terça-feira, 30 de setembro de 2008

Resumo das Notícias de Hoje

30 de setembro de 2008

O Globo

Manchete: O pior dia na história das bolsas
Com a maior parte dos votos dos republicanos – partidários do presidente George W. Bush -, a Câmara dos Deputados dos EUA rejeitou o megapacote de US$ 700 bilhões de socorro ao sistema financeiro. Os mercados, que tinham aberto em baixa, desabaram. O Índice Dow Jones teve o maior recuo em pontos da história (777,68) e fechou em queda de 6,98%. O Nasdaq caiu 9,14%. No dia, a Bolsa de Nova York perdeu US$ 1,2 trilhão em valor de mercado.

Mais uma vez, a Bovespa foi a que teve a maior queda entre as grandes bolsas do mundo e a única a acionar o circuit breaker (suspensão dos negócios), logo depois do fracasso da votação, quando a perda bateu os 10%. Meia hora depois, os negócios foram retomados e a desvalorização chegou a 13,81%. No fechamento, caía 9,36%, o maior percentual desde janeiro de 99, quando houve a maxidesvalorização do real.

As perdas das empresas exportadoras no mercado futuro de câmbio e os efeitos da escassez de crédito provocaram a reação da bolsa brasileira. O dólar chegou a subir 8%. No fim do dia, a cotação estava em R$ 1,966, com alta de 6,21%. No turismo, chegou a R$ 2,10. (págs. 1, 23 a 30 e editorial “Melhor prevenir”)

Lula já admite ‘pequeno aperto’ para o Brasil
O presidente Lula admitiu que a crise americana vai reduzir o crédito no mundo e que pode causar “um pequeno aperto” no Brasil. Mas disse que o país não pode ser vítima do cassino montado em Wall Street. O ministro Guido Mantega disse que a falta de crédito pode prejudicar exportações. Analistas já prevêem que o PIB de 2009 ficará abaixo de 3%. (págs. 1, 24 e Negócios & Cia)

Eleições 2008 - Sindicalista amigo de Lula faz campanha milionária
O ex-ministro Luiz Marinho(PT), amigo do presidente Lula, faz uma campanha milionária para prefeito de São Bernardo (SP), gastando, por eleitor, quase seis vezes mais que Marta Suplicy (PT) na capital paulista. O custo também já é maior que as campanhas no Rio de Janeiro. Marinho declarou despesas de R$ 1,7 milhão até 6 de setembro, e sua previsão é de gastar R$ 15 milhões. O rival Orlando Morando (PSDB) fala em “tsunami financeiro”. (págs. 1 e 9)

Maiores desmatadores do país são os sem-terra, revela Minc
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, informou que seis assentamentos de reforma agrária do Incra encabeçam a lista dos cem maiores desmatadores da Amazônia. A lista estava prometida desde fevereiro, mas sua divulgação abriu crise no governo. O presidente do Incra, Rolf Hackbart, reagiu, alegando que os desmatamentos denunciados são antigos, da década de 90, o que foi contestado por Minc. Ele anunciou a criação de uma força-tarefa com o Ministério Público para processar os responsáveis por crimes ambientais. O ritmo de desmatamento da Amazônia subiu 133% em agosto, em comparação com julho. Minc culpou os políticos por abrandarem a fiscalização durante a campanha. (págs. 1 e 3)



Nacionalizações avançam na Europa
Depois da compra de 49% do belgo-holandês Fortis, no domingo, governos europeus anunciaram ontem novos socorros a instituições. O governo britânico nacionalizou a carteira de hipotecas e empréstimos da Bradford & Bingley, a Alemanha deu crédito à gigante hipotecária Hypo Real Estate e até a Islândia estatizou o banco Glitnir, terceiro maior do país. (págs. 1 e 28)

Colunas e Artigos
Paul Krugman: Como será se o telefone tocar às 3h da manhã na Casa Branca? (págs. 1, 27 Economia)

Colunas e Artigos
Miriam Leitão: O grande problema, na crise, é que os EUA não têm um líder. (Págs. 1, 24 Economia)

Colunas e Artigos
Gustavo Loyola: Haverá redução de crédito no mundo inteiro e também no Brasil (págs. 1, 29 Economia)

Colunas e Artigos
Merval Pereira: "Liberalismo" de McCain provocou revolta de republicanos. (págs. 1, 4 O País)

Segundo Caderno
Diretor do documentário “Mataram irmã Dorothy” afirma que todos são culpados pela tragédia.(pág. 1)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Congresso dos EUA rejeita pacote de US$ 700 bi; Bolsas despencam
Por 288 votos a 205, a Câmara dos EUA rejeitou pacote do governo de George W. Bush que prevê a maior operação-resgate do mercado financeiro no país, com gastos de US$ 700 bilhões. A decisão derrubou as Bolsas no mundo. A de Nova York registrou seu maior recuo em pontos e perdeu US$ 1,2 trilhão, o equivalente ao PIB do Brasil. A Bovespa teve o pregão suspenso pela primeira vez desde 1999, chegou a cair 13,82% e fechou em queda de 9,36%. A rejeição ao plano partiu principalmente dos republicanos, o que surpreendeu Bush, que se disse “desapontado”: 133 governistas e 95 democratas votaram contra. Integrantes dos dois partidos temiam impacto negativo do voto a favor do pacote no pleito de 4 de novembro.

Terminada a sessão democratas e republicanos culparam uns aos outros. Líderes dos partidos estudam votar novamente o pacote amanhã. O secretário do Tesouro, Henry Paulson, disse que, sem plano, os instrumentos à disposição do governo são “insuficientes”. No Brasil, com o aprofundamento das incertezas externas, o dólar subiu e chegou a ser negociado a R$ 1,99. A moeda fechou a R$ 1,966 (alta de 6,21%), sua maior cotação em um ano. As Bolsas da Ásia abriram hoje em forte baixa, em torno de 4% a 5%. (págs. 1 e Dinheiro)

Para Lula, americanos montaram um 'cassino'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou os EUA de montarem um “cassino” na economia e disse não ser justo que países latino-americanos, africanos e asiáticos “paguem pela irresponsabilidade” de setores do sistema financeiro americano. Segundo ele, há tranqüilidade no governo brasileiro. Para o ministro Guido Mantega (Fazenda), a situação do Brasil é “normal”. O Planalto, porém, já teme que a crise se arraste até 2009. As empresas divergem sobre o impacto no país: algumas acham que o mercado interno sustentará o crescimento, outras esperam recuo na produção. (págs. 1, B7 e B8)

Desmatamento sobe 133%; Incra lidera ranking
O desmatamento na Amazônia em agosto foi 133% superior ao verificado em julho. Foram 756,7 km2, área que equivale a mais da metade da cidade de São Paulo. Assentamentos federais de reforma agrária são os seis primeiros do ranking dos cem maiores desmatadores da Amazônia. Multado em R$266 milhões, o Incra vai recorrer. (págs. 1, A12 e A13)

Artigo: Marcos Nobre
Pela primeira vez, o capitalismo enfrenta crise global sem ter adversário. Não há movimento social e político capaz de confrontar o capital e sua forma de distribuir riqueza. E a premissa desmorona: não há harmonia preestabelecida entre capitalismo e democracia. (págs. 1 e A2)

Editoriais
Leia "Convulsão na finança", sobre incertezas na economia; e "Semana decisiva", acerca de pesquisa Datafolha na capital. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Congresso dos EUA veta pacote e mercados entram em pânico
O Congresso dos EUA rejeitou o pacote do governo Bush para resgatar o sistema financeiro do país, no valor de US$ 700 bilhões. Foram 228 votos contra e 205 a favor do plano, altamente impopular e tido por deputados republicanos como um atentado ao livre mercado. Bush se declarou “muito decepcionado”, e o secretário do Tesouro, Henry Paulson, disse que é preciso “aprovar alguma coisa que funcione o mais rápido possível”.

Líderes democratas e republicanos prometeram votar outro projeto nesta semana. O impasse provocou caos nas bolsas. Em Nova York, houve recuou de 6,98% - foi a maior queda em pontos em quase 80 anos. A Bovespa caiu 9,36%, mas chegou a despencar mais de 10%, o que fez a bolsa interromper o pregão por meia hora. (págs. 1, B1 a B13)

Governo diz que crédito já encolheu
A crise internacional já produz efeitos no Brasil, avalia o governo. Houve redução no crédito oferecido pelos bancos ao setor privado e no financiamento em dólares para exportadores. (págs. 1 e B9)

Europa sofre impacto e teme quebradeira
A rejeição do pacote do governo americano causou as maiores perdas no mercado dos países ricos desde 1970. Em Londres, a queda foi de 5,3% - setembro já é o pior mês da bolsa britânica desde 1987. A bolsa de Paris recuou 5%, a de Frankfurt, 4,2%, e a de Amsterdã, 8,8%. Há temor de novas quebras bancárias na Europa. As ações do UBS, símbolo da estabilidade suíça, caíram 13,6% só ontem. (págs. 1 e B5)

Encrenca com ou sem resgate
Floyd Norris: acho que o Congresso vai salvar algo do pacote - e vamos torcer para que os bancos sobrevivam até lá. As mudanças devem torná-lo mais punitivo, o que é bom em termos de justiça, mas ruim para conter a crise. (págs. 1 e B6)

A crise e o emprego
José Pastore: o quadro do emprego preocupa, mas não é um doente desenganado. (págs. 1 e A2)

Brasil assina novo acordo ortográfico para 2009
O presidente Lula assinou decreto que regula a adesão do Brasil ao acordo ortográfico da língua portuguesa. Novas regras entram em vigor em 2009, de forma facultativa. Livros didáticos terão de ser adaptados até 2010. Em 2013, as regras serão adotadas em concursos públicos e provas escolares. (págs. 1 e A13)

Líder do DEM confirma negociação com PSDB
O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), confirmou que o partido conversa com dirigentes do PSDB para uma aliança no segundo turno em São Paulo. A negociação foi revelada ontem pelo Estado e, embora negada oficialmente pelos tucanos, causou mal-estar na campanha de Geraldo Alckmin. (págs. 1 e A4)

Incra lidera avanço do desmatamento
O Incra lidera o desmatamento no Brasil, revelam dados divulgados ontem pelo Ministério do Meio Ambiente. Na lista dos 99 maiores desmatadores do País, os seis primeiros colocados são assentamentos do Incra, todos instalados em Mato Grosso. O ranking leva em conta os números dos últimos dois anos, período em que o Incra recebeu multas ambientais de R$ 265 milhões. No mês passado, a área derrubada na Amazônia Legal voltou a crescer, segundo o Inpe. Foram devastados 756 km2, ante 343 km2 em julho. (págs. 1 e A17)

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Jornal do Brasil

Manchete: Após colapso, EUA correm atrás de Plano B
As autoridades americanas foram pegas de surpresa com a rejeição do Congresso dos Eua ao plano do governo Bush para suprir de oxigênio a economia. Esperavam a liberação de US$ 700 bilhões para a compra de papéis desvalorizados na crise financeira que atinge o país. Agora estão em busca de alternativas, mas a sensação entre analistas é que faltam opções à vista. Essa impressão fez despencar a Bolsa de Nova York – o maior tombo em Wall Street desde os ataques de 11 de setembro. A tendência se repetiu mundo afora. (págs. 1, Tema do dia A2 e A3)

Brasil nega pacote
Minutos depois de o plano americano ser rejeitado no Congresso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou que o governo brasileiro esteja costurando algum pacote anticrise. Mas reconheceu que os investimentos podem ser prejudicados pela escassez de crédito internacional O presidente Lula pediu responsabilidade dos EUA. (págs. 1 e Tema do dia A6)

Bovespa desaba
Contaminada pela queda em Wall Street, a segunda-feira foi tenebrosa na Bolsa de Valores de São Paulo. Os investidores entraram em pânico com a dimensão que a crise ainda pode tomar. Os negócios chegaram a ser suspensos por meia hora, no início da tarde, e a Bovespa fechou com o pior desempenho desde janeiro de 1999: baixa de 9,36%. (págs. 1, Tema do dia A4 a A6)


Candidatos ampliam ataques para ganhar corrida ao 2° turno
Na última semana antes da eleição, vários dos candidatos a prefeito subiram o tom das críticas para conquistar os indecisos e uma vaga no segundo turno. Jandira Feghali (PCdoB) criticou Fernando Gabeira (PV), e Marcelo Crivella (PRB) voltou as baterias contra Eduardo Paes (PMDB). (págs. 1 e Eleições A10)


Divergências marcam novo acordo da língua portuguesa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontem, na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A mudança é motivo de desacordo entre os próprios acadêmicos, a exemplo de Arnaldo Niskier e Carlos Heitor Cony. “A língua é feita pelo povo”, diz Cony. (págs. 1 e País A16)

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Correio Braziliense

Manchete: O homem que derreteu o mundo
George W. Bush é o presidente mais impopular da história dos Estados Unidos. Truculento na política externa, despertou o ódio de inimigos a ponto de instigá-los a praticar o mais cruel ato terrorista da história. Despreparado, jogou fora o crédito moral dos americanos depois dos atentados de 11 de setembro, ao levá-los a guerras ilegítimas, como a do Iraque. Imprudente, gerou déficits fiscais enormes para financiar as campanhas bélicas, desequilibrando as finanças públicas da superpotência.

Ontem, a falta de liderança do comandante afetou todo o globo: em meio a disputas políticas paroquiais, e com os votos de parlamentares do seu próprio partido, o Congresso rejeitou o pacote de socorro de US$ 700 bilhões aos falidos bancos locais. Assim, o sistema financeiro passou a correr risco real de quebradeira. Como reflexo, o valor das empresas derreteu em todos os continentes. O índice da bolsa de Nova York caiu 6,9%, maior perda de pontos desde sempre. Em São Paulo, o pregão precisou ser interrompido no meio da tarde, quando o Ibovespa perdia 10% de seu valor — ao fim, a queda ficou em 9,3%.

Ainda no Brasil, a taxa de câmbio subiu 6% e fechou cotada a R$ 1,96 por dólar. O presidente Lula acusou os EUA de transformarem a mais pujante economia do planeta num cassino. (págs. 1 e Tema do Dia, 15 a 22 )

Corretores em pânico na Bovespa: Operações foram suspensas (págs. 1 e 16)

Bibliotecas no país da nova língua
O presidente Lula anunciou uma “revolução” dos livros ao assinar o decreto que estabelece o cronograma das mudanças na ortografia a partir de 2009. O governo pretende construir uma biblioteca pública em cada município até 2010. Novas regras de português acabam com o trema e com o uso de alguns acentos. (págs. 1 e 11)

PM vai pagar R$ 4 mil a 1,5 mil soldados
A Polícia Militar lança até novembro o edital de concurso para contratar 1,5 mil soldados, anunciou ontem à noite o governador Arruda. Os aprovados vão receber salário de R$ 4.030 e começam a trabalhar no fim de 2009, após 10 meses de formação. Candidatos precisam ter diploma de curso superior. (págs. 1 e 31)

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Valor Econômico

Manchete: Sobra aos EUA opção de cortar juro
A rejeição da Câmara dos Deputados dos EUA ao plano de US$ 700 bilhões para socorrer o mercado financeiro pode levar o banco central americano e o Departamento do Tesouro a lançar mão de ferramentas que se mostraram pouco eficientes para combater a crise financeira atual. Autoridades do Fed têm relutado em usar a maior arma de seu arsenal - cortar os juros substancialmente - em parte por causa das preocupações com a inflação. Uma ação rápida pode não ser oportuna, já que outra versão do plano de socorro pode surgir.

Sem o pacote de resgate, o Fed e o Tesouro devem continuar lidando com os problemas caso a caso, à medida que eles surgirem, e inundando o mercado com crédito para ajudar firmas em dificuldade. O Fed já cortou fortemente os juros, de 5,25% para 2%, mas optou por mantê-los estáveis em meados deste mês. Na semana passada, o presidente do Fed, Ben Bernanke, disse no Congresso que, apesar da possibilidade de o cenário econômico se deteriorar bastante, ele se preocupava com a inflação, sinal de que não cortaria os juros sem pensar duas vezes. A próxima reunião do comitê de política monetária é no fim de outubro.

A rejeição do pacote teve efeito dramático nos mercados mundiais. A Bolsa de Valores de Nova York sofreu ontem a maior queda em pontos em um único dia de sua história. O índice Dow Jones caiu 6,98%. A Nasdaq, onde são negociadas ações de empresas de tecnologia, teve baixa de 9,14%. As bolsas européias também tiveram quedas. Na Bolsa de São Paulo os negócios foram interrompidos por meia hora após o Índice Bovespa ter perdido mais de 10%, para encerrar o dia com desvalorização de 9,36%.

A cotação do petróleo em Nova York encerrou o dia a US$ 96,37, com queda de US$ 10,52. Todas as principais commodities metálicas caíram, com destaque para o cobre. No mercado brasileiro, as empresas intensificaram o movimento de desmonte de posições vendidas em dólar nos mercados futuros. O resultado foi que o dólar chegou a bater R$ 2,0014 e terminou o dia em R$ 1,966. A alta foi de 6,21%, a maior desde janeiro de 1999, quando o BC teve de deixar o câmbio flutuar. (págs. 1, B9, C1, C2, C16, D1 e D2)

Dólar em alta afeta balanço das companhias
Com o fechamento, hoje, do balanço do terceiro trimestre, companhias terão de ajustar dívidas e aplicações financeiras em moeda estrangeira ao câmbio da crise. E a correção não deve ser pequena. O dólar subiu 23% de junho a setembro, a maior alta trimestral desde 2002. Só ontem, aumentou 5,4% e fechou a R$ 1,966.

Em junho, a dívida líquida das companhias abertas brasileiras, excluindo Petrobras e Vale, estava em R$ 40,7 bilhões. Esse valor já refletia um aumento de 11% frente a março. A expectativa é que haja um novo crescimento, como correção da parcela da dívida indexada em moeda estrangeira. Com isso, a despesa financeira das companhias provavelmente ficará mais salgada, comparada à perda de R$ 650 milhões do segundo trimestre - a menor em 12 meses. (págs. 1 e D3)

Idéias
Delfim Netto: Políticas monetárias equivocadas originaram a crise. (págs. 1 e A2)

Energia paraguaia
O governo paraguaio analisa a possibilidade de vender a parte excedente de sua energia em Itaipu diretamente no mercado brasileiro, sem a intervenção da Eletrobrás. Diretor paraguaio da Binacional esteve ontem em São Paulo reunido com empresários. (págs. 1 e B8)

Endividamento em alta
O endividamento das famílias brasileiras mais do que dobrou desde 2003, passando de 12,2% para 26,5% da massa salarial. O comprometimento de renda com o pagamento da dívida também passou de 22,9% para 31,3% no período. (págs. 1 e C8)

Forrozeiro será o prefeito mais votado
De acordo com as pesquisas, o candidato a prefeito de capital proporcionalmente mais bem votado do país será Cícero Almeida (PP), que concorre à reeleição em Maceió com 79% a 81% das preferências do eleitorado. Cícero tem apoio do ex-presidente Fernando Collor e do usineiro João Lyra, ambos do PTB, mas sua popularidade vem mesmo da atuação como repórter policial na TV e cantor de forró. Sua música de maior sucesso se chama "Locadora de mulher", um forró em que descreve o estoque de seu estabelecimento comercial - "mulher do jeito que você quiser". O governador de São Paulo, José Serra, esteve em Maceió e participou da campanha de Solange Jurema (PSDB), terceira colocada com apenas 4% nas pesquisas. (págs. 1 e A14)

Demanda elétrica
Impulsionada pela expansão generalizada do consumo comercial, que chegou a subir 10,5% em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado, a demanda por energia elétrica no país registrou a maior alta do ano: 6,4%. (págs. 1 e A2)

Indústria aquecida
O nível de atividade na indústria paulista aumentou 3,98% em agosto, em relação ao mesmo mês no ano passado. Na comparação com julho, o indicador registrou queda de 2,98% (com ajuste sazonal). No ano, a alta acumulada é de 8,3% e de 8,5% em 12 meses. (págs. 1 e A3)

Controle de qualidade
A Associação Brasileira da Indústria do Leite Longa Vida inicia programa de coleta e análise de amostras para evitar novos escândalos de alteração do produto. Irregularidades serão informadas ao governo e ao varejo. (págs. 1 e B11)

Febre de vendas
Com 63 empreendimentos previstos para entrar em operação até 2010, o segmento de shopping centers mantém ritmo de crescimento superior ao do varejo e ao da economia em geral. Empregos devem encerrar o ano em 655 mil.

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Gazeta Mercantil

Manchete: Plano Paulson é rejeitado e mercados entram em colapso
Confirmou-se ontem o cenário sombrio previsto na semana passada pelo presidente do Federal Reserve (o banco central americano), Ben Bernanke, caso o pacote de US$ 700 bilhões de socorro aos bancos norte-americanos não fosse aprovado. Os congressistas rejeitaram o plano do presidente George W. Bush e abriram espaço para os Estados Unidos mergulharem na recessão. A perspectiva sombria, associada à falta de um “plano B”, levou os mercados do mundo inteiro a um verdadeiro colapso.

Marcadas sob estresse, as bolsas desabaram e protagonizaram uma segunda-feira negra que certamente ficará na história e refletiu a sensação de pânico. O índice Dow Jones, principal indicador da Bolsa de Nova York, mergulhou numa baixa de mais de 777 pontos, ou 6,98%. A Nasdaq teve desempenho ainda pior – queda de 9,14%. Em São Paulo, a Bovespa chegou a recuar 10% no início da tarde, quando o circuit-braker — mecanismo que pára o pregão por meia hora — foi acionado pela primeira vez desde 1999. Passada a interrupção, os investidores retomaram os negócios e a bolsa encerrou o dia com 9,36%.

Na Europa, as bolsas européias também sofreram. O índice FTSEurofirst 300, que espelha o comportamento das principais ações do continente, desabou 5,23%, fechando no menor patamar desde janeiro de 2005.

A reação dos investidores ao redor do mundo foi se livrar dos ativos de maior risco. Os temores de uma crise sistêmica provocaram uma corrida aos títulos do Tesouro americano, considerados porto seguro em tempos de incertezas.

No olho do furacão, o banco americano Wachovia sucumbiu à crise. Passou para as mãos do Citigroup, após as negociações do fim de semana. O Citi concordou em pagar US$ 2,3 bilhões em ações, mais uma dívida de US$ 53 bilhões. Mais uma vítima da crise das hipotecas de alto risco, que já colocou por terra uma série de bancos de investimento. As perdas com o subprime, que completou um ano em agosto, já somam mais de US$ 590 bilhões — isso contando prejuízos e baixas contábeis.

Na Espanha, o Santander negocia a compra de partes de duas instituições britânicas, o Bradford & Bingley — nacionalizado pelo governo local — e o Alliance & Leicester, ambos abalados pela crise das hipotecas. O Mitsubishi, maior banco japonês, vai adquirir 25% de participação no Morgan Stanley, por US$ 9 bilhões, e o Lehman Brothers aceitou vender a divisão de administração de investimentos para a Bain Capital e a Hellman & Friedman.

Bush, Paulson e Bernanke querem nova chance de aprovação do plano. (págs. 1 e caderno B)

Governo reitera solidez da economia brasileira
Enquanto o agravamento da crise financeira provocava estragos nos mercados, várias autoridades vinham a público para se manifestar em defesa dos fundamentos da economia brasileira, na tentativa de acalmar os investidores. Minutos depois de o Congresso dos Estados Unidos rejeitar o pacote de socorro ao sistema financeiro norte-americano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o país está preparado para enfrentar a turbulência internacional. Para o ministro, o plano do governo dos EUA deve ser aprovado “em uma segunda votação”.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, foi na mesma linha de Mantega e destacou o acúmulo de reservas internacionais pelo Brasil, que hoje superam os US$ 200 bilhões. Já o diretor de Política Econômica do Banco Central, Mário Mesquita, avaliou o cenário como severo, “senão extremo”, mas ressaltou que o país enfrenta a atual crise financeira com “mais serenidade”. (págs. 1 e B6)


Petróleo tem queda histórica e dólar dispara
Os preços do barril do petróleo despencaram no pregão de ontem da Bolsa de Nova York como reflexo da rejeição ao pacote de socorro financeiro dos Estados Unidos. Foi a maior baixa em uma única sessão dos últimos 17 anos.

Os contratos do petróleo WTI para entrega em novembro tiveram desvalorização de US$ 10,52, fechando em US$ 96,37 o barril, depois de chegar a perder US$ 11,85 durante o pregão. Na Bolsa de Londres, o petróleo do tipo Brent, com mesma data para entrega, registrou baixa de US$ 9,56, para US$ 93,98, depois de recuar até US$ 92,64 durante a sessão.

Na cena doméstica, a moeda norte-americana encerrou em alta de 6,21%, cotada a R$ 1,968 na venda. Este foi o maior nível em um ano e a mais elevada variação desde 21 de janeiro de 1999.

A Petrobras tem fôlego para manter investimentos de US$ 60 bilhões sem recorrer a empréstimos externos neste ano. Dos US$ 5 bilhões que planejava captar, mais da metade já foi realizada. (págs. 1, B2, B3 e B5)

Constituição é diferencial do Brasil na crise
Ao completar 20 anos, a Constituição brasileira é lembrada por produzir a democracia e o desenvolvimento econômico. Para juristas que participaram ontem do Congresso Vinte Anos de Constituição, a norma é um dos diferenciais do Brasil para enfrentar a crise financeira. “A Constituição de 1988 resultou extremamente positiva, produziu democracia, normalidade institucional e o desenvolvimento econômico”, diz o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Apesar de ser considerada vigorosa e atual, há pontos da Carta que são criticados pelos juristas. A atuação do Ministério Público Federal e o sistema tributário lideram a lista de críticas. (págs. 1 e A12)

Vale investe US$ 4 bi e forma gente
A Vale do Rio Doce investirá US$ 1 bilhão por ano até 2012 para expansão de seus portos. A diretoria aprovou ontem aporte de US$ 4,05 bilhões. Dos recursos, 90% vão para o porto de Ponta da Madeira, em São Luís (MA).

Antes das obras, porém, a Vale terá de resolver um problema: a formação de gente. Amanhã, a companhia assina convênio de capacitação de mão-de-obra com instituto especializado e ligado a um dos terminais mais importantes do mundo, o porto holandês de Roterdã. Duas mil novas vagas serão criadas nos estados do Rio de Janeiro, Maranhão e Espírito Santo.

Entre as obras, a mais significativa é a duplicação de Ponta da Madeira para dar vazão ao crescimento da produção de minério de ferro em Carajás, no Pará. (págs. 1 e C1)

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Estado de Minas

Manchete: Impasse nos EUA apavora o mercado
Câmara americana surpreende ao rejeitar pacote, e bolsas desabam no mundo. Pregão de Nova York despenca 777 pontos e sofre o pior tombo da história. Bovespa afunda 9,36% e dólar vai a R$ 1,96, com alta de 6,15%, a maior em 6 anos. (págs. 1 e 13 a 19)

Nova língua portuguesa
O presidente Lula assinou ontem o decreto de implantação do acordo ortográfico que unificará a grafia do idioma em todos os países de língua portuguesa. Veja o que muda e os prazos para que as medidas passem a vigorar. (págs. 1, 23, 26 e 27)

MP apura a participação de cartórios no esquema (pág. 7)

Aprovado em concursos reclama vaga de parentes (pág.1)

A terra treme no Triângulo
Abalo de 3,1 graus na escala Richter assusta moradores de Uberaba e cidades próximas, como Conquista e Sacramento. (págs. 1 e 24)

Haja paciência
O recapeamento da BR-040, sentido BH/Rio, entre o Viaduto da Mutuca e o trevo de Macacos, está provocando imensos engarrafamentos. As obras vão durar de uma a duas semanas, fechando duas das três pistas, das 7h às 16h30. (págs. 1 e 25)

Lacerda perto da vitória no 1º turno
Pesquisa do Instituto EM Data realizada em 27 a 28 de setembro com 1.100 eleitores, mostra o candidato Márcio Lacerda (PSB) em condições de vencer a eleição à prefeitura de BH no primeiro turno. De acordo com a sondagem, Lacerda lidera com 40% das intenções de voto, contra 28% da soma dos adversários, ou 58% dos votos válidos(excluídos os brancos e nulos). (págs. 1 e 3)

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Jornal do Commercio

Manchete: Economia em pânico
Após a Câmara dos Representantes dos EUA rejeitar pacote de ajuda ao sistema financeiro, proposto por Bush, Bolsas de Valores despencam em todo o mundo. Em São Paulo, queda foi de 9,36%. Já o dólar fechou com forte alta a R$ 1,96. (pág. 1)

Pesquisa CNI/Ibope contabiliza 80% de aprovação para Lula. (pág. 1)

Governo assina acordo ortográfico que derruba acentos (pág. 1)

Carregamento do Passe Fácil acaba em revolta e confusão (pág. 1)

PT levanta suspeição sobre atuação de juiz (pág. 1)

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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Resumo das Notícias de Hoje

29 de setembro de 2008

O Globo

Manchete: Congresso anuncia acordo e vota pacote hoje nos EUA
Republicanos, democratas e o Tesouro dos Estados Unidos celebraram ontem um acordo sobre o pacote de socorro de US$ 700 bilhões a Wall Street, em uma versão ampliada e com alterações significativas. A Câmara prevê votar o projeto hoje, e o Senado deverá apreciá-lo na quarta-feira. O texto preliminar prevê a participação do governo nas empresas socorridas, desembolsos parcelados e restrições aos vultosos salários pagos aos executivos. Também restringe os poderes do secretário do Tesouro, Henry Paulson, na hora de dispor dos recursos. O novo texto propõe ainda garantias mais concretas aos contribuintes – de cujo bolso sairão os recursos. (...) (págs. 1, 17 a 19)

Candidatos evitam ataques na reta final
Já pensando nas alianças de segundo turno, os candidatos a prefeito do Rio escolheram o mesmo cenário para tentar conquistar os votos que lhes faltam – a orla da Zona Sul – e adotaram a tática de evitar os ataques aos adversários. (...) (págs. 1 e 3)

Aprovada no Equador nova Constituição
A nova Constituição do Equador foi aprovada ontem por um referendo, segundo pesquisas de boca-de-urna, cujo resultado foi reconhecido por governo e oposição. A Carta dá superpoderes ao presidente Rafael Correa e aumenta a intervenção do Estado na economia. (págs. 1 e 22)

Grupo armado compra jornais para censura
O Ministério Público Eleitoral investigará a compra de mais de 30 mil exemplares do jornal “Extra” por grupos armados, na madrugada de domingo, para evitar a divulgação de reportagem sobre a gazeta de deputados, candidatos a prefeito. Há indícios de crime eleitoral. (págs. 1 e 16)

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Folha de S. Paulo

Manchete: EUA votam megapacote após acordo
Líderes do Congresso dos EUA anunciaram um novo acordo para a proposta de lei que deve ser votada hoje. Na negociação, o governo do republicano George W. Bush cedeu às exigências de seu partido e dos democratas. (...)
“Nós estamos mandando uma mensagem a Wall Street: a festa acabou”, disse a presidente do Congresso, a democrata Nancy Pelosi.
O presidente Bush saudou o acordo “para o resgate econômico, que é urgentemente necessário”. Os dois candidatos à sucessão presidencial elogiaram o acordo. (...) (págs. 1 e Dinheiro)

Pesquisadores afirmam que só plano não resolve
Mesmo se aprovado, o plano estará longe de ser a solução para os problemas gerados pela crise, dizem economistas dos EUA. (págs. 1 e B3)

Para analista, ‘o mundo ganha com as medidas’
Na visão do especialista em investimentos Karl Sauvant, da Universidade de Columbia, o pacote de resgate do mercado financeiro tem prós e contras nos EUA, mas é um ótimo negócio para o resto do mundo. (págs. 1 e B3)

Kassab polariza debate com Marta e Alckmin
A uma semana da eleição, os candidatos à prefeitura paulistana atacaram oponentes específicos ontem no debate da TV Record. O clima foi mais quente do que nos encontros anteriores.
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) polarizou a discussão tanto com Marta Suplicy (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto, como com seu ex-aliado Geraldo Alckmin (PSDB). (págs. 1 e A6)

Equador ratifica a nova Carta, aponta projeção
Os equatorianos aprovaram ontem a nova Constituição com cerca de 63% dos votos, indicam projeção e pesquisas de boca-de-urna. (...) (págs. 1 e A12)

Concessões de 184 emissoras de rádio e TV estão vencidas
Entre as que operam com prazo de concessão expirado estão algumas pertencentes às famílias dos ex-presidentes Collor e Sarney. (págs. 1 e Leia mais, A4)

Para Mendes, aparato policial do Estado está fora de controle
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, afirma que o aparato policial do Estado está fora de controle e o grampo do qual foi vítima serviu para alertar os Poderes da atual situação do país. “É urgente uma reforma política”, afirma o ministro.
O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, rebate: “Querem minar a boa imagem da PF na sociedade”. (págs. 1, A10 e A18)

Editoriais
Leia “Greve e insegurança”, sobre paralisação de polícias e “Lupa no desemprego”, acerca de queda de índice do IBGE. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: EUA fecham pacote anticrise
O Congresso dos Estados Unidos começa a votar hoje o projeto que autoriza um pacote de US$ 700 bilhões de socorro ao sistema financeiro. O acordo fechado ontem entre democratas e republicanos sobre os termos da ajuda inclui “proteções ao contribuinte”, informa de Washington a correspondente Patrícia Campos Mello. (...) (págs. 1, B1 e B5)

PSDB decide apoio a Kassab no 2º turno
O PSDB nacional já decidiu: caso o eleitor paulista deixe o candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, fora do segundo turno, como indicam as pesquisas de intenção de voto, o partido fechará oficialmente, e rápido, com o prefeito Gilberto Kassab (DEM), que disputa a reeleição. (...) (págs. 1 e A4)

Brasileiro, 13 anos doente
A expectativa de vida no País passou de 69,3 para 72,7 anos em uma década. Mas o tempo de vida saudável no Brasil após os 60 anos é bem inferior ao de países desenvolvidos. Os homens passam em média 13,5 anos doentes e as mulheres 11,5 anos, segundo levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). “Passam mais de uma década com condições de vida precárias, o que tem impacto nas finanças públicas, com perda de produtividade e custos hospitalares”, afirma o autor da pesquisa, Milko Matjascic. (págs. 1 e A20)

Boca-de-urna indica apoio a Constituição no Equador
Pesquisa do instituto Cedatos, o maior do país, indicou arrasadora vitória do presidente equatoriano, Rafael Correa, no referendo da nova Constituição, informa o enviado especial Roberto Lameirinhas. Segundo o levantamento, a Carta apoiada por Correa foi aprovada ontem por 70% dos eleitores; o “não” teve 25% dos votos. “O Equador decidiu-se por um novo país. As velhas estruturas foram derrotadas”, disse Correa, que deve convocar eleições gerais. (págs. 1, A15 e A16)

Notas e Informações
Atenção à nova safra – É tempo de plantar a safra de verão, mas a liberação de crédito está mais lenta do que em 2007. O governo deve ficar alerta. O agronegócio é a maior fonte de dólares do País. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: Pressão acelera acordo nos EUA
O domingo foi intenso nos Estados Unidos, com os congressistas trabalhando freneticamente por um acordo que aprove o plano de ajuda de US$ 700 bilhões contra a crise. Um termo foi fechado, mas falta a votação. Entre os pontos aprovados, a liberação parcelada, a participação do governo como sócio das empresas socorridas – para que o contribuinte recupere o gasto depois – e controles rigorosos para que gestores não possam obter vantagens no programa. (págs. 1, Tema do dia, A2 e A3)

Celular chega a 150 milhões de usuários
O crescimento da telefonia celular no Brasil continua em ritmo tão acelerado que a previsão de especialistas do setor é a de ultrapassar os 150 milhões de usuários no fim deste ano. Se confirmado,o número mostra que 80% dos 190 milhões de habitantes terão um telefone móvel. (págs. 1 e A11)

Com Cabral, Paes toma conta de Copacabana
A passeata de Eduardo Paes (PMDB) na orla de Copacabana foi um teste de força: acompanhado do governador Sérgio Cabral, o peemedebista ocupou toda a pista próximo à praia e uma faixa da segunda, liberada ao trânsito. Ao mesmo tempo, Fernando Gabeira (PB), Jandira Feghali (PCdoB) e Chico Alencar (PSOL), além de correligionários de Solange Amaral (DEM) e do PSC, tinham de utilizar uma pista ou o calçadão. (págs. 1 e Eleições, A4)

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Correio Braziliense

Manchete: As vítimas da crise no Brasil
A quebradeira financeira nos Estados Unidos provoca efeitos devastadores na nossa economia. Saiba quem já paga a conta.
Congresso dos EUA finalmente vota hoje projeto do governo para usar US$ 700 bilhões dos contribuintes na compra de créditos podres dos bancos.(págs. 1, Tema do dia, 8 a 11 e Visão do Correio, 12)

Hemobrás só depois de 2010
Anunciada em 2003 para tornar o país auto-suficiente na produção de plasma e economizar R$ 400 milhões ao ano, a fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados ainda está na fase de terraplenagem. (págs. 1 e 2)

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Valor Econômico

Manchete: Pacote americano prevê o reembolso das perdas
O ambicioso programa de saneamento do sistema financeiro proposto pelo governo americano ganhou um empurrão ontem, quando líderes dos dois partidos que controlam o Congresso dos Estados Unidos e os dois candidatos à eleição presidencial de novembro manifestaram apoio a um acordo que prevê várias mudanças no pacote. O plano autoriza o Tesouro dos EUA a gastar US$ 700 bilhões para adquirir títulos associados a hipotecas e outros papéis de valor duvidoso que geraram a crise de confiança que travou os mercados de crédito há duas semanas. O governo acredita que conseguirá restaurar a credibilidade dos bancos e estabilizar o sistema financeiro se tirar de circulação esses papéis. (...) (págs. 1, C1 a C10)

Impacto deve ser brando nas vendas de Natal
A percepção da indústria e do varejo é de que a crise financeira internacional terá um efeito brando sobre as vendas de fim de ano. Há quem não tenha feito nenhuma mudança nas projeções para o período de Natal. (...) (págs. 1, A3 e A4)

Cresce a preferência por gestores locais
A forte turbulência dos mercados mundiais afetou gestoras estrangeiras de recursos que atuam no Brasil. Concentrados em fundos de maior risco, muitos desses estrangeiros sofreram com a fuga dos investidores de renda variável e com o aumento da remuneração paga nos CDBs pelos bancos nacionais. (...) (págs. 1 e D3)

Empresas apelam a agências multilaterais
Com o crescente aperto no crédito bancário e com os mercados de capitais fechados, as empresas com planos de investimentos estão cada vez mais em busca de recursos das agências de crédito dos governos de países ricos e dos organismos multilaterais. (...) (págs. 1 e C6)

Setor privado ensina governo a administrar melhor contas
Começam a dar resultados, ainda modestos, os programas de gestão do setor público financiados pela iniciativa privada. Segundo dados do Movimento Brasil Competitivo, hoje possuem projetos nesse sentido pelo menos oito Estados – Alagoas, Pernambuco, Rio, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe, Bahia e Mato Grosso -, além do Distrito Federal. (...) (págs. 1 e A5)

‘Supertele’ corre contra o tempo
O prazo ainda factível, mas apertado, para a mudança do Plano Geral de Outorgas, que permitiria que se concretizasse a venda do controle da Brasil Telecom (BrT) para a Oi, começa a preocupar os envolvidos na operação. O governo já demonstrou aprovação à união das operadoras e monitora de perto os trâmites que precisam ser seguidos para sancionar a criação da chamada “supertele” nacional. (...) (págs. 1 e B3)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Fechado acordo de socorros nos EUA e crise se alastra na Europa
Os líderes congressistas e a administração do presidente George W. Bush fecharam ontem um acordo inicial sobre o que deve se tornar a maior operação de salvamento da história americana. O Tesouro dos Estados Unidos foi autorizado a comprar US$ 700 bilhões em dívidas podres de instituições com problemas em uma intervenção extraordinária para evitar o colapso econômico do país. (...) (págs. 1, A15 e A16)

Pacote não basta para recuperar setor financeiro
O grande teste do governo norte-americano para acalmar os mercados será o próprio mecanismo de compra dos ativos podres. E não bastará por si, pois, segundo o ex-diretor do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas, a recuperação do sistema financeiro vai muito além do pacote de socorro. Passa pela intervenção do governo e pela criação de regras de alavancagem ao crédito. Para o Brasil, a crise não terá efeito devastador. Porém, analistas acreditam que o crescimento do País em 2009 será menor. (págs. 1, A16 e A5)

Mercado questiona uso de derivados
As perdas financeiras anunciadas pela Sadia e Aracruz colocaram em xeque o controle de riscos de corporações brasileiras e provocaram uma desconfiança geral entre os investidores. De acordo com fontes do mercado, várias empresas foram procuradas por bancos com propostas de estruturação de operações lucrativas que embutiam riscos elevados. (págs. 1 e A6)

Governo quer mina de potássio
Numa tentativa de chegar à auto-suficiência em fertilizantes, o governo planeja recorrer à Justiça para reaver a jazida de potássio de Nova Olinda do Norte (AM), vendida à canadense Falcon pela Petrobras. (págs. 1 e C7)

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domingo, 28 de setembro de 2008

Resumo das Notícias de Hoje

Folha de S. Paulo
Governo prevê expansão menor em 2009
Apesar do otimismo do ministro Guido Mantega (Fazenda), que ainda acredita num crescimento econômico de 4,5% no próximo ano, já há dentro do próprio governo uma avaliação de que essa taxa pode ficar na casa dos 4% ou menos depois do agravamento da crise financeira mundial. Num cenário mais pessimista, traçado por auxiliares próximos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o crescimento do PIB em 2009 pode até ficar em 3,5% caso a secura no mercado de crédito externo se mantenha por um período mais longo.

O Globo
Meirelles: bancos estão sólidos
Jornal do Brasil
Diretor da PF pode reassumir
RÁDIOS

Jovem Pan
Governo divulga Plano Nacional de Mudanças Climáticas
De acordo com a rádio Jovem Pan, o governo federal divulgou o Plano Nacional de Combate às Mudanças Climáticas (PNMC), mas evitou se comprometer com metas para redução das emissões dos gases que provocam o aumento da temperatura média do planeta, o efeito estufa.

CBN
José Geraldo é eleito novo reitor da UnB
Band News
Crise internacional deixa agronegócio brasileiro em alerta
TELEJORNAIS

Rede Globo - Jornal Hoje
Laudo do Exército diz que Abin não grampeou telefones
Laudo do Exército afasta a possibilidade dos equipamentos da Agência Brasileira de Inteligência terem feito o grampo da conversa entre o presidente do Supremo Tribunal Federal e o senador Demóstenes Torres.

Rede Record - Jornal da Record
Nova lei garante mais benefícios aos estagiários
TV Brasil - Repórter Brasil Noite
Presidente do Equador anuncia acordo com a Odebrechet

sábado, 27 de setembro de 2008

O Que Publicaram os Jornais de Hoje

27 de setembro de 2008

O Globo

Manchete: Empresas brasileiras têm perdas recordes na bolsa
O anúncio de que grandes exportadoras - Sadia e Aracruz - tiveram perdas no mercado de câmbio derrubou a bolsa brasileira. As ações da Sadia se desvalorizaram 35,48% depois que a companhia admitiu prejuízo de R$ 760 milhões. A Aracruz, em queda de 16,81% contratará uma consultoria para calcular perdas. A Bovespa caiu 2,02%, a segunda pior baixa no mundo. O BC vendeu dólares, mas não impediu a alta de 1,59%, a R$ 1,851. Estudo revela que, em 2007, cem de 275 companhias abertas brasileiras operavam com derivativos, informa Flávia Oliveira. O Congresso americano e o presidente Bush esperam fechar o pacote de ajuda até segunda-feira. (págs. 1, 33 a 39 e Míriam Leitão)

Estagiário ganha férias e carga horária
O presidente Lula sancionou lei que garante direitos a estagiários, como férias remuneradas de 30 dias e auxílio-transporte. Para universitários, a carga horária será limitada a seis horas diárias. Advogados e dentistas poderão contratá-los. (págs. 1 e 40)

Calote do Equador no BNDES vai para o BC
O Banco Central brasileiro poderá ter que desembolsar US$ 242 milhões para honrar empréstimo feito pelo BNDES à Odebrecht, que construiu uma usina hidrelétrica no Equador e acabou sendo expulsa do país. O governo de Rafael Correa se recusa a pagar o financiamento porque as obras apresentaram problemas. O empréstimo do BNDES é garantido pelo BC. (págs. 1 e 40)

Governador se irrita com Judiciário
O Tribunal de Justiça autorizou o sequestro de R$ 3 milhões da Suderj para pagar dívidas antigas. A medida irritou o governo do estado, que vê retaliação por Cabral se opor ao reajuste do salário dos servidores da Justiça em 7,2%, informa Ancelmo Gois. (págs. 1 e 30)

Candidatos protestam contra Cesar
A presença de servidores municipais e a do prefeito Cesar Maia num ato com Solange Amaral (DEM) provocaram protestos dos demais candidatos à prefeitura. Chico Alencar (PSOL) entrou com representação no TRE pedindo a cassação do registro de Solange por abuso do poder econômico. (págs. 1 e 3)

Aécio pede aliança para o "pós-lulismo"
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse que o PSDB deve buscar novos aliados para as eleições de 2010: "Teremos condições de construir uma aliança para o pós-lulismo." (págs. 1 e 12)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Kassab abre vantagem sobre Alckmin
Gilberto Kassab (DEM) abriu quatro pontos percentuais sobre Geraldo Alckmin (PSDB) na corrida pela Prefeitura de São Paulo, mostra nova pesquisa Datafolha. O prefeito oscilou dois pontos percentuais para cima e foi a 24% enquanto o tucano variou dois para baixo e chegou a 20%. Como os dois estão empatados no limite da margem de erro (dois pontos para cima ou para baixo), a probabilidade de Kassab estar à frente é bem maior. Marta Suplicy (PT) se manteve em primeiro lugar, com os mesmos 37% das duas pesquisas anteriores. Nas três simulações de segundo turno realizadas ocorreu empate técnico entre esses três candidatos. No Rio, Eduardo Paes (PMDB) lidera a disputa com 29%. Fernando Gabeira (PV) subiu quatro pontos, para 15% e empata tecnicamente com Marcelo Crivella (PRB) 18%, e Jandira Fegalli (PcdoB), 13%. (págs. 1 e Brasil)

Estagiário agora tem direito a férias pagas
O presidente Lula sancionou a lei que garante aos estagiários direito a férias remuneradas e auxilio-transporte; estabelece ainda carga de trabalho máxima de seis horas diárias e 30 semanais. O estágio poderá ser realizado por até dois anos. Quando se tratar de portador de deficiência, não haverá limite de duração. (págs. 1 e B13)

Perdas de grupos brasileiros fazem Bovespa cair 2%
Afetadas pelas perdas de empresas exportadoras como a Sadia e a Aracruz Celulose no mercado financeiro internacional, a Bovespa encerrou em queda de 2,02%. Apesar da nova atuação do Banco Central brasileiro no mercado ontem, com leilão de US$ 500 milhões, o dólar subiu 1,59% e fechou o dia valendo R$1,851. (págs. 1 e B4)

Editoriais
Leia "Do pânico à política", sobre plano contra crise nos EUA; e "Confusão de papeís", acerca de direito à informação. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Kassab abre 5 pontos sobre Alckmin
A dez dias do primeiro turno, Gilberto Kassab (DEM) abriu 5 pontos percentuais de vantagem sobre Geraldo Alckmim (PSDB) na disputa pela vaga no segundo turno da eleição paulistana. O prefeito tem agora 25% das intenções de voto, contra 20% do tucano, mostra pesquisa do Ipobe para o Estado.

Kassab e Alckmin estão tecnicamente empatados, porque a margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, mas apenas a trajetória do prefeito é ascendente - o ex-governador vem caindo desde julho quando tinha 31%. Além disso, Kassab voltou a subir em todas as faixas do eleitorado. Marta Suplicy (PT), por sua vez, liderou a corrida com os 35% da pesquisa anterior. Na projeção para o segundo turno, Marta e Kassab surgem empatados - ela com 45%, e ele com 44%.

Na pesquisa anterior, a petista estava 6 pontos à frente. Se a disputa for entre Alckmin e a ex-prefeita, a simulação mostra empate de 45% a 45%. A rejeição ficou inalterada. Marta aparece com 32%, Kassab, com 24% e Alckmin, com 13%. No Rio, Eduardo Paes (PMDB) passou de 27% para 29% e Marcelo Crivella (PRB) oscilou de 23% para 24%, mantendo-se o empate técnico. (págs. 1, A4 e A12)

Especulação de exportadores com câmbio derruba bolsa
Perdas cambiais anunciadas pela Sadia e Aracruz provocaram nervosismo no mercado doméstico, já em suspense com a demora na aprovação do pacote americano para salvar bancos. As ações da Sadia tiveram uma queda de 37,79%. Os papéis da Aracruz caíram 17,29%. O temor do mercado era que outros exportadores também pudessem ter posições agressivas em derivativos. (págs. 1 e B1)

Três bancos negociam a compra do Wachovia
O Banco Wachovia, o sexto maior dos EUA, estava negociando ontem sua venda com ao menos três bancos: os americanos Wells Fargo e Citigroup e o espanhol Santander. Com US$ 122 bilhões em papéis relacionados a hipotecas, o Wachovia é visto como o maior candidato a sucumbir à crise financeira do país. Só ontem, as ações do banco caíram 27%. (págs. 1 e B9)

Presidente da CNBB pede punição a torturadores
O presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, defendeu ontem a abertura dos arquivos do regime militar e a punição dos torturadores a serviço da ditadura. "Perdão não é sinônimo de impunidade", disse o bispo. (págs. 1 e A17)

Intercâmbio no exterior atrai alunos da classe C
A participação de estudantes brasileiros da Classe C em intercâmbios no exterior cresceu 15% em três anos, segundo operadoras do setor. Entre os motivos está a maior inserção dessa faixa no ensino superior. (págs. 1 e A29)

Dispara apreensão de drogas entre SP e Rio
A apreensão de crack subiu 579% e a de cocaína, 128% de janeiro a julho deste ano sobre igual período de 2007 nas estradas federais que cortam São Paulo. A Dutra, sentido São Paulo-Rio, teve o maior volume. (págs. 1 e C1)

O que vem antes do pré-sal
O que priorizar na exploração das reservas de petróleo e gás? Começar pelo mais acessível parece o mais sensato. O retorno será mais rápido e isso facilitará a exploração do pré-sal. (pág. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: Caem os casos de bala perdida no Rio
Os casos de ferimento ou morte por balas perdidas - o maior temor dos cariocas (57% dos entrevistados), segundo pesquisa recente feita pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) - estão em queda no Estado. De acordo com os registros, oito pessoas morreram nessas circunstâncias e outras 127 ficaram feridas de janeiro a junho. O número é alto - quase um por dia - mas é 21,1% menor na comparação com o mesmo período do ano passado, quando 171 pessoas foram atingidas - 135 na capital - 12 delas morreram. O Rio foi a região que mais registrou vítimas: cinco. Mas em 2007 foram registrados 12 casos. (pág. 1 e Cidade, pág. A17)

Governo decide o que revelar
O governo vai autorizar a abertura dos arquivos da ditadura ainda este ano, assim que definir os critérios. Mas, de acordo com o ministro interino da Justiça, Luís Paulo Teles Barreto, pastas secretas e ultra-secretas ficarão sob sigilo para a segurança do Estado. (pág. 1 e País, pág. A12)

Nos EUA, o difícil acordo contra crise
A tensa semana nos Estados Unidos - provocada pelas negociações no Congresso em torno da aprovação do pacote de US$ 700 bilhões para ajuda ao setor financeiro - terminou sem acordo, mas com o consenso entre republicanos e democratas: o plano é necessário e deve ser aprovado em breve. As bolsas americanas encerraram o dia sem rumo definido, mas a Bovespa e as bolsas da Europa caíram. (pág. 1 e Tema do Dia, págs. A2 e A3)

Tráfico de animais sofre golpe em PE
Treze pessoas foram presas em Caruaru (PE) numa ação contra o tráfico de animais silvestres. Foram apreendidos 1.215 pássaros, 15 jabutis, um tatu e um veado. (pág. 1 e País, pág. A11)

Bancos têm maior margem de lucros
Os juros cobrados pelos bancos para pessoa física subiram de 51,4% ao ano, em julho, para 52,1% no mês de agosto. A taxa do cheque especial foi de 162,7% para 166,4%. (págs. 1 e Economia A18)

Banheiros no Aterro são embargados
A solução de um problema para os freqüentadores do Aterro vai demorar. A construção de banheiros foi embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional por falta de autorização. (pág. 1 e Cidade, pág. A14)

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Correio Braziliense

Manchete: Tiros em frente a escolas atingem duas estudantes
Dois bandidos que haviam acabado de disparar contra portão do Centro de Ensino Fundamental 12, de Taguatinga, trocam tiros com policiais civis. Durante o confronto no meio da rua, as balas acertaram duas alunas do Instituto Jesus, Maria e José. Uma das vítimas, de 14 anos, foi liberada do hospital horas depois. A outra, de 13 anos, passou por cirurgia para retirar projétil do abdômen. (págs. 1 e 37)

Aracruz e Sadia derretem na bolsa
Ações das duas grandes empresas brasileiras caíram 16% e 35%, respectivamente. Investidores venderam os papéis depois da revelação de que ambas perderam milhões de reais ao apostar contra o dólar no mercado futuro. Por causa da crise global, a moeda estrangeira ganhou valor frente ao real e prejudicou quem investiu no sentido contrário. (págs. 1 e 23)

Combustíveis mais baratos em Brasília
Em alguns postos do Distrito Federal, o litro de álcool é vendido a R$ 1,29. O de gasolina, a R$ 2,18. Esses valores são próximos dos praticados em São Paulo, mercado próximo dos centros produtores e tradicionalmente mais barato do que o resto do país. Em Brasília, redução se dá por causa da competição entre os postos. (pág. 1 e 20)

Corrida atrás do iPhone
Preços salgados de R$ 899 a R$ 2,6 mil não evitaram filas nas lojas no primeiro dia de vendas do celular que funciona como um laptop de bolso. (págs. 1 e 21)

Foro para legalizar terrenos
O DF terá câmara de mediação para encerrar disputas fundiárias em áreas loteadas e ajudar a regularizar condomínios. (pág. 1 e 40)

Longe das ruas
A ação do GDF e da Vara da Infância e da Juventude na Rodoviária resultou em três prisões, 16 adolescentes recolhidos para abrigos, apreensão de drogas, remoção de 116 quiosques ilegais e limpeza do terminal. Além de combater a exploração infantil denunciada pelo Correio, o governo quer transformar o local por onde circulam 600 mil usuários de transporte em um espaço mais humanizado. (págs. 1, 35 e 36)

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Valor Econômico

Manchete: Crédito de curto prazo para empresas mingua
Depois de ter secado as fontes externas de crédito, a crise de liquidez no sistema financeiro internacional atinge em cheio as linhas em reais de curto prazo. "As linhas de crédito à exportação secaram, mas também percebemos um aumento no custo do capital de giro", diz João Nogueira Batista, presidente do frigorífico Bertin.

Segundo João Henrique Marchewsky, presidente da Buettner, indústria de confecções sediada em Brusque (SC), a empresa estudava operações estruturadas como securitização de recebíveis para alongar o perfil do endividamento, mas já recebeu recomendação dos bancos para adiá-las. "Está tudo em banho-maria".

Marchewsky disse ter levado "um susto bem grande" ao perceber o aumento nas taxas de juros dos Adiantamentos de Contrato de Câmbio e Cambiais Entregues (ACC e ACE). Há poucos dias, a empresa pagava entre 6% e 7% ao ano nessas linhas, que na quarta-feira passaram a 16,5%. O executivo também já vê diferença nas taxas do capital de giro praticadas pelos bancos, que passaram nos últimos dias de 20% ao ano para em torno de 25%.

Para a Predilecta, fabricante de atomatados e doces no interior do Estado de São Paulo, a taxa de desconto de duplicatas subiu entre 20% e 30%. "Até o mês passado, a taxa estava em 1,1% ao mês e agora passou para algo entre 1,3% e 1,4%", disse Antônio Carlos Tadiotti, sócio da companhia.

A Cia. do Terno, uma das maiores varejistas de vestuário masculino do país, notou o encarecimento das linhas de financiamento de capital de giro. Nas transações garantidas por recebíveis, o custo aumentou 32%, segundo Pedro Paulo Drummond, presidente da empresa. "Há 90 dias, pagávamos juros de 1% ao mês e, agora, a taxa está em 1,32%", diz o executivo.

A julgar pelo humor das instituições financeiras, as empresas podem esperar por mais restrições. Bancos consultados pelo Valor informaram que estão reduzindo os limites para pessoas jurídicas e elevando os juros em 15% nas operações renovadas. Para o próximo ano é esperada uma desaceleração ainda mais forte, disse Kedson Macedo, diretor-executivo de micro e pequenas empresas do Banco do Brasil. (págs. 1, C1 e C2)

Sarney no centro dos embates no Maranhão
Muito mais do que em outros Estados, as eleições no Maranhão mantêm um colorido próprio: as disputas nos principais colégios eleitorais refletem o embate entre o governador Jackson Lago (PDT), antigo aliado petista e hoje próximo do PSDB nacional, e os candidatos da base lulista, atualmente na órbita da família Sarney, principal sustentáculo de Lula no Estado. "Aqui tem dois partidos: Sarney e anti-Sarney. Não existe PSDB, não existe partido", diz Lago, que se aproximou do PSDB desde a posse. (págs. 1 e A14)

União estuda defender bancos no STF
O governo avalia a possibilidade de ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação denominada "Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental" para tentar conter as decisões judiciais que determinam o pagamento de perdas na caderneta de poupança decorrentes de vários pacotes econômicos, como o Plano Verão, de 1989.

A Advocacia-Geral da União começou a trabalhar nesse assunto depois que a Febraban procurou autoridades, do Ministério da Fazenda ao Palácio do Planalto, para sensibilizar o governo de que esse não é um problema unicamente dos bancos nem deve ser tratado caso a caso.

O passivo estimado pelo setor - considerando-se todos os correntistas que tinham depósitos de poupança nos meses de janeiro e fevereiro de 1989, quando o Plano Verão mudou o indexador da economia - é de mais de R$ 100 bilhões. O advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, disse ao Valor que as ações dos correntistas deveriam ser julgadas improcedentes. (págs. 1 e C10)


Idéias
Adilson de Oliveira: transformação do potencial do pré-sal em realidade depende de consenso político. (págs. 1 e 10)

Idéias
Claudia Safatle: problemas que o governo brasileiro terá de enfrentar com a crise internacional. (págs. 1 e A2)


Ibama agora aprova usinas no Araguaia
O Ibama mudou de opinião e agora deve aprovar a construção de duas usinas hidrelétricas no Rio Araguaia, sete anos depois do leilão realizado ainda no governo Fernando Henrique Cardoso. A construção das usinas foi inicialmente proibida pelo Ibama, mas o órgão está reavaliando os pedidos de licenciamento ambiental, novamente apresentados pelas empresas neste ano. Os entendimentos com os ministérios do Meio Ambiente e das Minas e Energia ocorreram após a posse do ministro Carlos Minc.

Na semana passada, o Ibama entregou ao consórcio Gesai, liderado pela Vale e que arrematou a usina de Santa Isabel, um termo de referência com as linhas-mestras para o licenciamento prévio. A EDP Energias do Brasil, que ficou com a usina Couto Magalhães, deve receber o documento em outubro. (págs. 1 e B9)

Mudanças na energia spot
O governo estuda mudanças nas regras do mercado atacadista de energia para reduzir as variações bruscas de preço no mercado spot. Uma das propostas é adotar uma média móvel de cinco semanas para o preço do megawatt-hota. (págs. 1 e A4)


Indústria ambiental
A retomada dos investimentos em saneamento básico e os empreendimentos do PAC alavancam as vendas da indústria de máquinas e equipamentos para o setor ambiental, diz Gílson Cassini Afonso, presidente do sindicato dos fabricantes. (pág. 1)

Negócio das arábias
A corrente de comércio com os países árabes já soma US$ 13,7 bilhões no ano, até agosto, superando os negócios realizados em todo o ano passado. Desde 2003, as exportações brasileiras para esses países aumentaram mais de 120%. (págs. 1, B7 e B8)

Isenção do PLR
Decisões judiciais anulam autuações da Receita contra empresas que não recolheram contribuição previdenciária sobre valores pagos a títulos de participação nos lucros e resultados (PLR). (págs. 1 e E1)

Copebrás vai investir US$ 1 bi em Catalão
Segunda maior fabricante de matérias-primas para fertilizantes do país, a Copebrás, controlada pelo grupo Anglo American, decidiu ampliar o projeto de expansão de seu complexo em Catalão (GO). Em estudo há pelo menos três anos e inicialmente orçado em US$ 180 milhões, o plano tornou-se mais ambicioso e agora deverá absorver pelo menos US$ 1 bilhão. A capacidade de produção deverá passar das atuais 1,3 milhão de toneladas de concentrado de fósforo por ano para cerca de 3 milhões.

"O objetivo, agora, é mais do que dobrar o tamanho da empresa como um todo", diz Cristiano Melcher, diretor-executivo da Copebrás. A revisão está relacionada ao crescimento da demanda doméstica por adubos e aos elevados preços do insumo. Apesar das incertezas provocadas pela crise financeira, Melcher não prevê problemas para levantar recursos e financiar a ampliação, até porque a Anglo American teve vendas globais superiores a US$ 30 bilhões em 2007. (págs. 1 e B12)

Economia real já sofre nos Estados Unidos
Os danos causados pela crise financeira em Wall Street já atingem a enfraquecida economia americana, as famílias e as empresas sob a forma de crédito escasso e juros mais altos. Isso pode aumentar o desemprego e corroer lucros.

A demanda por produtos manufaturados teve queda acentuada em agosto. As vendas de casas novas chegaram ao menor nível mensal dos últimos 17 anos e, na semana encerrada em 20 de setembro, os pedidos de seguro-desemprego atingiram o maior volume desde os atentados de 11 de Setembro, em 2001.

As autoridades americanas acreditam que as enormes intervenções do governo, somadas ao pacote de socorro que está sendo negociado no Congresso, vão suavizar o impacto da crise. A economia também mostrou resistência surpreendente nos últimos 25 anos, o que pode voltar a prevalecer. Mas o aperto de crédito já atinge a economia. A GE divulgou ontem o que pode ser a primeira de várias previsões de queda no lucro. (págs. 1 e C3)

Crise americana
Os pedidos de bens duráveis às indústrias americanas diminuíram 4,5% em agosto, a maior queda registrada neste ano. Analistas esperam uma retração menor, de 2%. Excluída a redução de 8,9% nos bens de transporte, os pedidos caíram 3%, o maior recuo em 19 meses. (págs. 1 e A11)

Sadia perde R$ 760 mi com dólar
A Sadia teve uma perda financeira de R$ 760 milhões com instrumentos derivativos de dólar. O prejuízo, segundo a empresa, foi liquidado com recursos do caixa, que acumulava R$ 2 bilhões no fim de junho. Embora o anúncio sobre a perda tenha sido feito ontem, após o encerramento do pregão, as ações da empresa fecharam em queda de 2%, num dia em que o Ibovespa teve alta de 3,98%.

A perda é superior ao potencial lucro líquido anual da Sadia e deve jogar o balanço de 2008 no vermelho. No primeiro semestre, a empresa teve lucro líquido de R$ 334,7 milhões. O diretor financeiro, Adriano Ferreira, foi demitido, informou ao Valor o presidente da companhia, Gilberto Tomazoni. (págs. 1 e D1)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Disputas políticas adiam aprovação de ajuda a bancos
Não houve acordo ontem após a reunião de emergência entre os congressistas dos dois principais partidos dos Estados Unidos com o governo George W. Bush e os candidatos Barack Obama e John McCain. Segundo agências de notícias, as discussões foram marcadas por profundas divisões entre democratas e republicanos quanto às condições do pacote-ajuda de US$ 700 bilhões para o sistema financeiro do país proposto pelo governo Bush.

Republicanos e democratas haviam adiantado que um projeto de lei autorizaria o pacote solicitado, mas que o Congresso tinha intenção de desembolsar a quantia em parcelas. Também disseram que haverá limites para os pacotes de remuneração dos executivos cujas empresas pedem assistência do governo, além de um mecanismo para o governo receber participação em algumas companhias para que os contribuintes tenham oportunidade de ter lucro caso elas prosperem.

O anúncio de que haveria o acordo repercutiu no mercado acionário, tanto em Nova York como em São Paulo. As bolsas, que já operavam em alta, subiram ainda mais. O índice Dow Jones fechou com valorização de 1,82%, e o Nasdaq, de 1,43%. A Bovespa teve ganho de 3,98%. (págs. 1, A12, B1, B2 e B3)

Dilma: crédito é da Odebrecht
Em resposta à ameaça equatoriana de não pagar US$ 242 milhões ao BNDES, a ministra Dilma Rousseff disse que o banco não tem relação com o Equador, mas com a Odebrecht . “Não vamos complicar a situação.” (págs. 1 e A11)

Queda recorde no desemprego
A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE foi de 7,6% em agosto, a segunda melhor da série histórica desde 2002. A estimativa de economistas é de fechar o ano com a média recorde de 8% de desocupação. (págs. 1 e A4)

Pré-sal ajuda a pequena empresa
As descobertas da camada pré-sal beneficiaram alguns setores, como o das pequenas e médias empresas, que têm deixado a condição de importadoras para ingressar no mercado externo. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)

Brasil terá álcool de celulose em 2010
A corrida tecnológica pelo álcool de segunda geração, o combustível verde obtido a partir de resíduos do bagaço de cana ou de qualquer outros vegetal, poderá ser vencida pelo Brasil em um ano e meio. Foi o que garantiu o presidente para a América Latina da dinamarquesa Novozymes, Pedro Luiz Fernandes. Segundo informou, será possível iniciar a produção deste tipo de álcool em escala comercial em 2010, a um custo mais baixo que o álcool convencional.

Há um ano, a Novozymes, maior produtora de enzimas industriais do mundo, e o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), de São Paulo, assinaram acordo para selecionar a enzima mais adequada para a hidrólise do bagaço da cana-de-açúcar.

Desde a assinatura do acordo, a pesquisa evoluiu para a utilização de dois tipos de enzima. “Nós já encontramos a ‘mistura óptima’, como se costuma denominar em química.” Os estudos estão na etapa em que se busca a melhor forma de utilizar uma enzima em cada etapa de produção ou as duas simultaneamente, informou.

Segundo Fernandes, a tecnologia da empresa aponta para uma solução, cujo custo será inferior ao da produção de álcool convencional. “Com certeza, na medida em que ganhar escala, o álcool de celulose será mais barato que o produto atual.” Com essa tecnologia, o Brasil poderá triplicar a produção de etanol sem necessidade de ocupar novas áreas agrícolas.

A Novozymes faz essa pesquisa em escala mundial. Os Estados Unidos têm o mesmo interesse de produzir o álcool de celulose a partir dos resíduos do milho. São mais de 110 cientistas envolvidos na sede da empresa na Europa, nos EUA (a empresa tem parceria com a Universidade de Washington) e no país. “Pelo que tem de biomassa, o Brasil é o player do futuro neste tipo de combustível.” (págs. 1 e C8)

Anac autoriza a união Gol-Varig
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a união societária entre a Gol e a Varig, decisão que na prática permite à Gol usar sinergias entre as duas marcas. O Sindicato dos Aeronautas teme demissões. (págs. 1 e C1)

Novo ADR da Eletrobrás
A Eletrobrás aguarda para hoje a aprovação do colegiado da Bolsa de Valores de Nova York para o lançamento de ADRs de nível 2. A informação é de Márcio Zimmermann, presidente do Conselho de Administração da estatal. (págs. 1 e B4)

Opinião
Klaus Kleber: Com um câmbio realista e com o drawback verde-amarelo, o superávit comercial tende a melhorar, ao contrário das previsões. (págs. 1 e A2)

Opinião
Paulo Skaf: O Ciesp, que está comemorando 80 anos, hoje é mais voltado para o interior de São Paulo, cujo PIB é 10% superior ao do Chile. (págs. 1 e A3)

Opinião
Xico Graziano: Distribuir para todos os postos o diesel S-50 é a única medida capaz de compensar o custo ambiental do relaxo federal com a matéria. (págs. 1 e A3)

Seguro de rodovias gera briga de R$ 2,7 bilhões
O leilão de cinco novos lotes de rodovias paulistas, marcado para outubro, promete esquentar a competição entre as companhias especializadas em seguro-garantia, produto que dará respaldo aos R$ 8 bilhões que as empresas candidatas são obrigadas a investir em 30 anos de concessão.

De acordo com a JMalucelli Seguradora, líder no segmento-garantia com 55% do mercado, a apólice que acompanha a execução do empreendimento atingirá R$ 2,7 bilhões e prêmios de R$ 40 milhões nos primeiros anos. Alexandre Malucelli, vice-presidente da empresa, está confiante na expansão dos negócios da companhia. “Detemos nove das 13 concessões paulistas e temos 12 resseguradoras nos apoiando”, afirma.

Já na visão de Tatiana Moura, da corretora Marsh, a disputa será mais acirrada por causa da abertura do mercado de resseguros, em abril. “As seguradoras começam a brigar por preços de prêmios, que antes eram tabelados. É o primeiro grande edital no novo ambiente, as seguradoras não falam em guerra de preços, mas na prática elas vão se engalfinhar pela concessão, e os preços dos prêmios pagos pelas concessionárias deverão cair”, diz. (págs. 1 e B3)

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Jornal do Commercio

Manchete: Governo endurece com greve da saúde
Procuradoria-Geral do estado solicita à Justiça a decretação da ilegaliddae da paralisação dos servidores que tem atingido ambulatórios dos principais hospitais. Juiz notificou o sindicato, que tem até terça-feira para justificar o movimento. (pág.1)

Caruaru: apreensão recorde de aves (pág.1)

Fazenda recolhe carga por tentativa de sonegação (pág.1)

Megaoperação em Paulista autua quatro por tráfico de drogas (pág.1)

Crise no mercado internacional atinge empresa brasileira (pág.1)

Presídios do estado terão equipamento especial de segurança (pág.1)

Último comício de João da Costa leva multidão ao Centro (pág.1)

Aécio Neves faz campanha no interior de olho em 2010 (pág.1)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

26 de setembro de 2008

O Globo

Manchete: Disputa eleitoral nos EUA dificulta socorro a bancos
Quando o acordo entre democratas e republicanos parecia fechado para aprovação do programa de socorro de US$ 700 bilhões para o sistema financeiro americano, tudo voltou à estaca zero. Até então, as principais bolsas do Ocidente haviam subido, embaladas pelas boas notícias. O impasse surgiu durante a reunião convocada pelo presidente George W. Bush com os líderes do Congresso e os candidatos à Presidência Barack Obama e John McCain, na Casa Branca. Às vésperas da eleição, a pressão dos republicanos acabou azedando as conversas, que iriam tratar apenas dos detalhes do acordo. Hoje, haverá nova tentativa. (págs. 1, 25 a 31, Merval Pereira, Míriam Leitão e editorial "Encruzilhada")

Crise atravessa o Atlântico e chega... à Europa
Contrariando o presidente Lula, a crise financeira dos EUA atravessou o Atlântico. Mas o Brasil pode, ainda, respirar aliviado. Sem tropeços na geografia, as economias da Europa - esta, sim, do outro lado do oceano - já dão sinais de que estão às portas da recessão. O presidente francês Sarkozy disse que a catástrofe está "a dois dedos". Na Irlanda, o PIB recuou 0,5%. (págs. 1 e 29)

Equador não fecha acordo com Odebrecht
O governo do Equador descartou ontem qualquer possibilidade de acordo com a Odebrecht. No referendo de domingo, o país deve aprovar uma Constituição que dá mais poderes ao presidente Rafael Correa. (págs. 1, 32 e 34)

PF prende quadrilha de policiais de SP e RJ
A Polícia Federal prendeu uma quadrilha formada por 29 policiais federais, civis e militares do Rio e de São Paulo, acusados de receber R$ 50 mil por mês em propinas da máfia dos combustíveis do Sul Fluminense - que sonegava impostos e adulterava o produto. A fraude pode ter causado rombo superior a R$ 10 milhões. (págs. 1, 17 e Negócios & Cia)

Caso Dantas: bloqueio de US$ 46 milhões
A Justiça britânica bloqueou ontem US$ 46 milhões de depósitos a pedido do Ministério Público Federal de São Paulo dentro das investigações da Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, em julho. (págs. 1 e 32)

Corsa 96 tinha R$ 3,4 milhões em multas
O Detran de São Paulo apreendeu um Corsa 96 que acumulava 899 multas, somando mais de R$ 3,4 milhões, nos últimos cinco anos. O carro será vendido em leilão. (pág. 1)

Cesar pressiona servidores a apoiar Solange
Convocados por telefone ou no boca-boca das repartições, 250 funcionários municipais, professores, diretores de escolas e de creches, com cargos comissionados, participaram de encontro político com o prefeito Cesar Maia e sua candidata, Solange Amaral (DEM), na noite de quarta-feira, no Tijuca Tênis Clube. Cinco ônibus foram alugados para transportá-los. No ato, Cesar disse que o PMDB “opera de forma mafiosa” e que Gabeira defendeu o “liberou geral durante a vida quase toda”. O procurador eleitoral, Rogério Nascimento, disse que o evento caracteriza abuso de poder e constrangimento ao servidor. (págs. 1 e 3)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Republicanos travam pacote nos EUA
Poucas horas após lideranças dos dois partidos majoritários do Congresso norte-americano anunciarem acordo sobre o pacote para o mercado financeiro, políticos republicanos desmentiram compromisso. A reação inesperada de parte de seu próprio partido esvaziou reunião bipartidária que o presidente Bush realizou na Casa Branca com os candidatos John McCain e Barack Obama. Republicanos conservadores críticos do pacote frustraram o início da contagem regressiva para a sua aprovação, no domingo. A proposta atendia às exigências do governo e incluía as dos democratas, como limitação ao pagamento e compensação de executivos das instituições auxiliadas pelo governo. Pelo novo esboço, os US$ 700 bilhões pedidos pelo Tesouro para adquirir títulos podres serão divididos em tr~es partes. Animadas, as Bolsas fecharam em alta. O índice Dow Jones subiu 1,82%. A Bovespa esteve entre as Bolsas que mais se valorizaram no mundo, com 3,98%. O dólar, fechou em baixa de 1,94%, a R$1,822. (págs. 1 e Dinheiro)

Minas e Energia defende quebra do monopólio no setor nuclear
O Ministério de Minas e Energia é favorável à quebra do monopólio da União na construção e operação de usinas nucleares. Em nota técnica, a pasta diz que essa hipótese beneficiará a economia, pois a concessão resultará de leilão, “que proporcionará eficiência econômica à formação de preços”. Já o Ministério da Ciência e Tecnologia informou ser contrário ao fim do monopólio estatal do setor. (págs. 1 e B11)

Internet dará posição em fila de transplantes
O Ministério da Saúde anunciou que dentro de 60 dias, quase 70 mil pacientes que estão em listas de espera de doação de órgãos poderão monitorar, pela internet, sua posição na fila. O pacote divulgado pelo ministério para estimular os transplantes prevê também reajustes e aumento de remuneração para hospitais e equipes médicas. (págs. 1 e C5)

Equador nega ter obrigado Odebrecht a deixar o país
A decisão do Equador de suspender os contratos com a Odebrecht não é definitiva e está nas mãos do presidente Rafael Correa, afirmou o secretário nacional anticorrupção, Alfredo Vera. De acordo com ele, a construtora brasileira, responsabilizada por falhas na construção de uma usina, não foi expulsa do país. (págs. 1 e A17)

Justiça inglesa ordena bloqueio de contas do Opportunity
A Justiça inglesa bloqueou US$ 46 milhões (R$83,7 milhões) de envolvidos na Operação Satiagraha, na qual o banqueiro Daniel Dantas foi preso e depois solto. Segundo a Secretaria Nacional de Justiça, o dinheiro se refere a investimentos do banco Opportunity, de Dantas. O pedido de bloqueio foi feito no Brasil. O advogado do banqueiro Nélio Machado, disse desconhecer o motivo. (págs. 1 e A13)

Editoriais
Leia "Ambiente de conflito", sobre obras na Amazônia; e "Crise na campanha", acerca de eleições americanas. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Partido de Bush resiste ao pacote
O Congresso dos EUA chegou perto de acordo para aprovar o pacote de US$ 700 bilhões de George W. Bush para sanear o sistema financeiro do país, mas a maior resistência a ela vinha justamente do partido do presidente, o Republicano. Em reunião entre Bush, os congressistas e os candidatos presidenciais - o democrata Barack Obama e o republicano Jonh McCain -, ficou determinado que a liberação dos recursos se dará em etapas dependentes da aprovação do Congresso, além de outros limites. A perspectiva de acerto fez as bolsas subirem - a Bovespa fechou em alta de 3,98%. Mais tarde, porém, um bloco de republicanos negou que houvesse acordo.

Contrários ao uso de dinheiro público no pacote, eles ofereceram uma alternativa, que inclui flexibilização de regras para que fundos possam comprar partes de bancos. "Estava tudo certo, mas algo mudou no meio do caminho. A Casa Branca terá de discutir isso com os republicanos", disse Obama. O governo afirmou que trabalhará ao longo do final de semana para fechar o pacote. (págs. 1, B1 a B5 e B12)

Está na hora de perder a paciência
Há excessiva tolerância do governo petista aos abusos cometidos por governos populistas da América Latina. Mas Lula não foi eleito para isso. Cabe-lhe zelar pelo interesse nacional. (págs. 1 e A3)

Mudança na Lei do Petróleo provoca confronto político
A idéia de acelerar mudanças na Lei de Petróleo por causa das grandes reservas recém-descobertas causou polêmica no debate O Futuro do Pré-sal, promovido ontem pelo Estado. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse que ainda é cedo para pensar em alterar regras, pois a exploração da área do pré-sal vai demorar para começar. Já o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) afirmou que a discussão com a sociedade deve ser aberta o quanto antes, para garantir que os “verdadeiros donos” das reservas decidam o que fazer com os recursos. (págs. 1 e Debates – Estadão- Caderno Especial)

Frases

Fernando Henrique: “Não temos que discutir como vamos gastar o que ainda não temos.”

Aloízio Mercadante: “A única coisa que não interessa ao Brasil é o silêncio sobre esse tema. “

O roteiro possível
Washington Novaes: O bom é crescer pelo emprego, e não só pelos números do PIB. (págs. 1 e A2)

Candidatos gastam verbas do Congresso
Levantamento feito pelo Estado mostra que 31 deputados e 3 senadores que são candidatos a prefeito gastaram, no total, cerca de R$ 619 mil da verba indenizatória desde a oficialização da candidatura deles, em julho. Essa verba deveria servir para cobrir gastos da atividade parlamentar – desde agosto, porém, o Congresso está em períodos de recesso branco por causa das eleições. Metade da despesa foi com gasolina e hospedagem. Luciana Genro (PSOL), candidata em Porto Alegre, foi um dos poucos parlamentares a suspender o uso de verba. (págs. 1 e A4)

Indianos acusam Brasil sobre Doha
Brasil vendeu posição para ter mercado para o etanol, diz Índia. (págs. 1 e B11)

Inglaterra desiste de vigiar viajante brasileiro
O governo britânico desistiu de ressuscitar a exigência de visto para brasileiros que viajam para a Inglaterra e de contar com agentes nos aeroportos do País. O Brasil também sai da lista de nações suspeitas de não terem política para conter a imigração ilegal. O acordo foi acertado ontem no Itamaraty. (págs. 1 e C1)

Britânicos bloqueiam US$ 46 milhões de Dantas
A Justiça britânica bloqueou US$ 46 milhões do banqueiro Daniel Dantas. O dinheiro, em duas contas de bancos da Grã-Bretanha, foi descoberto pela PF na Operação Satiagraha. As contas vinham sendo monitoradas havia um mês. O advogado de Dantas, Nélio Machado, disse que a defesa "está completamente cerceada". (págs. 1 e A10)

Sargento gay pega 6 meses de prisão
Acusado de deserção, ele foi condenado pela Justiça Militar. (págs. 1 e A22)

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Jornal do Brasil

Manchete: Congresso esfria a crise dos EUA
As bolsas de valores dos Estados Unidos, Europa e Brasil registraram alta ontem, diante da perspectiva de aprovação, pelo Congresso americano, do pacote de US$ 700 milhões para a contenção da crise no mercado financeiro do país. Falta o acordo final, mas os parlamentares querem que o total seja liberado parceladamente. A última prestação poderá ser vetada, caso o Congresso não esteja satisfeito com a aplicação do programa. Na China, uma corrida de clientes ao Banco Central de Hong Kong também exigiu uma operação de socorro, enquanto a Irlanda é o primeiro país da zona do euro a entrar em recessão. Os negócios na Bovespa cresceram 3,98%. (págs. 1 e A18)

Brasil ainda cresce, mas será afetado
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirma que a crise econômica internacional afetará, por algum tempo, a decisão de novos investimentos no Brasil. Mesmo assim, o crescimento do país não deverá ser prejudicado este ano. A renda média dos trabalhadores aumentou 5,7%, segundo o IBGE, enquanto o desemprego caiu 7,6% em seis regiões metropolitanas. (págs. 1, A18 e A19)

Lei sobre homofobia vira alvo de polêmica
Juristas católicos e militantes gays não se entendem sobre o projeto de lei do Congresso que criminaliza a homofobia. O texto foi alvo de bate-boca entre os candidatos à prefeitura do Rio Solange Amaral (DEM) e Marcelo Crivella (PRB), no debate eleitoral promovido pelo JB. (págs. 1, tema do dia A2, A3 e A4)

Debate do jornal foi o único do 1º turno
Cientistas políticos afirmam que só amplos debates, como o que foi promovido pelo JB, acabariam com a frieza da campanha eleitoral. Mas a OAB-RJ teve de desistir de entrar com ação pela realização de debate nas TVs por falta de tempo para que se realize. (págs. 1 e A10)

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Correio Braziliense

Manchete: Sexo, drogas & Vergonha
No submundo do sexo na região central de Brasília, a exploração infantil torna-se mais cruel quando as crianças e adolescentes consomem drogas. Para sustentar o vício em crack, solventes, álcool e outros entorpecentes, meninos e meninas passam a trabalhar para traficantes e se sujeitam às piores humilhações com os exploradores sexuais.Se o abusador oferecer cocaína ou ecstasy, as meninas nem mesmo cobram pelo programa.

“Eles dão ecstasy para a gente porque aí conseguem qualquer coisa e a gente nem lembra”, resume Rafaela,15 anos, adolescente de Tocantins que mora na Rodoviária há menos de um ano. O consumo de drogas é tão disseminado entre os jovens que pode ser visto à luz do dia. O efeito alucinógeno provocado pelos tóxicos serve de alento para a miséria cotidiana.“Gosto de usar essas coisas porque não sinto frio nem medo”, revela Iuri, 15 anos.

Megaoperação do GDF no centro da cidade

Gilmar Mendes cobra atuação da Justiça. (págs. 1, 23 a 25)


Pacote anticrise emperra nos EUA
Democratas acusam republicanos de minar acordo que prevê socorro de US$ 700 bilhões aos quase falidos bancos locais. Aprovação do pacote está ameaçada. (Tema do dia, págs. 1, 13 a 15)

No Senado, roubaram até milhas de viagem (págs. 1 e 2)

Americano luta para reaver filho no Brasil
David Goldman, ex-marido de Bruna Bianchi, morta em agosto, briga na Justiça pela guarda de Sean, 8 anos. “Éramos uma família feliz”, diz. Brasileira veio de férias com o filho e não voltou. (págs. 1 e 21)

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Valor Econômico

Manchete: Crédito de curto prazo para empresas mingua
Depois de ter secado as fontes externas de crédito, a crise de liquidez no sistema financeiro internacional atinge em cheio as linhas em reais de curto prazo. "As linhas de crédito à exportação secaram, mas também percebemos um aumento no custo do capital de giro", diz João Nogueira Batista, presidente do frigorífico Bertin.

Segundo João Henrique Marchewsky, presidente da Buettner, indústria de confecções sediada em Brusque (SC), a empresa estudava operações estruturadas como securitização de recebíveis para alongar o perfil do endividamento, mas já recebeu recomendação dos bancos para adiá-las. "Está tudo em banho-maria".

Marchewsky disse ter levado "um susto bem grande" ao perceber o aumento nas taxas de juros dos Adiantamentos de Contrato de Câmbio e Cambiais Entregues (ACC e ACE). Há poucos dias, a empresa pagava entre 6% e 7% ao ano nessas linhas, que na quarta-feira passaram a 16,5%. O executivo também já vê diferença nas taxas do capital de giro praticadas pelos bancos, que passaram nos últimos dias de 20% ao ano para em torno de 25%.

Para a Predilecta, fabricante de atomatados e doces no interior do Estado de São Paulo, a taxa de desconto de duplicatas subiu entre 20% e 30%. "Até o mês passado, a taxa estava em 1,1% ao mês e agora passou para algo entre 1,3% e 1,4%", disse Antônio Carlos Tadiotti, sócio da companhia.

A Cia. do Terno, uma das maiores varejistas de vestuário masculino do país, notou o encarecimento das linhas de financiamento de capital de giro. Nas transações garantidas por recebíveis, o custo aumentou 32%, segundo Pedro Paulo Drummond, presidente da empresa. "Há 90 dias, pagávamos juros de 1% ao mês e, agora, a taxa está em 1,32%", diz o executivo.

A julgar pelo humor das instituições financeiras, as empresas podem esperar por mais restrições. Bancos consultados pelo Valor informaram que estão reduzindo os limites para pessoas jurídicas e elevando os juros em 15% nas operações renovadas. Para o próximo ano é esperada uma desaceleração ainda mais forte, disse Kedson Macedo, diretor-executivo de micro e pequenas empresas do Banco do Brasil. (págs. 1, C1 e C2)

Sarney no centro dos embates no Maranhão
Muito mais do que em outros Estados, as eleições no Maranhão mantêm um colorido próprio: as disputas nos principais colégios eleitorais refletem o embate entre o governador Jackson Lago (PDT), antigo aliado petista e hoje próximo do PSDB nacional, e os candidatos da base lulista, atualmente na órbita da família Sarney, principal sustentáculo de Lula no Estado. "Aqui tem dois partidos: Sarney e anti-Sarney. Não existe PSDB, não existe partido", diz Lago, que se aproximou do PSDB desde a posse. (págs. 1 e A14)

União estuda defender bancos no STF
O governo avalia a possibilidade de ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação denominada "Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental" para tentar conter as decisões judiciais que determinam o pagamento de perdas na caderneta de poupança decorrentes de vários pacotes econômicos, como o Plano Verão, de 1989.

A Advocacia-Geral da União começou a trabalhar nesse assunto depois que a Febraban procurou autoridades, do Ministério da Fazenda ao Palácio do Planalto, para sensibilizar o governo de que esse não é um problema unicamente dos bancos nem deve ser tratado caso a caso.

O passivo estimado pelo setor - considerando-se todos os correntistas que tinham depósitos de poupança nos meses de janeiro e fevereiro de 1989, quando o Plano Verão mudou o indexador da economia - é de mais de R$ 100 bilhões. O advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, disse ao Valor que as ações dos correntistas deveriam ser julgadas improcedentes. (págs. 1 e C10)


Idéias
Adilson de Oliveira: transformação do potencial do pré-sal em realidade depende de consenso político. (págs. 1 e 10)

Ibama agora aprova usinas no Araguaia
O Ibama mudou de opinião e agora deve aprovar a construção de duas usinas hidrelétricas no Rio Araguaia, sete anos depois do leilão realizado ainda no governo Fernando Henrique Cardoso. A construção das usinas foi inicialmente proibida pelo Ibama, mas o órgão está reavaliando os pedidos de licenciamento ambiental, novamente apresentados pelas empresas neste ano. Os entendimentos com os ministérios do Meio Ambiente e das Minas e Energia ocorreram após a posse do ministro Carlos Minc.

Na semana passada, o Ibama entregou ao consórcio Gesai, liderado pela Vale e que arrematou a usina de Santa Isabel, um termo de referência com as linhas-mestras para o licenciamento prévio. A EDP Energias do Brasil, que ficou com a usina Couto Magalhães, deve receber o documento em outubro. (págs. 1 e B9)

Mudanças na energia spot
O governo estuda mudanças nas regras do mercado atacadista de energia para reduzir as variações bruscas de preço no mercado spot. Uma das propostas é adotar uma média móvel de cinco semanas para o preço do megawatt-hota. (págs. 1 e A4)


Indústria ambiental
A retomada dos investimentos em saneamento básico e os empreendimentos do PAC alavancam as vendas da indústria de máquinas e equipamentos para o setor ambiental, diz Gílson Cassini Afonso, presidente do sindicato dos fabricantes. (pág. 1)

Negócio das arábias
A corrente de comércio com os países árabes já soma US$ 13,7 bilhões no ano, até agosto, superando os negócios realizados em todo o ano passado. Desde 2003, as exportações brasileiras para esses países aumentaram mais de 120%. (págs. 1, B7 e B8)

Isenção do PLR
Decisões judiciais anulam autuações da Receita contra empresas que não recolheram contribuição previdenciária sobre valores pagos a títulos de participação nos lucros e resultados (PLR). (págs. 1 e E1)

Copebrás vai investir US$ 1 bi em Catalão
Segunda maior fabricante de matérias-primas para fertilizantes do país, a Copebrás, controlada pelo grupo Anglo American, decidiu ampliar o projeto de expansão de seu complexo em Catalão (GO). Em estudo há pelo menos três anos e inicialmente orçado em US$ 180 milhões, o plano tornou-se mais ambicioso e agora deverá absorver pelo menos US$ 1 bilhão. A capacidade de produção deverá passar das atuais 1,3 milhão de toneladas de concentrado de fósforo por ano para cerca de 3 milhões.

"O objetivo, agora, é mais do que dobrar o tamanho da empresa como um todo", diz Cristiano Melcher, diretor-executivo da Copebrás. A revisão está relacionada ao crescimento da demanda doméstica por adubos e aos elevados preços do insumo. Apesar das incertezas provocadas pela crise financeira, Melcher não prevê problemas para levantar recursos e financiar a ampliação, até porque a Anglo American teve vendas globais superiores a US$ 30 bilhões em 2007. (págs. 1 e B12)

Economia real já sofre nos Estados Unidos
Os danos causados pela crise financeira em Wall Street já atingem a enfraquecida economia americana, as famílias e as empresas sob a forma de crédito escasso e juros mais altos. Isso pode aumentar o desemprego e corroer lucros.

A demanda por produtos manufaturados teve queda acentuada em agosto. As vendas de casas novas chegaram ao menor nível mensal dos últimos 17 anos e, na semana encerrada em 20 de setembro, os pedidos de seguro-desemprego atingiram o maior volume desde os atentados de 11 de Setembro, em 2001.

As autoridades americanas acreditam que as enormes intervenções do governo, somadas ao pacote de socorro que está sendo negociado no Congresso, vão suavizar o impacto da crise. A economia também mostrou resistência surpreendente nos últimos 25 anos, o que pode voltar a prevalecer. Mas o aperto de crédito já atinge a economia. A GE divulgou ontem o que pode ser a primeira de várias previsões de queda no lucro. (págs. 1 e C3)

Crise americana
Os pedidos de bens duráveis às indústrias americanas diminuíram 4,5% em agosto, a maior queda registrada neste ano. Analistas esperam uma retração menor, de 2%. Excluída a redução de 8,9% nos bens de transporte, os pedidos caíram 3%, o maior recuo em 19 meses. (págs. 1 e A11)

Sadia perde R$ 760 mi com dólar
A Sadia teve uma perda financeira de R$ 760 milhões com instrumentos derivativos de dólar. O prejuízo, segundo a empresa, foi liquidado com recursos do caixa, que acumulava R$ 2 bilhões no fim de junho. Embora o anúncio sobre a perda tenha sido feito ontem, após o encerramento do pregão, as ações da empresa fecharam em queda de 2%, num dia em que o Ibovespa teve alta de 3,98%.

A perda é superior ao potencial lucro líquido anual da Sadia e deve jogar o balanço de 2008 no vermelho. No primeiro semestre, a empresa teve lucro líquido de R$ 334,7 milhões. O diretor financeiro, Adriano Ferreira, foi demitido, informou ao Valor o presidente da companhia, Gilberto Tomazoni. (págs. 1 e D1)

Idéias
Claudia Safatle: problemas que o governo brasileiro terá de enfrentar com a crise internacional. (págs. 1 e A2)

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Gazeta Mercantil

Manchete: Disputas políticas adiam aprovação de ajuda a bancos
Não houve acordo ontem após a reunião de emergência entre os congressistas dos dois principais partidos dos Estados Unidos com o governo George W. Bush e os candidatos Barack Obama e John McCain. Segundo agências de notícias, as discussões foram marcadas por profundas divisões entre democratas e republicanos quanto às condições do pacote-ajuda de US$ 700 bilhões para o sistema financeiro do país proposto pelo governo Bush.

Republicanos e democratas haviam adiantado que um projeto de lei autorizaria o pacote solicitado, mas que o Congresso tinha intenção de desembolsar a quantia em parcelas. Também disseram que haverá limites para os pacotes de remuneração dos executivos cujas empresas pedem assistência do governo, além de um mecanismo para o governo receber participação em algumas companhias para que os contribuintes tenham oportunidade de ter lucro caso elas prosperem.

O anúncio de que haveria o acordo repercutiu no mercado acionário, tanto em Nova York como em São Paulo. As bolsas, que já operavam em alta, subiram ainda mais. O índice Dow Jones fechou com valorização de 1,82%, e o Nasdaq, de 1,43%. A Bovespa teve ganho de 3,98%. (págs. 1, A12, B1, B2 e B3)

Dilma: crédito é da Odebrecht
Em resposta à ameaça equatoriana de não pagar US$ 242 milhões ao BNDES, a ministra Dilma Rousseff disse que o banco não tem relação com o Equador, mas com a Odebrecht . “Não vamos complicar a situação.” (págs. 1 e A11)

Queda recorde no desemprego
A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE foi de 7,6% em agosto, a segunda melhor da série histórica desde 2002. A estimativa de economistas é de fechar o ano com a média recorde de 8% de desocupação. (págs. 1 e A4)


Pré-sal ajuda a pequena empresa
As descobertas da camada pré-sal beneficiaram alguns setores, como o das pequenas e médias empresas, que têm deixado a condição de importadoras para ingressar no mercado externo. (págs. 1 e INVESTNEWS.COM.BR)

Brasil terá álcool de celulose em 2010
A corrida tecnológica pelo álcool de segunda geração, o combustível verde obtido a partir de resíduos do bagaço de cana ou de qualquer outros vegetal, poderá ser vencida pelo Brasil em um ano e meio. Foi o que garantiu o presidente para a América Latina da dinamarquesa Novozymes, Pedro Luiz Fernandes. Segundo informou, será possível iniciar a produção deste tipo de álcool em escala comercial em 2010, a um custo mais baixo que o álcool convencional.

Há um ano, a Novozymes, maior produtora de enzimas industriais do mundo, e o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), de São Paulo, assinaram acordo para selecionar a enzima mais adequada para a hidrólise do bagaço da cana-de-açúcar.

Desde a assinatura do acordo, a pesquisa evoluiu para a utilização de dois tipos de enzima. “Nós já encontramos a ‘mistura óptima’, como se costuma denominar em química.” Os estudos estão na etapa em que se busca a melhor forma de utilizar uma enzima em cada etapa de produção ou as duas simultaneamente, informou.

Segundo Fernandes, a tecnologia da empresa aponta para uma solução, cujo custo será inferior ao da produção de álcool convencional. “Com certeza, na medida em que ganhar escala, o álcool de celulose será mais barato que o produto atual.” Com essa tecnologia, o Brasil poderá triplicar a produção de etanol sem necessidade de ocupar novas áreas agrícolas.

A Novozymes faz essa pesquisa em escala mundial. Os Estados Unidos têm o mesmo interesse de produzir o álcool de celulose a partir dos resíduos do milho. São mais de 110 cientistas envolvidos na sede da empresa na Europa, nos EUA (a empresa tem parceria com a Universidade de Washington) e no país. “Pelo que tem de biomassa, o Brasil é o player do futuro neste tipo de combustível.” (págs. 1 e C8)

Anac autoriza a união Gol-Varig
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a união societária entre a Gol e a Varig, decisão que na prática permite à Gol usar sinergias entre as duas marcas. O Sindicato dos Aeronautas teme demissões. (págs. 1 e C1)

Novo ADR da Eletrobrás
A Eletrobrás aguarda para hoje a aprovação do colegiado da Bolsa de Valores de Nova York para o lançamento de ADRs de nível 2. A informação é de Márcio Zimmermann, presidente do Conselho de Administração da estatal. (págs. 1 e B4)

Opinião
Klaus Kleber: Com um câmbio realista e com o drawback verde-amarelo, o superávit comercial tende a melhorar, ao contrário das previsões. (págs. 1 e A2)

Opinião
Paulo Skaf: O Ciesp, que está comemorando 80 anos, hoje é mais voltado para o interior de São Paulo, cujo PIB é 10% superior ao do Chile. (págs. 1 e A3)

Opinião
Xico Graziano: Distribuir para todos os postos o diesel S-50 é a única medida capaz de compensar o custo ambiental do relaxo federal com a matéria. (págs. 1 e A3)

Seguro de rodovias gera briga de R$ 2,7 bilhões
O leilão de cinco novos lotes de rodovias paulistas, marcado para outubro, promete esquentar a competição entre as companhias especializadas em seguro-garantia, produto que dará respaldo aos R$ 8 bilhões que as empresas candidatas são obrigadas a investir em 30 anos de concessão. De acordo com a JMalucelli Seguradora, líder no segmento-garantia com 55% do mercado, a apólice que acompanha a execução do empreendimento atingirá R$ 2,7 bilhões e prêmios de R$ 40 milhões nos primeiros anos. Alexandre Malucelli, vice-presidente da empresa, está confiante na expansão dos negócios da companhia. “Detemos nove das 13 concessões paulistas e temos 12 resseguradoras nos apoiando”, afirma.

Já na visão de Tatiana Moura, da corretora Marsh, a disputa será mais acirrada por causa da abertura do mercado de resseguros, em abril. “As seguradoras começam a brigar por preços de prêmios, que antes eram tabelados. É o primeiro grande edital no novo ambiente, as seguradoras não falam em guerra de preços, mas na prática elas vão se engalfinhar pela concessão, e os preços dos prêmios pagos pelas concessionárias deverão cair”, diz. (págs. 1 e B3)

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Estado de Minas

Manchete: A hora da verdade
Primeiro veio o anúncio de que o Congresso Americano fechou acordo sobre o pacote que libera US$ 700 bilhões para socorrer os EUA do tsunami financeiro. O mercado reagiu com euforia. No Brasil, a bolsa subiu 3,98%. O dólar caiu 1,57% e fechou o dia a R$ 1,82. Em seguida, a ducha fria. Após encontro na Casa Branca, com a presença de Bush, McCain e Obama , republicanos avisaram: ainda há pendências a acertar. McCain foi além. “Nunca houve acordo”, disse. (págs. 1, 14 a 17 e editorial “Tempo ainda é de cautela”, 10)

Pequenos bancos já suspendem atividade em BH (págs. 1, 14 a 17 e editorial “Tempo ainda é de cautela”, 10)

Indústria comanda contratações e desemprego cai (págs. 1, 14 a 17 e editorial “Tempo ainda é de cautela”, 10)

Impasse na UFMG
Dos 63.249 inscritos ao vestibular da UFMG, 40% são de escolas públicas, boa parte carente. Universidade teme não ter como subsidiar alimentação e moradia sem a taxa de matrícula, proibida pelo Supremo. Medicina é o curso mais procurado, com 31,49 candidatos por vaga, como Gabriela Vilela Barbosa. (págs. 1, 23 e 24)

Quadrilha federal
A Polícia Federal prendeu dois delegados e quatro agentes da própria PF em Volta Redonda (RJ), por envolvimento em esquema de venda de combustível adulterado. (Págs. 1 e 12)

Atlético
MP vê irregularidades em contratos de parceria (págs.1 e esportes)

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Jornal do Commercio

Manchete: Sem Lula, PT faz comício no Recife
Apesar do apelo de João Paulo, que tentava minimizar efeitos da cassação do registro de João da Costa, presidente não virá à festa de hoje. Evento vai alterar 160 linhas de ônibus no Centro da cidade. (págs. 1 e 2)

Lojas de varejo investem pesado nas vendas pela internet (pág.1)

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