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, esteve ontem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para explicar as demissões, atribuindo o corte ao arrefecimento da demanda internacional. As explicações foram aceitas pelo presidente Lula, que não pediu para a empresa recontratar os funcionários, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. (págs. 1 e A8)

Linhas das usinas do madeira
O presidente Lula assina hoje os contratos de concessão das linhas de transmissão das usinas do rio Madeira. Com investimento de R$ 7,2 bilhões, essas linhas estão previstas para entrar em operação até 2012. (págs. 1 e C7)

Prefeitura tem estratégia para recolocar os demitidos
A Prefeitura de São José dos Campos está com um plano estratégico para recolocar e requalificar os 2.443 demitidos da Embraer que são moradores da cidade. O prefeito Eduardo Cury (PSDB) destacou que, no momento, o governo federal tem o maior poder para minimizar os efeitos das demissões e da crise que se abate sobre a Embraer, por sua condição de acionista da empresa, e espera conseguir uma reunião com o presidente Lula para expor algumas propostas que possam auxiliar a fabricante de aviões a superar esse período.

O governo do Estado de São Paulo também participará do plano com a liberação de vários cursos de aperfeiçoamento profissional. Uma pesquisa detalhada será feita para levantar o perfil desses desempregados e facilitar a recolocação profissional junto ao polo industrial da região. (págs. 1 e A8)

O emprego no primeiro trimestre
O primeiro trimestre de 2009 será o fiel da balança para o emprego em 2009, na avaliação de Marcio Pochmann, presidente do Ipea. Para o Dieese, o governo terá de agir para conter nova onda de demissões. (págs. 1 e A9)

Focus
Analistas projetam IPCA em 4,66% no ano. (págs. 1 e A4)

Tributos
Fisco abusa de poder, afirma a advogada Maria Isabel Bueno. (págs. 1 e A13)

Espaço aberto entre os árabes
Com a valorização do euro surge um espaço para o Brasil exportar produtos agrícolas para o mundo árabe, onde 90% dos alimentos são importados. Agricultores e exportadores estão em Dubai para tentar aproveitar essa oportunidade. (págs. 1 e B12)

Teles ainda imunes às turbulências
Até agora, fornecedores de equipamentos de telefonia fixa e celular não sentiram efeitos da crise, que poderão ocorrer se o câmbio oscilar e o crédito escassear, diz Aluizio Byrro, da Nokia Siemens. (págs. 1 e C2)

Opinião - Rodrigo da Rocha Loures
Precisamos de uma frente única de empresários e trabalhadores para mudanças que preservem nossa economia, como ampliação do crédito, redução de juros, de spreads e de impostos. (págs. 1 e A3)

Lucro do Itaú Unibanco soma R$ 10 bi em 2008
O Itaú Unibanco Banco Múltiplo obteve lucro líquido de R$ 10 bilhões em 2008, uma retração de 16,1% ante o ano anterior. Apesar da redução, os ganhos são os maiores já obtidos por uma instituição bancária brasileira. A queda decorreu, particularmente, da maior incidência de eventos extraordinários positivos em 2007, quando contabilizou, por exemplo, ganhos com vendas de participações em empresas, como na Redecard, Serasa e BM&F Bovespa.

Em 2008, o conglomerado totalizou um efeito negativo superior a R$ 1 bilhão com a amortização do ágio decorrente da fusão entre os bancos Itaú e Unibanco, em novembro último, que o transformou na maior instituição bancária da América Latina. A posição, contudo, está sendo ameaçada pelo Banco do Brasil, que já contabiliza cerca de R$ 624,7 bilhões em ativos, ante os R$ 632,72 bilhões do Itaú Unibanco.

O lucro, a exemplo dos outros bancos, também sofreu os efeitos de provisões adicionais contra a inadimplência. Sem todos os eventos extras, o ganho cresceria 8,1%. Roberto Setubal, presidente-executivo do banco, disse que as provisões adicionais somaram R$ 4,7 bilhões em 2008, quando a carteira de crédito cresceu 34% sobre o exercício anterior, para R$ 271,93 bilhões.

Setubal afirmou ontem, durante a apresentação dos resultados do banco, que a instituição desativará a marca Taií, braço de financiamento popular do Itaú, e consolidará suas atividades na Fininvest, operação do Unibanco que atua no mesmo segmento. O banqueiro disse ainda que a instituição busca um parceiro para a Redecard. (págs. 1, B1 e B3)

Energia do bagaço de cana avança no mercado livre
A energia produzida a partir do bagaço de cana está atraindo o interesse das comercializadoras que atuam no mercado livre, ambiente de negócio em que não há vínculo com uma distribuidora e que representa 25% do total do consumo nacional. Até então essas empresas compravam energia de pequenas centrais hidrelétricas (PCH) ou de grandes usinas hídricas.

“Sempre focamos a nossa compra de energia em PCH, mas agora a intenção é comprar mais eletricidade das usinas sucroalcooleiras”, afirma Paulo Toledo, sócio-diretor da Ecom Energia, a primeira empresa a abrir uma filial no interior de São Paulo - em Catanduva -para intensificar seus negócios com os usineiros. A meta da Ecom é negociar cerca de 150 megawatts médios de energia da biomassa neste ano, o dobro do volume atual.

A Comerc, que também já vende energia de biomassa, vê na fonte uma boa oportunidade para ampliação da sua carteira. “O potencial brasileiro nesse setor é muito grande e precisa ser aproveitado”, afirma Marcelo Parodi, presidente da comercializadora, que negociou 20 MW médios de energia de biomassa no ano passado e prevê chegar a 80 MW médios até o fim de 2009. A participação da eletricidade a partir da biomassa (cana e outros insumos, como o cavaco de madeira) na matriz elétrica é de 4,31%, ante 69,8% das hídricas. (págs. 1 e C7)

Lazer
Aumentam os investimentos no turismo ferroviário. (págs. 1 e C1)

Bancos dos EUA passarão por “teste de estresse”
O Departamento do Tesouro e o Federal Reserve revelaram ontem as modalidades do Plano de Assistência ao Capital, que esboça as novas linhas diretoras do plano de resgate financeiro votado pelo Congresso em outubro. As autoridades americanas informaram que as agências de regulação bancária realizarão “testes de estresse” com os principais bancos do país em abril, que estabelecerão a necessidade de novas injeções de capital ou de outras formas de ajuda por parte do governo, considerando o pior cenário possível.

A intervenção estatal deverá ser feita pela compra de novas ações preferenciais, que serão transformadas em ações ordinárias se as instituições o solicitarem. O presidente do Fed, Ben Bernanke, afirmou, durante discurso no Congresso, que não acredita que os bancos do país precisem ser estatizados. (págs. 1 e B3)

Foto-legenda: Base de exportação
A MMC Automotores, parceira da Mitsubishi, anunciará em 60 dias qual será o primeiro dos três carros que montará a partir deste ano no Brasil, país que o presidente mundial da montadora, Osamu Masuko, usará como base de exportação para a América Latina. (págs. 1 e C3)

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Estado de Minas

Manchete: Emergência contra dengue
Doença avança e PBH prepara plano de combate ao mosquito e de atendimento aos pacientes. Em uma semana, 76 casos são confirmados e o total chega a 275 (pág. 1)

Pacote demora e paralisa os investimentos
Seguidos atrasos no anúncio de medidas para o setor da construção civil provocam frustração nos empresários. (pág. 1)

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Jornal do Commercio

Manchete: Bancos já tomaram 100 mil automóveis
Levantamento da Folha de S. Paulo em balanços de bancos indica o número de carros recuperados de clientes que não honraram as prestações. Economistas temem que, com a crise global, a situação piore e resulte em alta de juros. (pág. 1)

Jarbas ataca (pág. 1)

CNBB abre a Campanha da Fraternidade (pág. 1)

Queima de estoque facilita a compra de eletrodomésticos (pág. 1)

Avião cai na Holanda e 125 sobrevivem (pág. 1)

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O Que Publicam os Jornais de Hoje

Manchete: Estandarte é do Salgueiro
Escola disputa título de campeã com Beija-Flor e Vila; resultado oficial sai hoje

Com um desfile que empolgou a Sapucaí por sua criatividade, um samba de primeira e uma bateria nota dez, o Salgueiro conquistou o Estandarte de Ouro de melhor escola e o de melhor enredo (a história do tambor) do Grupo Especial em 2009. Para o júri da 37ª edição do prêmio, concedido pelo GLOBO, a vermelho-e-branco foi a grande campeã do carnaval. Duas escolas conquistaram três Estandartes cada – a Vila Isabel (comissão de frente, mestre-sala e personalidade); e o Império Serrano (bateria, revelação e baianas). Além do Salgueiro, Beija-Flor e Vila Isabel estão na disputa do título de campeã. As notas dos jurados do Grupo Especial serão conhecidas hoje à tarde, no Sambódromo. Em São Paulo, a Mocidade Alegre venceu o desfile por meio ponto. (pág. 1)

Governo de SP reage a invasões
O secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antônio Marrey, disse que não cederá à pressão dos sem-terra, que as invasões ocorridas no estado são políticas e que eles deveriam protestar em Brasília. (págs. 1 e 3)

BC dos EUA prevê recuperação só em 2010
Em audiência no Senado, o presidente do BC americano, Ben Bernanke, disse que há uma perspectiva de que a recessão nos EUA “termine em 2009, e 2010 se torne um ano de recuperação”. A declaração fez a Bolsa de Nova York subir 3,32%, apesar de dados negativos da economia. A confiança do consumidor caiu ao menor nível desde 1967, e o preço dos imóveis teve queda recorde de 18,5%. (págs. 1 e 15)

Americanos já veem mudança com Obama
Pesquisas divulgadas ontem mostram que 68% dos americanos acreditam que Barack Obama está mudando o país. Ele obteve altos índices de aprovação, embora tenha perdido apoio de republicanos. (págs. 1 e 19)

Mulher diz que boxeador tinha de sair de Cuba
Farah Colina, mulher do boxeador bicampeão olímpico Guillermo Rigondeaux, que fugiu para os EUA, disse que não sabia da intenção do marido de deixar Cuba. Para Farah, ele não tinha alternativa. (págs. 1 e 23)

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Folha de S. Paulo

Manhete: Inadimplência sobe e bancos retomam 100 mil veículos
Recuperação de carros cresceu 30% no começo deste ano; estoque pode causar queda maior no preço de usados

Os bancos brasileiros têm pelo menos 100 mil veículos recuperados de clientes inadimplentes, volume que equivale á metade das vendas mensais de carros novos no pais. Esse estoque pressiona o mercado de usados, que vive queda nos preços sem precedentes e cuja falta de liquidez trava a retomada na venda de automóveis. Segundo o Banco Central, o financiamentos de veículos registrava inadimplência média de 4,3% em dezembro do ano passado, o maior nível desde 2002. O volume de recuperação cresceu entre 20% e 30% no inicio do ano -em relação aos índices registrados em setembro-, relatam os principais bancos a atuar nesse mercado. Já leiloeiros dizem que houve aumento de até 50%, provocando superlotação nos pátio paulistanos. Apesar de alta, a Fenabrave (associação das concessionárias) diz que a recuperação está em um patamar “absorvível” pelo mercado pois representa pouco mais de 1% dos 9 milhões de veículos financiados. (Págs.1 e B1)

Presidente do Fed afirma que EUA só devem se recuperar em 2010
O presidente do Fed (Banco Central americano), Ben Bernanke, disse que, se as ações tomadas pelo governo surtirem efeito, o pais pode começar a se recuperar em 2010, não neste ano. Sobre bancos, afirmou que a estatização de grandes instituições não é necessária para garantir sua viabilidade. A fala sobre os bancos ajudaram a Bolsa de Nova York –ainda no menor patamar em seis anos- a subir 3,31%. Já o presidente Barack Obama, em seu primeiro discurso oficial ao Congresso, defendeu as iniciativas adotadas pelo seu governo para combater a crise econômica nos Estados Unidos. “Enquanto nossa economia está enfraquecida e nossa confiança abalada, e apesar de estarmos vivendo tempos difíceis e incertos, nesta noite eu quero todos os americanos saibam disso: "vamos reconstruir, vamos recuperar, os EUA vão emergir mais forte do que nunca”, disse. (Págs.1 e B3 e A6)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: ‘Vamos nos reconstruir’, diz Obama ao Congresso
Presidente tenta passar otimismo em seu Discurso sobre o Estado da União

O presidente dos EUA, Barack Obama, procurou usar um tom otimista em seu primeiro Discurso sobre o Estado da União. “Nossa economia está debilitada, e nossa confiança, abalada. Vivemos tempos difíceis e inseguros, mas, nesta noite, quero que todos os americanos saibam o seguinte: vamos nos reconstruir, vamos nos restabelecer. Os EUA sairão mais fortalecidos”, diria Obama no discurso que faria ontem à noite ao Congresso, cujos trechos foram antecipados pela Casa Branca. Antes do pronunciamento, o presidente do Fed (banco central dos EUA), Ben Bernanke, disse que o país só começará a se recuperar quando o setor bancário deixar de ser um problema. Segundo ele, se as medidas tomadas pelo governo para sanear o sistema financeiro e estimular a economia resultarem em “alguma forma de estabilidade financeira”, a recuperação poderá começar em 2010. Ao descartar a estatização de bancos, Bernanke ajudou a Bolsa de Nova York a se recuperar, após ter caído ao nível de 1997.

Frase: Ben Bernanke (Presidente do Fed)

“Não precisamos ter propriedade sobre os bancos para trabalhar com eles.” (págs. 1 e B1)

Confiança do consumidor desaba nos EUA
A confiança do consumidor na economia dos EUA caiu para 25 pontos este mês, o nível mais baixo desde que a pesquisa começou a ser feita, em 1967. A queda surpreendeu o mercado, que esperava um índice de 35 pontos, ante os 37,4 de janeiro. “Os consumidores não somente sentem que as condições da economia pioraram, como não esperam nenhuma melhora nos próximos seis meses”, disse Lynn Franco, diretora da Conference Board, entidade responsável pela pesquisa. (págs. 1 e B1)

Notas e informações: Precarização no governo do PT
Gastos da União com contratos terceirizados cresceram 58% em seis anos. (págs. 1 e A3)


Boxeadores de Cuba querem voltar a lutar no Brasil
Os pugilistas cubanos Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, que tentaram fugir no Pan-Americano do Rio, em 2007, e hoje são refugiados nos EUA, querem voltar a lutar no Brasil. Em entrevista a Jamil Chade, Lara disse que eles não têm mágoa do Brasil por terem sido entregues a Cuba. (págs. 1 e E3)


Pontal: Governo paulista diz que invasão é política
Ação do MST não ajuda candidatos a assentamento, diz secretário. (págs. 1 e A7)


Legislativo: Câmaras Municipais ignoram internet
Só metade das 645 Câmaras paulistas divulga dados úteis na rede. (págs. 1 e A4)

Portabilidade valerá a partir de 2ª feira na Grande SP
A portabilidade numérica, que permite ao consumidor trocar de operadora e manter o número do telefone, chega à Grande São Paulo na segunda-feira. Quem quiser trocar de operadora deve procurar a empresa que vai receber o número para que esta efetue a mudança, em no máximo 5 dias úteis. (págs. 1 e B7)

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Jornal do Brasil

Manchete: Dia de festejar a vitória
Rio espera alegria e muita festa ao final da apuração

Ainda tem mais até domingo - são mais de 100 blocos nas ruas – mas, para as escolas de samba, hoje é o dia de g1ória. Às 15h45, no Sambódromo, começa a apuração do resultado dos desfiles. A alegria, que era de todos, passa a ser apenas de uma escola (se não der empate). A Beija-Flor, com cinco títulos, pode se tornar a grande vitoriosa da Era Sambódromo, na qual está empatada com a Imperatriz Leopoldinense. O Salgueiro, vice em 2008, não quer repetir a colocação. Todas as escolas se julgam vitoriosas até que acabe o “10, nota 10” do apresentador Jorge Perlingeiro. A Mocidade Alegre venceu em São Paulo. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 e A3)

Recessão acaba este ano
Previsão contrasta com nível de confiança na economia dos EUA. O Brasil está melhor

A expectativa de Ben Bernanke, presidente do Fed, banco central dos Estados Unidos, animou o mercado, mas ele mesmo ressalvou que a forte crise pode durar até 2010. O índice de confiança do americano na economia teve a maior queda desde 1967. O Banco Mundial considera que o Brasil e o Chile são os países da América Latina que menos sentirão os efeitos da crise. A indústria de autopeças brasileira já mostra reação. (pág. 1 e Economia, págs. A14, A15 e A18)

Satélite cai no Oceano Pacífico
Depois de quase 10 anos de projetos e construção, caiu no mar um satélite da Nasa, lançado ontem nos EUA, para medir níveis de dióxido de carbono na atmosfera. Houve falha no foguete que o transportava. O prejuízo foi de US$ 274,3 milhões. (pág. 1 e Vida, Saúde & Ciência, pág. A24)


Sociedade aberta: Siro Darlan
Carnaval do Rio tem vitoriosa parceria público-privada. (págs. 1 e A9)

Sociedade aberta: Alexandre Rocha
Contra o liberalismo, a crise da libertinagem. (págs. 1 e A10)

Sociedade aberta: Francisco Rodrigues
É preciso construir um governo mundial e democrático. (págs. 1 e 14)

Sociedade aberta: Paulo Pinheiro
Situação insuportável nos hospitais de emergência. (págs. 1 e A10)

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Correio Braziliense

Manchete: Crise já ameaça o reajuste do servidor
Os aumentos autorizados para diversas carreiras do funcionalismo público no ano passado correm risco de adiamento. Em entrevista ao Correio, o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, reforça a intenção do governo em honrar o pacote que beneficiaria 1,8 milhão de servidores ativos e inativos, mas admite a possibilidade de rediscutir o cronograma, caso a crise econômica se agrave. Uma das principais ameaças é a tendência de queda na arrecadação de impostos, que, em janeiro, foi 7,26% menor do que em 2008. (págs. 1 e 10)

Ministro manda recado a MST
“Nada justifica a violência” dos sem-terra que mataram quatro seguranças em Pernambuco, avisou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, ao mandar a Ouvidoria Agrária apurar o crime.(págs. 1 e 9)

Lei Seca
De cada 10 motoristas parados em blitzes, quatro foram reprovados no teste do bafômetro. A fiscalização rigorosa provocou uma redução nas mortes no trânsito em relação ao carnaval de 2008. (págs. 1 e 18)

Sem pneu
Estepe, o novo alvo do crime no DF

De cada 100 ocorrências de furto em interior de veículos, 20% são para levar o pneu reserva. Média é de 5 casos por dia e nem sempre o motorista descobre logo o crime. (págs. 1 e 17)

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Valor Econômico

Manchete: Empresas sofrem perdas com reavaliação de ativos
As empresas brasileiras enfrentarão este ano, pela primeira vez, uma das principais regras da nova legislação contábil: o teste de “recuperabilidade” (“impairment”, em inglês). A baixa de R$ 2,4 bilhões feita pela Vale do Rio Doce no balanço de 2008, em função da perda de valor da Inco, indica o que pode acontecer sob efeito das regras novas. Outras baixas desse tipo poderão aparecer nos resultados do ano passado. No caso da mineradora, o ajuste foi de cerca de 11% do lucro anual de R$ 21,3 bilhões.

A partir do balanço de 2008 todas as empresas abertas, e as fechadas de grande porte, terão de avaliar se os bens registrados na contabilidade trarão para a empresa riqueza compatível com o valor descrito no balanço. Como a Vale, diversas companhias que fizeram aquisições terão de rever, especialmente, as avaliações das compras feitas durante a euforia dos mercados, quando as projeções eram as mais positivas possíveis e o crescimento parecia eterno. A mudança do cenário econômico pode indicar que ganhos previstos com alguns ativos não irão se confirmar na proporção ou prazo esperados.

Segundo André Ferreira, sócio da firma de auditoria Terco Grant Thornton, a baixa deve ser feita quando o ativo não for capaz de trazer a mesma rentabilidade ou quando o prazo necessário para o retorno do capital for ampliado.

A baixa não tira dinheiro da companhia no presente. Porém, pode significar perda imediata de valor para o investidor, já que o preço de uma ação nada mais é do que a projeção dos lucros futuros do negócio calculados a valores presentes.

Verificar se os ativos valem o que está registrado não é uma prática nova. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é um exemplo clássico. As empresas já fazem isso com estoques e casos de perdas de investimentos societários. A diferença é que o que era restrito a pequena parte dos bens das companhias vale agora para tudo: máquinas, marcas e até o ágio pago em aquisições.

A estreia do teste de “recuperabilidade” chega em meio ao que os especialistas consideram a pior crise desde o “crash” de 1929. Ernesto Gelbcke, da Directa Auditores, lembra que é preciso ter cuidado com exageros e as reações dos mercados. “Senão, tudo seria baixado a zero neste momento”. (págs. 1 e D1)

Itaú Unibanco dá início a enxugamento
Um dia depois de o Banco Central aprovar a união entre Itaú e Unibanco, na quarta-feira passada, um telefonema aos funcionários, gravado pelo presidente do banco, Roberto Setubal, comunicava o início da fusão. Em comemoração, na sexta-feira todos os andares do Unibanco foram decorados com balões azuis e laranja, as cores do Itaú. Mas os festejos destoavam das demissões feitas na própria sexta-feira nas corretoras de valores e no “investment bank”. O Itaú BBA confirmou o corte de cem pessoas.

A grande dúvida é o tamanho do enxugamento na operação de varejo, que concentra a maior parte dos 105 mil funcionários. Segundo o Itaú, boa parte do ajuste se dará com o “turn over” natural em três anos. A rotatividade no banco é de 5 mil pessoas por ano. (págs. 1 e C8)

O preço das águas do São Francisco
O uso da água do lendário rio São Francisco, que cruza o sertão nordestino, passará a ser cobrado. Os valores já foram definidos e se aproximam dos das outras duas bacias que têm taxas para a captação da água: Paraíba do Sul e Piracicaba, Capivari, Jundiaí (PCJ), no Sudeste.

A Agência Nacional de Águas (ANA) acredita que a cobrança começará ainda neste ano, mas divergências entre governos estaduais e demandas da agricultura irrigada podem adiá-la para 2010.

Parte dos recursos levantados com a cobrança – R$ 24,6 milhões nas duas bacias do Sudeste em 2008 - tem financiado a construção de estações de tratamento de esgoto, programas de controle de enchentes e ações de planejamento integrado de zonas urbanas.

Por causa do consumo de água elevado, o setor agropecuário na bacia do São Francisco terá um redutor e pagará 2,5% dos valores fixados para cada m³ - ou 40 vezes menos que os demais usuários. Mas agricultores locais, especialmente os que usam irrigação, ainda demonstram insatisfação com as fórmulas de cobrança. A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia quer atenuar a cobrança dos que usam muita água e isenção total para ribeirinhos e pequenos agricultores que captam até 280 mil litros por dia. (págs. 1 e A4)

CPFL vai disputar grandes projetos de hidrelétricas
A CPFL Energia - mesmo com a construtora Camargo Correa no controle da companhia - vai manter sua plataforma de crescimento focada no que sabe fazer melhor: distribuir energia elétrica. Isso é o que diz o presidente da empresa, Wilson Ferreira Júnior. Mas os planos de investimentos mostram que as ambições da companhia estão em sintonia com os objetivos da construtora: ganhar a concessão de usinas hidrelétricas.

Segundo Ferreira Jr., a CPFL não tem como ficar fora de Belo Monte, o próximo megaprojeto que será colocado em licitação, no rio Xingu (PA). A empresa analisa detalhadamente o empreendimento, que terá 11 mil megawatts de capacidade instalada. Desde outubro, Ferreira Jr. designou cinco engenheiros para se dedicarem em tempo integral a esses estudos.

A CPFL também prepara outros dois projetos hidrelétricos na Região Sul, no total de 1,2 mil megawatts, para os leilões de energia nova programados para o segundo semestre. O plano de investimentos ainda contempla a bioenergia, principalmente biomassa, PCHs e energia eólica. “Vamos ser os maiores nisso”, afirma Ferreira Jr. (págs. 1 e B5)

Retomada incerta
Economistas analisam com cautela os sinais de reação da atividade econômica neste início de ano, como a produção e venda de veículos, o consumo de energia e a expedição de papelão ondulado. Segundo eles, a base de comparação é baixa. (págs. 1 e A3)

Balança comercial
Impacto da crise global é mais sentido na balança do setor industrial. As exportações caíram 38,4% em janeiro, frente a igual mês de 2008, e as importações de insumos, 28,5%. Além disso, a “queda nos preços de exportação está só começando”, diz Fábio Silveira. (págs. 1 e A3)

Mais aço anima mineradoras
A alta na produção de aço na China em janeiro renovou o ânimo dos produtores de minério de ferro. O novo cenário reforça a tendência de um reajuste que pode até se aproximar de 20% para o minério, ante um desconto de 40% defendido inicialmente pelas siderúrgicas chinesas. (págs. 1 e B6)

Benefícios da prudência
Administração conservadora e regulamentação estrita transformaram os bancos canadenses em casos de sucesso em meio à crise financeira internacional. Entre os países do G-7, as instituições canadenses foram as únicas a prescindir de socorro governamental. (págs. 1 e C2)

Apostas na proteção
Com a grande oscilação nos preços dos ativos, a busca por proteção está fazendo com que mais investidores utilizem minicontratos futuros, sobretudo de Índice Bovespa, para evitar perdas. Em janeiro, 309 mil minicontratos do índice foram negociados, além de 45% sobre janeiro de 2008. (págs. 1 e D2)


Nordeste lidera o consumo de fraldas no país
O Nordeste passou a ser o maior mercado para fraldas do país, superando o interior paulista e o Sul, mesmo nos produtos premium. A disputa entre Kimberly-Clark e Procter & Gamble e o aparecimento de grande número de marcas regionais tornaram o produto mais acessível em um momento em que a renda cresceu significativamente na região e a taxa de natalidade manteve-se acima da média nacional. O consumo nordestino cresceu 16% em volume e 14% em valor em 2008, enquanto o mercado como um todo cresceu 3,2% nos dois critérios. Hoje, o Nordeste representa 20% das vendas nacionais, que foram de R$ 2,4 bilhões no ano passado, segundo a Nielsen. A Kimberly assumiu a liderança, após anos empatada com a P&G. (págs. 1 e B1)

Aumentam as pressões sobre o Citi
Numa recente conversa telefônica com um funcionário graduado do Federal Reserve, o diretor-presidente do Citigroup, Vikram Pandit, revelou quem está no topo do novo mundo das finanças americano. “Nos dê uma chance de executar”, disse Pandit, pedindo ao diretor do Fed que não forçasse a saída da diretoria.

O pedido do Citigroup ao governo para que converta 7,8% em ações preferenciais em até 40% do capital votante pode acabar custando a Pandit seu emprego. Pode também aumentar a pressão política para desmontar o grupo financeiro. A portas fechadas, funcionários do governo consideram que o gigante bancário é “inadministrável”. (págs. 1 e C4)

Crise espanhola
A crise econômica se agrava na Espanha e já se faz sentir até no milionário mercado do futebol. O desemprego no país deve chegar a 19% até o fim do ano e o PIB deve encolher pelo menos 3%. Alguns economistas preveem uma depressão comparável à da década de 30. (págs. 1 e A6)

Ideias
Rosângela Bittar: Gestão da crise e preservação de empregos serão as principais questões da sucessão presidencial. (págs. 1 e A5)

Ideias
Cristiano Romero: Contas se deterioram e ameaçam meta de superávit. (págs. 1 e A2)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Produção de autopeças reacelera em janeiro
Depois de reduzir jornada de trabalho, cortar turnos de produção e demitir empregados, as indústrias de autopeças retomam o nível de atividades para acompanhar o ritmo das montadoras. A Eletromecânica Dyna, fabricante brasileira de limpadores de para-brisas, e a Elring Klinger, subsidiária brasileira do grupo alemão que faz juntas de cabeçotes e defletores de calor, já têm sinalizações positivas das montadoras para os próximos meses, o que as faz prever que as vendas no mercado interno cheguem neste ano ao patamar igual ao de 2007, quando foram emplacados 2,46 milhões de veículos no País.

“Ainda estamos com volume 20% abaixo do de 2008, mas a expectativa é positiva porque a fase difícil já passou e temos encomendas para a produção de 10 mil carros por dia”, disse Celso Liberal, diretor comercial da Eletromecânica Dyna. A Elring Klinger, que abastece todas as montadoras no País (menos a Toyota), teve que cancelar as férias coletivas programadas para esta semana e suspender a redução de um dia de trabalho para atender aos pedidos que começam a chegar das montadoras de automóveis. A empresa, que no final do ano passado eliminou o terceiro turno e demitiu 40 pessoas, avalia recontratar esses funcionários se o volume de encomendas das montadoras começar a crescer.

“O mercado está começando a reagir e algumas montadoras cancelaram as férias coletivas na semana do Carnaval e estão até trabalhando aos sábados para abastecer a rede de concessionárias, que já está com falta de alguns modelos de automóveis para pronta entrega”, disse Luiz Alberto Thimm Mirara, diretor comercial da Elring Klinger. (págs. 1 e C3)

Pacote habitacional terá R$ 100 bilhões
O pacote habitacional que será anunciado pelo governo federal terá impacto positivo no desempenho da construção civil. Para alcançar a meta prevista de construir 1 milhão de casas em dois anos, conforme prometido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, será necessário vencer desafios como a escassez de terrenos para obras em grandes centros urbanos, entraves legais e a desconfiança dos agentes financeiros para concessão de empréstimos à população de baixa renda.

O presidente Lula solicitou à equipe econômica que alterasse o projeto e incluísse condições melhores de financiamento para construção de casas destinadas a famílias com renda inferior a cinco salários mínimos. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os custos do pacote estão sendo avaliados por seu ministério e pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O estímulo prevê investimentos de R$ 100 bilhões em dois anos, diz Mantega.
A execução do projeto não ocorrerá sem obstáculos.

“O plano tem de contemplar as dificuldades para ser efetivo”, afirma Eduardo Zaidan, diretor de economia do Sinduscon-SP. Com a crise, os recursos para o capital de giro das construtoras sumiram e os compradores se retraíram. “Muitos lançamentos foram suspensos ou cancelados. O setor está ativo por conta das obras em andamento. Se novos empreendimentos não forem feitos, ele sentirá o baque no segundo semestre”, diz Ana Maria Castelo, da FGV Projetos. (págs. 1 e A5)

Governo sabia de demissões na Embraer há mais de dois meses
A alta cúpula do governo federal sabia do processo de demissão na Embraer há mais de 75 dias. A certeza dos sindicalistas quanto a um acerto no discurso e na conduta entre Embraer e governo federal foi reforçada com as declarações do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Vagner Freitas, de que em encontro com a ministra Dilma Rousseff, no dia 3 de dezembro, havia dito que tinha informações sobre o início das demissões na Embraer. A Gazeta Mercantil informou em 11 de dezembro os planos da companhia de cortar 20% do quadro de pessoal. (págs. 1 e A7)

Desemprego cresce 8,2% em janeiro
O desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas subiu 8,2% em janeiro, segundo o IBGE. A população economicamente ativa sofreu redução de 1,6% e fechou o mês com 21,2 milhões de trabalhadores. (págs. 1 e A4)

Petróleo
Petrobras inicia, em março, a exploração de Tupi. (págs. 1 e C6)

Combustível
Usinas ofertam muito álcool e preço cai. (págs. 1 e B10)

Receita perde R$ 18,3 bi com renúncia fiscal
A Receita Federal deixará de recolher R$ 18,338 bilhões este ano em razão das medidas de desoneração e redução de impostos adotadas pelo governo federal desde outubro do ano passado. A perda de tributos mais significativa virá de reduções do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que produzirão um impacto de R$ 3,187 bilhões.

O Fisco contabiliza também perda de R$ 1,729 bilhão com a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor de automóveis, em vigor até abril. De acordo com Marcelo Lettieri, da Receita Federal, a renúncia fiscal representará recuo de 2,5% sobre a arrecadação de R$ 701,4 bilhões do ano passado. (págs. 1 e A4)

Sucateiros exportam para compensar retração interna
A expressiva queda no preço da sucata de ferro e aço a partir do segundo semestre de 2008 levou empresas como a RFR Reciclagem, uma das maiores processadoras do setor, a buscar alternativas no mercado externo. A companhia já embarcou para China, Coreia, Índia, Paquistão e Vietnã cerca de 15 mil toneladas de produtos.

Metade da produção mensal de 22 mil toneladas de fevereiro será enviada ao exterior, prática nada usual, segundo o diretor Marcos Fonseca. “O setor no País não tem histórico de exportação, porque é um processo complexo”, disse Fonseca. “Não existe estrutura portuária para exportar a granel, temos de embarcar em contêiner, que tem custo de frete oneroso”, explicou.

A Trufer Comércio de Sucatas também está exportando para compensar a queda no faturamento, informou Marcio Rodriguez, diretor da empresa.
Algumas processadoras estão se unindo para viabilizar o embarque a granel e, assim, ampliar as exportações. (págs. 1 e C1)

Fugini investe R$ 40 milhões em nova fábrica
A fabricante de alimentos Fugini investirá R$ 40 milhões para construir uma fábrica em Cristalina, Goiás. Auro Ninelli, presidente da empresa, informou à Gazeta Mercantil que estuda três formas de financiar a nova unidade de produção que pretende inaugurar até o início de 2010.

A fábrica marcará a entrada da empresa num novo segmento, o de vegetais em conserva. Segundo Ninelli, a unidade terá capacidade para processar 50 mil toneladas de vegetais brutos e produzir 100 mil toneladas de atomatados. Atualmente, a capacidade de produção de atomatados da empresa é de 150 mil toneladas. (págs. 1 e C2)

Opinião - Augusto Nunes
Depois da decisão dos ministros togados, só ficarão na cadeia os que acham que STF é imposto e nunca viram um advogado de perto. (págs. 1 e A7)

Opinião - Ozires Silva
Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias violenta o seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. (págs. 1 e A3)

Opinião - Antonio Penteado Mendonça
Não há mais diferença entre o que acontece no Brasil e no exterior. Nunca tantos metralharam tantas escolas em tantas partes do mundo. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Commercio

Manchete: Ainda tem o Bacalhau
Bonecos gigantes animaram Olinda. Maracatus, blocos e shows deram o tom no Recife. Hoje sai o Bacalhau nas duas cidades. (pág. 1)

Ministério vai investigar chacina (pág. 1)

Segurança pública é tema da Campanha da Fraternidade (pág. 1)

Lançamento fracassa e Nasa tem prejuízo de US$ 278 milhões (pág. 1)

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